Departamento de Trânsito
ressalta que não adianta tomar vinagre, remédios ou comer bombom com licor para
tentar burlar o teste de “bafômetro”
Mais um feriado prolongado se aproxima e,
se a ideia é curtir aproveitando uma cerveja ou uma caipirinha, o Departamento
Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) alerta: divirta-se, mas não se
esqueça de manter distância do volante para que a curtição não acabe mal. Se o
motorista vacilar e insistir em dirigir após beber, não adianta tentar driblar
o bafômetro com vinagre, antisséptico bucal, remédios, bombom com licor ou
outras dicas furadas que rolam na internet e não passam de mitos.
Maxwell Vieira, diretor-presidente do
Detran.SP, ressalta que dirigir é coisa séria e o álcool reduz os
reflexos e a capacidade de reação do condutor. “As pessoas precisam se
conscientizar que misturar bebida e direção coloca em risco a vida não apenas
do próprio condutor, mas de todas as pessoas no trânsito. Eleja sempre o
motorista da rodada ou utilize outros meios de transporte para se deslocar
quando beber”, afirma Vieira.
Cabe reforçar
que a “Lei Seca” é conhecida como “tolerância zero”. Isso significa que não
existe tolerância para nenhuma quantidade de bebida alcoólica, nem mesmo uma ou
duas latinhas. E a absorção do álcool pelo organismo ocorre em poucos minutos.
“O álcool é rapidamente absorvido e atinge o pico de concentração no sangue
cerca de 30 a 45 minutos após ser ingerido”, explica o gastroenterologista José
Luiz Capalbo, médico responsável pelo Centro de Gastroenterologia do
Hospital 9 de Julho.
Em contrapartida, demora um tempo maior
para sair do organismo. Segundo o especialista, pode levar até dez horas para
que o álcool não seja mais detectado no sangue. “Não há formas eficientes de
acelerar esse processo”, pontua. O álcool é metabolizado em um ritmo lento, de
0,016% por hora, e isso pode variar muito. “Depende da quantidade
ingerida, do tipo de enzima que o fígado do indivíduo possui [há diferentes
padrões genéticos], pode ser mais rápido se a pessoa consome grandes
quantidades de álcool regularmente, mais lento se o fígado não estiver
totalmente saudável.”
Vale lembrar que a multa para quem é
autuado por misturar bebida e direção é alta, de R$ 2.934,70. Além disso, o
motorista responde a um processo de suspensão do direito de dirigir junto ao
Detran.SP e pode ficar impedido de pegar o volante por um ano. Quem cometer
essa mesma infração em um período de 12 meses é multado em dobro (R$ 5.869,40)
e responde a processo de cassação para ficar sem dirigir por dois anos.
Abaixo, o Detran.SP esclarece
alguns mitos relacionados à Lei Seca:
Vinagre - Um dos boatos que circulam nas redes sociais é que
supostamente tomar vinagre depois de ingerir bebida alcoólica livra a pessoa de
um possível resultado positivo no teste do etilômetro.
“O bafômetro mede o álcool ingerido que
passou para a circulação sanguínea e, posteriormente, é exalado dos pulmões
para o ar. O vinagre não consegue interferir no etanol exalado para o ar,
provindo dos pulmões do motorista”, explica Capalbo. Na realidade, se o
vinagre contiver álcool, isso pode até agravar o resultado positivo do teste.
Remédios - Outro “truque” que ganhou fama na internet é o Metadoxil
(piridoxina ou vitamina B6), um medicamento que acelera a metabolização do
álcool do fígado e é mais utilizado no tratamento de alcoolismo e alterações
hepáticas. “Mas ele não interfere na concentração do álcool que está no sangue
ou que é exalado e medido no bafômetro”, rebate o médico.
Bombom com licor e antisséptico bucal – A autuação é feita a
partir da análise do ar proveniente dos pulmões, detectado depois que o
condutor assopra o bocal do teste do bafômetro. Pela baixa concentração
alcoólica nesses produtos, o álcool fica presente apenas na mucosa bucal. Desta
forma, não adianta alegar de forma falsa que comeu só um bombom com licor, por
exemplo.
Quando for o caso, o motorista pode pedir
para fazer bochecho com água e aguardar alguns minutos para fazer o teste.
Desta forma, se a pessoa não tiver realmente ingerido bebida alcoólica, apenas
o bombom, não será detectado álcool vindo do ar dos pulmões.
Recusa – Durante as operações de fiscalização da Lei Seca,
alguns motoristas tentam não ser penalizados ao se negarem a fazer o teste do
bafômetro. Porém, a recusa por si só já caracteriza a infração.
Assim como quem tem a embriaguez atestada
no exame, quem se nega a soprar o aparelho também é multado em R$ 2.934,70 e
notificado a responder processo de suspensão do direito de dirigir pelo período
de um ano.
Além disso, mesmo que o condutor se recuse
a soprar o etilômetro, caso o perito da Polícia Técnico-Científica identifique
durante o exame clínico que a pessoa não está apta a dirigir, ao tem atitudes
como cambalear e falar coisas sem sentido, o cidadão pode responder também por
crime de trânsito. A pena é de seis meses a três anos de prisão.
Para quem se submete ao teste do bafômetro,
o índice que corresponde a crime é superior a 0,33 miligrama de álcool por
litro de ar expelido.
Conforme determina a legislação federal, os
condutores autuados pela Lei Seca têm direito à defesa em três instâncias antes
de efetivamente receberem a penalidade de suspensão da Carteira Nacional de
Habilitação (CNH).
DETRAN.SP:
O Detran.SP é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão. Para obter mais informações sobre o papel do Detran.SP, clique neste link: http://scup.it/aanx
O Detran.SP é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão. Para obter mais informações sobre o papel do Detran.SP, clique neste link: http://scup.it/aanx
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Disque Detran.SP – Capital e
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