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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Lesões tiram atletas de campeonatos


Ortopedista explica os riscos e como prevenir contusões


À espera de um campeonato de futebol, alguns atletas têm a expectativa de serem convocados abalada por uma lesão que o impossibilita de jogar. Neste ano, é o caso do futebolista Daniel Alves, que sofreu uma lesão no joelho direito. “O futebol moderno está muito ágil e forte. Com isso, os atletas necessitam de uma grande explosão muscular para deslocamento e mudanças bruscas de direção, ocasionando torções e distensão muscular, e até mesmo ruptura dos ligamentos”, explica o ortopedista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Marcello Zaboroski.

De acordo com o especialista, as principais lesões são as de músculo ligamentares, seguidas pelas tendinites e as contusões, podendo ocorrer também fraturas por traumas diretos ou por estresse (impacto repetitivo). “A prevenção das lesões no futebol são muito difíceis, uma vez que se trata de um esporte de contato. Logicamente, os atletas que realizam um bom preparo físico com um trabalho muscular intensificado antes dos campeonatos (pré-temporada) estão menos sujeitos a lesões. O pré-aquecimento, com o alongamento da musculatura antes das partidas e treinos, também é fundamental, pois assim são preparadas as fibras musculares para suportarem os esforços dos jogos”, ressalta.

Caso não seja possível evitar a lesão, o ideal é imobilizar o membro ou articulação atingido e aliviar a dor e o edema com gelo no local. Após, o atleta deve ser encaminhado para uma unidade de atendimento médico para realizar exames que diagnostiquem a gravidade da lesão. “Para tratar, depende do local atingido e da gravidade. Nos casos mais simples, é por meio de medicamentos, gelo e repouso. Depois, inicia-se a fisioterapia para retorno aos trabalhos com a bola. Já nos casos mais complexos, é necessário tratamento cirúrgico, como a sutura da musculatura, reconstrução ligamentar e fixação das fraturas. O tempo de recuperação é conforme o tipo de lesão, gravidade e área impactada. Por exemplo, a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho tem um tempo médio de recuperação completa de seis meses”, alerta Dr. Marcello.

Ainda segundo o ortopedista, os casos de lesões ligamentares completas, fraturas e lesões crônicas (tendinites, sinovite e pubeite), necessitam de período de tempo maior de afastamento. “Como estamos próximos dos jogos de um campeonato curto, qualquer lesão, até de pequena gravidade, pode afastar o atleta dos gramados, pois a probabilidade de recuperação a tempo de jogar novamente é mínima”, finaliza o especialista.


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