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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Unesp desenvolve pesquisa que identifica pessoas após a morte



Estudo oferece método inédito para a autenticação

Pesquisa desenvolvida na Unesp de Bauru ajuda a identificar pessoas após a morte por meio de imagens de tomografia computadorizada da região craniana. A proposta é avaliar as características das pessoas por meio das imagens dos seios frontais e maxilares. Atualmente, este processo é feito por meio de raio-x mas as imagens geradas por esta modalidade apresentam qualidade inferior as da tomografia.

De acordo com o responsável pelo estudo, Luis Antônio de Souza Junior, do Programa Interunidades de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Unesp, os seios frontais das pessoas apresentam a formação completa por volta dos vinte anos de idade. Já os seios maxilares, a partir da erupção da segunda dentição, ou seja, aproximadamente aos 12 anos de idade.

“O que torna esta avaliação mais confiável são as estruturas dos seios paranasais, que são as cavidades ósseas. Neste estudo foi utilizado os seios frontais e os maxilares - que estão relacionadas aos tecidos duros do corpo humano, os ossos, que apresentam alta permanência, mesmo após a morte”, explica Souza Junior.

O estudioso conta ainda que este fator é importante para a composição de sistemas biométricos forenses, uma vez que as características utilizadas para o reconhecimento serão coletadas após o falecimento do indivíduo, não podendo apresentar variação pós-morte.

O levantamento dos dados para a pesquisa foi realizado no Hospital Estadual de Bauru, no interior de São Paulo. A base de dados utilizada era formada por 62 exames de 31 pessoas distintas. Cada pessoa dispunha de dois exames realizados em momentos diferentes, simulando o cenário ante-mortem e post-mortem. Cada exame era composto por cinco imagens dos seios frontais e cinco imagens dos seios maxilares. Ao final, o sistema apresentou 620 imagens para a realização dos experimentos.

De modo geral, os sistemas de identificação biométrica operam em duas etapas. Na primeira, é efetuado um cadastro dos indivíduos em uma base de dados, onde são armazenadas as características biométricas. Nesta etapa, as características são usadas para identificar pessoas em futuras comparações. Já na segunda, ocorre o reconhecimento ou autenticação de um indivíduo: as características biométricas são comparadas com as demais características armazenadas na etapa anterior, do cadastro.

Para encontrar a melhor forma de busca de identificação de uma pessoa, Souza Junior utilizou a etapa do reconhecimento recorrendo ao sistema de autenticação, que trabalha com a busca de um indivíduo na base de dados por meio de uma única comparação. Durante a busca, ele indica se houve acerto (no caso da comparação das características ser do mesmo indivíduo) ou erro (quando os padrões são diferentes).

Desta forma, o pesquisador trabalhou com todas as características de todos os indivíduos que integram a base de dados e o método foi avaliado por meio de experimentos, calculando as taxas de verdadeiro positivo (quando é o indivíduo e o sistema conclui que é), verdadeiro negativo (quando não é o indivíduo e o sistema diz que não é), falso positivo (quando não é o indivíduo e o sistema revela que é) e falso negativo (quando é o indivíduo e o sistema aponta que não é).

Para reforçar a eficiência do método, o pesquisador ainda confrontou os resultados obtidos com experimentos realizados com as mesmas bases de dados porém, utilizou as informações dos seios paranasais extraídas das imagens de tomografia de forma manual.

“Os resultados de reconhecimento obtidos foram bastante próximos aos atingidos de forma manual, o que reforça o sucesso do método automático”, explica o orientador Aparecido Nilceu Marana, professor do Departamento de Computação, da Faculdade de Ciências da Unesp de Bauru.

Segundo ele, a pesquisa traz como diferencial a utilização dos seios maxilares para a identificação de indivíduos. “As estruturas dos seios maxilares têm sido utilizadas em estudos com foco na definição de gênero de indivíduos, mas o seu uso para a identificação de indivíduos é inovador”.

Outro ponto destacado pelo professor é com relação ao uso das características dos seios frontais e maxilares simultaneamente. “Isto ilustra uma nova estratégia de avaliação de indivíduos e agrega valor de discriminação no ato do reconhecimento”, finaliza.



Maristela Garmes
www.unesp.br/


CA Technologies concede licença a funcionário que adotar animal




A CA Technologies, empresa americana de tecnologia presente há 35 anos no Brasil, anuncia uma política global para estimular a adoção de animais entre seus 11 mil funcionários. O New Pet Benefits oferece um kit de boas-vindas ao pet adotado e ainda licenças especiais para os tutores dos bichos.

“Estudos comprovam o bem que o convívio diário com animais faz aos humanos”, afirma o diretor de Recursos Humanos da CA Technologies para América Latina, Sílvio Trindade. “Com a adoção, os bichos ganham um lar e o ser humano passa a ter uma rotina de menos sedentarismo e estresse. A CA só vê benefícios nessa troca e, por isso, resolveu lançar medidas para estimular a adoção.”

A partir do anúncio da política, todo funcionário da CA Technologies que tenha adotado um gato ou cachorro desde janeiro de 2016 terá direito a três dias de licença remunerada para estreitar os laços com seu bichinho. A data das folgas será alinhada entre profissionais e seus gestores, para que o trabalho não seja afetado.

A empresa passa a estender para os animais dos funcionários uma prática geralmente só aplicada para humanos: até três dias de licença em caso de morte do pet. “É importante que a pessoa tenha tempo de elaborar seu luto e lidar com esse sentimento”, diz Sílvio Trindade.

Outra iniciativa da CA é fornecer ao novo tutor um kit para seu bicho de estimação, que inclui colher para alimentos, porta retrato personalizado, bola de tênis para brincadeiras, tigela dobrável de alimento e água,  desinfetante para as mãos e bandana personalizada com logotipo da empresa.

A companhia encoraja os funcionários a compartilhar nas redes sociais fotos e vídeos com o novo integrante da família usando a #LifeAtCA.



Sobre a CA Technologies
CA Technologies (NASDAQ: CA) cria softwares que potencializam a transformação das empresas e lhes permite aproveitar as oportunidades da economia dos aplicativos. Software está no centro de todas as empresas em todos os setores. Do planejamento ao desenvolvimento, da gestão à segurança, a CA Technologies trabalha com empresas em todo o mundo para mudar a maneira como vivemos, compramos, vendemos e nos comunicamos – por meio da nuvem (privada e pública), de plataformas móveis e de ambientes de TI, dos distribuídos ao mainframe. Saiba mais em ca.com/br.
Thiane Loureiro – thiane.loureiro@ca.com
Debora Silva – debora.silva@ca.com

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Bexiga Hiperativa em idosas- Já ouviu falar?




O termo Síndrome da Bexiga Hiperativa refere-se a uma condição clínica frequente entre pacientes com idade acima de 60 anos. A síndrome é acompanhada de sintomas de urgência miccional (vontade iminente de urinar) e idas frequentes ao toalete, em geral superior a 8 vezes no período diurno e 2 ou mais vezes no período noturno. Durante estes momentos de urgência poderão acontecer perdas de urina, no caso de não haver um toalete por perto.

A prevalência da síndrome é maior em mulheres, em torno de 30% delas relatarão as queixas e este índice aumenta de acordo com o avançar da idade.

Entre as possíveis causas, citam-se o próprio processo de entrada na menopausa onde há queda do estrogênio (o hormônio feminino é fundamental para um bom funcionamento do trato urinário feminino), doenças concomitantes como diabetes e doenças neurológicas, alterações intestinais, cirurgias prévias no trato urinário e genital, gestações passadas, obesidade, efeito adversos de alguns medicamentos etc. Estas condições levam a alterações na parte interna da bexiga, fazendo com que ela produza o desejo de urinar com mais freqüência, desejos estes que não conseguem ser controlados pela paciente, ocasionando perdas de urina e levando a paciente ao toalete a todo instante.

Para o diagnóstico, o médico urologista irá avaliar a necessidade de exames adicionais. Uma percentagem significativa dos pacientes está apta a ser tratada logo após uma história médica e exame clínico detalhados. Entretanto, algumas dúvidas podem surgir e o médico poderá solicitar exames adicionais como exame de urina, ultrassom do trato urinário e estudo urodinâmico.

O tratamento transitará desde medidas comportamentais (evitar líquido até 2 a 4 horas antes de dormir, evitar alimentos irritantes para bexiga como café preto, chocolates, condimentos e enlatados), reabilitação de assoalho pélvico, medicamentos, injeção de medicamentos diretamente na musculatura da bexiga e implante de neuromoduladores para controlar a inervação da bexiga.

A mensagem final é deixar claro que a síndrome é frequente, afeta muito a qualidade de vida do paciente e o médico urologista está apto a indicar um tratamento adequado o qual tende a se eficaz em até 80% dos pacientes.



Profa Dra Miriam Dambros Lorenzetti – Livre Docente em Urologia pela Universidade Federal de São Paulo, Professora da Faculdade de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas, Médica Urologista da Clínica Célula Mater, São Paulo.



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