Assim
como todo corpo, a região genital feminina também sofre alterações ao longo da
vida da mulher. Gravidez, parto, flutuações de peso e alterações hormonais,
especialmente após a menopausa, são alguns exemplos.
“O
trauma do assoalho pélvico pode determinar relaxamento do canal vaginal,
enquanto a privação hormonal pós-menopausa causa ressecamento da mucosa vaginal
e perda de turgor da vulva”, explica a médica uroginecologista Dra. Viviane
Herrmann. “As alterações comprometem a qualidade de vida e a autoconfiança
da mulher, podendo provocar desconforto e insatisfação na relação sexual,
sensação de ressecamento vaginal com irritabilidade e dor, além de perda
urinária aos esforços ou urgência, limitando a realização de atividades físicas
e o convívio social”, completa a médica.
“Com
a expectativa de vida crescente, a fase pós-menopausa é cada vez mais
prolongada, e em algum momento, as mulheres menopausadas apresentarão algum
sintoma comum a essa fase, sendo bem vindas as alternativas que colaborem para
se viver sempre com mais qualidade e bem estar. Acompanhando esse cenário, a
evolução da tecnologia tem sido uma aliada ao oferecer boas opções de
tratamento, cada vez mais práticas, menos invasivas e eficazes”, comenta a médica
dermatologista Dra. Christiana Blattner.
Especializada
no uso do laser, Christiana Blattner já incorporou o laser genital entre os
procedimentos de seu consultório, em Campinas. “Dermatologistas tratam a pele e
a mucosa, então é natural tratar também a mucosa vaginal”, esclarece a médica,
membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Apesar
de existirem outras opções de tratamento, como a cirurgia e a reposição
hormonal, o laser tem destaque por ser eficaz, não invasivo e sem complicações.
São geralmente necessárias duas a três sessões e os resultados são observados a
partir de quinze dias da realização do primeiro procedimento, que é realizado
no próprio consultório, com duração de 20 minutos. Não há relatos de grandes
desconfortos ou complicações e os benefícios são mantidos por longos períodos
de tempo.
“Importante
explicar que a perda involuntária de urina nem sempre está ligada somente à
menopausa, e pode acontecer com mulheres mais jovens. É fundamental o acompanhamento
médico do ginecologista para investigar as causas e oferecer opções de
tratamento mais indicadas a cada situação”, diz Dra. Viviane, professora
Livre Docente da área de Urologia Feminina da Unicamp.
COMO
O LASER AGE?
O
laser erbium:yag une duas tecnologias em um único aparelho, atuando suavemente
na região genital feminina. Devido ao aquecimento específico para essa área, o
laser estimula a produção de colágeno, revitalizando a mucosa vaginal e a
vulva, aumentando a elasticidade e capacidade de contração da vagina, que,
consequentemente, reduz os sintomas de ressecamento e a perda urinária. “As
fibras de colágeno dão firmeza à pele, melhorando o turgor e a musculatura
local’, complementa Dra. Christiana Blattner.
“A
ação do laser faz com que os tecidos e células sejam revitalizados e se tornem
mais firmes; daí o termo rejuvenescimento íntimo. Este fato pode promover a
melhora no suporte na bexiga, atenuando a perda urinária”, acrescenta a
ginecologista.
Segundo
a dermatologista Dra. Christiana, também é possível tratar a região da vulva,
melhorando a flacidez local. Indicada para o combate à flacidez, a
radiofrequência focada pode ser aplicada na região íntima, relacionada à
remodelação dos pequenos e grandes lábios, melhorando a função sexual e a estética
da região genital, reduzindo seu escurecimento e flacidez.
Como
efeito secundário do tratamento, as médicas Christiana Blattn
r e Viviane
Herrmann, que têm atuado juntas no tratamento de problemas urogenitais
femininos na região de Campinas, relatam também melhora na autoestima e maior
satisfação sexual das pacientes.
“Muitas
mulheres ainda tratam a saúde íntima como um tabu, mas conversar abertamente
com o médico, considerando todos os avanços que se tem hoje, é com certeza um
passo fundamental para se viver melhor”, diz Dra. Christiana. “Mulheres que não
se sentem confortáveis com a aparência da região íntima, em casos de
hipertrofia dos pequenos lábios, por exemplo, pós-episiotomia ou outras
cirurgias, também podem se informar com o médico para saber se há indicação do
laser genital para o tratamento”, comenta a médica.
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