Pesquisar no Blog

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Um setor que tem vagas sobrando, mas não consegue preencher

Divulgação
Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação vê sua demanda de mão de obra crescer ainda mais nestes tempos de pandemia, mas falta de profissionais qualificados é entrave para ocupação de oportunidades de emprego


Num país em que mais de 13 milhões de pessoas amargam a espera na fila do desemprego, é difícil imaginar que exista algum setor que está contratando, porém não está conseguindo preencher suas vagas. Pois acredite existe. O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação, também conhecido como TIC, que inclusive viu sua demanda de mão de obra crescer ainda mais nestes tempos de pandemia. Para se ter uma ideia, a demanda anual por profissionais dessa área no Brasil, projetada entre 2019 e 2024, está em 70 mil profissionais. Porém, apenas 46 mil pessoas se formam ao ano com o perfil necessário para atender essas vagas.

Os dados são do estudo "Achados e Recomendações para Formação Educacional e Empregabilidade em TIC”, realizado  pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), e que aponta ainda que até 2024 o Brasil poderá ter um déficit de 270 mil profissionais na área de TIC.

Em Goiás, para fomentar a criação de mais cursos que irão capacitar um número bem maior de profissionais para o setor de TIC, e também criar um ecossistema de base tecnológica no Estado, acaba de ser lançado o Programa de Capacitação Empreendedora (PCE). A iniciativa, que conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), será encabeçada pelo Instituto Gyntec Academy, maior hub de tecnologia e inovação do Centro-Oeste; Associação das Empresas de Tecnologia da Informação de Goiás (Assespro-GO); e a Softex, Organização Social Civil de Interesse Público (OSCIP) que há 24 anos atual em prol do fomento da Transformação Digital Brasileira.

O anúncio do PEC em Goiás ocrreu durante uma live promovida pelo Gyntec Academy no último dia 1º de outubro. O evento virtual reuniu mais  de 50 participantes entre representantes de empresas privadas de tecnologia, startups, universidades, secretarias de prefeituras ligadas a área de desenvolvimento econômico e inovação e outros segmentos, de faculdades.

Inicialmente o programa será implantado nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. A primeira ação será a realização de uma pesquisa ao longo do todo o mês de outubro com mais de 120 empresas de TI e startups em Goiás. “Também envolvemos neste estudo, universidades, prefeituras e empresas tradicionais que estão investindo em transformação digital e contratando profissionais de TI”, explica Marcos Bernardo Campos, co-founder do Instituto Gyntec Academy.

Segundo ele,  a pesquisa que será feita na Capital, em Aparecida de Goiânia e Anápolis já foi aplicada em outras cidades brasileiras como Curitiba e Campinas, no interior paulista. “Esse estudo que será feito é de suma importância para mapear as nossas carências e nossos pontos fortes nesta área de TIC e entender qual é a nossa demanda de profissionais deste setor. Hoje existe um desconhecimento do mercado goiano de TIC e das competências locais que temos. Em que somos bons de verdade? Em Inteligência Artificial? Somos bons em Java? Em Front End ou Back End? Enfim, qual é a especialidade do mercado goiano em TI? Não sabemos por falta de pesquisa”, afirma.

De acordo com Marcos Bernardo, a pesquisa também será importante para nortear a aplicação dos recursos oriundos do Programa e Capacitação Empreendedora do MCTIC, que objetiva reduzir o déficit de recursos humanos em Tecnologias da Informação e Comunicação mediante a capacitação profissional e o incentivo ao empreendedorismo, a atualização de laboratórios e o desenvolvimento de pesquisas.

Conforme o especialista, existe uma demanda aquecida do setor de tecnologia, principalmente depois pandemia, que aumentou em muito a necessidade das empresas em se transformarem digitalmente. “Aqui em Goiás acreditamos que tenhamos mais de 500 vagas em aberto sem conseguir preencher, por falta de profissionais e até o fim do ano, com o aumento desta demanda podem se chegar a mil vagas que não serão ocupadas por falta de mão de obra qualificada”, estima.


Hard ou soft


Ainda conforme o co-founder do Institute Gyntec, a metodologia de pesquisa desenvolvida pela Softex Campinas é eficiente para detectar perfis de de hard skills e soft skills.  As habilidades e os talentos hard skills, ou habilidades profissionais, são quantificáveis, ou seja, podem ser mensuradas de alguma maneira. As hard skills, em geral, podem ser aprendidas, seja por meio de cursos, graduações, treinamentos, livros, dentre outras coisas. Por conta disso, essas competências são facilmente reconhecíveis e comprováveis por meio de certificações e diplomas.

Já as habilidades soft skills são aquelas mais subjetivas de cada indivíduo e que se relacionam com sua personalidade, caráter, crenças e valores. Esses aspectos influenciarão diretamente a maneira como o profissional se relaciona com outras pessoas.

Mapeadas as carências de formação profissional na área da TIC, o próximo passo será a implantação do GOTech - Programa de Inovação Aberta para Desenvolvimento Tecnológico no Estado de Goiás, que por meio de convênios com universidades, prefeituras, entidades patronais ou mesmo diretamente com empresas privadas irá oferecer vários cursos de capacitação tecnológica, visando o desenvolvimento do ecossistema de base tecnológica no Estado de Goiás.

“Além de cursos nos níveis de graduação e técnico para jovens queiram entrar neste mercado de trabalho, o GoTech  irá desenvolver projetos de letramento e inclusão digital que serão levados para comunidades carentes e rurais,” acrescenta Marcos Bernardo.

 

Preços de eletrodomésticos: variação de quase 62%

Pesquisa realizada pelo Procon-SP na capital comparou o preço de 48 itens


Pesquisa de preços de eletrodomésticos realizada pela Fundação Procon-SP, por meio do Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor, encontrou diferenças de até 61,64% para o mesmo produto. O aspirador de pó da Electrolux de 600W - AIRSPEED - STK10 - vertical - 110V foi encontrado em um estabelecimento pelo preço de R 340,89 e, em outro, R 210,90, diferença de R129,99 em valor absoluto.

O levantamento foi efetuado nos dias 21 e 22 de setembro em seis sites das principais redes do varejo: Americanas, Carrefour, Casas Bahia, Extra, Magazine Luiza e Ponto Frio. Foram comparados os preços de 48 itens de diferentes marcas e modelos das seguintes categorias de produtos: aspirador de pó, fogão de piso, forno micro-ondas, geladeira e lavadora de roupas.

Veja aqui a pesquisa completa


Orientações para o consumidor

Pesquise preços e formas de pagamento, comparando os juros no caso de parcelamento. Quase sempre convém aguardar um pouco mais para comprar o produto à vista.

Ao escolher um eletrodoméstico, o consumidor deve observar as dimensões do aparelho (altura, largura, profundidade etc.) e sua voltagem, essas características devem ser compatíveis com o espaço disponível para sua instalação e com a rede elétrica local.

O prazo de desistência da compra online é de sete dias do recebimento do produto. Para maior segurança, o consumidor deve efetuar o cancelamento por escrito.

No ato da entrega, só assine o documento de recebimento do produto, após examinar o estado da mercadoria. Havendo irregularidades, estas devem ser relacionadas no próprio documento, justificando assim o não recebimento.

O consumidor deve guardar a nota ou cupom fiscal, o termo de garantia e o manual de instruções - documentos que podem ser necessários em caso de problemas ou dúvidas no funcionamento do produto.



Procon-SP 


Home office: risco de desrespeito ao limite da jornada de trabalho e as orientações do MPT

De acordo com pesquisa nacional divulgada no início de outubro pelo instituto DataSenado, cerca de 21 milhões de brasileiros já tiveram contato com o trabalho remoto. Desse total, dois terços atribui o trabalho em casa à pandemia da Covid-19 e 41% aponta um aumento na sua produtividade após adotar o home office. O levantamento ainda demonstrou que 58% dos respondentes afirma ter experiência e se sentir preparado para trabalhar neste modelo e que 49% percebeu uma melhora em seu bem-estar pessoal.

Segundo especialistas, os números apontam uma adesão dos brasileiros a um regime de trabalho que deve se manter em evidência após o fim da crise sanitária. Entretanto, passados mais de seis meses do início da pandemia no país, empresas e trabalhadores ainda têm dificuldade de seguir as regras para esse tipo de trabalho, o que acarreta o risco de ser desrespeitado o limite da jornada de trabalho, previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como 8h diárias e 44h semanais. Outro problema consiste nos gastos dos empregados para trabalhar fora do local da empresa.

“É fato que o trabalho remoto surgiu como alternativa para manter a prestação dos serviços na pandemia e que atualmente muitas empresas e trabalhadores reconhecem nesta forma de prestação de serviços o modelo mais adequado e eficiente para a realização das suas atividades. No entanto, a normativa sobre o tema na CLT é ainda muito aberta e precisa ser adotada com outros dispositivos internacionais de normas de regulamentação”, aponta Ruslan Stuchi, advogado especialista em Direito do Trabalho e sócio do escritório Stuchi Advogados

O trabalho remoto passou a ser regulamentado pela Reforma Trabalhista em 2017. A legislação trabalhista determina que a prestação do serviço em caráter de teletrabalho pode se dar em qualquer lugar, sendo preponderantemente fora das dependências do empregador, como na residência do empregado. Não deve haver o controle de jornada pelo empregador, o que impossibilita o direito ao adicional de horas extras, intervalo mínimo entre as jornadas, dentre outros direitos. Em regra, o empregado é o responsável pelo controle da sua jornada. 

A adoção do teletrabalho deve constar de forma expressa em contrato individual de trabalho ou em aditivo, por meio de mútuo acordo entre as partes. Deve ser formalizado como se dará o custeio e o fornecimento de materiais e equipamentos necessários para prestação da atividade, como o uso do computador e gastos com a energia elétrica. O empregador ainda é responsável por instruir os empregados sobre regras de saúde, ergonomia e de segurança do trabalho, que devem ser acatadas pelos funcionários. 

advogado trabalhista Erick Magalhães, sócio do escritório Magalhães & Moreno Advogados, relata casos de descumprimento do limite da jornada após a adoção do trabalho remoto na crise sanitária. “Há pessoas que trabalham em casa de 12h a 15h diárias porque são obrigados a cumprir essa jornada sob pena de não conseguirem entregar os trabalhos exigidos e de não cumprir as suas metas. Muitos desses profissionais fazem o login em um sistema interno da empresa, uma rede de dados protegida. Mediante os recursos tecnológicos atuais, a empresa dispõe de meios necessários para controlar o tempo de efetivo trabalho do empregado, devendo efetuar o pagamento das horas extras”, defende o advogado. 

Segundo o levantamento do DataSenado, 82% dos entrevistados concordam com o pagamento de horas extras caso a jornada seja superior a 8h diárias. Já nove em cada dez concordam que a empresa deva fornecer equipamento eletrônico para que o trabalhador possa cumprir as tarefas no regime de teletrabalho. A pesquisa aponta, entre as dificuldades citadas para trabalhar nesse modelo, a falta de internet de qualidade (22%) e a falta de equipamento de informática adequado (16%). Entre o total de respondentes, 68% afirma que não recebeu auxílio da empresa para a compra de equipamentos e 57% relata que se utiliza de seus próprios recursos. 

Mayara Galhardo Felisberto, advogada trabalhista do escritório Baraldi Mélega Advogados, lembra que muitas empresas tiveram pouco tempo para se adaptar ao teletrabalho. “A crise sanitária ocorreu de forma repentina e as pequenas e médias empresas não estavam preparadas. A tendência é que, com a manutenção do home office, haja a adequação do ambiente de trabalho do empregado e consequentemente a compensação financeira”.

Para a especialista, havia preconceito em relação ao uso do home office. “A cultura brasileira quanto ao ferrenho controle de jornada e comparecimento dos empregados a determinados locais físicos dificultava a inserção do home office. Porém, a necessidade de isolamento social fez com que as empresas pudessem experimentar a modalidade diferenciada”, analisa.


Recomendações

A necessidade de assegurar os direitos dos trabalhadores ao ser exercido o trabalho remoto fez com que o Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgasse uma série de orientações em relação ao teletrabalho. A lista prevê o respeito à privacidade e segurança de dados; o registro do contrato por escrito; observar os parâmetros da ergonomia, em relação às condições físicas ou cognitivas de trabalho; garantir pausas para descanso e adaptação; oferecer suporte tecnológico; orientar quanto à prevenção de acidentes de trabalho; respeitar a jornada de trabalho; garantir a liberdade de expressão do empregado, ressalvadas ofensas que caracterizem calúnia e injúria; e estabelecer uma política de autocuidado para a identificação de sintomas do Covid-19.

Em resposta às recomendações, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra Martins Filho, apontou a iniciativa como uma tentativa de legislar sobre o tema, o que seria de competência somente do Congresso Nacional. Para Bianca Canzi, advogada trabalhista do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, as orientações são positivas e não excederam o papel do MPT. “Tudo que for para ajudar a manter relações de trabalho saudáveis será válido. Foi apenas uma recomendação para quem quiser seguir. Não é uma lei, que no caso teria uma obrigatoriedade”, pondera.

 

O cenário da recuperação judicial na pandemia

A recuperação judicial é prevista na Lei 11.101/2005 considerada como um mecanismo de soerguimento da empresa por meio do ingresso em juízo, visando à preservação da empresa, sua função social e manutenção da força de trabalho. Em razão do cenário econômico, muitas empresas se socorreram do instituto, tendo em vista as dificuldades da situação que o país se encontra nos últimos anos.

É necessário dizer que nem todas as empresas estão aptas ao requerimento da recuperação judicial, uma vez que a lei exige alguns requisitos para o seu requerimento, a citar: 

(i) exercer sua atividade há pelo menos dois anos;

(ii)  não estar falido ou, se já teve sua falência decretada em algum momento, suas responsabilidades precisam estar extintas por sentença transitada em julgado;

(iii) não ter passado por outro processo de recuperação judicial nos últimos cinco anos;

(iv) não ter obtido, nos últimos oito anos, a concessão de um plano especial de recuperação judicial; e

(v) não ter sido condenado por nenhum crime previsto na lei de falências.

Superadas as exigências legais, a empresa promovente da recuperação necessita elaborar um plano recuperacional que será apresentado, visando a demonstrar a sua viabilidade econômico-financeira para aprovação dos credores, sob pena de não aprovação, ser convolado em falência. 

Em poucas palavras, o processo de recuperação judicial não é simplista, até mesmo porque, em sendo deferido em juízo, há fases que envolvem os credores e interessados que podem torná-lo intrincado. 

Considerando esta conjuntura, os indicadores demonstram que há aumento na busca pela recuperação judicial no Brasil, que, segundo o revelado pelo Serasa Experian para o mês de fevereiro de 2020, o crescimento se deu na ordem de 11% para micro e pequenas empresas. Porém, ao serem analisados os meses subsequentes, em especial o mês de agosto, houve uma retração do pleito de recuperação judicial, sendo que para as grandes empresas os números chegam a 25% e para as médias, 20,8% de recuo. 

Para os economistas em geral, a retração se deu em face do fomento das negociações extrajudiciais com os credores essencialmente com os bancos. Isso é tido como um facilitador para que se evite a propositura, neste momento, de novas recuperações judiciais, pois, além de renegociação das dívidas, ainda é possível novo acesso ao crédito. 

Diante desta situação, não deve ser descartado outro instituto, previsto na Lei 11.101/2005, ou seja, a recuperação extrajudicial que estabelece o diálogo entre devedor e credores para a promoção de um acordo, por meio da homologação judicial. 

 


Alexsandra Marilac Belnoski - professora e advogada especialista em Direito Empresarial pela FAE, aperfeiçoamento em Direito da Empresa e Recuperação de Empresas pela Universidade de Coimbra e mestre em Gestão Ambiental pela Universidade Positivo e sócia do escritório Marilac Advocacia.

 

O QUE O STF TEM A VER COM ISSO?

         Quando ocorrem desavenças nas brincadeiras de crianças, é comum que uma delas, sentindo-se prejudicada, saia do grupo para se queixar ao papai, ou ao irmão mais velho.  Nem criança acha louvável tal conduta. Na minha infância, esses meninos eram chamados “filhinhos do papai”. Imagine, agora, partidos políticos, nanicos ou não, correndo infantilmente ao Supremo sempre que algo os contraria, seja no parlamento, seja no governo. É a judicialização da política fazendo o rabo da pandorga chamada politização da justiça.


         Desta feita coube ao PV choramingar sua contrariedade perante uma das consequências da derrota da esquerda que comanda as universidades brasileiras com muito maus resultados até onde a vista alcança. O partido finge desconhecer que liberdade é exatamente o atributo desejável que o aparelhamento eliminou em tantas delas. Apelou então o partido aos companheiros grandões do STF, cujo plenário, como se sabe, também foi aparelhado, para que imponham ao presidente da República o dever de nomear como reitores e vice-reitores, sempre e sempre, aqueles que constem em primeiro lugar nas listas encaminhadas a ele pelos Conselhos Universitários. Responda você, leitor: o que tem o STF a ver com isso? 

         A Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelo PV ataca a Lei 9192/92 que afirma, literalmente, o contrário, referindo-se aos dois cargos: “... serão nomeados pelo Presidente da República, escolhidos dentre os indicados em listas tríplices”.  Essa norma vigeu sem embaraços durante 28 anos, mas a derrota da esquerda em 2018 amargou a receita. De repente, ela ficou tão intragável para a esquerda brasileira que o próprio ministro Edson Fachin, relator do caso, precisou regurgitar por inteiro sua opinião sobre o mesmíssimo assunto. De fato, em 2016, no Mandado de Segurança 31.771, ele votou no sentido oposto ao que defendeu na última sexta-feira. (1)

         Para fundamentar tamanha contradição, o ministro precisou acionar mecanismos do Grande Irmão orwelliano e penetrar na mente do presidente da República para identificar ali as mais funestas intenções de intervenção na autonomia universitária. Nada surpreendente. O STF tem explicitado nitidamente esse ponto de vista e evidenciado a intenção de transformar o presidente numa espécie de gestor de massa falida. Ai dele se tiver qualquer ideia própria, qualquer intenção pessoal que possa ser vista como conservadora. Ai dele se divergir desse território sem lei nem ordem em que sucessivas presidências credoras de tanta gratidão na Corte transformaram o Brasil.

         Mais uma vez, o STF se sobrepõe ao Congresso Nacional e ao Poder Executivo, fazendo lei contra prerrogativas do presidente. O excelente Alexandre Garcia, comentando o assunto na CNN, fez a pergunta que desnuda a má intencionalidade do partido impetrante e do ministro relator: “Se é para escolher obrigatoriamente o primeiro da lista, para que a lista? ”.

 

 

Percival Puggina -membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.

 

 

(1) https://www.conjur.com.br/2020-out-09/voto-fachin-lista-triplice-contradiz-decisao-anterior


Professores são mais valorizados durante pandemia

Pesquisa revela que valorização dos profissionais da Educação é um dos legados deste período


O Brasil é um dos países que menos valorizam o trabalho do professor. No estudo coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e publicado em 2018 junto ao Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o país ficou em último lugar entre as 35 nações avaliadas nesse quesito. No entanto, desde que a pandemia do novo coronavírus começou, muitos olhares se voltaram para a importância que esses profissionais têm na construção da sociedade. Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Península, 72% dos professores afirmaram que um dos legados deixados pela pandemia será a valorização da carreira docente pela sociedade. 

Para Alexandre Schneider, ex-secretário da Educação da cidade de São Paulo e atual presidente do Instituto Singularidades, uma das iniciativas do Instituto Península, é possível verificar essa valorização a partir da própria imagem que a sociedade tem dos profissionais da Educação. "Talvez, hoje, eles estejam equiparados aos profissionais da saúde - e isso se dá porque, com as crianças em casa, os pais conseguem enxergar quão difícil é o processo de ensinar”, justifica.

Segundo o especialista, uma das consequências deste período de aulas não presenciais será a necessidade de que a escola e os gestores escolares saibam acolher os professores e suas questões emocionais. Afinal, os impactos da Covid-19 vão muito além da saúde. Muitos desses profissionais perderam amigos e familiares, outros precisaram lidar com pessoas próximas perdendo seus empregos e sua renda, entre outras dificuldades. Isso significa que, em um primeiro momento, será preciso reconstruir os laços e o espírito de equipe que faz toda escola funcionar.

Ao mesmo tempo, ele acredita que os educadores voltarão às salas de aula com muito mais conhecimentos e habilidades do que tinham antes da pandemia. E, com a perspectiva de que as aulas retornem antes de haver uma vacina, o professor vai ter que estar pronto para saber escolher a melhor tecnologia, mas também para entender qual o melhor uso do momento presencial. "Antes da pandemia, a maior parte das aulas tinha um caráter expositivo e, agora, teremos a necessidade do uso de um ensino híbrido. Então, o professor terá que estar pronto para fazer as melhores escolhas das plataformas e para decidir o que trabalhar nessas plataformas”, aponta Schneider.

O presidente do Instituto Singularidades acredita que, neste momento, a sociedade está olhando com carinho e reconhecimento para o trabalho dos educadores. “Cada um de nós pode fazer a diferença na vida de uma criança ou de um adolescente. Espero que isso permaneça após a pandemia porque não há nada mais importante que a Educação e não há profissão mais relevante que a do professor”, completa. Em homenagem ao Dia dos Professores, Alexandre Schneider fala sobre a relevância desses profissionais no 12º episódio do podcast PodAprender, cujo tema é “Dia dos Professores - Valorização dos profissionais será herança da pandemia“. O programa pode ser ouvido no site http://sistemaaprendebrasil.com.br/podaprender/, nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis.

 

Trabalho intermitente: Entenda essa tendência e saiba como se organizar para ter qualidade de vida

Especialista explica a importância do equilíbrio e dá dicas de como se organizar de forma mais eficiente, equilibrando as contas e garantindo bem-estar


Em meio a flexibilização da quarentena, o trabalho intermitente tem sido uma alternativa para alguns empresários brasileiros, que se reportam aos colaboradores somente quando há demanda, assim se cria uma relação mais flexível de trabalho. Vale lembrar que esse tipo de relação, apesar de comum nos últimos anos, só foi formalizada no Brasil com a Reforma Trabalhista em 2017. Com isso, Rebeca Toyama especialista em estratégia de carreira apresenta 5 importantes dicas para auxiliar os colaboradores a organizar melhor o tempo e os objetivos, alcançando assim melhor qualidade de vida.

De acordo com o IBGE, a pandemia do coronavírus foi a mola propulsora para uma queda drástica na economia. Nos últimos cinco meses 5,2 milhões de empregos foram extintos. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em maio deste ano o Brasil perdeu 331,9 mil postos de trabalho formais, devido à crise econômica. Já nos contratos intermitentes, 2,4 mil vagas foram criadas neste período, e essa modalidade gera 16 mil vagas por ano.

“Quando há perda no número de empregos formais, costuma haver um aumento de pessoas querendo abrir um pequeno negócio e se reinventar, enquanto o mercado aguarda o reaquecimento do consumo, da produção e a reorganização dos mecanismos econômicos. Mas sabendo que a realidade com a pandemia é ainda mais difícil, é importante que as pessoas busquem se adaptar para enfrentar esse momento com sabedoria, seja para empreender, trabalhar como autônomo para várias empresas ou outras funções sem vínculo empregatício. ”, afirma, Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira.

Essa modalidade de trabalho gera flexibilidade tanto para o colaborador como para o empregador, pois as empresas tendem a ajustar o horário trabalhado de acordo com um maior fluxo. E a tendência é que esse número cresça nos próximos meses, pois o setor de comércio e serviços trabalha sob demanda em datas comemorativas. A resposta incerta da situação econômica leva uma demanda pelo trabalho intermitente ou “por projetos” e demandas específicas.

"Como ainda existe muita incerteza sobre a retomada das atividades, os contratos intermitentes estão sendo uma saída para as empresas que estão reabrindo, pois assim conseguem avaliar o momento de maior demanda para acionar os trabalhadores. E observando o cenário atual, muitas não pretendem abrir vagas de emprego tão cedo, já que nenhum empresário sabe como vai ser essa retomada da pandemia. ”, comenta Rebeca.


Organização de tempo

A rotina de um colaborador intermitente é de ficar à disposição da organização para quando houver demanda de trabalho, e de acordo com a legislação instituída pela reforma trabalhista, a empresa precisa fazer a convocação com pelo menos três dias de antecedência, e o funcionário tem um dia útil para se organizar e responder. Além disso, o colaborador pode até ter contrato com mais de uma empresa, já que não tem horário fixo com seus empregadores.

A flexibilidade é um dos benefícios concedidos pelo trabalho intermitente, mas vale lembrar que responsabilidade de organização é o que equilibra essa rotina. Segundo Rebeca Toyama, o colaborador precisa ter clareza para equilibrar sua saúde emocional e física, pois só assim conseguirá alcançar bons resultados e manter o bem-estar diante de uma rotina intermitente.

“Existem alguns pontos que precisam ser revisados de acordo com sua rotina, mesmo que você tenha somente um contrato com uma empresa, é necessário cuidar de todas as áreas da vida para evitar o aumento de estressores e prejudicar a qualidade de vida. E ainda é importante ressaltar, que uma pessoa só consegue dar o seu melhor quando se tem em mente suas prioridades e quando se administra bem as 24 horas por dia e os 7 dias por semana. ”, finaliza Rebeca Toyama.

E para auxiliar os colaboradores intermitentes se enquadrarem melhor às oportunidades que surgirão com a chegada do final do ano, a especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama preparou 5 dicas de como se organizar para realizar esse tipo de trabalho.

1- Clareza que o dia tem apenas 24 horas que devem ser equilibradas entre as demandas pessoais, profissionais e o sono.

2- Disciplina para organizar uma rotina intermitente sem abrir mão da qualidade de vida;

3- Entender demandas diversas de diferentes empregadores, sem estresse; 

4- Adaptabilidade para se relacionar de forma saudável com diferentes públicos internos e externos (clientes, gestores e colegas de trabalho);

5- Criar um ambiente familiar colaborativo para manter o bem-estar na vida pessoal em meio à uma rotina intermitente.

 



Rebeca Toyama - fundadora da RTDHO e ACI empresa com foco em bem-estar e educação corporativa. Especialista em estratégia de carreira e saúde financeira. Possui formações em administração, psicologia, marketing e tecnologia.  Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), Instituto Filantropia e Universidade Fenabrave.

  

O PIX chegou - Entenda as vantagens e cuidados a observar

Nos últimos dias, inúmeras notícias circulam sobre a chegada do PIX, um novo meio de pagamentos instantâneos (PI) e transações entre contas, que será uma alternativa com menor custo que o DOC (Documento de Ordem de Crédito) e a TED (Transferência Eletrônica Disponível) para os usuários.

O PIX permitirá transações 24 horas por dia, 7 dias na semana diferente dos meios atualmente existentes, que possuem limitações de horário e dias em sua operação. Além disso, a transação ocorrerá em poucos segundos, uma evidente vantagem sobre os meios de pagamento atualmente existentes.

Dentre os objetivos do PIX destaca-se a intenção de propiciar melhor competitividade entre instituições financeiras, maior agilidade nas operações e com menores tarifas.

Bancos e fintechs iniciaram o cadastramento de usuários que se utilizarão do PIX, previsto para iniciar as operações em 16 de novembro, de acordo com a determinação do Banco Central. E nesse momento os primeiros problemas surgiram.

Fraudadores montaram falsos sites e domínios para ludibriar pessoas que buscavam realizar o cadastro. O objetivo é obter dados pessoais do maior número de vítimas possível com a intenção de praticar fraudes e outros crimes. Neste momento, este é o primeiro cuidado que deve ser tomado, ao entrar no site do Banco ou fintech para realizar o cadastro, certifique-se de estar no endereço e domínio correto, verifique as chaves de segurança.

Os crimes cibernéticos que se utilizam de plataformas digitais utilizam-se, na maioria das vezes, de um elemento básico: a distração do usuário. A falta de atenção pode propiciar que se acabe entregando dados a criminosos.

Movimentos disruptivos e que alteram um cenário habitual para usuários, como deve ser o caso do PIX devem ser cercados de segurança e cuidados adicionais. Podemos nos lembrar de quando cartões bancários começaram a substituir o dinheiro, a dificuldade de muitas pessoas em operar no novo cenário e os fraudadores que disfarçados de pessoas com intenção de ajudar, capturavam dados e senhas pessoais.

Da mesma forma, a chegada do PIX deverá ser acompanhada por muitas tentativas de fraudes e golpes contra os usuários. E há uma primeira brecha que deverá ser solucionada pelo Banco Central para se evitar crimes, segundo o regulamento, se você receber um PIX e a pessoa que enviou o dinheiro alegar se tratar de uma fraude, o Banco Central poderá retirar o dinheiro de sua conta sem sua autorização.

Essa possibilidade de reversão do PIX nessa hipótese pode ser um dificultador para sua aceitação no varejo, pois o prejuízo em caso de transações fraudulentas seria do estabelecimento comercial.

Este tipo de reversão da operação, conhecido como Chargeback causa preocupações e faz com que o mercado busque formas adicionais de segurança para impedir transações fraudulentas. Por outro lado, boa parte das medidas de segurança passam por obter maiores dados do comprador, como biometria facial ou Touch ID, o que de acordo com a lei de proteção de dados só pode ser fornecido com consentimento de seu titular.

Por esses motivos a Abranet (Associação Brasileira de Internet) entende que o prazo de implementação deveria ser postergado para que as empresas possam arcar com custos de tecnologia e pessoal para garantir a segurança dos usuários pois o planejamento inicial de preparação foi afetado pela pandemia e fatos extraordinários deste ano.

A solução proposta é a de que o cronograma de adesão obrigatória para as empresas seja estendido até agosto de 2021 e que antes disso a adesão seja voluntária. Mas até este momento a data prevista não foi alterada e o PIX deve operar a partir de 17 de novembro.

 



Francisco Gomes Junior - advogado sócio da OGF Advogados, formado pela PUC-SP, pós graduado em Direito de Telecomunicações pela UNB e Processo Civil pela GV Law – Fundação Getúlio Vargas. Foi Presidente da Comissão de Ética Empresarial e da Comissão de Direito Empresarial na OAB. Site: www.ogf.adv.br

 

Generalista x Especialista: existe melhor perfil em um cenário pós-pandemia?

 Luandre, uma das maiores consultorias de RH do Brasil, dá as características de cada perfil e avalia as tendências do mercado

 

Segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional de Desenvolvimento) a taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 13,3% no trimestre encerrado em junho, atingindo 12,8 milhões de pessoas. Por conta desses dados alarmantes e diante de um cenário em que não se pode perder tempo na busca por uma oportunidade profissional, surge a dúvida sobre qual perfil o mercado de trabalho tem buscado mais. Seria o do generalista ou do especialista?

Para Fernando Medina, CEO da Luandre, a resposta depende de vários fatores. “Essa é uma incerteza que percorre gerações. O que é preciso avaliar, neste caso, é a área de atuação e os atributos do cargo”, afirma Medina.


Características de cada perfil

Um profissional generalista é uma pessoa normalmente mais capaz de passar por diferentes áreas e setores, entendendo de tudo um pouco. Isto ajuda a criar uma visão mais ampla da empresa onde atua e ajuda a conquistar cargos mais altos. “Geralmente esse profissional está em cargos que demandam conhecimentos abrangentes da empresa, por conta disso, precisa conhecer sobre diferentes temas de diversas áreas” afirma Gabriela Mative, Superintendente de Recrutamento e Seleção da Luandre.

Já o especialista é aquele que entende com maior profundidade de uma área/tema específica. “O especialista é indispensável na organização, dado o fato de ele ser a chave-mestra da área em que atua”, diz Gabriela. Muitas vezes o especialista é mais raro e, portanto, melhor remunerado.

Qual o melhor?

Na realidade, o que importa mesmo é quão boa a pessoa é naquilo que se propõe a fazer. O mercado atual pede um mix desses dois estilos de profissionais. Ambos podem e devem possuir qualidades como criatividade, flexibilidade, boa comunicação e capacidade de usar bem suas habilidades. Ou seja, independentemente da escolha entre se especializar em determinada área ou saber um pouco de tudo, o cenário atual requer habilidade para lidar com pessoas e situações diversas.

“Há espaço para generalistas e especialistas, desde que eles sejam qualificados para realizar as demandas da empresa. Num cenário em que o que conta é o conhecimento e a inovação, nossa entrega mais importante é a inteligência com que aplicamos aquilo que sabemos de maneira a deixar um legado onde passamos”, finaliza Medina. 

 

 

Luandre Soluções em Recursos Humanos

 

Saúde tem alta de R$ 18 bilhões

 Gastos com planos de saúde e tratamentos sobem, enquanto caem com medicamentos


Neste ano atípico de pandemia, o setor de saúde terá uma alta, em média, de 7% em comparação a 2019, totalizando R$ 275,8 bilhões, incluindo as despesas com medicamentos, planos de saúde e tratamentos médico e dentário. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há mais de 25 anos, com base em dados oficiais.

Segundo o levantamento, esse crescimento é ainda maior (22,3%) quando observados os desembolsos apenas com planos de saúde e tratamentos, que somam R$ 142,1 bilhões neste ano. Para Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, esse acréscimo deve-se ao “reajuste que fora autorizado pela ANS para os planos de saúde individuais e em grupo, ainda que posteriormente o mesmo tenha sido revogado. Além disso, com o aumento do desemprego, a população teve de recorrer a um plano de saúde individual para continuar com cobertura, principalmente em tempos de pandemia”.

Em contrapartida, as despesas com medicamentos apresentam queda de 5,5% em relação ao ano passado, chegando a R$ 133,7 bilhões. “Nesse momento de recessão econômica, a população tem aderido a medicamentos mais baratos e os genéricos têm sido uma excelente opção”, considera Pazzini.

Esse é apenas um recorte da pesquisa, finalizada em maio último, que leva em consideração todo o cenário de pandemia, destacando que o consumo nacional nos diversos setores econômicos se igualará a índices de 2012, com a maior retração desde 1995. Caso interesse, podemos disponibilizar a íntegra do estudo com dados nacionais e/ou regionais, divididos por setores econômicos e classes sociais, tanto de 2020 quanto de anos anteriores.

 

Retorno de cobrança do financiamento preocupa mutuários que temem aumento abusivo no valor das parcelas

Com o fim do prazo concedido de pausa pelas instituições financeiras, é natural que mutuários fiquem preocupados com o valor do aumento da parcela de seu financiamento. A questão é simples de se entender, pois, o que não foi pago, é acrescido ao saldo devedor, que por sua vez é dividido pelo prazo remanescente do próprio financiamento. O aumento do saldo devedor e a manutenção ou diminuição da quantidade de parcelas a pagar impacta diretamente no próprio valor da parcela.


Para o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, é importante, antes de mais nada, que o mutuário entenda que a pausa já é uma espécie de negociação e que nenhum credor, por lei, está obrigado a aceitar prestação diversa daquela contratada. “Ou seja, não existe nenhuma lei que determine que os bancos são obrigados a negociar novamente com os mutuários as prestações de seu financiamento ou o aumento do prazo para que o valor da prestação volte a ser acessível”, explica.


Conforme a ABMH já vem ressaltando, o sistema da pausa tem o benefício momentâneo de evitar o inadimplemento, mas em seguida ele reflete no aumento do valor da prestação. “Essa consequência será vivenciada agora por vários e vários mutuários que já deveriam ter se programado para isso. Se assim não fizeram, aquele inadimplemento iminente que poderia ocorrer durante a pandemia vai ocorrer agora com a falta de capacidade financeira de pagar as prestações do próprio financiamento”, diz Vinícius Costa.


Uma alternativa para evitar isso é recorrer à portabilidade do financiamento, buscando uma instituição financeira com taxa de juros menor, ou um aumento do prazo do financiamento. “Neste caso, quanto mais parcelas você terá a pagar, mais juros também pagará para o banco. Ainda que sua parcela passe a encaixar no orçamento, o aumento do tempo de retorno do dinheiro emprestado para o banco vai impactar no tanto que se paga de juros. Além disso, demandará do mutuário pagamento de mais seguro também”, esclarece o presidente da ABMH.


De acordo com ele, não que essa medida não seja a mais indicada para evitar o inadimplemento. “Porém, o mutuário deve ter em mente que após um aumento do prazo contrato, se possível em uma negociação com o banco, ele deverá se programar para fazer amortizações extraordinárias do seu saldo devedor para tentar compensar o tanto mais que pagaria de juros e seguro em razão do aumento do tempo de retorno”, esclarece.

 

 


ABMH Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação

 

Venda de consórcios dá um salto e registra 179% de aumento em vendas no mês de agosto

No início da pandemia, a empresa estava com 80% de vendas, em agosto registra 179% de vendas de consórcios.

BR Consórcios apostou em garantir serviço de qualidade, mesmo remotamente, incentivando os consorciados construírem patrimônio e buscar um futuro financeiro mais seguro; 

Todas as regiões que a empresa atua, cresceram no período, tanto que houve recordes de vendas em território nacional, isso em todas as categorias; 


 A pandemia trouxe muita incerteza a todos os negócios e, inicialmente, independente do ramo de atuação, o mercado ficou atônito, já que muitas pessoas ficaram sem saber o que fazer, com reações negativas e sem rumo. A BR Consórcios, (www.brconsorcios.com.br), empresa com mais de 70 mil clientes ativos pelo Brasil, adotou a postura de que nada iria mudar, garantindo toda ajuda necessária aos consorciados, a construir patrimônio e garantir um futuro financeiro mais seguro. Com isso, alavancaram as vendas, iniciando o período pandêmico com 80% e, agora, no mês de agosto, subiram para 179%. 

“Isso trouxe muita coesão às equipes e segurança aos clientes, que perceberam que nós estávamos passando por um problema mundial, mas de forma serena e tranquila. Desta forma, muitos se apoiaram na empresa como quem segue um farol no meio da neblina”, afirma o diretor comercial da BR Consórcios, José Roberto Luppi. 

Desde o início da pandemia, a BR Consórcios e suas associadas se posicionam no mercado, atuando com vendas consultivas que demonstram a necessidade de pensar no futuro e construir segurança financeira através do sistema de consórcios. Assim o público percebeu, claramente, que quem é previdente e desloca parte da renda oriunda do trabalho para o pagamento de uma cota de consórcio, constrói patrimônio e está mais preparado para tropeços conjunturais, como o que está acontecendo nesta pandemia.  

“Um fator externo que não prevíamos dinamizou este processo, pois as pessoas que tem renda mais regular, através de emprego com remuneração fixa, ou que tiveram rápido sucesso na transição para o home office, e mantiveram seus rendimentos, neste período, fizeram muita economia, pois o isolamento social eliminou gastos supérfluos regulares, criando ou aumentando sobra de caixa em muitas famílias. Esta sobra, está sendo, em parte, direcionada para o sistema de consórcios, como forma de investir no futuro”, afirma o diretor. 


Qualidade no serviço é a chave do sucesso – Segundo Luppi, há alguns fatores que determinaram serem assertivos no aumento das vendas. “Considero dois fatores importantes: o primeiro é a segurança de que precisamos continuar trabalhando da mesma forma e de que tudo isto vai passar, gerando confiança na equipe interna, que repassa isso aos nossos clientes, ou seja, clima de controle da situação. E o segundo, está na sobra de caixa das famílias, que tem possibilitado aumento de vendas aos atuais clientes, bem como a conquista de novos consorciados”.  

Com a rápida transição para o sistema home office, a empresa conseguiu alcançar todos os clientes, possibilitando manutenção e ampliação dos ritmos de negócios. Segundo dados disponibilizados pela empresa, em todas as regiões que atuam, cresceram no período, tanto que houve recordes de vendas em território nacional. Isso em todas as categorias que a BR trabalha (motocicletas, automóveis, serviços, imobiliárias, entre outras). 

“Este aumento se deu no período inicial da pandemia e, consequente, registramos quedas nas vendas, embora essa queda tenha sido menor do que em outros setores econômicos. A recuperação foi muita rápida e em forma de V, fator que nos surpreendeu positivamente”, diz Luppi. 

Confira a tabela abaixo:  



“Trabalhamos com metas anuais de vendas que são estabelecidas entre outubro e novembro do ano anterior, ou seja, foi estabelecida sem o cenário de isolamento social no horizonte, e pelo que percebemos teremos nossas metas anuais atingidas, mesmo com a conjuntura atual”, apresenta o diretor. 


Agosto foi um mês de salto – A BR Consórcios bateu o índice histórico de IRC, com incríveis 78,3%. Isso significa que os clientes estão muito satisfeitos com as ações da empresa.


Também, em agosto, bateram o recorde de confecção de contratos de imóveis em um mês, com uma evolução de 97%, em relação a janeiro de 2020.



Outro destaque é que em agosto, a BR Consórcios obteve o segundo maior número de contemplações dos últimos cinco anos, ficando atrás somente do mês de junho deste ano.

 





BR CONSÓRCIOS 

www.brconsorcios.com.br

 

Políticas públicas de preservação de área verde devem ser cobradas de candidatos às eleições municipais


Brasil é um dos países com maior preservação de área verde no mundo, porém é necessário que boas políticas de preservação sejam elaboradas nos municípios

Brasil tem feito a lição de casa quando o assunto é matriz energética, mas o trabalho não pode ser afrouxado. Políticas públicas para a área, podem e devem ser encabeçadas pelos munícipios, afirma analista político

 

Com as campanhas eleitorais municipais a pleno vapor, várias pautas de extrema importância ganham destaque nos debates e propostas de governo dos candidatos. A preservação do meio ambiente certamente é um dos assuntos de maior urgência e preocupação, em um mundo cada vez mais modificado pela ação dos seres humanos e expansão da urbanização.

É o que afirma o jornalista e consultor político Eduardo Negrão, autor de vários livros que abordam a soberania nacional do Brasil. Para ele, é preciso atenção a essa área, principalmente pelas gestões municipais, apesar do país ter feito um ótimo trabalho quanto ao uso e exploração das suas matrizes energéticas, que são as formas como os recursos energéticos de uma país são utilizados em seus processos produtivos.

Ele explica: “O Brasil tem feito a sua lição de casa, seja nas políticas de preservação das áreas verdes, assim como no uso destes recursos na geração de energia de forma sustentável e austera. Este é um trabalho que não pode ser deixado de lado e muito menos afrouxado”, afirma, embasando-se nos dados do relatório do Our World In Data (19), que mantém a tutela da Universidade de Oxford. 

Segundo o estudo, apresentado ano passado na reunião dos G7, o Brasil é um dos países no mundo que mais preserva suas áreas verdes. Em termos percentuais, 56% do território nacional coberto por florestas, o que coloca o país na 31ª posição entre os países com maior cobertura florestal no mundo. 

Porém, em termos absolutos, levando-se em conta a área florestal, o Brasil tem quase 5 milhões de quilômetros quadrados de área verde, elevando o status tupiniquim ao 3º lugar, atrás apenas da Rússia e Canadá, que possuem grande parte do seu território em regiões polares.

Ainda, segundo ele, é preciso atentar para o fato de que o Brasil é um dos países que tem uma severa política quanto aos protocolos de emissão de CO2. Segundo pesquisa divulgada pela Global Carbon Atlas, em 2018, o país emitiu 457 megatoneladas de CO2 enquanto a China, a “primeira” colocada no ranking, emitiu 10 mil megatoneladas, cerca de 20 vezes mais que o Brasil. 

Japão, Alemanha, Estados Unidos, França, por exemplo, países considerados modelos no mundo todo e menores que o Brasil, apresentam elevadíssimos graus de emissão de CO2, tendo os Estados Unidos emitido 5416 megatoneladas, o Japão, 1162 megatoneladas, e a Alemanha, 779. Novamente isso acontece por conta das políticas de matrizes energéticas desses países, que utilizam a queima do carvão para obtenção de energia, umas das formas mais poluentes.


POLÍTICAS MUNICIPAIS

Para o analista político, muitas vezes tem-se a impressão que a política de preservação tem que partir do governo federal, mas na verdade, a chave do sucesso para um plano de matriz energética parte das políticas municipais e planos gestores das cidades, que devem ter as suas estratégias muito bem definidas.

“Quando for avaliar as propostas dos candidatos da sua cidade, veja bem quais são os planos deles para as políticas de preservação de áreas verdes, recursos energéticos e sustentabilidade ambiental. É dever do cidadão cobrar seus candidatos desde já”, enfatiza Eduardo Negrão.

 

Posts mais acessados