Expectativa
da FecomercioSP é de que os postos de trabalho temporários no Estado não
ultrapassem 15 mil ante as 25 mil vagas criadas em 2014
A contratação de trabalhadores
temporários para o fim de ano no comércio varejista do Estado de São Paulo deve
atingir o menor número desde 2008 - período influenciado pelas incertezas
geradas pelo estouro da crise internacional. A expectativa é de que as
contratações não ultrapassem 15 mil ante os 25 mil postos criados em 2014, e de
que também haja menos contratos efetivados se comparados com o volume do mesmo
período do ano anterior. A expectativa de menor contratação e efetivação de
temporários está diretamente relacionada às projeções de queda das vendas. Em
relação ao faturamento real do varejo paulista, a projeção para 2015 é de que
registre retração de 6%.
As
informações compõem um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho
e Emprego.
A
criação de vagas para as festas de fim de ano normalmente tem início em outubro
e ganha força em novembro, mês que historicamente registra a maior geração
líquida de vagas formais (mais admissões e menos desligamentos) no varejo
paulista.
De
acordo com a assessoria econômica da Federação, a efetivação de contratos
temporários na virada de 2014 para 2015 já foi bastante fraca, uma vez que o
saldo acumulado entre outubro de 2014 e janeiro de 2015 foi negativo pela
primeira vez na série histórica - iniciada em 2008 -, e contou com a eliminação
de mais de 4 mil vagas, reflexo do desaquecimento das vendas do comércio e das
perspectivas negativas que já se desenhavam para 2015.
Levantamento
da FecomercioSP aponta que de janeiro a julho já foram eliminadas 57.259 vagas
no comércio varejista do Estado. Além disso, é a primeira vez, desde 2008, que
houve eliminação de postos de trabalho no varejo em todos os meses do ano até
julho, inclusive nos períodos com datas comemorativas, como Páscoa, Dia das
Mães e dos Namorados - quando o movimento e as vendas do comércio são
relativamente mais altos.
Entre
as causas dos desligamentos estão a queda das receitas somada ao aumento dos
custos e à falta de perspectiva de recuperação das vendas, que levam os empresários
do comércio a reduzirem despesas, o que, em muitos casos, significa diminuição
do quadro de funcionários.
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