De 22 a 24 de novembro o Centro de Convenções Goiânia, em
Goiás, reúne centenas de médicos do Brasil e do exterior para a 35a edição do maior evento
de arritmias cardíacas da América Latina e um dos mais representativos do
mundo, promovido pela Sociedade
Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). São três dias de
mais de 100 atividades em torno de discussões científicas capitaneadas por
grandes nomes da cardiologia nacional e internacional de 10 países diferentes.
“É sem dúvida o mais importante
congresso de atualização profissional que integra conteúdos científicos mais
recentes para o tratamento das arritmias cardíacas, doença que atinge
mais de 20 milhões de brasileiros e causa a morte de mais de
320 mil deles todos os anos”, relata o presidente do evento, o
cardiologista Anis Rassi Jr.
Contando com formato dinâmico de
apresentação multidisciplinar entre profissionais da área clínica,
eletrofisiologia e estimulação cardíaca artificial, a programação do Congresso
Brasileiro da SOBRAC tem entre seus destaques o simpósio conjunto com a Sociedade
Latino Americana de Ritmo Cardíaco (LAHRS) sobre atualização em
terapia de ressincronização cardíaca; o simpósio Luso-Brasileiro sobre
inovações no tratamento das arritmias cardíacas e na estimulação cardíaca
artificial; o simpósio conjunto com a Sociedade Europeia do Rítmo
Cardíaco (EHRA) sobre novas indicações e avanços na ablação por
cateter; dois cursos interativos sobre mistérios da fibrilação atrial e os
dilemas no manejo das arritmias cardíacas; mesas-redondas, conferências e
debates abordando temas de interesse global como: doença de Chagas, CDI
subcutâneo, síncope, arritmias na sala de emergência, arritmias geneticamente
determinadas e manejo da fibrilação atrial após resultados de estudos
randomizados recentes.
“A grade do evento compreende o
contexto das arritmias cardíacas no mais amplo aspecto de suas ocorrências, em
tipos e públicos acometidos, de bebês a idosos, considerando as práticas mais
inovadoras de tratamento de acordo com as características da doença e perfil de
paciente”, relata o presidente da SOBRAC e coordenador geral do Congresso, dr.
José Carlos Moura Jorge.
Sobre as arritmias cardíacas:
Arritmia cardíaca é a alteração que ocorre na geração ou na
condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações do ritmo
cardíaco.
As arritmias podem ser benignas e malignas. Indivíduos
diagnosticados com taquicardia, bradicardia ou que já apresentam problemas
cardíacos, como infarto e insuficiência cardíaca, estão no grupo de maior
risco.
Qual é o ritmo cardíaco adequado?
A frequência cardíaca é medida pelo número de pulsação do
coração por uma unidade de tempo, geralmente em minutos, expressada por BPM
(batimentos por minuto). A frequência cardíaca normal é de 50 bpm a 100 bpm. No
entanto, quando os batimentos estão em 100 bpm em repouso, são considerados
altos; abaixo de 50 por minuto, em situações de repouso, são considerados
baixos.
Quais são os tipos de arritmias cardíacas?
De forma geral, existem dois tipos de alteração do ritmo
cardíaco: a taquicardia, quando o coração bate rápido demais, e bradicardia,
quando as batidas são muito lentas. Em ambas as situações, a pulsação pode
também ser irregular, em descompasso, sendo sua pior consequência a morte
súbita cardíaca (MSC). Para estas situações é imprescindível o
tratamento.
Qual a gravidade?
Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia
cardíaca pode provocar parada cardíaca e morte súbita; em outras
circunstâncias, apenas sintomas.
O que é a morte súbita?
A morte súbita cardíaca ocorre de forma
instantânea, inesperada, causada pela perda da função do músculo
cardíaco, em consequência às alterações do ritmo
cardíaco. Geralmente, está associada a doenças como infarto do miocárdio,
hipertensão arterial, valvopatias, cardiopatias congênitas e miocardiopatias
(doença de Chagas; miocardiopatia hipertrófica, quando há um aumento no tamanho
do músculo cardíaco e que causa arritmia; displasia arritmogênica do ventrículo
direito, quando as células do músculo cardíaco são substituídas por células
gordurosas, dentre outras).
Quem está sujeito às arritmias cardíacas e à morte súbita?
De modo geral, pacientes com cardiopatia estrutural.
Entretanto, qualquer pessoa pode ser diagnosticada com arritmia cardíaca,
independentemente de faixa etária, sexo ou condição socioeconômica. As
arritmias cardíacas podem acometer recém-nascidos, jovens saudáveis e
atletas.
Quais os sintomas de uma arritmia cardíaca?
Os principais sintomas das arritmias cardíacas são cansaço,
palpitações, desmaios, tontura, confusão mental, fraqueza, pressão baixa e dor
no peito.
Como é o diagnóstico da arritmia cardíaca?
Quando uma pessoa percebe que seu coração está batendo de
forma inadequada, deve procurar um cardiologista para avaliação inicial. O
médico fará um exame clínico detalhado e, se necessário, solicitará exames
complementares.
Qual tratamento de uma arritmia cardíaca?
Quem determinará o tratamento adequado é o médico
especialista em arritmias. Os tratamentos mais comuns são: medicamentoso, por
ablação por cateter ou ainda por Dispositivos Cardíacos Eletrônicos
Implantáveis (DCEI), como Marcapasso (MP), Cadioversor Desfibrilador
Implantável (CDI) ou Ressincronizador.
Como prevenir as arritmias cardíacas e a morte súbita?
Para prevenir as arritmias cardíacas, assim como demais
doenças, é preciso ter hábitos saudáveis, manter uma alimentação adequada, não
ingerir ou não se exceder no consumo de bebidas alcoólicas e energéticos e não
fazer uso de tabaco. Também é importante dar atenção à saúde emocional e evitar
o estresse.
Embora toda atividade física e/ou esportiva traga benefícios
à saúde, antes de iniciá-la deve-se ter orientação de um especialista.
Por fim, é recomendado consultar-se regularmente com um
cardiologista, pelo menos uma vez por ano, e prestar atenção aos sinais do seu
coração: pulsações irregulares, batimentos cardíacos intensos e cansaço
demasiado sem motivo aparente.
XXXV Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas
Data: 22 a 24 de
novembro de 2018
Local: Centro de
Convenções de Goiânia
Endereço: Rua 4, 1.400 - Setor
Central, Goiânia (GO)
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