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terça-feira, 10 de outubro de 2017

As violências do cotidiano e como sobreviver a elas



Por trás das notícias das mídias há incontáveis tipos de violências, sejam na forma de corrupção, assaltos, homicídios, terrorismos, catástrofes naturais, crises financeiras e desemprego. É fato que dor e sofrimento atraem mais atenção do que felicidade, mas é também o que mais ocorre. Além da possibilidade do próprio indivíduo passar diretamente pela situação.

É preciso aprender a viver e para isso duas aprendizagens fundamentais são necessárias para lidar com as violências diretas e indiretas da vida: fazer o razoável para evitar problemas e aprender a lidar com o problema, caso venha a ocorrer. Assim, cuidar bem do casamento para ser bom e aprender lidar com a possibilidade de ficar ruim; dedicar-se ao trabalho para garantir o sustento financeiro e aprender a lidar com a possibilidade de ser demitido; cuidar da própria saúde e aprender a lidar com a possibilidade de doença e certeza da morte; ser cauteloso para evitar assaltos e aprender a lidar com a possibilidade de ocorrer.

Somos educados para aprendermos a ser bem sucedidos, mas tão importante quanto, é aprendermos a perder, a sermos rejeitados, a ficarmos em segundo ou último lugar, a sermos traídos, a ter pouco dinheiro, a sermos demitidos e todos os outros sofrimentos normais da vida.

Pode-se pensar em lidar de três formas com as dores da vida: curá-las (resolver as causas delas), superá-las (tornar-se superior a elas) ou tolerá-las (apenas aguentar o seu peso no dia a dia). A Síndrome do Pânico é, no geral, curável; a morte de quem é amado, superável e o homicídio de um filho, tolerável com o tempo.

Para as pessoas não sentirem suas dores, lançam mão de distrações, seja trabalhando mais ou assistindo a mais “jogos de futebol”; anestésicos, como antidepressivos, chocolate ou calmantes; e negações, afirmando para si e para os outros que está bem, mas não está.

É preciso aprender a se distrair das dores do viver, a anestesiá-las, a aceitá-las, a enfrentá-las, a aceitá-las e a pensar em planos “B” e “C”.

E o meu avô me dizia melhor: “Bayard, tudo pelo que você passar na vida, um grande pensador já passou e escreveu bem sobre isso. Procure ele e estude-o”!




BAYARD GALVÃO - Psicólogo Clínico formado pela PUC-SP, Hipnoterapeuta e Palestrante. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras, treinamentos e atendimentos individuais utilizando esses conceitos.  www.institutobayardgalvao.com.br




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