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sábado, 20 de junho de 2015

Consulado da Venezuela de verde amarelo em repúdio ao tratamento dado aos senadores brasileiros




Movimento Acorda Brasil faz ato em frente ao Consulado  Venezuela, pintando o asfalto nas cores da bandeira brasileira

A ideia do movimento é ressaltar o desconforto e a forma nada diplomática que nossos representantes governamentais foram recebidos em vista a Venezuela, quando pretendiam visitar o líder opositor venezuelano Leopoldo López, detido há mais de um ano na prisão militar de Ramo Verde. Os senadores também pretendiam ver de perto como está a situação política do país, que vive um momento de profunda instabilidade política.
Apesar do pedido do Itamaraty por esclarecimentos ao governo venezuelano, o Movimento Acorda Brasil relembra da negativa da presidente Dilma Rouseff em receber a esposa de Leopoldo López, Lilian Tintori, além do fato de quando o senador boliviano Roger Pinto Molina foi retirado da Bolívia pelo diplomata Eduardo Saboia, a presidente Dilma criticou e puniu duramente o diplomata por ter colocado em risco a vida do senador boliviano. Ontem, oito senadores brasileiros correram risco de vida e não obtiveram o mesmo tratamento. “A postura da presidente é de quem claramente apoia a ditadura”, comenta Danilo Amaral, um dos organizadores do Movimento Acorda Brasil.



sexta-feira, 19 de junho de 2015

Hora de tirar os cobertores e blusas do armário? Confira algumas dicas para evitar a alergia




Mais comuns durante o inverno, as crises alérgicas podem ser desencadeadas pelo uso de roupas e cobertores que estavam guardados durante o verão
Cobertores, blusas de frio, cachecóis... Tudo isso costuma ser guardado bem no fundo do guarda-roupa quando chega o verão. O problema é que quando o inverno chega, muita gente sofre com alergias decorrentes dos ácaros que se acumularam ao longo dos meses. Segundo a Dra. Silvia Rodrigues, pneumologista que integra o corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica, esses sintomas são comuns, mas podem ser evitados com alguns cuidados.
De acordo com a médica, a reação alérgica acontece como uma resposta do organismo aos ácaros que se acumulam nos tecidos guardados. Eles se alimentam de fragmentos da pele humana, e se reproduzem aos milhões quando o ambiente está propício, ou seja, com umidade, pouca luz e sem ventilação.
O primeiro passo para evitar as reações alérgicas é lavar todos os materiais de uso diário, como roupas, travesseiros, ursos de pelúcia e cobertores, antes de armazená-los. “Muita gente se esquece de lavar bem os tecidos antes de guardar, e isso acaba favorecendo ainda mais a proliferação dos ácaros”, reforça a médica.
Além disso, caso não haja a opção de armazenar os tecidos em local mais ventilado e aberto, é importante então envolvê-los em algum material impermeável, como plástico, evitando assim que a umidade comprometa sua conservação.
Dra. Silvia ainda lembra que tanto roupas, como cobertores guardados por muito tempo devem ser lavados, ou colocados ao sol por algumas horas assim que forem retirados do local em que estavam armazenados.
Quem quer mesmo ficar longe das alergias deve tentar manter as portas e janelas da casa abertas quando possível, e se atentar a infiltrações e pontos que podem causar mofo. “Outras coisas presentes no nosso dia a dia também são fontes de ácaros, fungos e poeiras prejudiciais ao nosso sistema respiratório. Alguns especialistas afirmam que depois de cinco anos de uso, um travesseiro pode chegar a ter até 10% de ácaros”, salienta a médica.
As pessoas que já sofrem com alergias, rinites e asma costumam ser as mais afetadas quando entram em contato com materiais comprometidos pelos ácaros. “É preciso se atentar a crises mais intensas, principalmente nos asmáticos. Se os sintomas persistirem por muitos dias e causarem espirros, prurido nasal, coriza, falta de ar, tosse ou chiado no peito, um médico deve ser consultado”, reforça a pneumologista. 

NOVA SÚMULA DA ANS PROÍBE A RECUSA DE IDOSO, DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIA OU DE DOENÇA GRAVE PELOS PLANOS DE SAÚDE




Recentemente foi publicada no Diário Oficial a Súmula Normativa nº 27 da Agência Nacional de Saúde (ANS), na qual a agência reconhece a ilegalidade cometida por muitas operadoras de planos de saúde, que consiste na recusa de determinados consumidores em suas apólices.
Todos aqueles que trabalham na área da saúde suplementar conhecem tal prática. Muitas vezes, a negativa de ingresso do beneficiário em razão de idade ou deficiência não é claramente expressa, mas sabemos que ela ocorreu por esse exato motivo. Há casos até de corretores de planos de saúde que confidenciaram receber orientações de algumas operadoras para não admitir pessoas com idade acima dos 65 anos.
Dessa forma, a agência reguladora adotou a seguinte orientação:
É vedada a prática de seleção de riscos pelas operadoras de plano de saúde na contratação de qualquer modalidade de plano privado de assistência à saúde.
Nas contratações de planos coletivo empresarial ou coletivo por adesão, a vedação se aplica tanto à totalidade do grupo quanto a um ou alguns de seus membros. A vedação se aplica à contratação e exclusão de beneficiários.
Porém, vale fazer uma ressalva: não tem nada de novo a recém-publicada disposição, pois ela somente reforça o que já estava escrito no artigo 14 da Lei que trata sobre os planos de saúde (9.656/98): Em razão da idade do consumidor, ou da condição de pessoa portadora de deficiência, ninguém pode ser impedido de participar de planos privados de assistência à saúde.
Essa regra já vinha sendo reconhecida pelo poder judiciário há muito tempo, fortalecendo ainda mais as disposições do Código de Defesa do Consumidor e do Estatuto do Idoso. Foi um bom passo dado pela ANS, mas é uma pena que tenha sido necessário reproduzir uma regra que já estava em vigência desde o ano de 1999. Ou seja, ela somente veio reafirmar o que já estava dito.
Esperamos, de outro lado, que além da edição de regras que protejam os direitos dos consumidores de planos de saúde, a ANS exerça devidamente o seu papel fiscalizador e cobre das operadoras de planos de saúde o efetivo respeito à legislação.

Armênio Jouvin - bacharel em Direito pela Universidade Estácio de Sá e pós-graduado em Direito Processual Civil pela PUC/SP. Armênio é sócio fundador da Almeida & Jouvin, escritório de advocacia especializado em legislação da saúde.

Festas juninas: fogos de artifício são um perigo para a audição




Barulho causado pelo estouro de fogos e rojões pode gerar danos irreversíveis à saúde auditiva; é importante manter distância dos artefatos
Tradicionais nas épocas de festas juninas, os fogos de artifício, rojões e bombas - artefatos barulhentos que ajudam a animar os festejos - também são um perigo para os ouvidos e podem causar danos irreversíveis à audição.
Além dos riscos com a manipulação incorreta dos fogos, o som muito forte produzido por alguns deles pode acarretar uma perda auditiva severa, um trauma acústico com perda de audição uni ou bilateral, temporária ou - nos casos mais graves - irreversível.
Geralmente a perda de audição é unilateral (em um único ouvido) e se inicia com o aparecimento imediato de zumbido, problema que afeta cerca de 28 milhões de pessoas em todo o mundo.
 “O grande problema é a intensidade do barulho dos fogos, em especial do rojão. Em caso de exposição a um impacto sonoro muito forte, o mais indicado é procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliar se o dano auditivo causado pelos fogos é temporário ou irreversível”, esclarece a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.
A perda auditiva acontece porque o estrondo dos fogos, principalmente dos rojões, é inesperado. O forte ruído, que pode chegar a uma intensidade de 140 decibéis, percorre todo o ouvido de forma rápida, atingindo as células da cóclea. Para se ter uma ideia do quão forte é esse barulho, um avião durante a decolagem produz um som de 130dB. 
Para evitar que o ouvido seja afetado, o ideal é manter-se distante do local da queima de fogos. Em meio a festa, no entanto, se for inevitável ficar próximo aos fogos, Isabela Carvalho, que é especialista em audiologia, aconselha o uso de protetores de ouvido.
"Se a pessoa estiver nestas áreas, é importante que se afaste o máximo possível ou use protetores de ouvido, conhecidos como atenuadores. Eles reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir o som ambiente. Dessa forma, é possível continuar aproveitando a festa, de forma segura", recomenda.
Existem no mercado vários tipos de protetores. Os da Telex, por exemplo, são leves e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, diminuem o barulho em aproximadamente 15 ou 25 decibéis, de acordo com o desejo do usuário e podem proteger a capacidade auditiva em até 10 anos.
Estima-se que 10% da população mundial têm algum grau de perda auditiva. O envelhecimento é um fator natural que reduz o limiar auditivo progressivamente. As células do ouvido envelhecem, morrem e não há reposição. Mas, pior do que isso, é a perda de audição que vem ocorrendo, cada vez mais cedo, por causa da exposição contínua a sons elevados, como o dos rojões, por exemplo.

Testosterona continua sendo usada indiscriminadamente





Um alerta sobre a conscientização dos profissionais de saúde

Chama a atenção o alerta dado pelo FDA (Food and Drug Administration) sobre o uso abusivo da testosterona e, mais especificamente, como antídoto antienvelhecimento, área em que as evidências disponíveis não justificam a indicação. De acordo com os dados, o Profº. da Universidade de Boston, Thomas Perls, alerta para a influência do marketing da indústria, que acaba determinando as “diretrizes” para o uso desses medicamentos, aproveitando-se das lacunas deixadas pelas próprias sociedades de especialistas, que não alertam sobre os riscos.
Caso - Uma criança de dois anos é avaliada pelo pediatra por apresentar um quadro de virilização, com acne discreta, hipertrofia de clitóris e aumento de pilificação. A suspeita clínica foi de carcinoma adrenal. No entanto, os resultados dos exames estavam normais, à exceção da testosterona (354 mg/dL). O diagnóstico foi de contaminação exógena por pomada de testosterona. O pai, um rapaz de 34 anos, apresentou um quadro de fadiga, dores musculares, febre durante cinco dias, sugestivo de mononucleose, mas sem confirmação. Orientado para consultar um endocrinologista, realizou vários exames e recebeu a prescrição de pomada de testosterona, devido à limitação física para praticar esportes.
“Esse é apenas um caso com uma indicação controversa do uso da testosterona. No Brasil, conforme dados da IMS Health, no período de 2011 a 2014,
as prescrições de suplementos à base de testosterona e similares aumentaram de 1,85 milhões de unidades prescritas para 2.32 milhões, o que corresponde a um aumento de 28%.
Nos Estados Unidos, o FDA alerta: desde 2001 triplicaram as receitas de testosterona e similares: 1,7 milhão de pessoas têm usado suplementos hormonais. Entre os usuários, estão atletas de alta performance, frequentadores de academias, adolescentes e mulheres. As expectativas são grandes: aumento da massa muscular, melhora da libido, maior disposição, antienvelhecimento, prevenção de osteoporose, entre outros.
Entre os efeitos adversos do uso indiscriminado da testosterona é importante considerarmos a possibilidade de acidente vascular cerebral, tumor de próstata, ginecomastia, infarto e alterações hepáticas.
Proibir a publicidade de produtos “off label” não é o suficiente. É necessária a conscientização dos profissionais de saúde em relação às diretrizes que regem os tratamentos médicos, a necessidade de valorizar as evidências que comprovem os benefícios aos pacientes e os riscos legais de prescrições de medicamentos não licenciados para determinados usos.
A Sociedade Americana de Endocrinologia (The Endocrine Society) publicou um direcionamento clínico (J Clin Endocrinol Metab 95:2536, 2010) que orienta sobre o uso de testosterona nas síndromes de deficiência androgênica, única indicação reconhecida cientificamente. A principal recomendação é a importância do diagnóstico da deficiência, especialmente a presença de sinais e sintomas consistentes e compatíveis com concentrações diminuídas de testosterona. É sugerida uma simples dosagem de testosterona pela manhã, realizada por ensaio clínico adequado, como o teste diagnóstico inicial, que deverá ser repetido para confirmação.
Um dos principais pontos é a importância da avaliação de possíveis contraindicações, como risco de câncer de próstata (avaliar parentes de primeiro grau), apneia obstrutiva do sono e hematócrito elevado.
A única diretriz disponível na AMB, em relação ao uso da testosterona, foi realizada em julho de 2004 (Projeto Diretrizes, AMB, Martits AM, Costa EMF, 2004) com uma acreditação sobre Atualização em Hipogonadismo Masculino Tardio, de 2012 (RAMB vol 60, número 4 e 5) e, embora ainda bastante adequada, precisa ser revista face às utilizações e recomendações que ainda permanecem off label. Será que estas indicações podem ter uso terapêutico? Fica aqui um pedido para essa tarefa, que deverá envolver não só especialistas da Endocrinologia, mas também as sociedades de Geriatria, Urologia, Ginecologia e Medicina Estética, visto o uso frequente de testosterona em mulheres.


Dra. Ângela Maria Spinola e Castro - endocrinologista e membro da diretoria da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo -
Twitter: @SBEMSP - Facebook: Sbem-São-Paulo -
http://sbemsp.org.br
 

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