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quinta-feira, 3 de abril de 2014


Dia Nacional do Parkinsoniano é lembrado no dia 4 de abril

O progresso do Mal de Parkinson é lento, e, nas fases avançadas, pode haver comprometimento mental

A doença caracteriza-se pela associação de distúrbios motores, entre eles a lentidão de movimentos, rigidez corporal, instabilidade de postura, tremor, principalmente em repouso, e costuma ser diferente entre um lado e outro do corpo.

De acordo com o neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Paulo Rogério  Bittencourt, a doença provoca dano nos neurônios que produzem o neurotransmissor dopamina na estrutura do cérebro. O neurônio é responsável por notificar o controle e a coordenação dos movimentos, assim como da conservação da postura e dos músculos. "Por isso, os sintomas surgem quando muitos destes neurônios já morreram", destaca o médico.

A doença pode ser considerada genética pois uma parte vem dos genes e a outra parte causada por um componente ambiental. "Porém não passa direto de pais  para filhos. Trata-se de uma herança genética mais complexa e distante", ressalta o especialista.

A causa hereditária da doença vem sendo estudada nos últimos 10 anos. "Possivelmente, exista algum fator tóxico ambiental que desencadeie a doença, especialmente naquelas pessoas que possuem predisposição genética. Porém, não há comprovação científica sobre qual o fator ambiental", considera Dr. Bittencourt.

Tratamento especializado

O progresso do Mal de Parkinson é lento, e, nas fases avançadas, pode haver comprometimento mental. Por isso, a doença requer tratamento especializado. O objetivo é retardar a evolução dos sintomas e dos sinais clínicos, tornando os pacientes funcionais por muito mais tempo. "Vamos dizer que um homem começasse sua doença com 60 anos. Sem tratamento ele ficaria parcialmente incapacitado com cinco anos de evolução, dependente com 10 anos, e teria dificuldades em permanecer vivo com 15 anos", exemplifica o médico.

Hoje, este período praticamente foi duplicado devido a fisioterapia especializada e à uma série de orientações de hábitos de vida e medicamentos.O neurologista deve conduzir todo o tratamento, e não só ser consultado para receitar remédios. Uma doença neurológica precisa ser atendida por neurologistas clínicos que conheçam a doença. Caso contrário, os pacientes terão a evolução clínica antiga, de antes dos tratamentos que modificaram radicalmente a previsão de vida útil desta população", enfatiza o neurologista.

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