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quinta-feira, 3 de abril de 2014


CISA alerta sobre grupos mais suscetíveis aos efeitos do álcool

Com a proximidade do Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 7 de abril, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), organização não governamental que se destaca como uma das principais fontes no País sobre o binômio saúde e álcool, alerta sobre as potenciais consequências do consumo de bebidas alcoólicas, principalmente em grupos mais suscetíveis aos seus efeitos. 

O  álcool é um depressor do Sistema Nervoso Central (SNC) e age diretamente em diversos órgãos, como o fígado, o coração, os vasos sanguíneos e a parede do estômago. Seus efeitos na saúde são complexos e influenciados por diversos fatores individuais e aspectos do beber, sendo que alguns grupos são mais vulneráveis aos seus efeitos, ou ao seu potencial de desenvolvimento de problemas relacionados.

As mulheres atingem concentrações de álcool no sangue maiores do que os homens após consumirem a mesma quantidade de álcool, mesmo quando diferenças no peso corpóreo são levadas em conta. Isso ocorre porque a substância se mistura facilmente com a água do corpo e, como possuem proporcionalmente menos água que os homens, o álcool se torna muito mais concentrado, agravando seus efeitos. Ademais, elas também apresentam menores níveis de enzimas responsáveis pelo metabolismo do álcool, ou seja, esta substância permanece no corpo delas por mais tempo.

Além das mulheres, outros grupos considerados mais expostos aos efeitos do álcool são crianças e adolescentes, e idosos. O SNC dos primeiros ainda se encontra em desenvolvimento e suas vias neuronais estão mais expostas, suscetíveis aos danos causados pelo álcool, que pode comprometer suas funções. Nos idosos, os efeitos são mais rápidos e acentuados. Entre eles há maior risco de quedas, lesões não intencionais, além do agravamento de problemas doenças crônicas. Os fármacos que usam ainda podem ter seus efeitos alterados pelo uso concomitante do álcool.

Os transtornos relacionados ao uso do álcool são hoje considerados um problema contínuo para fins de classificação, ou seja, de acordo com número, frequência e intensidade dos problemas associados ao seu uso, o indivíduo pode ser considerado como apresentando um transtorno leve, moderado ou grave. Este diagnóstico não se correlaciona diretamente com a quantidade de álcool ingerida, que acaba sendo associada ao transtorno indiretamente, mas com as características deste consumo, dentre as quais o prejuízo apresentado, e a dificuldade em cessar o uso a despeito dos danos e consequências negativas para a saúde.

Especialista em dependência química, Dr. Arthur Guerra de Andrade, médico psiquiatra e presidente executivo do CISA, juntamente com a Dra. Camila Magalhães Silveira, médica psiquiatra e coordenadora do CISA, e demais pesquisadores da ONG, estão à disposição para conceder mais informações e esclarecer dúvidas sobre o assunto. Além disso, poderão comentar outros temas relacionados ao álcool:

ü  Álcool e jovens;

ü  Álcool e idosos;

ü  Padrões de consumo;

ü  Efeitos e consequências do uso nocivo do álcool;

ü  Consequências do consumo precoce de álcool;

ü  Comportamentos de risco associados ao álcool;

ü  Benefícios e malefícios do álcool;

ü  Fatores de risco e de proteção;

ü  Projetos de prevenção;

ü  Tratamento.

 

 

Centro de Informações sobre Saúde e Álcool www.cisa.org.br - http://www.facebook.com/pages/CISA - Twitter @CISA_oficial.

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