Menos de
5% dos brasileiros conhecem a doença
Pesquisa IBOPE aponta que a Fibrose Pulmonar Idiopática é mais desconhecida entre pessoas mais velhas, seu principal grupo de incidência
Pesquisa IBOPE aponta que a Fibrose Pulmonar Idiopática é mais desconhecida entre pessoas mais velhas, seu principal grupo de incidência
No dia 07 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Fibrose
Pulmonar Idiopática (FPI), data designada para conscientizar a população sobre
a importância do diagnóstico e tratamento da doença. Em uma pesquisa sobre
doenças respiratórias, conduzida pelo IBOPE Inteligência e encomendada pela
farmacêutica Boehringer Ingelheim, menos de 5% dos entrevistados afirmam ter
conhecimento razoável, bom ou profundo sobre FPI, doença grave, rara e sem
cura, que ocasiona cicatrizes (fibroses) permanentes no pulmão, resultando no
declínio da função pulmonar. A pesquisa Panorama da Saúde Respiratória do
Brasileiro, foi realizada entre maio e junho de 2015 e consultou 2.010
pessoas de diferentes classes, gêneros e localidades do país. Com o objetivo
principal de levantar informações sobre o conhecimento da população brasileira
em doenças respiratórias, suas percepções sobre sintomas, tratamentos e impacto
nas atividades de rotina. A FPI apresenta sobrevida menor que muitos tipos de
cânceres - como de mama e próstata1 - e apesar de ter incidência
maior em pessoas com mais de 50 anos2, esse grupo representa
85% dos entrevistados que relatam não ter conhecimento sobre a FPI, como causas,
sintomas e tratamento.
A pesquisa demonstra que
96% dos entrevistados afirmam não saber nada ou conhecer pouco sobre a doença.
Para a parcela de respondentes que afirma ter algum conhecimento, foi
questionada qual seria a causa de FPI e a maioria afirma ser o tabagismo (56%),
seguido de infecções (40%) e poluentes (38%). “Na verdade, a Fibrose
Pulmonar Idiopática é uma doença sem causa conhecida (idiopática), porém há
fatores de risco, como: tabagismo, exposição prolongada a contaminantes
ambientais e infecções pulmonares virais ou bacterianas. Menos de 5% dos casos
são hereditários2”, explica o Dr. Adalberto
Sperb Rubin, pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre (RS) e um dos maiores
especialistas do país.
Dos entrevistados que
informam conhecer a doença os sintomas mais citados são, principalmente, o
cansaço (62%), a falta de ar (61%) e a tosse seca (45%). “Esses
são os principais sintomas de FPI”, pondera o Dr. Rubin, “porém, existem
indícios que são menos comuns, como, por exemplo, deformação na ponta dos
dedos, que ficam parecidos com baquetas de um tambor, devido ao tempo
prolongado de falta de oxigenação. É importante ressaltar que assim que os
primeiros sintomas sejam identificados é muito importante procurar um
especialista, fazer o diagnóstico o mais cedo possível e iniciar o tratamento
que pode desacelerar a perda de função do pulmão3.”
Já sobre o tratamento,
88% dos pesquisados afirmam não conhecer a existência de medicamentos para FPI.
Esse resultado pode refletir a situação de falta de alternativas terapêuticas à
época da condução da pesquisa. Antes órfãos de tratamento no Brasil e fadados a
manejar apenas os sintomas com o uso contínuo de oxigênio, atualmente os
pacientes podem contar com um medicamento inédito4.
Nintedanibe, lançado em
fevereiro de 2016 no mercado brasileiro, desacelera a progressão da doença em
50%2 e retarda as exacerbações2
(crises de piora súbita), responsáveis pelo falecimento de mais de 60% dos
pacientes com FPI que são hospitalizados5.
“A falta de conhecimento,
apontada pela pesquisa, é um sinal preocupante, principalmente entre pessoas
com mais de 50 anos. É de extrema importância que a população saiba mais sobre
doenças como a Fibrose Pulmonar Idiopática, tendo consciência que falta de ar e
tosse seca podem ser indícios da enfermidade e procurem imediatamente um
pneumologista caso apresentem esses sintomas. O diagnóstico e tratamento
precoces são essenciais para o paciente com FPI”, conclui o Dr Rubin.
Sobre a pesquisa PANORAMA
DA SAÚDE RESPIRATÓRIA DO BRASILEIRO
Para entender melhor o panorama da saúde
respiratória do brasileiro, a Boehringer Ingelheim do Brasil encomendou ao
IBOPE Inteligência a coleta de dados de uma pesquisa nacional com pessoas de
diferentes classes, gêneros e localidades. O principal objetivo é realizar um
levantamento sobre o quanto a população conhece as doenças respiratórias, suas
percepções sobre sintomas, tratamentos e impacto nas atividades de rotina, além
de saber mais sobre o comportamento de quem afirmou apresentar alguma(s) dessas
doenças. A pesquisa, feita com 2.010 pessoas entre maio e junho de 2015,
demonstra que 44% dos entrevistados apresentam sintomas respiratórios (tosse,
falta de ar, chiado no peito, coriza) que, geralmente, são percebidos como
manifestações de doenças como Fibrose Pulmonar Idiopática, asma, bronquite e
DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).
____
* Importante: as
respostas eram múltipla escolha
Sobre FPI
FPI é uma doença de causa desconhecida (idiopática), progressiva,
crônica e rara que afeta os pulmões, ocasionando cicatrizes (fibrose). Embora
os sintomas típicos da doença como falta de ar e tosse
crônica seca sejam evolutivos, na fase inicial da doença
estes são comumente confundidos com o envelhecimento, doenças cardíacas,
enfisema pulmonar, bronquite crônica ou outras doenças inflamatórias do
pulmão5. Estima-se que
50% dos pacientes são diagnosticados erroneamente e o tempo médio para o
diagnóstico é de 1 a 2 anos após o início dos sintomas6. Por isso a
importância da conscientização sobre essa doença.
Assim que os sintomas da FPI são percebidos, a ação recomendada é
procurar um médico pneumologista. As principais técnicas que possibilitam o
diagnóstico da FPI são o histórico médico, o exame físico, o resultado de uma
tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) e em alguns casos,
uma biópsia de pulmão3.
Boehringer Ingelheim -www.boehringer-ingelheim.com.br
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