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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Semana Nacional do Trânsito



ABRAMET propõe imunização para o mal que assola o país

Ainda muito distante do ideal, consagrando uma epidemia, o trânsito e o transporte preocupam a todos nós


Precisamos acelerar essa trajetória para alcançarmos o objetivo proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU), de reduzir em 50% o número de mortes no nosso trânsito até 2020. Para tal, precisamos de uma mudança radical da cultura para mobilidade, não só do motorista, mas também do nosso pedestre, dos governantes e de toda a cúpula dirigente do nosso país. Faz-se necessária a execução do Código de Trânsito Brasileiro que data de 1997, quando determina a “Educação de Trânsito” nas escolas. Até hoje, vários itens desse código não foram colocados em prática.

Educação continuada, formação de condutores, campanhas permanentes, policiamento ostensivo, participação ativa da sociedade, a fiscalização e a punição parecem abandonadas. Apesar das multas, infratores reclamam, mas não mudam seu comportamento. Velocidade, bebida, drogas, fadiga, sono e desatenções continuam fazendo parte do ranking causador de nossos tristes acidentes.

Como afirmamos, necessitamos de uma imunização em curto prazo e na qual a fiscalização e a punição precisam ser severas. Em longo prazo, atuando na mudança da cultura já na Pré-escola, aos cinco anos de idade, com educação de trânsito onde serão ensinados às crianças os perigos da “máquina sobre rodas”: para que serve, como fazer bom uso, sinalização de trânsito, evoluindo com leis, resoluções, até chegar ao curso secundário, onde dentro da Física, Química e Biologia seriam passados conhecimentos das ações de forças exercidas sobre o veículo, de doenças causadas pelo trânsito e mesmo pelo transporte de produtos perigosos.  Por que derrapam, por que capotam, efeitos do ruído, da vibração, consequências dos gases, vapores, poeiras e fuligem sobre o homem e meio ambiente. A necessidade real de utilização de equipamentos de segurança e tantas outras coisas que amadureceriam nosso jovem e, ao fim de 13 anos, teríamos novos cidadãos, conscientes, responsáveis, conhecendo os limites da máquina sobre rodas, o respeito mútuo e a própria vida.

Aos 18 anos, como cidadãos diferenciados, fariam um Curso de Formação de Condutores (CFC) com treinamento em simuladores, onde todas as adversidades seriam ensaiadas e sairiam dali para uma pista própria, para colocar em prática todo o aprendizado: de dia, de noite, na área urbana, pista molhada, desviar de obstáculo a 80 km/h, frear com freios comum e ABS, no sol, na chuva, neblina e por aí em diante.

Estamos convictos de que, dessa forma, atingiremos o objetivo reduzindo de maneira substancial a epidemia que hoje faz parte do nosso dia a dia. Certamente, estaríamos imunizando nossa população e erradicando um mal sistemático em nossas cidades.



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