Mestre em
psicologia positiva, Adriana Drulla, mostra como o propósito pode nos ajudar a
encontrar o sentido na vida
É a ausência de sentido, e não ausência de
felicidade, que faz com que países de elevado grau de desenvolvimento
econômico, como o Japão, tenham altas taxas de suicídio. Pessoas que encontram
sentido na vida se apoiam nestas razões quando o mundo parece desabar. Já a
felicidade não é uma constante na vida de ninguém, muito menos um refúgio
seguro quando tudo vai mal.
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Segundo Adriana Drulla, mestre em psicologia positiva pela Universidade da
Pensilvânia, encontramos sentido para a vida de diversas formas, uma delas é
tendo um propósito. “A palavra propósito gera 50 milhões de resultados no
google – uma palavra super utilizada e pouco compreendida. Sofisticamos o
propósito. Hoje ele tem a ver com causas grandiosas, com pessoas que inspiram
milhões de outras durante a vida. Hoje ter propósito é quase equivalente a
escalar o Monte Everest, um projeto para poucos”.
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Mas o propósito, explica Adriana, não é um luxo disponível apenas para os que
podem largar o emprego ou investir horas sem fim em uma causa. “Talvez estejamos
em crise com relação ao nosso propósito porque cometemos um erro na definição
do termo. Propósito tem a ver com usar as suas habilidades para adicionar valor
para o mundo. Tem a ver com contribuir para uma, ou algumas, causas que são
coerentes com os seus valores”.
Você pode encontrar mais propósito ajudando o
morador de rua que está na frente da sua casa, ajudando uma creche ou abrigo de
animais, fazendo uma campanha em benefício de algo ou alguém que você se
importe, ou ainda na criação de seus filhos.
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Se entendermos propósito como um conjunto de ações (que podem ser simples) em
prol das outras pessoas, fica mais fácil incorporar mais propósito em nossas
vidas. E mesmo que propósito tenha a ver com o que você doa, e não com o que
você ganha, uma das consequências de agir em prol do outro é uma imensa
sensação de bem-estar.
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“Somos seres sociais e sentimos que a nossa vida tem sentido quando o mundo (ou
parte dele) é melhor por que a gente existe. E o mundo está cheio de
oportunidades para acrescentarmos valor. É só deixarmos de olhar para o topo do
Monte Everest e olharmos ao nosso redor”, finaliza a especialista.
Adriana
Drulla - Mestre em Psicologia Positiva, pela Universidade da
Pennsylvania, é especialista em Compaixão e Autocompaixão. Estudou com Martin
Seligman, psicólogo fundador da psicologia positiva, e outros pesquisadores
referência neste campo nos Estados Unidos e no mundo. Formada em
Conscious Parenting por Shefali Tsabary, psicóloga referência em parentalidade
e autora do método que une psicologia, parentalidade e espiritualidade, é
também especialista em Mindfulness e Autocompaixão pela Universidade da
Califórnia, em San Diego (EUA) e pela USP.
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