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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Higiene bucal evita problemas cardiovasculares e respiratórios

Doenças periodontais sem tratamento aumentam os riscos de infarto e AVC


A saúde bucal é fundamental para uma vida saudável em todas as faixas etárias, já que ela está diretamente relacionada ao bom funcionamento de todo o organismo. Estudos demonstram que pacientes com uma condição de saúde bucal precária, por exemplo, apresentam mais riscos de ter doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Por conta da boca ser a porta de entrada do organismo, existe uma circulação intensa de bactérias na cavidade oral, como as que provocam cárie, cálculo dentário (mais conhecido como tártaro), gengivite e periodontite – aquela que afeta a parte óssea, podendo levar à perda dos dentes.

“Pacientes com doenças gengivais apresentam até oito vezes mais bactérias na corrente sanguínea. Além disso, esses altos níveis podem servir de fonte para infecções respiratórias, especialmente em pacientes que passam por ventilação mecânica (entubados)”, destaca o Dr. Emanuel da Silva Rovai, membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

No sistema respiratório, o processo bacteriano ocorre pela aspiração de patógenos orais que se alojam nos pulmões, o que acarreta no aparecimento de infecções como a pneumonia. Se o destino são as articulações, os microrganismos bucais e a inflamação causada por doenças gengivais podem ajudar no desenvolvimento e agravamento de quadros de artrite reumatoide. Como o organismo não espera encontrar esses micro-organismos fora de seu habitat natural, não há o preparo para se defender de forma adequada. Isso pode ser ainda potencializado nesse período em que as baixas temperaturas elevam o acometimento de doenças cardiovasculares e respiratórias.

Para pacientes que possuem próteses em válvulas cardíacas, o cuidado com a higienização deve ser ainda maior, já que as bactérias do meio bucal podem se alojar na prótese e causar endocardite bacteriana. “Outro fator importante em pacientes cardiopatas é que devemos manter um controle periodontal rígido, preferencialmente com periodontista, para que seja possível manter uma saúde gengival adequada e, assim, o paciente terá um menor risco de sofrer algum evento cardiovascular”, completa o Dr. Emanuel.


Fluoretação da Água

Em 2020, o Ministério da Saúde por meio da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil) iniciou o quinto estudo sobre o atual cenário da saúde bucal dos brasileiros. Em 2003, 69% das crianças tinham cárie, fator que contribui para o agravamento da saúde bucal, que muitas vezes gera a necessidade de realização do tratamento de canal. Após sete anos, o número caiu para 56%. No ano de 2011, foi realizado o Seminário sobre Vigilância da Fluoretação de Águas, em 2011, que gerou um parecer técnico sobre a importância da manutenção da inserção de fluoreto na água, para o combate da cárie e a adoção de políticas públicas sobre o assunto. A fluoretação é obrigatória no país desde a década de 1970.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 3,5 bilhões de pessoas no mundo têm sido afetadas por doenças bucais e, de acordo com o Global Burden of Disease Study (esse estudo é reconhecido?) de 2017, a cárie dentária em dentes permanentes é um dos distúrbios mais frequentes. 

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Partofobia atinge até 20% das gestantes, afetando bem-estar da mulher e desenvolvimento fetal

Acolhimento de obstetras pode ajudar a atenuar sintomas desse transtorno psicológico

 

Apesar de pouco discutido, até 20% dos quase 10 mil partos realizados diariamente, no Brasil, pode ocorrer envolto de medo. Trata-se da partofobia, um transtorno psicológico que afeta gestantes por meio de elevada ansiedade, ataques de pânico, queixas psicossomáticas e outras manifestações associadas ao momento de dar a luz. Segundo especialistas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a partofobia pode influenciar negativamente o bem-estar da gestante, bem como afetar o desenvolvimento fetal. A realização de adequado pré-natal, bem como a construção de uma rede de apoio para mulher grávida, pode colaborar para a diminuição desses sintomas e o restabelecimento da qualidade de vida da gestante.

Segundo o ginecologista Dr. Rodrigo Nunes, membro da Comissão Nacional Especializada em Urgências Obstétricas da Febrasgo, a "partofobia pode ser primária, quando desencadeada no início da fase adulta, na adolescência, ou mesmo na infância e está associada a relatos de familiares da própria mãe ou pessoas próximas. Pode ainda ser secundária a eventos traumáticos relacionados a um parto anterior, como a dor, falta de suporte emocional no período perinatal ou complicações obstétricas". O médico destaca que fatores como tabagismo, depressão, ansiedade, história de violência sexual, infertilidade, abortamento prévio e cesariana prévia estão associados à partofobia, podendo, ainda, apresentar-se com maior intensidade em primigestas (mulheres em sua primeira gestação).

O Dr. Nunes comenta ainda que esse medo exacerbado do parto pode gerar prolongamento da gestação ou motivar pedido por cesariana eletiva. "Em relação ao desenvolvimento do feto, a partofobia está associada a mudanças no crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, alterações nos batimentos cardíacos fetais e prematuridade, provavelmente decorrente do efeito negativo identificado no fluxo sanguíneo das artérias uterinas das gestantes. Porém, os efeitos em longo prazo no desenvolvimento das crianças ainda não foram estabelecidos".

O especialista da Febrasgo comenta que, após o nascimento, a partofobia pode ainda ser responsável pelo atraso na formação do vínculo entre a mulher e o recém-nascido, dificultando a amamentação e aumentando o risco de depressão puerperal.

De acordo com o ginecologista Dr. Rodrigo Nunes, a correta identificação de uma gestante com partofobia permitiria seu encaminhamento para um especialista em psicoterapia e suporte psicossomático para diminuir o medo e o impacto negativo sobre o feto e sobre si mesma. Segundo pesquisa DataFolha, 87% das mulheres estão satisfeitas com o acolhimento e aconselhamento dos gineco-obstetras que as assistem - podendo ser este um polo de segurança para discussão e apoio quanto aos sentimentos surgidos em relação ao parto e, se necessário, indicação de acompanhamento multiprofissional. "No Brasil, o Ministério da Saúde, por intermédio das Diretrizes de Atenção à Gestante, orienta que em caso de ansiedade relacionada ao parto ou partofobia, é recomendado apoio psicológico multiprofissional. Após a orientação e apoio psicológico, quando indicado, se a gestante mantiver seu desejo por cesariana, o parto vaginal passa a não ser recomendado".


3 causas da perda auditiva

Conheça alguns problemas de saúde que podem ocasionar essa condição


A perda auditiva é uma condição que afeta mais de 460 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A mesma fonte ainda afirma que o quadro, até 2050, pode piorar. Isso porque a tendência é que chegue a 900 milhões de pacientes com esse problema de saúde. A perda auditiva afeta severamente a qualidade de vida de uma pessoa, de modo que, uma pessoa surda ou parcialmente surda, deve modificar grandes áreas da sua vida.

“A perda auditiva pode ter várias causas”, explica a Dra. Rita de Cássia Guimarães, otorrinolaringologista especializada em otoneurologia. Para entendermos melhor sobre essa condição, confira 3 das principais causas da perda auditiva.


Presbiacusia

Presbiacusia é uma doença auditiva comum na terceira idade. De acordo com a especialista, “a perda, nesse caso, ocorre de maneira neurossensorial, progressiva e afeta as duas orelhas”. Apesar de ocorrer geralmente na melhor idade, mediante a exposição intensa a ruídos, fones de ouvido frequentemente e a medicamentos tóxicos, a perda auditiva pode ser antecipada. 


Perda auditiva induzida por ruído

A julgar pelo tempo de exposição e intensidade do ruído, existem sons que podem prejudicar e muito a saúde auditiva. Rita afirma que os ouvidos têm estruturas complexas delicadas e podem ser facilmente deterioradas de maneira irreversível. Isso porque, quando o som penetra o canal do ouvido, ele provoca vibrações no tímpano e em 3 ossículos que ficam na região: martelo, bigorna e estribo. Essa vibração produz ondulações nos líquidos da orelha interna e estimula as células sensoriais que, por sua vez, estimulam o nervo e as vias de audição até o cérebro. Assim, “dependendo do ruído, as células sensoriais podem ser afetadas, o que provoca a perda auditiva”, explica a médica. 


Otosclerose

Uma causa muito comum que combina fatores genéticos e ambientais é a Otosclerose. Assim, caso algum parente ou familiar tenha perda auditiva, é muito comum o problema se manifestar em outras gerações. Isso ocorre porque, “a doença faz com que ocorram alterações no osso estribo (osso localizado dentro do ouvido) ou até mesmo em algumas regiões da cóclea”, alerta Rita. Mais comum em mulheres do que em homem, bem como mais rara em pessoas de pele negra, a Otosclerose normalmente aparece na faixa dos 20 a 30 anos de idade e se torna mais séria quando atinge mulheres gestantes.

Os cuidados com a saúde auditiva são muito escassos atualmente pela sociedade em geral. No entanto, visto que a perda auditiva ocorre geralmente de forma gradual e praticamente imperceptível pelo paciente, é essencial um cuidado especial para essa área do corpo. “Não utilizar cotonetes para limpar o canal auditivo, tampouco o fone de ouvido sempre em volumes muito altos e sem um descanso para as vias auditivas e ainda não se expor frequentemente a altos ruídos, são algumas das atitudes de prevenção que devemos ter”, finaliza a médica. 

 


Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

http://canaldoouvido.blogspot.com

Email: ritaguimaraescwb@gmail.com

Telefone: (41) 3225-1665 - 41-99216-9009


Hospital do GRAACC ressalta a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil

É importante investigar o mais rápido possível os sintomas, pois quanto mais cedo a doença for detectada, maiores são as chances de cura que, no caso do GRAACC,alcança índice de mais de 70%


O mês de conscientização sobre o câncer infantojuvenil, batizado de ‘Setembro Dourado’, tem o objetivo de orientar sobre a importância do diagnóstico precoce para o aumento das chances de cura da doença. Quando identificado em estágio inicial e tratado em centros médicos especializados em oncologia pediátrica, como o Hospital do GRAACC, referência em casos de alta complexidade de câncer infantojuvenil, a taxa de cura pode passar de 70%, resultado muito semelhante aos dos melhores centros de câncer infantil existentes no mundo.

Para a oncologista pediátrica e diretora clínica do Hospital do GRAACC, Dra. Monica Cypriano, o tratamento é urgente e não deve ser postergado. "Quanto mais cedo a doença for descoberta maiores são as chances de alcançarmos bons desfechos clínicos. No caso de pacientes em tratamento, o abandono ou atraso nos procedimentos como quimio e radioterapia podem resultar em piora na sobrevida e no quadro clínico", explica.

De acordo com a médica, pacientes com câncer já têm uma vida com mais restrições por conta dos efeitos colaterais do tratamento e normalmente não costumam se expor a situações de risco. "Mas vale ressaltar que em tempos de pandemia medidas de distanciamento social, higiene das mãos e uso de máscara têm um impacto positivo importante", completa.


Mais chances de cura

Sabe-se que as chances de cura são potencializadas quando fatores como o diagnóstico precoce e tratamento especializado são iniciados. O Hospital do GRAACC atua para garantir aos seus pacientes o direito de alcançar todas as chances de reestabelecimento da saúde, com qualidade de vida, dentro dos mais avançados padrões de excelência em tratamentos e atendimento humanizado.


Cartilha "E se for câncer infantil?"

O Hospital do GRAACC disponibiliza em seu site a cartilha "E se for câncer infantil? Os sinais da doença e as chances de cura", com o objetivo de disseminar o conhecimento sobre este tipo de câncer, tratamentos, chances de cura e esclarecer as principais características dos tipos de maior incidência entre crianças e adolescentes.

"Elaboramos a cartilha focando as especificidades do câncer infantojuvenil, além de informações sobre os tipos de tumores mais comuns e os principais sinais que podem indicar a existência da doença. Queremos que a publicação seja uma fonte de consulta para pais, pediatras e outros profissionais de saúde", comenta a Dra. Monica Cypriano, que é também a autora do projeto. A cartilha está disponível para download no link: https://bit.ly/3BnLo3w


Atenção aos sinais

Alguns sintomas de câncer infantojuvenil são parecidos e muitas vezes confundidos com doenças comuns da infância. Por isso, é importante ficar atento em casos de:

• Manchas roxas e caroços pelo corpo.

• Dores nos ossos, principalmente nas pernas, com ou sem inchaço.

• Perda de peso.

• Aumento ou inchaço na barriga.

• Palidez inexplicada e fraqueza constante.

• Aumento progressivo dos gânglios linfáticos.

• Dores de cabeça, acompanhadas de vômitos.

• Febre ou suores constantes e prolongados.

• Distúrbios visuais e reflexos nos olhos.

 


GRAACC


Fibrose cística merece atenção dos pais

A fibrose cística é uma doença genética, rara e ainda sem cura. Também é conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose
Divulgação

 

A pneumologista pediátrica Camila Maia de Morais destaca que com o tratamento adequado é possível ter qualidade de vida com a doença

Setembro Roxo alerta para a doença genética, que é rara e não tem cura. Especialista explica um pouco mais sobre a enfermidade

 

A fibrose cística é uma doença rara e ainda sem cura. Também chamada de Doença do Beijo Salgado (devido a perda excessiva de sal pelo suor) ou Mucoviscidose, pelo fato do muco produzido em alguns órgãos ser viscoso, ou seja, as secreções do organismo são mais espessas do que o normal, dificultando a sua eliminação. Trata-se de uma doença de origem genética, de caráter recessivo, transmitida de pais portadores (mesmo sendo assintomáticos) para seus filhos, mas não é contagiosa. No Brasil, a fibrose cística é uma das doenças raras mais comuns, atingindo 1 a cada 10 mil nascidos vivos no país, segundo o Ministério da Saúde. Em Goiás, atinge cerca de um a cada 18 mil nascidos. 

Devido a toda a atenção que merece e por ser pouco conhecida, 5 de setembro é o Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística, enquanto 8 de setembro é o Dia Mundial da Fibrose Cística. Por conter ambas as datas, este mês ganha a cor roxa, para conscientizar as pessoas sobre essa doença. A pneumologista pediátrica Camila Maia de Morais, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, revela que consegue-se conviver bem com a doença. “É possível ter qualidade de vida por longo tempo, até vida adulta, para os pacientes que fazem o tratamento de forma adequada e com rigor”. 

Ela salienta que o tratamento se baseia em melhorar os sintomas e prevenir ou retardar as complicações. “Busca-se reduzir infecções, prevenir sequelas pulmonares, além de monitorar a função do pâncreas, já que a fibrose cística afeta vários sistemas do corpo, e a morbidade e mortalidade são causadas principalmente por bronquiectasias, infecções, obstrução de pequenas vias aéreas e insuficiência respiratória progressiva. O tratamento engloba o uso de medicamentos orais e inalatórios contínuos, além de acompanhamento multidisciplinar que envolve pneumologista, gastroenterologista, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta e assistente social”.

 

Genética

Camila Maia explica como acontece a enfermidade. “A fibrose cística ocorre a partir de mutações no gene CFTR, no cromossomo 7. A doença é hereditária e recessiva. Ocorre quando os dois cromossomos 7 têm uma mutação. Pessoas em que a mutação ocorre em apenas um cromossomo 7 não apresentam a doença, mas a transmitem para seus descendentes, e são chamadas de portadoras. Para que uma criança tenha fibrose cística, é necessário que herde um gene anormal de cada progenitor”, detalha. 

A especialista destaca que os sintomas da doença podem variar dependendo da idade da criança. “Diarreia e desidratação grave e suor salgado, quando bebê. Dificuldade de ganho de peso, pneumonias de repetição e fezes gordurosas quando mais velha a criança. Ou quando adolescente, diabetes, outras alterações pancreáticas, bronquiectasias pulmonares com tosse úmida constante e falta de ar. Já na idade adulta a infertilidade é um dos sintomas importantes”. 

O diagnóstico, no entanto, pode vir desde cedo. “É possível detectar no teste do pezinho. Com ele alterado já conseguimos suspeitar e a confirmação se dá com teste genético ou com o exame do suor da criança”, revela Camila Maia. Ela afirma que o impacto para os pais ao descobrir que o filho possui fibrose cística é grande. “A doença não tem cura, é rara, desconhecida pela população em geral, exige um tratamento por toda vida e que gera morbidade grande. Os pacientes atingem a idade adulta, mas para isso, precisam ter um acompanhamento regular e rigoroso com vários profissionais, preferencialmente em um centro de referência”. 

A médica ressalta ainda que é recomendável que a pessoa com fibrose cística evite o contato com outros pacientes com a mesma doença. “Isso pode ser perigoso e deve ser evitado, porque alguns pacientes são colonizados por bactérias diferentes e algumas delas são resistentes e de tratamento difícil, podendo levar a complicações, internações e óbito”.


Médico especialista lista sinais de alerta e dicas para evitar dores articulare


Reumatologista do Super Dr. afirma que baixas temperaturas, assim como a falta de exercícios físicos e alongamentos tendem a aumentar a probabilidade de as queixas aparecerem ou piorarem


No Brasil, cerca de 30% da população sofre com dor crônica, segundo a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor.  A intensidade varia caso a caso, mas, o fato é que quem possui artrite, lúpus, artrose e fibromialgia precisa ter cuidados redobrados, especialmente no inverno, para que as dores não aumentem. O médico reumatologista do Super Dr. Saúde Integrada, em Ponta Grossa, Nathan Catolino listou as principais dicas para amenizar as queixas, assim como os sinais de alerta.

Conforme Catolino, os incômodos causados pelas dores articulares tendem a piorar em períodos frios pelo fato de as baixas temperaturas causarem maior contração muscular. “A contração causa pressão sobre a articulação, aumentando os incômodos nas extremidades mais expostas, como mãos, pés e joelhos”, destaca o médico.

De acordo com o reumatologista, para evitar os quadros acentuados de dor é necessário que as pessoas busquem se agasalhar corretamente, tomem banhos com água morna, façam exercícios físicos moderados regularmente e realizem massagens nos locais mais propensos à dor. “O aquecimento físico e alguns alongamentos são essenciais para aumentar a circulação sanguínea. Isso é importante não só para quem já possui alguma dor crônica, mas também para prevenir as dores articulares”, sustenta Catolino.

Segundo o médico, os pacientes que mais necessitam de atenção aos cuidados são os que possuem fibromialgia. Isso porque a síndrome faz com que as pessoas tenham maior sensibilidade às menores temperaturas. "O paciente com fibromialgia sente dores generalizadas em várias regiões do corpo. As alterações no sistema nervoso podem causar também alteração no humor e no sono. No caso das mudanças climáticas, as pessoas tendem a ser mais sensíveis por conta da tensão muscular e por isso sentem mais dores. Infelizmente, ainda não há cura para a síndrome, mas há controle”, afirma.

Artrite e artrose

A artrite e a artrose são algumas das dores crônicas mais comuns. A artrite é caracterizada pela inflamação de uma ou mais articulações, podendo causar dores e dificuldade nos movimentos. Uma das mais comuns é a artrite reumatoide, uma doença autoimune, que afeta várias articulações, incluindo as das mãos e pés.  Existe também a artrite gotosa, conhecida popularmente como gota. Essa patologia acontece quando há acúmulo de cristais de ácido úrico nas articulações. A grande quantidade desses cristais causa as inflamações dolorosas. Nesse caso, a doença não é considerada autoimune.

A artrose também causa dor e dificulta os movimentos, porém, é caracterizada por afetar as cartilagens, que são os tecidos que protegem as articulações. A dor, nesse caso, é causada pelo atrito entre os ossos, ocasionado pelo desgaste da cartilagem. Essa patologia afeta principalmente as pessoas a partir de 40 anos. Os fatores causais geralmente envolvem envelhecimento, sobrepeso e sedentarismo. Conforme Catolino, a prevenção exige cuidados com alimentação, prática de exercícios físicos e controle do tabagismo.


Quando procurar o médico?

A indicação de Catolino é que as pessoas procurem o médico quando a dor for muito intensa e se prolongar por cerca de seis semanas. O reumatologista fará a avaliação para verificar as áreas do corpo que doem e fazer a observação correta para o melhor tratamento. Um sinal de alerta que o profissional pede atenção é a rigidez nas juntas ao acordar, por vários dias seguidos. Essa situação pode ser desencadeada pela artrite e precisa de cuidados para que a dor não se agrave.

Outra situação recorrente diz respeito às dores articulares entre os pacientes infectados com o Coronavírus. Catolino afirma que as infecções virais no geral tendem a causar dores nas articulações e piorar o quadro das pessoas que sofrem com dor crônica. No entanto, é necessário observar os sintomas persistentes após a recuperação da doença e, se necessário, procurar um reumatologista para a terapia. “Quando o período de infecção passa, ou seja, quando a pessoa não pode mais transmitir o vírus, e mesmo assim a dor persiste, o ideal é que se procure um médico, pois essas dores requerem um tratamento mais prolongado”, finaliza o médico.

 


Nathan Catolino - reumatologista atende no Super Dr. nas primeiras segundas-feiras do mês e também em Curitiba. O agendamento das consultas pode ser feito pelo telefone (42) 3086-0500 ou (42) 99151-0715


Campanha #RespireLiberdade chama a atenção sobre a importância do tratamento da Asma Grave

Atriz Taís Araujo, que tem Asma Grave, é embaixadora da campanha.

 

A Asma é uma doença comum das vias aéreas ou brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões) causada por inflamação das vias aéreas. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a asma causa os seguintes sintomas: falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito ou peito pesado, chiado no peito e tosse. Em sua forma grave, conhecida como Asma Grave, as exacerbações podem levar a internações, sendo uma doença que demanda tratamento e acompanhamento médico constante. Com a Pandemia da Covid-19, muitos pacientes deixaram de comparecer aos consultórios médicos e, com isso, deixaram de se informar sobre os novos tratamentos disponíveis, que proporcionam uma melhor qualidade de vida para quem sofre de Asma Grave. Além disso, muitos passaram a se automedicar, principalmente, com corticoides, que podem ajudar a curto prazo, mas que podem comprometer outros órgãos no futuro.

"A consulta com um médico é a melhor forma de ter o diagnóstico. É direito do paciente receber alguma forma de orientação", explica o médico pneumologista Ciro Kirchenchtejn, mestre em Pneumologia pela EPM-UNIFESP, membro do grupo docente da disciplina de Pneumologia e Medicina Preventiva da UNIFESP e membro da comissão de tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBTP).

O especialista reforça que "todo paciente portador de doença crônica requer acompanhamento contínuo, precisando reforçar seus conhecimentos sobre sua doença, sintomas, meios de monitorização, reconhecimento de sinais de piora ou exacerbação e entendimento sobre as medidas terapêuticas a serem tomadas, quer ambientais, quer medicamentosas". A campanha "Respire Liberdade", tem por objetivo incentivar os pacientes com Asma Grave a assumirem o protagonismo nessa jornada de busca por informação sobre o melhor tratamento disponível, seja na rede pública ou privada.

"A Asma Grave é uma doença dinâmica, e que tem na sua plasticidade a possibilidade de aumento, redução e muitas vezes supressão dos medicamentos. Monitorar com visitas clínicas, exames como prova de função pulmonar, avaliação de eficácia do tratamento e de possíveis efeitos adversos são essenciais para uma boa evolução. A frequência destas consultas vai depender da frequência e intensidade dos sintomas, dos medicamentos em uso, das doenças associadas e das condições ambientais. Mesmo com a pandemia, por meio de teleconsultas muito se pode fazer para orientar o paciente asmático e sua família", acrescenta Kirchenchtejn.

A campanha, que tem como embaixadora a atriz Taís Araujo, estreia em agosto e reunirá no Instagram @RespireLiberdade dicas, depoimentos e entrevistas com médicos especialistas. "A importância é que a asma é uma doença que pode te impedir de muitas coisas, te limitar de muitas coisas, mas, com acompanhamento médico, você pode ter uma vida normal, absolutamente normal. O uso da medicação é essencial para que você tenha uma vida com qualidade", comenta Taís, que tem Asma Grave.

O tratamento da Asma Grave é fundamental, principalmente, no inverno, quando as temperaturas mais baixas podem agravar os sintomas da doença. Se não tratada adequadamente, não compromete apenas a saúde e a qualidade de vida do paciente, como pode levar a óbito ¹̕ ²̕ . Também é importante lembrar que a vacinação anual contra influenza nos pacientes com asma moderada a grave de qualquer faixa etária, é medida importante para redução de crises da doença, especialmente em um cenário de sobrecarga dos serviços de saúde em razão do aumento no número de casos de Covid-19 ⁶̕ .

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2019, 262 milhões de pessoas no mundo viviam com Asma, dos quais 5% a 10% são pacientes diagnosticados com Asma do tipo Grave ⁸̕ . No total, mais de 46 mil mortes foram relacionadas à doença globalmente ̕ ¹⁰. No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas convivem com diferentes formas desta que é uma doença inflamatória e de origem alérgica⁹.


Novo tratamento inovador já disponível na rede privada

Os brasileiros que sofrem com a Asma Grave tiveram uma boa notícia no início do ano, quando os planos de saúde passaram a cobrir o tratamento da doença com terapias à base de imunobiológicos. Vale lembrar que os pacientes precisam cumprir os critérios de utilização do tratamento.

A CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS) também deu parecer favorável à incorporação no SUS do mesmo tratamento³̕ .

A Asma é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS, conforme o grupo etário, tendo em média 350.000 internações anualmente¹⁰. Uma das principais medidas para o controle da Asma é o tratamento adequado de acordo com a gravidade da doença e a adesão do paciente ao tratamento ¹¹. A Asma Grave não espera, mas ela tem tratamento.



Referências:

• ANTONICELLI, L., et al. Asthma severity and medical resource utilization. European Respiratory Journal 23- 34: 723-729, 2004.

• CHUNG, KF. et al.International ERS/ATS guidelines on definition, evaluation and treatment of severe asthma. Eur Respir J; 43(2):343-73, 2014

• Resolução Normativa - RN 465, de 24 de fevereiro de 2021. Disponível em: https://www.ans.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&task=TextoLei&format=raw&id=NDAzMw>. Acesso em: maio de 2021.

• COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE .97ª Reunião da Conitec. Disponível em: https://conitec.gov.br/images/Reuniao_Conitec/2021/20210505_Pauta_97_PosReuniao.pdf>. Acesso em: 11 maio 2021.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Vacinação Covid-19, 23 de março de 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/marco/23/plano-nacional-de-vacinacao-covid-19-de-2021>. Acesso em maio de 2021.

• ESTADÃO. Disponível em: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,pandemia-pressiona-sus-e-rede- privada-hospitais-tem-ate-13-dos-leitos-so-com-pacientes-de-covid,70003257283. Acesso em: maio de 2021

• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Campanha da Vacina da Gripe. Disponível em: < https://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/vacinacaogripe/>. Acesso em: maio de 2021.

• Jornal O Estado de São Paulo. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,diagnostico- de-asma-grave-demora-em-media-4-anos-indica-pesquisa,70003301764. Acesso em: maio de 2021

• Word Health Organization. Global Initiative For Asthma (GINA). Pocket Guide For Asthma Management and Prevention. Disponível em: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2020/04/Main-pocket- guide_2020_04_03-final-wms.pdf. Acesso em: maio de 2021.

• World Health Organization. Global burden of 369 diseases and injuries in 204 countries and territories, 1990- 2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet. 2020;396(10258):1204-22

• SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Disponível em: https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria- asma/#:~:text=Estima%2Dse%20que%20no%20Brasil,em%20m%C3%A9dia%2C%20350.000%20interna% C3%A7%C3%B5es%20anualmente. Acesso em: maio de 2021.


Inteligência artificial proporciona novas formas de melhorar a saúde

Serviços inovadores, como a plataforma HSPW, facilitam a jornada diária de acompanhamento da saúde como um todo 

A evolução das novas tecnologias de acompanhamento da saúde, que funcionam em diferentes dispositivos, inclusive móveis, trouxeram novas possibilidades para quem deseja acompanhar sua própria saúde, seja física, mental, financeira, etc. É possível encontrar, atualmente, diferentes propostas de serviços, pagos ou gratuitos, que podem ajudar a pessoa a meditar, relaxar, seguir dietas específicas ou um programa fitness, apenas para citar alguns exemplos. Em uma vertente mais recente, surgiram serviços que podem ajudar os funcionários das empresas a manter em dia a saúde mental, ou física, por meio de tecnologia. Entre as novidades figura uma plataforma inovadora, a HSPW, que acompanha não só a saúde física, mas também mental, financeira e organizacional. 

 

“A partir de inteligência artificial, algoritmos e ciência de dados desenvolvidos em Santa Catarina, mapeamos de forma completa e diária a saúde integral, desde depressão, estresse, burnout, qualidade do sono, nível de atividade física e síndrome metabólica até bem-estar financeiro, aderência aos valores corporativos e atitudes relacionadas à diversidade e tolerância”, afirma o CEO da startup, Nestor Sequeiros. 

A partir desta tecnologia de saúde diferenciada, a plataforma entrega dados diretos e correlações que auxiliam as empresas a entregar cuidado, atenção, prevenção e suporte aos funcionários e familiares, a custos acessíveis. A HSPW oferece diagnósticos e, principalmente, conteúdos por vídeos e informações que promovem a trilha diária para a mudança de hábitos e transformação efetiva para atingir a saúde integral de todos de forma constante e duradoura.

 


HSPW

https://www.hspw.com/ e www.instagram.com/hspwpeople


Ressecamento vaginal: o que é e quais os tipos de tratamento

O ressecamento vaginal é resultado de uma queda hormonal e acomete a mulher em seus períodos mais sensíveis: o puerpério e a pós-menopausa.

O ressecamento vaginal é certamente um dos principais sintomas que acometem as mulheres na pós-menopausa e também no puerpério (período após o parto até que o organismo da mulher volte às condições de pré-gestação).

Ele atrapalha em especial a qualidade da vida sexual feminina e é resultado da queda hormonal que acomete a mulher nesses períodos.

Quando falamos em afetar a “qualidade de vida sexual”, neste caso nos referimos a problemas muito concretos como dor, desconforto e mesmo sangramento por causa da relação. Sem a lubrificação adequada, a relação se torna desagradável, além de motivo de machucados na mucosa vaginal (o que provoca o sangramento).

Para eliminar este quadro temos como opção alguns tipos de tratamento. Por exemplo, alguns cremes vaginais, à base de hormônio ou apenas hidratantes, atuam melhorando a qualidade da mucosa vaginal, o que já melhora a qualidade da relação.

Quando os cremes não são suficientes ou quando a mulher está na pós-menopausa, sujeita a um quadro crônico de hormônio diminuído, então recomenda-se um tratamento adicional aos cremes vaginais: o laser de CO2 fracionado.

O laser, usado de forma intravaginal, melhora significativamente a elasticidade e a lubrificação da mucosa vaginal. Como consequência ao tratamento também se observa uma redução do diâmetro da própria vagina. Com isso, temos uma melhora no potencial de prazer que a paciente pode vir a ter durante a relação sexual e consequente melhora na qualidade de vida dessa mulher.

O procedimento é simples, prático e pode ser feito no próprio consultório. O uso do laser para o tratamento de ressecamento vaginal é indolor e leva alguns minutos.

O número de sessões dependerá de como está a atrofia vaginal, do grau de ressecamento vaginal e também do quanto esse quadro incomoda a paciente. Em alguns casos, apenas uma sessão ao ano resolve o problema; em outros, pode ser que seja preciso mais de uma sessão. Nestas situações, iniciamos com procedimentos mensais para depois espaçarmos a frequência do tratamento de acordo com as necessidades da paciente.

Converse com o seu ginecologista sobre essa opção do laser de CO2 fracionado. Ele também pode ser usado para o rejuvenescimento externo da vulva.

 


Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...). 

@dr.rodrigoferrarese

https://drrodrigoferrarese.com.br/


SKATE: Lesões nos membros superiores estão entre as mais comuns

Ao se proteger de queda, punho é um dos mais atingidos; SBCM fala sobre tratamento adequado

 

O skate ganhou notoriedade nas Olimpíadas de Tóquio, após o Brasil conquistar três medalhas. Notícias dão conta de que algumas fábricas de São Paulo dobraram as vendas, várias escolinhas do Sul do País têm filas de espera e as pistas se multiplicam em diversas cidades.

Durante o aprendizado, quedas fazem parte do processo e, nessa situação, a principal forma de defesa é usar as mãos para tentar absorver o impacto. Por essa razão, entre as lesões mais frequentes, estão as do membro superior, que incluem o punho, o cotovelo e o ombro. Esse tipo de lesão corresponde a, aproximadamente, 50% das fraturas no esporte.

“A região do punho, por exemplo, é conhecida como carpo, um grupo de pequenos ossos que são responsáveis pelos movimentos da mão.  Ao se machucar, o indicado é que a pessoa não enfaixe a área lesionada por conta própria. A primeira coisa a se fazer é procurar um especialista em cirurgia da mão para que ele inicie o tratamento adequado para o caso”, fala o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Henrique de Barros. “É muito importante diagnosticar a lesão em sua fase aguda, pois quanto mais tempo demorar, mais difícil será a recuperação”, completa.

O especialista pontua que, apesar de o risco de complicações entre os mais jovens ser menor - já que o tempo de consolidação óssea de uma criança após a fratura é muito rápido, o diagnóstico precoce é essencial para o êxito do tratamento.

O presidente da SBCM reforça ainda que, para evitar o risco de trauma, é fundamental utilizar os equipamentos de segurança, entre eles a munhequeira, joelheira, cotoveleira e capacete. “Prática de atividades físicas, como o skate, são muito importantes para a saúde, mas, para que cumpra esse papel, é preciso tomar todos os cuidados para que traga somente benefícios”, conclui.

 

 

SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão

http://www.cirurgiadamao.org.br/


Como o estresse afeta seu ciclo menstrual

Especialista em Medicina Integrativa faz alerta sobre risco de menopausa precoce como um dos principais efeitos do estresse excessivo em mulheres

 

Com o amadurecimento feminino, a menopausa torna-se cada vez mais temida por elas. No entanto, por mais inevitável que seja, existem formas de se preparar para essa fase da vida e até de evitar que chegue antes da hora. Estudos apontam que uma em cada 10 mil mulheres é diagnosticada com menopausa precoce ou amenorreia, tendo menos de 20 anos e 90% destes casos acontecem de forma espontânea e idiopática, ou seja, sem explicação científica concretizada pelos médicos, uma vez que as pacientes costumam ser saudáveis e férteis nesta faixa etária.

“Basicamente, a menopausa é o nome que se dá ao fim menstruação e falência ovariana, que leva ao fim da vida reprodutiva da mulher. Para que seja diagnosticada a menopausa, é preciso que a mulher esteja sem menstruar há pelo menos 12 meses, o que costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos. Mas, quando isso se dá antes do previsto, é preciso investigar as causas externas que possam ter gerado algum desequilíbrio hormonal, capaz de suspender o ciclo menstrual”, explica a ginecologista e mastologista Dra. Renata Sampaio. 

De acordo com a nutróloga e especialista em Medicina Integrativa, Dra. Esthela Oliveira, o diabetes, os transtornos alimentares, uso de medicamentos para tratamentos de doenças como câncer, além do estresse estão entre os principais fatores externos que podem afetar diretamente o ciclo das mulheres. 

Mas, como isso pode acontecer? A Dra. Esthela explica que o estresse faz com que sejam liberados neurotransmissores, que atuam nas mesmas áreas do cérebro que induzem e controlam a produção dos hormônios responsáveis pelo ciclo menstrual. Assim, o fluxo e a frequência menstrual podem sofrer alterações, até que ocorra a amenorreia (ausência de menstruação).

“Neste período de pandemia, com o isolamento social e a sobrecarga física e emocional, pudemos notar bem como o estresse tem afetado as mulheres. Muitas pacientes perceberam irregularidades no seu ciclo menstrual, ao mesmo tempo que relataram mais estresse e ansiedade em decorrência da dupla jornada de trabalho, das mudanças de hábitos alimentares, de sono e de rotina. O que certamente nos sugere uma relação entre ambos os quadros”, conta a nutróloga.

Dra. Esthela Oliveira, ressalta ainda a importância de manter o equilíbrio entre a saúde do corpo e da mente desde jovens, mas com ainda mais cuidado após os 30 anos, quando a mulher começa a apresentar os primeiros sinais de queda hormonal. “Em casos onde a menopausa ocorre antes do natural, alguns sintomas característicos em mulheres mais maduras podem servir de alerta, como:  diminuição do fluxo e frequência menstrual, ondas de calor repentinas, falta de concentração, dores de cabeça, ansiedade, alterações do sono, da libido e de humor”, afirma a Dra. Renata Sampaio. 

Segundo a Dra. Esthela a menopausa vai muito além da ausência de menstruação e da interrupção da fertilidade feminina, já que a queda na produção de estrogênio pode levar ao aumento de peso, a fragilidade óssea e a maior predisposição para doenças crônicas. 

“Mas, a boa notícia é que com um acompanhamento médico multidisciplinar é possível evitar que ela ocorra precocemente ou mesmo tratar dos sintomas que causam desconforto. As terapias de reposição hormonal, além da reeducação alimentar e da prática de atividades físicas diárias podem ser ótimas alternativas nestes casos”, aconselha a especialista em Medicina Integrativa, que reforça a importância de buscar ajuda médica logo que as primeiras alterações no ciclo forem notadas.

 

 


Dra Esthela Oliveira - médica do esporte, pós-graduada em nutrologia e medicina integrativa. Fundadora da Side Clinic, o espaço traz uma visão mais ampla sobre o cuidado com o paciente, acompanhando-o em todas as suas esferas:  físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas como ferramenta para complementar a medicina tradicional. @draesthelaoliveia l @sideclinic


Saiba mais: síndrome do grande trocanter afeta adultos acima dos 40 anos

Estudo realizado pela Sociedade Brasileira do Quadril mostra que a média de idade de pessoas que desenvolvem a doença é de 55 anos

 

Pouco conhecida entre pacientes que se queixam de dores no quadril e nas articulações, a síndrome do grande trocanter, também conhecida como bursite de quadril, está ganhando cada vez mais destaque e abordagens na área da saúde. De acordo com estudos publicados sobre a doença, a síndrome se dá por conta de um desequilíbrio biomecânico da musculatura, onde um músculo atua mais do que outro, gerando o enfraquecimento do glúteo médio e o processo inflamatório, que causa as dores locais. 

De acordo com o médico ortopedista e traumatologista William Dani, membro da Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ), a síndrome do grande trocanter interfere em atividades diárias dos seres humanos, causando dores para dormir de lado, dificuldades para subir e descer escadas e nos afazeres domésticos. “Essas queixas são comuns em pacientes já diagnosticados com a doença”, afirma. “Ela se destaca em pacientes com maior idade, acima dos 40 anos, que são os mais suscetíveis”, destaca o especialista. 

Um estudo realizado pela SBQ com 900 pacientes com bursite de quadril mostra que a média de idade das pessoas que desenvolveram a doença está em 55 anos. O especialista William Dani destaca que, além da idade, existem outros fatores envolvidos no desenvolvimento da síndrome. “A bursite no quadril também pode ser desenvolvida quando o paciente tem algum trauma no local, como pequenas batidas”, explica. 

Para completar, William Dani conta que existe tratamento para a síndrome do grande trocanter. “Para o alívio dos sintomas e do processo inflamatório, realizamos um tratamento por meio de medicamentos”, comenta o médico. “Em seguida, há o encaminhamento do paciente para a realização de atividades físicas, que passam por alongamentos e reforço muscular”, complementa. O especialista alerta ainda que há a possibilidade do retorno da síndrome em pacientes com idades bem avançadas. “É preciso ter um cuidado extra com idosos, tanto no tratamento quanto no retorno da doença por conta da baixa estabilidade da musculatura”, completa William Dani.


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