É
preciso atenção para o volume das TVs, rádios e demais aparelhos sonoros
A
maioria das pessoas não sabe, mas o barulho diário, dentro de casa, causado
pelo som alto de tvs e rádios e até mesmo de eletrodomésticos vem afetando a
audição de muitos brasileiros. Somado a isso, ainda tem o ruído das ruas.
Quem mora em bairros movimentados e barulhentos corre riscos ainda maiores. Em
alguns locais das grandes cidades, por exemplo, medições sonoras mostram
alarmantes 90 decibéis. Nessa intensidade, após quatro horas diárias de
exposição ao ruído, o indivíduo poderá ter sua acuidade auditiva
afetada.
O pior
é que, dentro de casa, o som alto, muitas vezes, é prática corriqueira que pode
afetar a capacidade de ouvir, ao longo do tempo. Resultado: estão
aumentando os casos de perda auditiva, inclusive entre os jovens que não
desgrudam de seus fones de ouvido para ouvir música.
O
nível de barulho em nossa casa tem grande impacto. É o volume alto da TV, do
rádio ligado na cozinha, do liquidificador, do secador de cabelos; e se todos
forem ligados ao mesmo tempo, o barulho é maior ainda. É preciso respeitar os
limites de decibéis recomendados por especialistas, não só em respeito aos
vizinhos, mas em beneficio à própria saúde. A exposição contínua a ruídos
superiores a 50 decibéis pode causar perda progressiva da audição. E os
primeiros sintomas, em geral, são um zumbido nos ouvidos.
“Para
se ter uma ideia, uma conversa normal entre duas pessoas varia entre
45 e 55 decibéis. Já o barulho causado por uma furadeira chega a 81 decibéis e
por uma britadeira, a 100 decibéis. Se nas ruas não podemos evitar o barulho,
que se evitem os excessos em casa, a começar pelo tom de voz adotado e pelo
volume da TV. Infelizmente é comum o indivíduo só procurar tratamento
quando o caso já está mais grave. Qualquer dano à audição vai se somando ao
longo do tempo e os efeitos podem não ser logo sentidos. A exposição frequente
ao barulho pode levar, com o tempo, à perda permanente e irreversível da
audição”, lembra a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.
A
especialista lembra que além da exposição contínua ao ruído, outros fatores
podem levar à perda auditiva: doenças congênitas ou adquiridas, traumas, uso de
medicamentos ototóxicos e idade avançada (presbiacusia). 'Se já há
suspeitas de problemas para ouvir, o melhor é procurar um médico
otorrinolaringologista. É ele quem vai examinar, diagnosticar o grau e o tipo
de perda auditiva e qual a melhor solução. Muitas vezes o uso do aparelho
auditivo resolve o problema e é essencial para que o indivíduo resgate sua
autoestima e alegria de viver'.
Depois
do diagnóstico do médico, cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de
aparelho são mais indicados para atender às necessidades do deficiente
auditivo. “Ao comprovar a perda auditiva, o aparelho auditivo será então
regulado para tornar os sons audíveis para o paciente. Atualmente, há uma
grande diversidade de modelos, com design moderno, alguns até mesmo invisíveis
no ouvido (intraauriculares), adequados para diferentes graus de perda de
audição, bem discretos, que não ofendem a vaidade de quem usa”, conclui a
fonoaudióloga da Telex.
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