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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Presentear o amado no próximo Dia dos Namorados pode custar até 79% em tributos, segundo levantamento do IBPT



Faltam poucos dias para a chegada da terceira data mais relevante para o comércio: o Dia dos Namorados. Mas o amor pode custar caro para os brasileiros neste ano não só pelo quadro de crise, desemprego e instabilidade, mas também pelas altas cargas tributárias embutidas nos preços finais dos presentes. Elas podem superar a casa dos 50% dos preços, como nos casos do champanhe (59,49%), do vinho (54,73%), da maquiagem (51,41%) e das joias (50,44%).

O alerta é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que encomendou levantamento para o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). “Se não tivesse toda essa carga, o consumidor teria um alívio, ainda mais em período de crise, em que os produtos sofrem efeitos da inflação e do câmbio”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Para os “amantes à moda antiga”, as flores consomem 17,71% de impostos. Do preço final de um perfume importado, 79% são de tributos. Outras cargas tributárias que chamam a atenção são do telefone celular (38,9%) e dos óculos de sol (44,18%). (Ver tabela completa mais abaixo)

Para o diretor regional do IBPT Alexandre Fiorot, os apaixonados precisam ser criativos na hora de presentear. “A voracidade do fisco é sem limite e os preços ficam pesados demais por conta da alta carga tributária. O peso esmagador dos tributos no Brasil se deve a uma legislação injusta, que privilegia a tributação sobre o consumo que impacta ricos e pobres da mesma forma (o valor dos tributos embutidos no preço de um produto é, em regra, o mesmo, independentemente da condição econômica do contribuinte consumidor)”.

Carga tributária – presentes Dia dos Namorados

Produto
Carga tributária
Bota
36,17%
Calça jeans
38,53%
Camisa
34,67%
Champanhe
59,49%
Flores
17,71%
Fondue de chocolate
38,51%
Fondue de queijo
36,54%
Hospedagem em hotel
29,56%
Jantar em restaurante
32,31%
Joias
50,44%
Livros
15,52%
Malha
34,13%
Maquiagem nacional
51,41%
Óculos de sol
44,18%
Pacote de viagem
29,56%
Perfume importado
78,99%
Porta-retrato
43,47%
Tablet
39,12%
Telefone celular
38,90%
Vinho
54,73%

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT  





 Associação Comercial de São Paulo (ACSP


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