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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Carcinomatose peritoneal: tratamentos de alta complexidade trazem maior sobrevida e até mesmo a cura



Doença geralmente originária de um câncer requer especialistas capacitados e hospitais de referência para oferecer melhor prognóstico a pacientes

A carcinomatose peritonial é a disseminação intra-abdominal de um câncer, que sai de seu órgão de origem e se espalha pelo peritônio, membrana de revestimento interno do abdome. 

As causas de carcinomatose peritonial são câncer de intestino, câncer do apêndice,  pseudomixoma - que é um acúmulo de mucina no abdômen, mesotelioma peritonial, câncer de ovário, câncer de pâncreas, câncer de estômago, câncer de mama e também o câncer primário de peritônio.

De acordo com o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz,  titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e médico cirurgião oncológico dos hospitais São José e São Joaquim da Real e Benemérita Beneficência Portuguesa de São Paulo, antigamente não havia qualquer expectativa de cura para o paciente com carcinomatose peritonial. Hoje em dia, o prognóstico é bem diferente. 

"Com o advento da cirurgia denominada peritoniectomia e a técnica de quimioterapia quente no abdômen no intra-operatório, chamada quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC), alguns pacientes chegam à cura da carcinomatose. Outros, são beneficiados com sobrevidas muito longas", afirma. 

Infelizmente, nem todos os pacientes se beneficiam da cirurgia. 

"A carcinomatose peritonial de origem gástrica ou pancreática normalmente é acompanhada de prognóstico muito ruim, sem benefício do tratamento. Por outro lado, casos originários de pseudomixoma, câncer de ovário, câncer primário de peritônio, câncer de apêndice, de intestino e do mesotelioma abdominal são os que melhor respondem à cirurgia." 

Origem e prognóstico
O peritônio é a membrana que reveste a parte interna da cavidade abdominal e recobre órgãos como estômago, intestinos, reto, bexiga e útero. Toda esta camada é rica em vasos do sistema linfático, que integram o sistema de defesa do organismo.

Embora haja a possibilidade da carcinomatose peritonial começar no próprio peritônio, esta origem é bastante rara. Os mais comuns são os casos que começam no ovário, no intestino ou no apêndice, explica o especialista.

Tratamento
O tratamento do carcinomatose peritonial, embora já exista há muitos anos no Brasil, requer médicos especialistas, com ampla experiência em cirurgia de carcinomatose e hospitais de referência, com excelente infraestrutura de UTI. 

A cirurgia consiste em retirar todo o peritônio doente e também alguns órgãos, quando necessário, para em seguida aplicar a quimioterapia quente.

"São cirurgias de alta complexidade, que só podem ser realizadas em centros com experiência neste procedimento. A utilização de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) também é imprescindível."



Novas terapias para atrofia vaginal trazem de volta o prazer sexual da mulher




 Mulheres que passaram por tratamento contra o câncer ou estão na menopausa podem ter atrofia vaginal e não saber. Terapias inovadoras para esse problema serão apresentadas no Congresso da SOGESP


Mais de 50% das mulheres que passaram por cirurgia de remoção de mamas, de ovários e de.útero ou que estão na menopausa sofrem com sensações de desconforto durante a atividade sexual, como dor, ardência e sangramento.

Esses sintomas são causados pela atrofia vaginal, que é uma alteração na mucosa que recobre a vagina, provocada pela diminuição dos níveis de hormônios femininos, como o estrogênio.

No entanto, pesquisas indicam que 70% dessas mulheres não relatam esses fatos ao seu ginecologista, por vergonha ou por desconhecimento das causas do problema. 

As que estão na menopausa não se queixam porque acreditam que o desconforto sentido durante a relação sexual faz parte do processo de envelhecimento e, por isso, não buscam ajuda.

Por outro lado, durante as consultas de rotina, muitos dos próprios ginecologistas não costumam perguntar às pacientes se elas sentem sintomas relacionados à atrofia vaginal.
Como resultado, um contingente expressivo de mulheres tem sua vida sexual comprometida, sendo que muitas reduzem ou evitam a atividade sexual, por medo de sentir os sintomas.

Isso acaba por agravar ainda mais a situação, já que uma vida sexual ativa e regular ajuda na manutenção da saúde da região íntima.

O tratamento de atrofia vaginal tradicionalmente era feito apenas com o uso de reposição hormonal via oral ou aplicação tópica de pomadas ou lubrificantes.

Mas, recentemente, novas tecnologias surgiram, como a radiofrequência e o laser, para tratamento da doença.

Essas tecnologias inovadoras trazem uma solução especialmente para mulheres que sofrem com o problema e não podem utilizar terapias hormonais.

Durante o XXI Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia da SOGESP – Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, um grupo de especialistas discutirá as diversas opções atualmente disponíveis para o tratamento da atrofia vaginal.

O evento (Top Tema 60 – Recuperação da fisiologia vaginal) acontecerá no último dia do congresso (27 de agosto – sábado), das 14 h às 15h30, na sala G – Salim Wehba.

A aplicação dessas novas técnicas, feita de maneira isolada ou associada às formas convencionais de tratamento hormonal, pode ajudar a trazer de volta o prazer sexual para um número expressivo de mulheres que hoje sofrem sem ter consciência de que essa doença existe e de que já estão disponíveis diferentes possibilidades de tratamentos a serem decididos em conversa com seu médico.




Dra Márcia - especialista em Ginecologia e Obstetrícia, com qualificação em Genitoscopia pela Associação Brasileira de Genitoscopia e Diretora Vice-Presidente do Capítulo de São Paulo da Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia.


Fumar pode acabar com sua voz



29 de Agosto marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo
Saiba por que o cigarro pode prejudicar as cordas vocais e facilitar o aparecimento de doenças graves, como câncer de laringe


Sim. Todo mundo sabe. Cigarro faz muito mal à saúde. Mas o que pouca gente sabe é que o hábito de fumar pode ser nocivo também à voz. Não é a toa que fumantes de longa data tenham a voz mais rouca. A fumaça e as substâncias presentes no cigarro podem lesionar o aparelho respiratório e as cordas vocais. “Dependendo da intensidade e da extensão da lesão, a pessoa pode perder a voz”, explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Cícero Matsuyama.

O hábito de fumar causa no aparelho respiratório uma verdadeira pane. A pessoa que fuma está inalando não somente a fumaça, mas várias partículas altamente nocivas, que vão queimar aos poucos todo trato respiratório. O corpo responde a essa agressão liberando radicais livres, que, em excesso, oxidam as células saudáveis. Além disso, o pulmão sofre com essa toxicidade e, no longo prazo, vai se corroendo. A produção de muco, que reflete a tentativa do organismo de liberar substâncias nocivas, aumenta. Não à toa, fumantes tossem muito.

A rouquidão persistente deve ser, dessa forma, um sinal de alerta importante, pois pode sugerir o início de distúrbios graves na região e ser o primeiro sintoma de câncer de laringe. Em estágios mais avançados da doença, entra em cena a dor, tosse e sangramento. “Alguns sintomas podem indicar que há uma enfermidade grave no aparelho respiratório, decorrente do fumo, como tosse de difícil controle clínico, acompanhada de secreção sanguinolenta, diminuição do peso e fraqueza”, esclarece o médico.

Vale ressaltar que o câncer de laringe, por exemplo, é mais frequente em pacientes do sexo masculino, acima de 50 anos, que fumam. A rouquidão, por sua vez, pode ser consequência também de uma doença da laringe, conhecida como Edema de Reinke, que faz as pregas vocais incharem, modificando o tom de voz de quem possui esse distúrbio. Essa doença é mais comum em mulheres.

Embora possa ter outras causas, o hábito de fumar ainda é o mais importante fator desencadeador do Edema de Reinke. “Depois de tratada a doença, o paciente precisa parar de fumar, caso isto não ocorra, o edema pode voltar”, detalha o otorrinolaringologista do CEMA. Por isso, caso perceba qualquer alteração nas cordas vocais, marque consulta com um especialista para evitar danos permanentes. 



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