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terça-feira, 19 de dezembro de 2023

O que o franqueado precisa saber quando a rede muda de dono

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Da compra da Kopenhagen pela Nestlé ao 'imbróglio' da SouthRock, processo exige transparência para o pequeno investidor não ficar pelo caminho. Mas também é preciso atenção às cláusulas do contrato de franquias



Como ficam os franqueados quando a rede muda de mãos? A mudança, que tanto pode causar receio como animar os empreendedores do setor, teve dois exemplos recentes em 2023 que fazem refletir.

De um lado, a compra da Kopenhagen e Brasil Cacau pela gigante Nestlé em setembro, que envolveu cerca de R$ 4,5 bilhões e o controle de mais de 800 lojas franqueadas das duas marcas no país. 

Do outro, o pedido de recuperação judicial, em outubro, da SouthRock, máster franqueada da Subway e operadora exclusiva no Brasil de redes como Starbucks, TGI Friday's, Eataly e Brazil Airport Restaurants (BRA), que tenta renegociar R$ 1,8 bilhão em dívidas - imbróglio que parece estar longe da solução.

A penhora de bens com arresto de até R$ 5,36 milhões do CEO e do CFO do grupo, autorizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) no início deste mês, coloca mais lenha nessa fogueira.

São dois casos extremos, mas levam ao mesmo ponto: o que acontece com o pequeno investidor, a parte mais frágil da relação, em situações desse tipo?

O contrato de franquias é determinante no processo, que exige transparência do franqueador. Mas também requer um franqueado atento às suas cláusulas para não ter prejuízo, nem ficar pelo caminho.  

Em primeiro lugar, quando uma empresa compra uma marca ou os direitos de uso desta mesma marca, ela tem que respeitar os contratos de franquia, explica Melitha Novoa Prado, advogada especialista em franchising há 35 anos e sócia-fundadora do escritório Novoa Prado & Kurita Advogados.

"Não tem sentido você comprar uma marca que tem uma infinidade de lojas e não absorver esses franqueados. Então, na verdade, você compra também os direitos dos pontos de venda", explica.  

Se em algum momento o franqueador quiser vender o negócio, seja por "cansaço" ou por um grande aporte de capital, é preciso ficar atento às regras previstas no contrato sobre cessão e transferência. "Isso é para ver se o franqueado quer sair e pode repassar, ou saber o que a franqueadora dispõe quanto à venda."

Algumas redes colocam no documento que, caso seja vendida, o franqueado tem que continuar. Ou, ao contrário, terá de pagar multa pela rescisão antecipada do contrato, explica a advogada especializada em franquias Marina Nascimbem Bechtejew Richter, sócia do NB Advogados.

Porém, é preciso analisar a questão de ambos os lados: quem compra, ou pretende comprar uma rede, avalia o quanto ela gera de arrecadação de royalties em relação ao número de lojas franqueadas, quanto é a média de compra de produtos e se tem fornecedor homologado, por exemplo. 

"De repente adquiro uma rede que tem mil lojas, com faturamento mensal de royalties de R$ 1 milhão e compra prevista de R$ 5 milhões em produtos. Mas, se os royalties vão cair pela metade (porque há franqueados que preferem não continuar), minha arrecadação vai reduzir", afirma.  

Ou seja: o negócio pode ter uma queda potencial na operação e em valor de mercado como um todo - o que não costuma gerar vantagem para nenhum lado. Portanto, por questões estratégicas, a rede analisa suas lojas, para ver quem fatura ou está patinando, pois tudo influencia no preço do negócio.

Já quem quer comprar faz uma due diligence, ou uma espécie de pente fino, para medir os riscos de investir nesse mesmo negócio. "O bolo de franqueados é que mostra o potencial da rede", completa.  


CUIDADO COM DECISÕES PRECIPITADAS

Quando o franqueado entra no processo de seleção para operar uma franquia e recebe a documentação jurídica, deve verificar atentamente as cláusulas, com apoio de um advogado especializado, para analisar todos os pontos sobre o que está previsto e o que pode acontecer, explica Melitha Novoa Prado.

"Se o franqueador tiver oportunidade de vender a empresa e no contrato diz não precisar de autorização, ele só vai comunicar o franqueado. Existe até uma cláusula padrão dizendo que ele pode ceder o contrato."

Mas, se a operação, a princípio, é coisa de "peixe grande", há como o franqueado não sair perdendo nesse processo, segundo Marina Richter. Desde que analise o passo que pretende dar antes de decidir.

Quem implanta um negócio e investe R$ 300 mil para montar uma loja, mas desiste da operação, seja por motivo de saúde ou porque mudou de franqueadora, por exemplo, vai sair perdendo na certa. 

"Se por alguma circunstância esse franqueado não vai dar conta, é melhor tentar o repasse da unidade, para pelo menos conseguir parte do dinheiro de volta", orienta a advogada da NB. 

E a troca de dono, é motivo para o franqueado rescindir? Não, segundo Melitha, pois quem está comprando vai exigir que o fundador fique um tempo para fazer a transição. Porém, a nova controladora sempre sabe que corre o risco de perder franqueados, reforça. 

Caso não saiba fazer a transição de acordo, dando segurança e estabilidade para esse franqueado, provavelmente terá problemas de relacionamento. E tudo o que trouxer insegurança ou desconfiança nessa relação será prejudicial à sustentabilidade do negócio. 

Também é importante alertar o franqueador: escutar seu franqueado, praticar a comunicação empática para que possa entender seus medos, inseguranças e frustrações, e dar tempo ao tempo são ações necessárias para que ele não tome nenhuma decisão precipitada, afirma a advogada da Novoa Prado. 

"O franqueado precisa se aprofundar para ver se a nova gestão trará benefícios para o seu negócio. Não é porque a empresa foi vendida que tudo vai virar uma porcaria: às vezes pode melhorar."

Dar um crédito também conta, pois tudo pode ficar igual, já que, em muitos casos, novos franqueadores tomam o cuidado de tentar manter o padrão da rede, destaca Marina Richter.

"Falou-se muito que, com a venda, a qualidade da Kopenhagen ia cair, mas a Nestlé comprou a marca justamente por isso."

Outra questão a ser avaliada é que o novo dono também pode trazer mais investimentos e inovações para beneficiar e aumentar os lucros de toda a rede.

"Mas já vi acontecer em várias redes: o franqueado fala 'não vou me dar bem', 'não vai funcionar', 'prefiro sair'... Por isso, a melhor alternativa é vender ou repassar. Se simplesmente encerrar, além de ter que pagar a multa, não vai ganhar nada."  

Melitha Novoa Prado reforça que, sair logo de cara não será bom por não ser algo previsto: tomar uma decisão unilateral aumenta o risco de se deparar com uma multa - esta sim, já estipulada em contrato.

"De novo: seja assistido por um advogado. E, importante, não seja influenciado por outros franqueados com situação mais confortável que você. Qualquer atitude impensada coloca o seu dinheiro na reta." 


FALIU. E AGORA? 

Enquanto a Nestlé aguarda a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a compra do Grupo CRM (dono da Kopenhagem e Brasil Cacau), que entrou em análise no último dia 22 de novembro, o caso da SouthRock é mais complexo e com "novidades" nada animadoras a cada momento.  

Do pedido de recuperação judicial de 31 de outubro por uma dívida na casa do bilhão que, segundo o grupo, foi iniciada por problemas na pandemia, à descoberta de uma mansão no Guarujá não inclusa no processo, passando por dívidas trabalhistas na casa dos R$ 10,447 milhões, a perda da licença de exclusividade da marca Starbucks e a recente autorização de penhora de bens dos executivos, muita água ainda deve rolar nesse caso. 

A pergunta vem de novo, mas vai além: como ficam os franqueados de uma rede que mudou de dono/controlador e pede recuperação judicial? Ou pior, que pode estar em vias de falir?

Segundo Melitha Novoa Prado, no contrato de franquias há possibilidade tanto do franqueado quanto do franqueador rescindirem o contrato caso qualquer uma das partes entre com os pedidos. 

"O que podemos prever é que, a recuperação judicial sendo deferida, os franqueados podem decidir rescindir o contrato e querer discutir isso judicialmente."  

No caso da Starbucks, por exemplo, controlada pela matriz americana e só com lojas próprias, a questão é diferente. Mas há o caso específico da Subway, com quase 2 mil unidades franqueadas em todo o país, que a princípio foi poupada da recuperação judicial.

Em novembro último, a rede de fast food foi avaliada para compra pela Cacau Show, do empresário Alexandre Costa, segundo informações da revista Exame na época. Apesar da dívida alta, que brecou o avanço da conversa, a marca ainda é um ativo no páreo para eles. 

Porém, em 30 de novembro, a 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial determinou também que tanto Subway como Eataly devem entrar no processo a pedido dos credores.

Segundo a advogada da Novoa Prado, a Subway tem relacionamento direto com a franqueadora americana (Doctors Associates LLC), que reassumiu a operação em novembro. Já a SouthRock, sofrendo seguidas derrotas na Justiça, era só a responsável pela gestão da marca por aqui.

"Provavelmente, vão ter que achar um outro gestor no Brasil para poder continuar a operar. Agora vai ser uma questão de negociação: quem assumir a gestão da franqueadora da Subway vai ter que assumir os contratos de franquia. Então, contratualmente não muda nada." 

E nesse caso de recuperação judicial, é motivo para o franqueado pedir rescisão contratual? Depende do que está escrito no contrato, e vai depender das negociações que serão feitas.

Mas como a recuperação judicial não foi aceita ainda pelo Judiciário, que ainda está discutindo com as partes alguns débitos que não são legais, que foram criados, não se sabe nem o que vai acontecer com a recuperação, muito menos com os franqueados, lembra Melitha.  

Caso a recuperação seja deferida, os franqueados da Subway têm a prerrogativa de rescindir o contrato, confirma. Mas por enquanto, o que se ouve falar é da insegurança na rede, mesmo que o franqueador lá fora tenha rescindido com a ex-máster franqueada SouthRock. 

"Provavelmente o contrato deles tem uma cláusula, quase que padrão, de que estão assumindo a gestão", explica. "Mas sabemos que é uma situação muito delicada, muito complexa, porque há toda uma gestão que fica meio conturbada. E os franqueados precisam ter uma referência, precisam ter uma ajuda, uma assistência, um suporte. Tudo ainda está muito temeroso."

Ao ser perguntada se a Lei de Franquias prevê alguma proteção nesse sentido, a advogada diz que não há nada específico, por ter mais a ver com Direito Civil do que esse tipo de contrato. 

Porém, o futuro dos franqueados depende de diversos fatores, que vão além do contrato e da posição de cada um. Pode ser que algum deles prefira, para não perder dinheiro, continuar com a nova gestão. Ou pode ser que decida: "não vou esperar a recuperação judicial ser definida e vou entregar tudo", explica. Vai depender do investimento de cada um deles.

Ou, quanto tempo está na rede, se já retornou o investimento ou não, se tem mais de uma loja... pode ser que esse seja o único patrimônio, o ganha-pão dele, diz.

"Cabe a cada franqueado analisar sua situação pessoal, com ajuda de advogados, e entender qual será a melhor atitude caso realmente seja deferida essa recuperação judicial", finaliza. 



Karina Lignelli
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/o-que-o-franqueado-precisa-saber-quando-a-rede-muda-de-dono


Para conseguir um estágio é preciso ter hard e soft skills

Entenda a importância dessas competências para ter sucesso na profissão

 

A maioria dos estudantes sonha em conseguir uma vaga de estágio na área escolhida para seguir carreira. Segundo o último censo do Inep/MEC, existem mais de 18,5 milhões de pessoas capacitadas para tal função no Brasil e cerca de 95% delas estão em busca de uma oportunidade. Por isso, é fundamental saber quais características estão sendo desejadas pelos gestores para largar na frente dos concorrentes e entrar no mercado de trabalho. 

 

A importância do estágio 

O estagiário tem a chance de colocar em prática todo o conhecimento absorvido na sala de aula e ter o primeiro contato com o universo corporativo. Por conta da carga horária limitada em seis horas diárias e 30h semanais, é possível conciliar com os estudos. Além disso, ele tem direito a uma bolsa-auxílio para arcar com seus compromissos, auxílio-transporte caso seja necessário deslocamento e recesso remunerado de 30 dias a cada 12 meses na empresa. 

Todas essas medidas têm o intuito de não prejudicar o desempenho escolar e, assim, formar um bom profissional para o futuro. Apesar da Lei 11.788/2008 só permitir renovação de contrato por até dois anos, dependendo do empenho e dedicação do colaborador durante o processo, há sempre chance de efetivação e, assim, a permanência no local, integrando o quadro de funcionários.

 

O que são soft skills? 

Hoje em dia, para ingressar em uma corporação, não basta apenas ter boas habilidades técnicas no currículo. Os recrutadores passaram a dar valor a comportamentos com impacto direto no cotidiano. Portanto, para ter bom rendimento em um processo seletivo, é preciso desenvolver esses atributos. De acordo com pesquisa do Nube  - Estagiários e Aprendizes, 41% dos jovens pesquisam sobre o tema e possuem noção da relevância dele para o sucesso. 

Para a selecionadora do Nube, Joyce Nery, além de entender as soft skills em alta, é importante fazer uma autoavaliação e identificar quais já possui e os pontos com necessidade de evolução. “É um reflexo do preparo e cuidado consigo mesmo. Dificilmente alguém sem essa consciência terá um bom desempenho em uma entrevista ou até mesmo na sua atuação profissional”. 

Nesse sentido, existem algumas características bastante valorizadas no mundo empresarial:

 

- Comunicação: capacidade de dialogar com pares e equipe de forma objetiva, evitando conflitos, eliminando ruídos para não prejudicar a realização de atividades e resolver as divergências;

 

- Inteligência emocional: ajuda a lidar com os seus sentimentos e os dos outros, tornando possível uma compreensão melhor sobre as emoções e reações de cada um;

 

- Empatia: além da inteligência emocional, a empatia é essencial para saber se colocar no lugar do outro para compreendê-lo e respeitá-lo, independentemente do momento. Isso ajuda a construir times;

 

- Criatividade: imprescindível em todas as áreas de atuação e serve para as pessoas apresentarem soluções ágeis e inovadoras, principalmente nas crises;

 

- Gestão de tempo: saber investir suas horas nas tarefas e definir prioridades resulta em maior produtividade; 

 

- Trabalho em equipe: é necessário ter uma conduta correta e um bom relacionamento com seus colegas, pois quanto mais colaboração houver, melhor será o resultado final; 

 

- Flexibilidade e resiliência: essas características têm conquistado cada vez mais espaço. Se adaptar às mudanças, lidar bem com eventuais problemas e obstáculos e atuar de forma estratégica.

 

Por fim, Joyce alerta sobre o risco de estar por fora desse assunto. “Essa questão desclassifica boa parte dos candidatos. No momento da entrevista, a pessoa não consegue demonstrar suas qualidades e o quanto o seu perfil será valioso para a área”. 

 

Fonte: Joyce Nery - selecionadora do Nube


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Empreendedorismo: como fazer o seu negócio sobreviver?

Existe uma visão muito glamurosa sobre ser empreendedor: algumas pessoas acreditam que basta abrir uma empresa, de qualquer tamanho, e a mágica simplesmente vai acontecer. Entretanto, o que poucos têm noção é que empreender não é uma tarefa fácil, ainda mais no Brasil, que enfrenta longos períodos de crise e instabilidade financeira.

Quando falamos na criação de startups, o cenário é ainda mais difícil. E por que digo isso? Hoje, muitos jovens possuem boas ideias no papel e desejam colocá-las em prática, mas não contam com uma estrutura adequada para tornar realidade, o que inviabiliza o projeto. Afinal, ser dono do próprio negócio demanda mais que apenas um sonho.

Segundo dados disponibilizados pelo Sebrae, existem cerca de 20 mil startups em atividade no Brasil em 2023, porém, a perspectiva é que só dois mil desses negócios tenham fôlego para sobreviver. Nove em cada dez startups costumam encerrar as suas atividades logo nos primeiros anos de operação.

A pergunta que não quer calar é: por que isso acontece com tanta frequência? É fato que o mercado é extremamente competitivo, então para que o seu negócio consiga se destacar perante os demais é preciso que, além de ter um viés de inovação, oferecendo produtos e serviços de qualidade, esteja bem estruturado, isto é, tenha capacidade de entregar o que é preciso em cada etapa, da validação da ideia até entrega com qualidade em escala.

Caso sua empresa não tenha essas características, que considero como básicas, falhas vão aparecer logo no início do processo de criação, fazendo com que tudo seja mais trabalhoso do que deveria ser e você não terá capacidade de reação. O que demonstra uma fragilidade imensa do negócio em questão, que estaria começando com o “pé esquerdo”.

Sabemos que nada é perfeito, mas se sua empresa já conseguiu avançar em alguns destes pontos, está com uma estrutura razoavelmente qualificada e oferece produtos ou serviços de maneira estável, é o momento para olhar para processos internos e fazer pequenos ajustes para continuar evoluindo.

Por outro lado, se nada estiver funcionando da maneira desejada, é essencial voltar para a prancheta. Isso acontece porque a sua estratégia e o seu plano de execução não estão conversando  com a sua realidade, em alguma medida.

Coisas que podem estar dando errado: capacidade de dar foco no que é mais importante; nível de alinhamento quanto à direção do negócio; processo de validação das hipóteses de produto e mercado; capacidade de tratamento de informações para tomada de decisão do rumo da organização.

Por essa razão, é preciso adotar uma forma de gerenciar o negócio que ofereça uma visão ampla do que está acontecendo, que toda a equipe tenha visibilidade das informações, como está o andamento do negócio e que as pessoas saibam como as suas tarefas se encaixam dentro do contexto.

Em um cenário tão volátil, é fundamental que o seu planejamento possa ser ajustado em períodos curtos, ou seja, nada de se apegar a um plano anual. Hoje em dia, um ano é uma eternidade para grandes empresas, o que dirá uma startup ou scale up .

Neste sentido, os OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, contemplam todas essas necessidades, com um processo que ajuda recalcular rota em ciclo menores, geralmente de três meses, possibilitando ajustes frequentes na execução estratégia que está sendo traçada.

Com uma cadência assim, dívida as informações relevantes para ter todos alinhados em torno do que é prioritário a cada momento e trabalhe não só pensando no que você está fazendo ou precisa fazer, mas no resultado que está sendo gerado a partir das coisas que estão sendo executadas. Faça o time refletir sobre estas coisas, para que nos processos do ciclo trimestral, você corrija a rota e não cometa os mesmos erros do ciclo anterior.



Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/


Longe de golpes: 5 dicas para comprar seu próximo carro pela internet

Com aumento de 34% no interesse por comprar carros pela internet,
 concessionárias enfrentam desafio de inovar e garantir segurança
na experiência
do consumidor    
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Empresas do setor percebem aumento de mais de 30% no interesse de buscar automóveis por canais digitais; saiba como iniciar o ano com carro novo na garagem de forma confiável


Começar o ano com um veículo novo na garagem é o sonho de muita gente. Em um momento como esse, a praticidade do ambiente on-line atrai o consumidor que deseja evitar bater perna e prefere comprar - ou, pelo menos, adiantar grande parte do processo - sem sair de casa. Basta acessar o site, conferir os detalhes do automóvel e avaliar as formas de pagamento. No entanto, a facilidade esconde alguns perigos, já que aproximadamente 71% dos brasileiros já foram vítimas de pelo menos um golpe on-line, conforme revelado por um estudo da Nord Security. Mais do que nunca, é essencial saber como se proteger de golpes ao comprar itens de valor na internet para evitar fraudes, perda de dinheiro e transformar sonhos em pesadelos. 

A adesão às plataformas digitais não é apenas um diferencial competitivo, mas uma necessidade. Diante do aumento de 34% no interesse por comprar carros pela internet, as concessionárias enfrentam o desafio de inovar, garantindo ao mesmo tempo segurança na experiência do consumidor. O número faz parte de uma pesquisa da Dealersites, uma startup que lidera a digitalização do mercado automotivo no país, e compara o período de janeiro a outubro de 2023 com os mesmos meses de 2022. Confira a seguir os cinco principais pontos, segundo especialistas, que precisam ser considerados antes de adquirir seu próximo carro na web.


1 - Procure por sites oficiais

Para evitar dores de cabeça, é fundamental escolher uma empresa com boa reputação e ótimas recomendações. Além disso, é importante acessar o site oficial da concessionária para conferir a procedência. "Escolher sites reconhecidos, verificar a reputação dos vendedores por meio de plataformas como Reclame Aqui e estar atento ao endereço eletrônico são práticas essenciais para evitar golpes", explica o head comercial da Dealersites, Marcos Pavesi.

Ao comprar de pessoas físicas, a atenção precisa ser ainda mais redobrada, escolhendo locais públicos para encontros e realizando uma pesquisa minuciosa sobre o anunciante para assegurar uma transação segura. Plataformas dedicadas à compra de carros, como OLX e iCarros, simplificam a pesquisa por veículos novos e usados, oferecendo a conveniência de explorar anúncios de vendedores particulares e concessionárias. Já a Webmotors vai além, permitindo financiamento e compra direta on-line, com a opção de entrega domiciliar via Car Delivery. 


2 - Tenha atenção ao preço

Na busca por um carro novo, o preço muitas vezes é o fator inicial de atração para os compradores. Contudo, ofertas excessivamente baixas, como um Renault Kwid 2021 por R$ 20 mil, podem indicar golpes ou condições duvidosas do veículo. Assim, é crucial desconfiar de preços muito abaixo do padrão, especialmente ao adquirir um seminovo. Golpistas podem pressionar por pagamentos adiantados, alegando garantia na compra. No entanto,  a orientação é evitar qualquer pagamento antes da verificação presencial do veículo, avaliação cuidadosa e formalização do contrato. A desconfiança em relação a valores substancialmente abaixo da Tabela Fipe torna-se uma estratégia vital para prevenir fraudes antes de constatar potenciais problemas na origem e conservação do automóvel.


3 - Histórico do veículo

Antes de finalizar a compra, é essencial examinar o histórico do veículo para evitar surpresas futuras, identificando possíveis problemas como acidentes passados ou participação em leilões. Essa análise é crucial para garantir que o carro não seja roubado ou esteja envolvido em questões ilegais. Diante da possibilidade de identidades falsas on-line, uma conversa prévia com o vendedor é fundamental. "Realizar chamadas em vídeo com o vendedor não só ajuda a confirmar sua autenticidade, como também permite visualizar o veículo antes do encontro presencial, proporcionando uma camada adicional de segurança durante o processo de compra", pontua Pavesi.     


4 - Agende um test-drive

Uma dica crucial para evitar golpes ao comprar um seminovo on-line, seja com pessoa física ou em concessionária, é solicitar uma vistoria cautelar do veículo ou um laudo de procedência ao vendedor. Essa inspeção é vital para garantir informações precisas sobre a estrutura do carro, revisar todos os documentos e verificar o histórico do veículo. Caso haja irregularidades na documentação, é provável que sejam reveladas durante esse processo. Ao se deparar com um carro de interesse, é recomendável agendar uma visita para avaliação pessoal, incluindo um test-drive e esclarecimento de dúvidas com o vendedor. A presença de um mecânico de confiança durante essa visita pode proporcionar uma análise mais detalhada.


5 - Atenção aos detalhes

Ao avaliar anúncios de carros, é extremamente importante examinar minuciosamente a veracidade das informações. A quilometragem do veículo, por exemplo, deve ser cuidadosamente analisada em relação ao estado geral, incluindo estofados e pneus. Em casos de modelos mais antigos com quilometragem surpreendentemente baixa, é aconselhável exigir o laudo cautelar do Detran para verificar a autenticidade do hodômetro. "Adicionalmente, é importante estar alerta para golpes envolvendo falsas vendas de consórcio, quando golpistas oferecem cartas de crédito contempladas a preços abaixo do mercado", conclui o head comercial da Dealersites.


Como não gastar demais com as compras de Natal?

Especialista em finanças pessoais dá dicas de como aproveitar
a data sem adquirir dívidas e se prejudicar financeiramente


Dezembro chegou e é o mês que representa um período de muitas comemorações, encontros e festas, como o Natal e a celebração do Ano Novo. Seja com os presentes, as decorações e as comidas típicas, estes eventos tendem a fazer com que as pessoas se empolguem com os gastos e as compras. No entanto, é preciso bastante cuidado para não gastar mais do que o seu bolso permite.

Segundo o especialista em finanças pessoais, João Victorino, o Natal gera grande animação, tanto dos lojistas quanto da população, e a tradição de presentear as pessoas que gostamos é irresistível. Porém, não considerar a criação de alguns limites de um planejamento mínimo para esse período pode ser um fator prejudicial no orçamento do final do mês, que ainda possui outro evento significativo, o Ano Novo.

João explica que o ideal é não comprar por impulso, fazendo escolhas conscientes. “Acredito que é importante estar sempre comprometido com seu plano financeiro. Ou seja: qual a sua atual situação financeira antes de começar a fazer essas compras? Isso serve justamente para evitar contrair dívidas que depois serão difíceis de quitar. Muitas vezes, os preços aumentam durante a época de festas e você deve priorizar economizar o seu dinheiro, para que não gaste de forma excessiva e  prejudique suas contas”, diz.

Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta que as vendas do Natal de 2023 devem ter um aumento de cerca de 5%, o que representa o maior salto desde 2013, quando a alta foi de 4,9%. Ou seja, os dados são uma prova concreta de que os consumidores brasileiros pretendem investir bastante para esta data, até mais do que nos anos anteriores.

Por essa razão, é cada vez mais essencial ter atenção redobrada durante esta época do ano e não cair em tentações. João afirma que a simples criação de um planejamento financeiro (bem estruturado), como dito acima, já é capaz de melhorar a vida das pessoas de forma geral, para que assim tenham uma noção mais clara e um controle melhor sobre o destino do dinheiro, não deixando o orçamento extrapolar.

Neste sentido, o especialista ressalta que dá sim para existir equilíbrio. “Um planejamento financeiro não significa deixar de comprar, mas sim entender se é viável efetuar esse gasto. Você pode comprar bons presentes para seus amigos e familiares, já que o Natal é uma festa especial para muitas pessoas, desde que seja possível dentro da sua realidade. Tudo é uma questão de compreensão das suas finanças pessoais”, destaca.

Para finalizar, João Victorino dá algumas dicas para não gastar demais com as compras de Natal:

  • Estabeleça um orçamento ou um limite para seus gastos: Antes de começar a comprar presentes, alimentos ou decorar sua casa, defina um orçamento realista. Considere suas despesas regulares e determine quanto pode gastar sem comprometer suas finanças. Ao seguir um orçamento, você terá um guia claro e evitará gastos impulsivos.
  • Faça uma lista de presentes: Elabore uma lista de presentes para amigos e familiares e defina um limite de gastos para cada pessoa. Isso ajudará a evitar compras excessivas e garantirá que você permaneça dentro do seu orçamento. Considere opções mais personalizadas e econômicas, como presentes feitos à mão.
  • Promova festas econômicos: Considere organizar celebrações mais simples, como um jantar em casa ou um piquenique no parque. Planejar atividades mais econômicas não apenas reduz os custos, mas também promove momentos repletos de significado.
  • Aproveite promoções e descontos: Esteja atento a promoções, descontos e ofertas especiais ao fazer compras para as festas. Pesquise preços (e seu histórico), compare opções e aproveite cupons para garantir que está obtendo o melhor valor pelo seu dinheiro. Compras antecipadas também podem ser vantajosas, já que muitas lojas oferecem descontos durante a temporada de vendas.
  • DIY (Faça Você Mesmo): Considere a opção de fazer você mesmo alguns itens, como decorações, presentes ou até mesmo alimentos. Itens feitos à mão não apenas têm um toque pessoal, mas também podem ser mais econômicos do que produtos comprados prontos. Além disso, envolver a família em atividades do tipo pode ser uma maneira divertida de passar tempo juntos durante as festas.
  • Amigo Secreto: Faça até na sua festa de família, garanto que você não vai estourar seu orçamento e a família vai se divertir muito! Lembre-se de que as festas são oportunidades de compartilhar momentos especiais com seus entes queridos, e não necessariamente gastar muito dinheiro. Com planejamento e criatividade, é possível aproveitar a temporada festiva de maneira significativa e econômica.


João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

Férias podem ser utilizadas para planejar mesadas dos filhos

A Educação Financeira para as crianças deve começar desde cedo. Assim, além da escola, os pais possuem um papel fundamental nesse processo. Mas, como os pais podem fazer isso? São várias as formas, uma delas é a mesada. Para os pais que ainda não disponibilizam esta ferramenta, este período de férias é ótimo para planejar e começar a falar com os filhos sobre o tema, sendo importante sempre ter em mente algumas questões.

A primeira dúvida em relação a esse tema é a idade com que a criança deve iniciar o contato com o dinheiro. Isso dependerá de cada caso, entretanto, a partir dos três anos, quando a criança começa a demonstrar desejos próprios, já é o momento de iniciar a analisar a melhor forma de inserir a educação financeira (não a mesada), mostrando o processo de troca do dinheiro por produtos.

A mesada efetivamente deve ser pensada por volta dos sete a oito anos, quando os jovens já estiverem acostumados com o contato com o dinheiro. Contudo, cuidados devem ser tomados para que esse artifício realmente atinja a sua finalidade.

Um deles é definir o valor da mesada. É simples: logo que volte as aulas, durante um mês, sem que a criança perceba, anote todo o dinheiro que dá para ela, inclua lanche escolar, passeios, compra de jogos, enfim, todos os gastos da criança.

Com esse número em mãos, chegou a hora de chamar a criança para uma conversa franca. Diga a ela que, por já estar crescendo, chegou o momento de ela mesmo controlar seu próprio dinheiro e que começará a dar uma mesada.

Dê apenas 50% do valor total dado a ela no mês e informe que a criança terá que se organizar com esse valor. Ela, com toda a certeza, ficará feliz, pois achará o montante bastante alto. Mas reforce que esse dinheiro terá que dar para os próximos trinta dias.

E fale mais: por ser um ótimo filho ou filha, os pais resolveram realizar alguns desejos e peça que ela relacione no mínimo três desses, um de curto prazo, até três meses, um de médio, até seis meses e um de longo, até um ano. Explique que o mesmo valor que receberá da mesada também terá para os desejos e sonhos.

Com isso, ela saberá que todo o dinheiro que ela receber, deverá ser separado metade para desejos e metade para o consumo (doces, passeios, lanches).

Se tiver mais de um filho, para cada um deles, a decisão do valor e a conversa deve ser feito individualmente, adequando à realidade dos mesmos. Lembre-se:as crianças são semelhantes, mas nunca iguais, quando o assunto é dinheiro.

É fundamental também mostrar aos jovens a importância de conquistar os valores que recebem.

Mas faço um alerta: não é interessante associar esse dinheiro ao desempenho escolar, pois o estudo deve ser incentivado pela importância que ele terá para a vida. Uma criança que só estuda para garantir a mesada no fim do mês poderá ter um rendimento muito baixo e, se, por algum motivo, a família deixar de ter condições de oferecer, isso afetará o desenvolvimento intelectual.

Outro ponto relevante é que não se deve complementar com frequência a falta de dinheiro ocasionada pela má administração da mesada. Muitas crianças e adolescentes gastam além da conta e passam a recorrer sistematicamente aos pais para conseguir mais dinheiro. Se os pais cedem aos pedidos, não ensinarão a controlar os impulsos, criando a ilusão de que pode gastar sem limites. A consequência disso será na fase adulta, quando utilizarão o crédito fácil como complemento salarial.

Chamo atenção para um ponto imprescindível que é o de, desde o primeiro mês de vida da criança, junto com a certidão de nascimento, já se deve abrir uma previdência privada Junior para essa criança, com a qual se garantirá projetos de vida, como uma faculdade, um intercâmbio, um carro e sua própria aposentadoria sustentável.

Mostre a seu filho a importância de priorizar os seus desejos e faça-os entender que, para realizá-los, será sempre necessário guardar parte do dinheiro que passa pelas suas mãos.


 
Reinaldo Domingos - educador financeiro, presidente da DSOP EducaçãoFinanceira e Editora DSOP, autor dos livros Terapia Financeira, Mesada não é só dinheiro e das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educaçãofinanceira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país.

 

Lendico oferece dicas para não se atrapalhar com as despesas do início do ano

Se atrapalhar com as despesas deste período é normal, mas existem alternativas fáceis para fugir do endividamento


Começo de ano, a época do sufoco para muitos cidadãos: IPTU, IPVA, contas de água, luz, telefone, cartão de crédito acima da média com as despesas do final do ano, para os pais, matricula e material escolar, e mais. Mas, o que fazer nessa hora para fugir do endividamento? Marcelo Ciampolini, fundador da Lendico Brasil, uma plataforma inovadora de intermediação para empréstimos pessoais com as melhores taxas do mercado, oferece seis dicas simples para esse início de ano.


1. Planejamento

A palavra que define a rotina de alguém que possui uma saúde financeira estável é planejamento.  Quem não se organiza já está atrasado e pode perder dinheiro em gastos aleatórios e supérfluos. Por isso, a principal dica é: planejamento.  Uma planilha de controle de gastos é um ótimo começo e pode trazer melhorias a curto prazo para sua saúde financeira. Alternativamente, hoje já existem aplicativos para smartphone que fazem esse trabalho no mercado.


2. Priorização

Quando colocar todas as contas fixas no papel, a prioridade de quem deseja se organizar melhor deverá ser com os gastos que envolvam moradia – como IPTU, aluguel, condomínio, água, luz, gás. Priorizar essas despesas é o segundo passo para não deixar as contas virarem uma bola de neve.


3.  Cuidado com o cartão de crédito

É muito importante não aumentar ainda mais uma dívida. Se a causa vem do cartão de crédito, é importante parar de gastar o limite. Caso contrário, a situação ficará fora do controle, fazendo com que a dívida cresça e se torne quase impossível de eliminar. Além disso, os juros do cartão de crédito são os mais altos do País, chegando a mais de 400% ao ano, de acordo com dados do Banco Central, de dezembro de 2015.


4. Não acredite no cheque especial

Ainda de acordo com o Banco Central, os juros do cheque especial podem chegar a mais de 284,8% ao ano , o que pode ser uma cilada para quem não consegue se planejar. Esse tipo de linha de crédito só deve ser usada quando se tem a certeza de pagamento em curto prazo.


5. 13° salário como aliado

Para aqueles que contam com o 13° para dar um fomento na renda do último trimestre, usar o valor recebido com sabedoria é fundamental. Nada de gastar com as compras do final do ano, viagens, etc. O ideal é usar a quantia com parcimônia e, de preferência, para quitar a despesa que tenha os juros mais altos, como a do crédito rotativo ou cheque especial.


6. Transferir a dívida pode?

Transferência de dívida é uma troca em que é possível substituir uma parcela mais alta por outra menor. Faz sentido quando a dívida já existente possui juros elevados – como na maioria dos casos. Nessas situações, a alternativa é útil, pois consegue diminuir significativamente os custos fixos. Uma maneira de se conseguir pode ser por meio de um empréstimo, onde o valor tomado consiga amortizar ou liquidar a conta.

 

Marcelo Ciampolini - Formado em Engenharia Naval pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo iniciou sua carreira no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Em seguida, já no mercado financeiro, passou pelo Private Bank do Banco Espirito Santo na Suiça, Asset management do Santander Brasil e tesouraria do Banco BNP Paribas Brasil, de onde saiu em 2013 para empreender no mercado de fintech. No início de 2014, fundou a Lendico Brasil, plataforma online para empréstimo pessoal.


10 dicas para economizar no supermercado

 

Os preços dos produtos de supermercado sofreram alguns reajustes bem salgados. Essas empresas têm botado pressão em seus fornecedores para que as margens de lucro sejam reduzidas e os aumentos não cheguem tão fortes ao consumidor final. Algumas fábricas lançaram produtos menores para tentar manter as vendas ao consumidor que “só olha o preço”.

Muita coisa vem sendo feita nesse interessante mercado, mas cabe a você consumidor fazer a sua parte na luta pelo equilíbrio financeiro.

Sendo assim, seguem 10 dicas para te ajudar a economizar quando for ao supermercado:

1.   Nunca vá ao supermercado com fome - Quem vai acaba comprando mais do que realmente queria, só por conta da fome, pois ela atrapalha você calcular a quantidade exata das coisas que você realmente precisa.

2.   Tenha metas - Estipule um valor máximo para gastar na sua compra. Lembre que é você quem prioriza as demandas de sua vida e não as famosas “promoções” de qualquer estabelecimento comercial. Bateu no teto que você fixou, pare de comprar. É seu equilíbrio financeiro que está em jogo.

3.   Faça uma lista prévia do que você realmente precisa e a siga com disciplina dentro do estabelecimento - Planejamento é tudo, evita desperdícios, como comprar produtos repetidos ou em quantidade superior a que você precisa.

4.   Use o carrinho somente em última necessidade - Algumas pesquisas sobre o comportamento do consumidor apontam que há uma tendência em se comprar “até tampar o carrinho”. É só lembrar que os carrinhos de supermercado têm crescido de forma assustadora nos últimos trinta anos. Isso não é coincidência. É estratégia das empresas para você consumir mais.

5.   Levar, ou não, a criança ao supermercado? – Esse é um dos pontos mais polêmicos em educação financeira. Há prós e contras. Não levando, você compra sem a pressão de ter de adquirir produtos supérfluos, já que as crianças são alvos fáceis para o marketing. Levando, há um desgaste em muitos casos, mas é uma excelente chance para demonstrar aos pequenos que nem tudo que se quer pode ser comprado.

6.   Não vá ao supermercado passear - Só vá a esse estabelecimento se for comprar, além de tomar as cautelas citadas acima.  Algumas ficam perambulando com carrinho e ouvindo uma boa música pelo supermercado e são alvos de centenas de estímulos para consumir. Assim, fica difícil resistir às compras por impulso, um dos motivos de grande endividamento dos consumidores na atualidade.

7.   Evite comprar em supermercado lotado - Isso pode gerar uma falsa percepção no consumidor de “senso de urgência” e ele pode acabar comprando mais produtos que o realmente necessário.

8.   Priorize comprar na segunda quinzena do mês - A imensa maioria dos consumidores compra no início do mês. Na segunda quinzena há uma queda normal de vendas e as empresas ficam mais propícias para fazer promoções reais para melhorar o fluxo de caixa.  

9.   Priorize pagar as compras no cartão de débito ou à vista - Evita a criação do efeito bola-de-neve nas dívidas do consumidor.

10.               Fique atento com as gôndolas - Os produtos mais caros, no geral, estão na parte mais alta e os menos caros na parte inferior da gôndola.  Alguns produtos complementares são colocados lado a lado para incentivar a compra dos dois ao mesmo tempo (mesmo se você tiver um deles em casa). Chocolates, por exemplo, costumam ser colocados em muitos casos no alcance das crianças. Produtos essenciais costumam ficar no fundo do supermercado para estimular a movimentação de consumidores em todos os setores.

Pesquise, pesquise e pesquise e boas compras! 



Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ, palestrante e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos".

Educação Financeira para Todos
www.educacaofinanceiraparatodos.com


Reforma Tributária trará incertezas para a economia do país já a partir de 2024

Texto aprovado na Câmara dos Deputados mantém impactos negativos para o empresariado e os contribuintes, como aumento de tributos e de burocracia, além de prejudicar competitividade dos pequenos negócios


 

Mesmo depois de uma longa tramitação entre as duas casas do Congresso Nacional, a Reforma Tributária (PEC 45/2019), agora perto de ser sacramentada pelo governo, significará um cenário de incerteza ao país já a partir de 2024. O texto final foi lido e aprovado na Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (15) sem alterações significativas no escopo que já havia passado pelos senadores em meados de novembro.
 
Como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) vem afirmando, a reforma ainda suscita muitas dúvidas aos contribuintes e ao empresariado de todos os portes e segmentos, principalmente porque pontos essenciais serão regulamentados, a partir de agora, por meio de leis complementares.
 
Uma dessas incertezas é sobre a alíquota do IVA — que, se ficar como previsto pelo próprio Ministério da Fazenda, será o maior do mundo: 27,5%, superando a Hungria (27%). Ainda que o escopo aprovado na Câmara tenha mantido uma trava a elevações futuras de arrecadação, ela não é suficiente para mudar uma conjuntura de curto prazo em que os brasileiros pagarão mais tributos (e mais altos).

 
A alta da carga tributária foi uma discussão presente em diferentes propostas de reforma ao longo dos últimos anos e, por isso mesmo, tem sido uma crítica constante da FecomercioSP neste período. Desde que a tramitação da PEC 45/2019 avançou no Congresso, esse apontamento se manifestou em diversas oportunidades – tanto publicamente, na imprensa e em debates organizados pela Entidade, quanto em reuniões com parlamentares, lideranças do Executivo e partidos políticos. Não é uma preocupação trivial já que, hoje, os tributos correspondem a quase 34% do PIB do Brasil.

Judicialização
Em suma, apesar de aprovada, a nova legislação ainda não está pronta. Mais do que isso, não fornece garantias de que será possível atingir o principal objetivo de uma reforma tributária almejada há pelo menos três décadas: a simplificação da estrutura arrecadatória brasileira. A consequência desse cenário será um aumento imediato da judicialização, na medida em que a reforma eleva a insegurança jurídica sobre procedimentos tributários de empresas e contribuintes.
 
Setor de Serviços será afetado
No médio e no longo prazo, porém, os efeitos serão principalmente sobre o principal setor da economia brasileira: os Serviços, que terão de suportar tributos mais altos, já que o IVA, que possibilita o “creditamento” de tributos pagos em etapas anteriores da cadeia produtiva, manterá uma sequência complexa de débitos e créditos para esses empreendimentos, cuja principal despesa é com folha de pagamento (40% do orçamento), que não dá direito a esses créditos.
 
Isso resultará em queda de investimentos e em redução de empregos justamente no campo que mais gerou vagas formais ao longo de 2023 e que corresponde a 70% da produção do país. Considerando o peso desse setor para o Produto Interno Bruto (PIB), é de esperar que esses reflexos sejam vistos, daqui alguns anos, no próprio desempenho econômico nacional.

 
Simples Nacional perderá competitividade
Micro e pequenas empresas, que dão a tônica do dia a dia da economia, também estão sob risco a partir de agora, já que há um novo regramento para transferência de crédito nas aquisições de empresas optantes pelo Simples Nacional. Na atual legislação, esses negócios podem transferir integralmente os créditos de PIS/Cofins no montante de 9,25%. A reforma, porém, restringe a transferência de crédito ao montante cobrado no regime unificado. Isto é, negócios de pequeno porte terão, agora, duas opções: ou se manter integralmente no Simples Nacional, mas com perda de competitividade, ou excluir os novos tributos no regime diferenciado e, então, assumir uma carga tributária maior.
 
Longa transição
A FecomercioSP ainda se preocupa significativamente com o longo período de transição, que fará com que os contribuintes passem por sete longos anos convivendo com dois sistemas tributários simultâneos.
 
A proposta também altera tributos que não incidem sobre o consumo, como o Imposto sobre a Propriedade Predial Territorial Urbana (IPTU), por exemplo, que permite às prefeituras alterarem a base de cálculo do imposto por decreto, e que poderá ensejar elevação da tributação sob os imóveis.
 
Há, contudo, pontos positivos. Um deles é a já citada “trava” que impede que os novos tributos criados — IBS, CBS e IS — resultem em uma carga tributária superior aos tributos substituídos (PIS/Pasep, Cofins, IPI, ISS e ICMS). Algumas atividades dos Serviços também poderão ter redução de até 60% nos tributos, além da inclusão de uma nova alíquota reduzida, no percentual de 30% para profissionais regulamentados, como contadores.
 
A manutenção de regimes específicos para outras atividades, como nos serviços de turismo. Contudo, um aspecto positivo incluído pelo Senado Federal, a possibilidade de adoção de regime específico para bens e serviços que promovam a economia circular, está entre as exclusões promovida pela Câmara dos Deputados.
 
Outro ponto suprimido pela Câmara e que, em um primeiro momento, era à sociedade como um todo, é sobre a cesta básica estendida, que permitia a inclusão de outros produtos alimentícios com redução de 60% da alíquota de referência.

 
Reformas e equilíbrio fiscal 
Na visão da FecomercioSP, seria mais salutar se, em vez de prosseguir com uma mudança na legislação que diminuísse os tributos dos setores mais onerados, o governo avançasse em medidas para reduzir os próprios gastos. A Federação e os sindicatos filiados defendem uma reforma sem aumento de carga e que promova simplificação, modernização e desburocratização do sistema tributário.
 
A legislação atual, fruto de debates há três décadas, penaliza o empresariado e prejudica o ambiente de negócios. Entretanto, é importante que essa mudança aconteça preservando os pilares da economia do Brasil, e não os enfraquecendo. Para isso, a Entidade continuará levando esse posicionamento aos parlamentares no Congresso Nacional.

 
FecomercioSP


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