De
acordo com pesquisa, valor médio das compras virtuais no segmento de moda e
beleza em 2014 foi de R$ 432,00. Categoria também tem baixo índice de rejeição:
apenas 10% não comprariam pela web
Uma pesquisa
realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) analisou o mercado de moda e beleza na
internet e constatou um baixo índice de rejeição às compras virtuais deste
segmento. Apenas um em cada dez entrevistados (10%) disseram ter receio de
comprar produtos como roupas, sapatos e acessórios pela web. Os motivos mais
citados pelos internautas foram o medo de comprar sem experimentar antes, o
receio de não conseguir trocar o produto e o medo que o item seja diferente do
anunciado. Segundo a pesquisa, dois itens do segmento moda e beleza estão entre
os mais vendidos pela internet, considerando todas as categorias: calçados e
vestuário aparecem em 3º e 4º lugar, respectivamente no ranking geral, o que
representa cerca de 19,3 milhões de consumidores.
Os dados mostram
que o comércio online de
produtos de moda e beleza - composto pelos itens calçados,
vestuário, cosméticos, perfumes e acessórios - é feito principalmente em sites nacionais e
o valor médio de compra no segmento é de R$ 432,00. Além disso, a pesquisa
mostra que o índice de satisfação com a compra desses produtos é de 92% -
considerada alta pelos especialistas do SPC, chegando a 97% no segmento de
cosméticos e perfumaria.
Mulheres dominam as compras online do segmento
Os dados mostraram
que 24,9 milhões de pessoas compraram online produtos de moda e beleza em 2014.
O público que mais compra são as
mulheres, abrangendo 53% dos entrevistados. Os homens, porém, não estão longe e
já representam 47%. A faixa etária mais presente entre os consumidores do
segmento está entre 25 a 34 anos (40%), de 35 a 49 anos (31%) e de 18 a 24
(15%). As classes A/B são 51% do público e as classes C/D/E, 49%.
Índices de rejeição
são baixos no segmento
Para a
economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o índice de rejeição do
segmento é baixo, de 10%, mas existe: 17% dos entrevistados afirmam que jamais
comprariam calçados pela internet. Entre esses consumidores, o principal motivo
da rejeição da compra virtual é o gosto de experimentar e poder tocar o
produto, mencionado por 89%. Os números são parecidos quando se trata de
vestuários: a compra virtual de roupas é rejeitada por 16% dos entrevistados,
sendo que, entre esses, 86% apontam a impossibilidade de experimentar e tocar o
produto como o principal motivo da rejeição.
"Principalmente
em produtos que o tamanho e caimento são características muito importantes, os
consumidores ainda sentem a necessidade de ver, experimentar ou tocar antes de
comprar", diz. O receio de não conseguir trocar o produto faz que 39% dos
entrevistados rejeitem a compra virtual de calçados e 40% rejeitem a compra
virtual de vestuário.
Nos outros dois
itens avaliados, cosméticos, perfumes e acessórios, os percentuais de rejeição
são menores - respectivamente, 10% e 9%. "Essa melhora na rejeição se deve
ao fato de que são menos propensos a causar desgosto no consumidor quando este
receber o produto", explica a economista. "Uma bolsa ou cinto
dificilmente vai mudar muito do que o comprador espera dele, assim como o
perfume, que muitas vezes a pessoa que compra já conhece o cheiro".
Problemas na hora da compra ainda preocupam consumidores
O índice médio de problemas na compra de itens do segmento
equivale a 24%, o dobro do observado nas compras virtuais em geral (12%).
Para Kawauti, esse
dado merece a atenção dos portais de compras na internet. "A pesquisa
indica ser necessário investir em mecanismos capazes de diminuir os problemas
da compra pela internet, como entrega fora do prazo e o não recebimento dos
itens comprados", afirma a economista. "Oferecer maiores garantias de
segurança e explicar os procedimentos de trocas de maneira mais clara podem
atrair mais consumidores para o site", conclui.
Metodologia
Para a formulação da pesquisa, em janeiro de 2015 foram
ouvidas 676 pessoas das 27 capitais brasileiras, com idade igual ou superior a
18 anos, de ambos os sexos e todas as classes sociais. A margem de erro é de
3,7 pontos percentuais e a confiança é de 95%.
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