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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Novembro Azul: diagnósticos mais precisos diminuem risco do câncer de próstata


Exames minimizam resultados falso-negativos


A campanha Novembro Azul foca em uma das principais causas de mortalidade masculina: o câncer de próstata, glândula localizada na parte baixa do abdômen. A doença atingiu mais de 61 mil homens no Brasil, somente entre 2016 e 2017, segundo estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, ainda de acordo com o Inca, a estimativa é que, a cada hora, sete homens recebem o diagnóstico da doença. Além do exame clínico, conhecido como toque retal, exames mais avançados permitem o diagnóstico antecipado da patologia que atinge a região.

Estudos que envolvem a biologia molecular e a genética, como a incorporação de painéis de SNP (polimorfismo de nucleotídeo único) para risco de câncer de próstata na prática clínica, tem como foco oferecer um potencial melhor na seleção de pacientes para rastreio de câncer de próstata, na interpretação do PSA, por exemplo, corrigindo a presença de SNPs que influenciam níveis de expressão de PSA, na decisão de biópsia, usando SNP de risco para PC, e de tratamento. Porém, o algoritmo clínico que incorpora esses SNPs de risco para o câncer da próstata ainda é discutido.

Nelson Gaburo, gerente geral do DB Molecular, explica que, além do toque retal, realizado periodicamente após os 50 anos de idade, o antígeno específico da próstata (PSA), presente em soro, é um marcador muito utilizado na detecção precoce do câncer de próstata, mas a especificidade é limitada. “Esses métodos de prevenção apresentam falso-negativos, que retardam o diagnóstico, e falso-positivo, que aumentam os custos com tratamentos e preocupam muito os pacientes”, explica Gaburo. O ideal, segundo ele, é combinar exames para garantir melhor precisão.


Tipos de exames

O teste proPSA, que calcula o índice de saúde prostático (PHI), facilita a determinação de risco de câncer de próstata e apresenta sensibilidade de 90% nos exames feitos. “Notamos que esse tipo de exame é três vezes mais específico do que os convencionais, e ainda conta com resultados personalizados, que mostram avaliação de risco individual do paciente”, ressalta.
Se o toque retal apresentar alguma anomalia, o 4kscore é o exame indicado para avaliar a agressividade do tumor. “A análise apresentada por esse diagnóstico indica se há a presença de nódulos. Por ser mais detalhado, serve como ferramenta para verificar se há necessidade de realizar biópsia ou outros procedimentos”, comenta Gaburo.

Outros exames disponíveis no mercado é o PSA total, onde os valores alterados indicam a necessidade de monitoramento e avaliação médica, e o PSA livre, voltado para pacientes a partir dos 50 anos de idade, principalmente para pesquisar câncer em homens com próstata normal à palpação. “O avanço na área de diagnóstico molecular permitiu que exames específicos foram utilizados e tratamentos adequados fossem feitos”, alega o gerente geral.





DB Molecular



São Paulo realiza a 2ª Caminhada da Prematuridade


Centenas de pessoas vão se vestir de roxo para dar visibilidade à prematuridade, principal causa da mortalidade infantil no país


Em São Paulo a média da taxa de nascimento de prematuros em 10% do total de partos. A cada 10 bebês, um é prematuro


No próximo domingo, dia 25/11, um grupo muito especial vai vestir de roxo com uma importante missão: participar da 2ª Caminhada da Prematuridade de São Paulo. O objetivo é superar a adesão do ano passado quando cerca de 200 pessoas participaram do evento e todas as instituições são bem-vindas a compor a caminhada.

Este ano, a concentração vai ser no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e a caminhada vai em direção à Avenida Consolação.

A ação é organizada pela Residência Multiprofissional em Neonatologia do Hospital das Clínicas, com participação ativa da enfermeira Patrícia Ponce de Camargo, e apoio da ONG Prematuridade.com, referência sobre o tema no país, busca dar visibilidade à prematuridade, principal causa de mortalidade infantil no Brasil. O país ocupa a 10 colocação no ranking mundial da prematuridade em que mais de 12% dos partos realizados são de prematuros.
Estudos ainda não divulgados, realizados na Capital, e números do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas confirmam que a taxa de prematuridade em São Paulo gira em torno de 10% do total de partos.

Com cerca de 300 mil bebês nascidos anualmente no país com menos de 37 semanas de gestação, o nascimento antes desse período é responsável por 53% dos óbitos registrados pelo Ministério da Saúde no primeiro ano de vida dos bebês.

Bebês com Muito Baixo Peso ao Nascer – MBPN - são frágeis do ponto de vista clínico e podem sofrer os efeitos de diversas complicações como malformação congênita, deficiências auditivas e visuais, disfunção reativa das vias aéreas (asma), deficiências de crescimento e distúrbios de comportamento. Cerca de 10% dos bebês com MBPN sofrem de paralisia cerebral.

Gestação na adolescência, falta de cuidados pré-natais, tabagismo, obesidade e desinformação são alguns dos desencadeadores da prematuridade no Brasil, segundo estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

"A caminhada contará com a participação de mães com seus bebês nascidos prematuros, além de adultos que também foram prematuros e hoje compartilham a experiência em prol da causa, bem como profissionais de saúde que atuam nas unidades neonatais e nas Unidades Básica de Saúde. Esperamos os participantes vestidos de roxo, colorindo a Avenida Paulista com balões para ampliar a conscientização sobre o tema", comenta Luana Lima de Jesus, enfermeira formada pela Universidade Federal de São Carlos com especialização em enfermagem neonatal no Hospital Albert Einstein e residente do setor de neonatologia de enfermagem do Hospital das Clínicas a organizadora da caminhada.

O novembro roxo surgiu a partir da definição do dia 17 de novembro como Dia internacional de sensibilização para a prematuridade. A data foi escolhida para homenagear o nascimento da filha de um dos fundadores da Fundação Europeia para o cuidado da Criança Prematura, da sigla em inglês EFCNI. No mesmo ano a organização de caridade Mach of Dimes dos Estados Unidos escolheu o dia 17 para conscientização do tema. A cor roxa é a escolhida para colorir a causa porque representa renovação e transformação.

"A ação da ONG Prematuridade.com em São Paulo faz parte de uma mobilização nacional com caminhadas de conscientização em cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife e Santos. Queremos que cada vez mais pessoas se engajem na causa. Esperamos os participantes vestidos de roxo, colorindo a avenida da praia com balões para ampliar a conscientização sobre o tema", comenta Aline Hennemann, vice-diretora executiva Prematuridade.com.


Novembro Roxo

O Novembro Roxo, reconhecido internacionalmente pela luta, ainda não ganhou representatividade no Brasil como tem no exterior. Para inserir a demanda na agenda pública brasileira, serão distribuídos materiais informativos em um trabalho de sensibilização com parlamentares e sociedade civil. Países como Estados Unidos da América, México, Alemanha, entre outros, juntamente com a Global Illumination Initiative, iluminam de roxo - cor símbolo da causa - prédios públicos e monumentos. Alguns exemplos são Empire State Building, Niagara Falls, Portão de Brandenburgo, entre outros.


Sobre a ONG Prematuridade.com

A Associação Brasileira da Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – Prematuridade.com, nasceu em 10 de abril de 2011 com um blog sobre prematuridade e uma página no Facebook. Em novembro de 2014, a iniciativa foi além e nasceu a ONG Prematuridade.com. A Organização não é vinculada a nenhuma marca, empresa ou instituição, mas trabalha em parceria com esses para a realização de projetos voltados à prevenção do parto prematuro, educação continuada para equipes neonatais e a área da busca de implementação de políticas públicas voltadas à causa – "advocacy". Hoje a entidade está ligada as mais importantes organizações internacionais dedicadas à causa, a March of Dimes e a EFCNI – Fundação Europeia para o Cuidado dos Recém-nascidos, representando o Brasil na Rede Mundial de Prematuridade - World Prematurity Network. À frente da Associação Nacional Prematuridade.com Denise Suguitani fundadora e diretora-executiva e Aline Hennemann, vice-diretora executiva, e uma equipe de apoiadores das áreas de Comunicação e Conselhos Fiscal e Científico.




SERVIÇO:

O QUE: 2ª Caminhada da Prematuridade em São Paulo
QUANDO: Domingo, dia 25/11/2018
LOCAL: Concentração no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e chegada na Avenida Consolação
HORÁRIO DE CONCENTRAÇÃO: às 9:30 horas




05 fake news sobre a Homeopatia


21 de novembro: Dia Nacional da Homeopatia



A homeopatia, criada por Samuel Hahnemann, em 1796, foi introduzida no Brasil em 21 de novembro de 1840, por Bennoit Mure (ou Bento Mure). Por essa razão, esta é a data em que se comemora o Dia Nacional da Homeopatia.

“A homeopatia é a terapia alternativa que mais sofre coma disseminação das fake news, nos dias de hoje. Isso não ocorre, por exemplo, com a acupuntura - especialidade também reconhecida pelo CFM -, nem com a ‘medicina ortomolecular’, que por não ser ainda uma especialidade médica, deveria ser chamada sempre de prática ortomolecular. Em relação à homeopatia, o que presenciamos, frequentemente, são declarações públicas contra a especialidade, muitas vezes, proferidas por pessoas que desconhecem as bases científicas da homeopatia”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

A seguir, listamos algumas das fake news mais repetidas sobre a homeopatia, destacando como elas estão em desacordo com as evidências científicas que temos até agora:

01)             “Não há evidências científicas de que a homeopatia funcione”

“Esta é provavelmente a declaração mais frequentemente citada e completamente imprecisa sobre a especialidade. A pesquisa em homeopatia não é um campo novo, há um grande número de estudos científicos sobre o tema, mas eles não são adequadamente divulgados”, diz o homeopata.

Até o final de 2014, 189 ensaios clínicos randomizados e controlados sobre a homeopatia, em 100 condições médicas diferentes, foram publicados em periódicos revisados por outros pesquisadores. Destes, 104 artigos foram controlados por placebo e foram elegíveis para revisão detalhada:

  • 41% foram positivos (43 ensaios) - descobriram que a homeopatia era eficaz;
  • 5% foram negativos (5 ensaios) - descobriram que a homeopatia era ineficaz;
  • 54% foram inconclusivos (56 ensaios).


Uma análise de 1016 revisões sistemáticas da medicina convencional apresenta achados surpreendentemente semelhantes:

  • 44% foram positivos - os tratamentos provavelmente seriam benéficos;
  • 7% eram negativos - os tratamentos provavelmente eram prejudiciais;
  • 49% eram inconclusivos - as evidências não suportavam benefício ou danos.

Embora os percentuais de resultados positivos, negativos e inconclusivos sejam semelhantes na homeopatia e na medicina convencional, é importante reconhecer uma grande diferença na quantidade de pesquisas realizadas.

02)             "Não há um único ensaio de boa qualidade sobre a homeopatia"

“Muitas pessoas acreditam que todos os ensaios clínicos controlados randomizados de alta qualidade resultaram negativos para a homeopatia. Isso é falso”, diz Chencinski.

Abaixo, estão alguns exemplos de ensaios clínicos controlados randomizados de alta qualidade e revisões sistemáticas / meta-análises positivos:

  • Tratamento homeopático individualizado para diarreia em crianças. Uma meta-análise de três ensaios clínicos randomizados, controlados por placebo, de Jacobs et al. 2003 mostrou que o tratamento homeopático reduziu a duração da diarreia (p = 0,008);
  • Tratamento homeopático individualizado para infecções de ouvido (otite média) em crianças;
  • O medicamento homeopático Galphimia glauca para febre do feno (rinite alérgica);
  • O medicamento isopático Pólen 30c para febre do feno;
  • O complexo medicamentoso homeopático Vertigoheel para vertigem.

Mais pesquisas são necessárias para confirmar as descobertas desses estudos promissores, particularmente repetições em grande escala feitas por outras equipes de pesquisa.

03)             "Cientistas dizem que a homeopatia é impossível"

“Nem todos os cientistas acreditam que a homeopatia é impossível. Luc Montagnier, que ganhou um prêmio Nobel, em 2008, por seu papel na descoberta do HIV, diz que os homeopatas estão certos em usar altas diluições”, afirma o médico.

Em uma entrevista para a revista Science, quando perguntado: "Você acha que há fundo científico na homeopatia ...?", Ele respondeu, "... O que eu posso dizer agora é que as altas diluições estão certas. Altas diluições de algo não são nada como muitos dizem. São estruturas de água que imitam as moléculas originais”.

A ciência é um campo em constante evolução e o que o establishment científico declara ser "impossível" em uma época, muitas vezes provou ser "fato" em outra.

Para tomar apenas um exemplo famoso de reviravoltas médicas, em 1982, quando Barry Marshall e Robin Warren expuseram pela primeira vez sua teoria de que a infecção bacteriana era uma causa subjacente das úlceras estomacais, esta ideia foi ridicularizada.

Os cientistas disseram que era impossível que as bactérias sobrevivessem ao ambiente ácido do estômago, muito menos prosperassem lá, mas, anos depois, Marshall e Warren foram reconhecidos quando finalmente se aceitou que eles estavam certos: a infecção por Helicobacter pylori é de fato a causa mais comum de úlceras estomacais.

Em 2005, eles receberam o prêmio Nobel de Fisiologia. Na citação do Nobel, os médicos foram elogiados por sua “tenacidade e disposição para desafiar os dogmas vigentes”.

“Enquanto os cientistas continuam investigando como os medicamentos homeopáticos têm um efeito biológico, talvez devêssemos ser mais cautelosos sobre o uso da palavra impossível, quando se trata de qualquer faceta da ciência médica”, defende Moises Chencinski.

04)             "Não há nada nesses medicamentos - são apenas pílulas de açúcar"

Os críticos da homeopatia apontam para o fato de que os medicamentos homeopáticos são tão altamente diluídos e que não há "nada neles". Isso decorre do fato de que os líquidos usados ​​para fazer alguns medicamentos homeopáticos são diluídos além do limiar conhecido como número de Avogadro (diluição 10-23). Isso significa que o líquido é tão altamente diluído que você não esperaria que nenhuma molécula da substância original permanecesse.

São estas "ultradiluições" (medicamentos homeopáticos com potência acima de 12 CH ou 24 X) que geram controvérsia, porque claramente não podem funcionar da mesma maneira que as drogas médicas convencionais, ou seja, através de moléculas que interagem diretamente com a bioquímica do corpo.

“Pesquisadores de todo o mundo estão investigando o mecanismo de ação dos medicamentos homeopáticos, que provavelmente se baseiam na física quântica e não na química. Embora existam várias teorias sendo exploradas, ainda não entendemos como funcionam os medicamentos homeopáticos”, observa o homeopata.

O que sabemos é que muitos estudos laboratoriais mostraram que remédios homeopáticos ultradiluídos têm efeitos biológicos que você não veria se fossem "apenas água" ou "apenas pílulas de açúcar", como, por exemplo:



05)             “A homeopatia é apenas efeito placebo”


É frequentemente alegado que os medicamentos homeopáticos são “apenas pílulas de açúcar”, que não contêm ingredientes ativos, portanto quaisquer benefícios relatados pelos pacientes se devem puramente ao efeito placebo, ou seja, as pessoas acreditam que as pílulas vão ajudar e essa crença por si só desencadeia uma cura.

“Com qualquer tratamento médico é provável que haja algum ‘efeito placebo’ e, nesse aspecto, a homeopatia não é diferente, mas a teoria de que os efeitos da homeopatia são apenas uma resposta placebo não é apoiada pelas evidências científicas”, destaca o médico.

Se a homeopatia é apenas um efeito placebo, como se explica:

  • A existência de ensaios sobre placebo controlados de alta qualidade positivos?

Esses ensaios são projetados especificamente para separar o efeito placebo do efeito clínico real do tratamento que está sendo testado.

  • Medicamentos homeopáticos com efeitos em experimentos de laboratório?

Efeitos foram observados em glóbulos brancos, sapos e plantas de trigo, para citar apenas alguns exemplos.

  • O fato de a homeopatia poder funcionar em animais?

Um rigoroso estudo descobriu que um medicamento homeopático pode prevenir a diarreia por E. coli em leitões - um grande problema na agricultura comercial.







Moises Chencinski

Site: http://www.drmoises.com.br


Brasil promove principal evento de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita da América Latina



De 22 a 24 de novembro o Centro de Convenções Goiânia, em Goiás, reúne centenas de médicos do Brasil e do exterior para a 35a edição do maior evento de arritmias cardíacas da América Latina e um dos mais representativos do mundo, promovido pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).  São três dias de mais de 100 atividades em torno de discussões científicas capitaneadas por grandes nomes da cardiologia nacional e internacional de 10 países diferentes.

“É sem dúvida o mais importante congresso de atualização profissional que integra conteúdos científicos mais recentes para o tratamento das arritmias cardíacas, doença que atinge mais de 20 milhões de brasileiros e causa a morte de mais de 320 mil deles todos os anos”, relata o presidente do evento, o cardiologista Anis Rassi Jr.
Contando com formato dinâmico de apresentação multidisciplinar entre profissionais da área clínica, eletrofisiologia e estimulação cardíaca artificial, a programação do Congresso Brasileiro da SOBRAC tem entre seus destaques o simpósio conjunto com a Sociedade Latino Americana de Ritmo Cardíaco (LAHRS) sobre atualização em terapia de ressincronização cardíaca; simpósio Luso-Brasileiro sobre inovações no tratamento das arritmias cardíacas e na estimulação cardíaca artificial; o simpósio conjunto com a Sociedade Europeia do Rítmo Cardíaco (EHRA) sobre novas indicações e avanços na ablação por cateter; dois cursos interativos sobre mistérios da fibrilação atrial e os dilemas no manejo das arritmias cardíacas; mesas-redondas, conferências e debates abordando temas de interesse global como: doença de Chagas, CDI subcutâneo, síncope, arritmias na sala de emergência, arritmias geneticamente determinadas e manejo da fibrilação atrial após resultados de estudos randomizados recentes.
“A grade do evento compreende o contexto das arritmias cardíacas no mais amplo aspecto de suas ocorrências, em tipos e públicos acometidos, de bebês a idosos, considerando as práticas mais inovadoras de tratamento de acordo com as características da doença e perfil de paciente”, relata o presidente da SOBRAC e coordenador geral do Congresso, dr. José Carlos Moura Jorge.

Sobre as arritmias cardíacas:

Arritmia cardíaca é a alteração que ocorre na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações do ritmo cardíaco.  
As arritmias podem ser benignas e malignas. Indivíduos diagnosticados com taquicardia, bradicardia ou que já apresentam problemas cardíacos, como infarto e insuficiência cardíaca, estão no grupo de maior risco. 


Qual é o ritmo cardíaco adequado?

A frequência cardíaca é medida pelo número de pulsação do coração por uma unidade de tempo, geralmente em minutos, expressada por BPM (batimentos por minuto). A frequência cardíaca normal é de 50 bpm a 100 bpm. No entanto, quando os batimentos estão em 100 bpm em repouso, são considerados altos; abaixo de 50 por minuto, em situações de repouso, são considerados baixos. 


Quais são os tipos de arritmias cardíacas?

De forma geral, existem dois tipos de alteração do ritmo cardíaco: a taquicardia, quando o coração bate rápido demais, e bradicardia, quando as batidas são muito lentas. Em ambas as situações, a pulsação pode também ser irregular, em descompasso, sendo sua pior consequência a morte súbita cardíaca (MSC). Para estas situações é imprescindível o tratamento. 


Qual a gravidade?

Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar parada cardíaca e morte súbita; em outras circunstâncias, apenas sintomas. 


O que é a morte súbita?

A morte súbita cardíaca ocorre de forma instantânea, inesperada, causada pela perda da função do músculo cardíaco, em consequência às alterações do ritmo cardíaco. Geralmente, está associada a doenças como infarto do miocárdio, hipertensão arterial, valvopatias, cardiopatias congênitas e miocardiopatias (doença de Chagas; miocardiopatia hipertrófica, quando há um aumento no tamanho do músculo cardíaco e que causa arritmia; displasia arritmogênica do ventrículo direito, quando as células do músculo cardíaco são substituídas por células gordurosas, dentre outras). 


Quem está sujeito às arritmias cardíacas e à morte súbita?

De modo geral, pacientes com cardiopatia estrutural. Entretanto, qualquer pessoa pode ser diagnosticada com arritmia cardíaca, independentemente de faixa etária, sexo ou condição socioeconômica. As arritmias cardíacas podem acometer recém-nascidos, jovens saudáveis e atletas. 


Quais os sintomas de uma arritmia cardíaca?

Os principais sintomas das arritmias cardíacas são cansaço, palpitações, desmaios, tontura, confusão mental, fraqueza, pressão baixa e dor no peito. 


Como é o diagnóstico da arritmia cardíaca?
Quando uma pessoa percebe que seu coração está batendo de forma inadequada, deve procurar um cardiologista para avaliação inicial. O médico fará um exame clínico detalhado e, se necessário, solicitará exames complementares. 


Qual tratamento de uma arritmia cardíaca?
Quem determinará o tratamento adequado é o médico especialista em arritmias. Os tratamentos mais comuns são: medicamentoso, por ablação por cateter ou ainda por Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI), como Marcapasso (MP), Cadioversor Desfibrilador Implantável (CDI) ou Ressincronizador. 


Como prevenir as arritmias cardíacas e a morte súbita?

Para prevenir as arritmias cardíacas, assim como demais doenças, é preciso ter hábitos saudáveis, manter uma alimentação adequada, não ingerir ou não se exceder no consumo de bebidas alcoólicas e energéticos e não fazer uso de tabaco. Também é importante dar atenção à saúde emocional e evitar o estresse.

Embora toda atividade física e/ou esportiva traga benefícios à saúde, antes de iniciá-la deve-se ter orientação de um especialista. 

Por fim, é recomendado consultar-se regularmente com um cardiologista, pelo menos uma vez por ano, e prestar atenção aos sinais do seu coração: pulsações irregulares, batimentos cardíacos intensos e cansaço demasiado sem motivo aparente. 




Programação Oficial do 34º Congresso Brasileiro De Arritmias Cardíacas: http://bit.ly/2DIybsa

XXXV Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas
Data: 22 a 24 de novembro de 2018
Local: Centro de Convenções de Goiânia
Endereço: Rua 4, 1.400 - Setor Central, Goiânia (GO)

Bebês prematuros têm maior risco de apresentar crises epiléticas


Risco é 6 vezes maior para os prematuros quando comparados aos bebês que nascem após 37 semanas de gestação



Estamos no Novembro Roxo, mês eleito para falar sobre a prematuridade. 

Apesar dos avanços da medicina neonatal, o número de partos que ocorrem antes que a gravidez complete 37 semanas ainda é alto. São cerca de 340 mil por ano, em todo o mundo. Uma das consequências de nascer antes do tempo previsto é o aumento do risco de apresentar crises epiléticas neonatais (CEN).

De acordo com estudos, peso abaixo de 1,5 kg é um importante fator preditor das crises epilépticas em prematuros, sendo a incidência seis vezes maior quando comparada aos bebês que nasceram a termo, ou seja, após 37 semanas de gestação.

Segundo a neuropediatra Dra. Andrea Weinmann, especialista Neurofisiologia e Eletroencefalografia, as crises epilépticas são mais comuns após o nascimento (período neonatal) do que em qualquer outra fase da vida. “Chamamos de período neonatal os primeiros 28 dias após o nascimento nos bebês nascidos a termo e até as 44 semanas de idade gestacional nos bebês prematuros (pré-termos)”, comenta. 

 

Cérebro de prematuro é mais vulnerável

A neuropediatra explica que o cérebro de um bebê prematuro é mais vulnerável. “Isso porque além de não ter a proteção do ambiente intrauterino, está mais sujeito a sofrer lesões que os bebês que nascem a termo, sem contar a imaturidade do cérebro, que é comum em todos os bebês recém-nascidos”, diz.

Algumas lesões cerebrais aumentam o risco de desenvolver as crises epiléticas neonatais. “Nos bebês prematuros, especialmente naqueles que nascem antes de 32 semanas de gestação, as crises epiléticas são mais frequentemente associadas a uma lesão cerebral aguda, como a hemorragia intraventricular. Nos demais, a causa mais comum é encefalopatia isquêmica hipóxica”, cita Dra. Andrea.

A encefalopatia isquêmica hipóxica é uma síndrome neurológica relacionada, na maioria dos casos, à asfixia perinatal ou a condições que cursem com hipoxemia (falta de oxigênio), isquemia (restrição da circulação sanguínea) ou acidose, antes ou durante o parto. Uma das consequências desta síndrome são as crises epiléticas.

 

Detecção precoce é crucial

O diagnóstico das crises epiléticas neonatais nos prematuros pode ser desafiador. “Isso acontece porque, em muitos casos, as convulsões acontecem sem sinais clínicos aparentes, porém podem ser detectadas no eletroencefalograma (EEG). Entretanto, mesmo no EEG, é preciso um profundo conhecimento, já que a atividade cerebral varia muito de acordo com a idade gestacional”, comenta Dra. Andrea.

“Os sinais das crises epiléticas nos recém-nascidos podem ser sutis, além do fato de que os bebês podem apresentar movimentos que imitam uma convulsão. Isso é agravado quando o bebê é prematuro, principalmente quando permanece sedado e sob ventilação mecânica, por exemplo. Esses aspectos podem mascarar os sintomas clínicos das crises epiléticas”, cita a especialista.

 

Monitoramento constante

Os recursos da medicina neonatal são imprescindíveis para os bebês prematuros. Além do acompanhamento do bebê por um neuropediatra na UTI neonatal, há necessidade de monitoramento da atividade cerebral por meio do EEG de forma constante.

“Infelizmente, a presença de atividade convulsiva ao nascimento está associada a problemas no neurodesenvolvimento, assim como a uma maior taxa de mortalidade. Entre algumas sequelas, podemos citar condições como paralisia cerebral, microcefalia, deficiência auditiva, visual, problemas cardíacos e epilepsia pós-natal”, explica Dra. Andrea.

 

Prevenção

A prevenção ainda está fortemente ligada à gestação. Ou seja, é preciso adotar todos os cuidados durante a gestação para evitar que o bebê nasça antes do tempo previsto. Felizmente, hoje cerca de 80% dos prematuros sobrevivem.

“Por outro lado, é preciso se preocupar com as sequelas ou morbidades associadas à prematuridade, como as crises epiléticas e demais lesões cerebrais. Por isso, o papel do neuropediatra é essencial, tanto na maternidade, quanto ao longo da vida, no acompanhamento do desenvolvimento dos prematuros”, encerra Dra. Andrea.


Queimaduras químicas afetam muito os olhos de crianças pequenas


Crianças com idades entre 1 e 2 anos correm um risco muito maior de queimadura química ocular do que anteriormente reconhecido, e os esforços efetivos de prevenção devem incluir considerações para essa faixa etária.



Crianças de um a dois anos estão em maior risco de queimar os olhos com produtos químicos, apesar da crença de que os adultos em idade laboral eram os mais expostos a esse tipo de lesão ocular grave, aponta uma nova  pesquisa de saúde pública.

“As descobertas, divulgadas no JAMA Ophthalmology, destacam a necessidade de educar o público sobre o que parece ser evitável e potencialmente causador de lesões permanentes. As fábricas e empresas onde os produtos químicos perigosos estão em uso possuem precauções contra incidentes, como óculos de segurança e tratamentos, como estações de lavagem de olhos. Acredita-se que este estudo seja o primeiro a salientar que as crianças estão realmente em risco”, explica o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Segundo os autores do estudo, “são lesões terríveis, que ocorrem com maior frequência nas crianças mais pequenas e são totalmente evitáveis. Essas crianças não lidam com produtos químicos no trabalho. Elas são prejudicadas principalmente porque entram em contato com produtos químicos, como produtos de limpeza domésticos, que são incorretamente armazenados".

“As queimaduras químicas dos olhos estão entre as lesões oculares mais críticas e graves porque continuam a queimar o olho após o contato e podem danificar as estruturas internas de forma irreparável’”, explica Eduardo de Lucca, oftalmologista do IMO.
Acredita-se que o estudo seja o primeiro a usar uma amostra nacional em todas as faixas etárias. Para sua pesquisa, os autores analisaram quatro anos de dados das amostras do Departamento de Emergência Nacional, que inclui informações de cerca de 30 milhões de visitas anuais de emergência de mais de 900 hospitais nos EUA. Entre 2010 e 2013, houve mais de 144 mil consultas de emergência relacionadas a queimaduras oculares químicas em todo o país. As lesões mais comumente ocorriam em casa, eram mais comuns entre aqueles na metade inferior da escala de renda e eram mais propensas de ocorrer no Sul.

“As lesões eram mais comuns entre as crianças de um e dois anos. Crianças de um ano são duas vezes mais propensas a sofrerem queimaduras oculares do que as crianças de 2 anos. As lesões em jovens caem substancialmente depois que as crianças têm idade suficiente para entender os perigos; com um ano de idade são 13 vezes mais prováveis de queimar os olhos do que aos sete anos de idade”, diz o médico.
Os autores defendem que a chave para reduzir essas lesões é manter produtos de limpeza doméstica e outros produtos químicos - principalmente produtos em garrafas de pulverização - fora do alcance de crianças pequenas. Defendem também uma mudança simples no projeto das garrafas de spray, com a implementação de uma trava que as bloquearia, após cada uso, o que teria um impacto real.

“Essas lesões podem ocorrer em um instante. Deixar os produtos químicos domésticos e os limpadores inacessíveis para crianças pequenas é a melhor maneira de pôr fim a isso. Segundo os autores, os tipos mais comuns de lesões em crianças pequenas são causadas por agentes alcalinos - comumente encontrados em produtos de limpeza - e não de ácidos, como bateria e ácidos sulfúricos. Os agentes alcalinos tendem a causar mais danos porque as queimaduras continuam causando lesões por mais tempo nos olhos. Se alguém tiver contato com esses produtos químicos nos olhos  deve imediatamente lavá-los com água, algo que pode ser feito jogando a água da torneira sobre os olhos por muitos minutos”, destaca Eduardo de Lucca.

Enquanto as crianças de um ano e dois têm as maiores taxas de queimaduras oculares químicas por ano, individualmente, as pessoas em idade laboral ainda estão em alto risco. Os jovens de 20-29 anos têm as taxas mais altas, seguidas dos de 30-39 anos, 40-49 anos e 0-9 anos de idade. Isso mostra que ainda há margem para melhorias nos locais de trabalho.

As queimaduras oculares químicas são um problema considerável nos Estados Unidos. A pesquisa mostra que as estratégias de prevenção específicas para cada idade precisam ser postas em prática para manter as pessoas seguras contra lesões devastadoras.





IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

  

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