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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Se eu tenho epilepsia meu filho também vai ter? Mitos e verdades

Entenda como ajudar alguém durante uma crise


                Cerca de 4% das pessoas já apresentaram pelo menos uma crise convulsiva na vida


               A neuronavegação é uma ferramenta útil auxiliando em neurocirurgias complexas

 

Existe uma diferença entre epilepsia e convulsão. Por definição, epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro que são recorrentes e geram as crises epilépticas. Em cerca de 70% existe um controle da epilepsia.

 

Para considerar que uma pessoa tem epilepsia ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas, portanto, a pessoa poderá ter uma crise epiléptica (convulsiva ou não) e não ter o diagnóstico de epilepsia. O Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico, comenta as principais dúvidas em relação ao tema:

 

MITO: A epilepsia é uma doença mental.

Não! A epilepsia é uma doença neurológica. Em casos graves, e principalmente quando a epilepsia ocorre na população pediátrica, antes de dois anos de idade, o risco de atraso mental é maior.

 

Toda convulsão é uma crise epiléptica, mas além da convulsão existem várias formas de crises epilépticas. Na convulsão o paciente apresenta movimentos grosseiros de membros, desvio dos olhos, liberação de esfíncteres e perda de consciência. E um exemplo comum de crise epiléptica não convulsiva é a crise de ausência.

 

MITO: A epilepsia é uma doença contagiosa.

A epilepsia é uma doença neurológica não contagiosa. Portanto, qualquer contato com alguém que tenha epilepsia não transmite a doença.

 

MITO: Uma crise convulsiva define a epilepsia.

A epilepsia é uma doença frequente que acomete cerca de 1 a 2% da população geral. A convulsão é um tipo de crise epilética, que acontece quando um agrupamento de células cerebrais se comporta de maneira anormal. Um único episódio não indica que a pessoa tenha epilepsia - muito embora a consulta com um especialista seja necessária - e a doença não implica obrigatoriamente em ter distúrbios de comportamento.

 

Existem situações que podem predispor o aparecimento de uma crise convulsiva, como por exemplo febre, estresse, drogas ou distúrbios metabólicos, privação de sono, estímulos visuais excessivos, entre outros.

 

Um episódio único de crise convulsiva não pode ser considerado o diagnóstico de epilepsia.

 

Existem várias formas de epilepsia em crianças e nas emergências pediátricas é comum observar a convulsão febril, que costuma ter evolução benigna. Essa chamada epilepsia benigna da infância pode acontecer desde a idade pré-escolar até a adolescência. As crises com breves paradas comportamentais sem evento motor nítido, exemplificam formas comuns de epilepsia na infância

 

MITO: Os pacientes com epilepsia podem dirigir.

Segundo a Associação Brasileira de Educação de Trânsito, o paciente com epilepsia que se encontra em uso de medicação antiepiléptica poderá dirigir se estiver há um ano sem crise epiléptica – dado que deve ser apresentado através de um laudo médico. Caso o paciente esteja em retirada da medicação antiepiléptica, ele poderá dirigir se estiver há, no mínimo, dois anos sem crises epilépticas e ficar por mais seis meses sem medicação e sem crise. Já a direção de motocicletas é proibida.

 

MITO: A epilepsia não tem cura.

Existem várias medicações que são indicadas de acordo com o histórico de cada paciente, porém, nos casos de epilepsia grave e que não respondem ao tratamento clínico, o paciente pode precisar da cirurgia. A tecnologia avançada tem permitido um melhor diagnóstico e o tratamento medicamentoso e cirúrgico têm sido cada vez mais seguro e com melhores resultados.

 

Existem situações que a crise convulsiva ocorre de forma inédita num paciente adulto ou pediátrico, podendo estar associada a um tumor cerebral. O uso de tecnologias avançadas como a neuronavegação e a monitorização intraoperatória permitem cirurgias mais seguras.

 

Em outros casos, chamados de epilepsia refratária, observamos uma continuidade das crises convulsivas apesar da medicação. Estes pacientes devem ser avaliados numa unidade especializada em cirurgia de epilepsia na tentativa de correlacionar uma região do cérebro (foco) com a origem da epilepsia.

 

Orientações do Especialista:

 

Como usar a medicação?

Os remédios para epilepsia são controlados e o paciente deve sempre fazer acompanhamento médico para avaliar possíveis efeitos colaterais erroneamente atribuídos ao tratamento. A dose da medicação nunca deve ser alterada por conta própria.

 


Tenho epilepsia. Meu filho também vai ter?

Cerca de 4% das pessoas já apresentaram pelo menos uma crise convulsiva na vida, mas isso não significa que tenham epilepsia. Pai ou mãe que tem epilepsia não significa que o filho também terá, pois a maiorias das doenças que cursam com epilepsia não são hereditárias.


 

Como ajudar alguém que esteja em crise epilética?

É importante tentar proteger a cabeça da pessoa para evitar um traumatismo, e virar o rosto dela de lado para eliminar o acúmulo de saliva e impedir a asfixia com o próprio vômito. Não se deve segurar a língua do paciente, sob o risco de tomar uma mordida, ou colocar objetos na boca, como uma colher. Se a crise estiver durando mais de 5 minutos, já vale a pena chamar uma ambulância, o mesmo deve ser feito se a pessoa demorar a recobrar a consciência.

 

“O paciente com epilepsia pode ter uma vida normal, desde que controlados, podem e devem ser inseridos completamente na sociedade, ou seja, devem trabalhar, estudar, praticar esportes, se divertir”, finaliza Dr. Ricardo Oliveira.

 


Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. É presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (2019/2021). Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato.

Instagram @dr.ricardodeoliveira

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Aplicativo para quem vive com esclerose múltipla chega ao Brasil

Gratuito, o app é o mais usado no mundo por quem tem esclerose múltipla (EM);

•Crônica e autoimune, a EM é uma doença que compromete o sistema nervoso central que afeta em sua maioria indivíduos em idade produtiva, jovens entre 20 e 40 anos;

 

A Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda. (Biogen), empresa de biotecnologia com foco em neurociência, acaba de lançar o aplicativo Cleo para quem vive com esclerose múltipla - doença progressiva que afeta, aproximadamente, 40 mil brasileiros[1]. "O Cleo foi pensado para otimizar a rotina de quem tem EM, tornando-se um grande aliado quando o assunto é cuidado e bem-estar. É um espaço para acompanhar a si mesmo: registrar a rotina, o humor e os sintomas a fim de melhorar a qualidade de vida. Sabemos que com a correria do dia a dia essa prática nem sempre é possível", explica Tatiana Branco, diretora de médica da Biogen da Biogen Brasil. A proposta do Cleo une cuidado, saúde e tecnologia e está alinhada a tendência journaling inteligente, que é a prática de escrever sobre os acontecimentos do cotidiano, organizar melhor as ideias e sentimentos.

Os usuários do app também podem receber notificações de consultas e gerar relatórios, que podem ser compartilhados e discutidos com o médico. Além de poder contar com uma série de conteúdos sobre a esclerose múltipla, textos informativos, dicas de saúde, depoimentos de quem vive com a doença, programas de relaxamento e até receitas culinárias.

Tatiana explica que a EM não tem cura, mas o tratamento adequado pode prevenir surtos e retardar a progressão da doença, e com a ajuda do aplicativo, as pessoas com a doença, assim como os seus familiares, podem monitorar marcos e sinais importantes. "Para a Biogen, a saúde vai muito além de consultas e tratamento. Acreditamos que o verdadeiro cuidado engloba atenção integral da mente e do corpo, e neste sentido a tecnologia pode ser uma forte aliada. A nossa missão é transformar a vida de pacientes, tornando realidade o acesso a uma medicina personalizada e digital", finaliza.

Para Bruna Rocha, vice-presidenta da Associação Amigos Múltiplos, o formato do aplicativo reflete a relevância da escrita curativa para o autoconhecimento. "A escrita curativa, por si só, é poderosa e transformadora. Poder contar com um aplicativo que permite registrar, de maneira prática e intuitiva, como estamos nos sentimos e o que está acontecendo com o nosso corpo é muito importante. Além permitir o autoconhecimento, o app traz novidades e conteúdos diversificados de suma importância para toda a comunidade de EM".

O aplicativo Cleo já está disponível nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália e Portugal, e chega agora ao Brasil para dispositivos IOS e Android .


Sobre a esclerose múltipla[2,3,4]: é uma doença que compromete o sistema nervoso central, um processo de inflamação crônica de natureza autoimune que pode causar desde problemas momentâneos de visão, falta de equilíbrio até sintomas mais graves, como cegueira e paralisia completa dos membros. A doença está relacionada à destruição da mielina - membrana que envolve as fibras nervosas responsáveis pela condução dos impulsos elétricos no cérebro, medula espinhal e nervos ópticos. A perda da mielina pode dificultar e até mesmo interromper a transmissão de impulsos. A inflamação pode atingir diferentes partes do sistema nervoso, provocando sintomas distintos, que podem ser leves ou severos, sem hora certa para aparecer. A doença geralmente surge sob a forma de surtos recorrentes, sintomas neurológicos que duram ao menos um dia. A maioria dos pacientes diagnosticados são jovens, entre 20 e 40 anos, o que resulta em um impacto pessoal, social e econômico considerável por ser uma fase extremamente ativa do ser humano. A progressão, a gravidade e a especificidade dos sintomas são imprevisíveis e variam de uma pessoa para outra. Algumas são minimamente afetadas, enquanto outras sofrem rápida progressão até a incapacidade total. É uma doença degenerativa, que progride quando não tratada. É senso comum entre a classe médica que para controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença, o diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais.



Biogen

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Minha família diz que eu já não escuto bem. O que fazer?

A partir dos 50 anos, muitas pessoas começam a sentir as primeiras dificuldades para ouvir

 

A perda auditiva tem várias causas, entre elas o envelhecimento. Isso ocorre porque as células ciliadas da orelha, responsáveis pela audição, vão morrendo com o passar do tempo; e a situação piora a partir dos 50 anos.

"Alguns indivíduos perdem a audição mais cedo que outros, mas é a partir dos 50 anos, na maior parte das vezes, que as pessoas começam a observar as primeiras dificuldades para ouvir. Depois dos 60 anos, o quadro pode ir acentuando. Por isso, é importante buscar ajuda aos primeiros sinais de incômodo", explica a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia e Vendas na Telex Soluções Auditivas.

O processo de perda de audição fica mais acelerado na Terceira Idade. É o que os especialistas chamam de presbiacusia. No entanto, a perda auditiva vem atingindo cada vez mais a população jovem e adulta. Com a exposição prolongada a sons muito altos, principalmente por causa do hábito de ouvir música em fones de ouvido, os brasileiros estão tendo problemas auditivos mais cedo. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABO), hoje, mais de 20 milhões de brasileiros têm alguma dificuldade para ouvir.

Estudos da entidade comprovaram que quem precisa e não usa aparelho auditivo, enfrenta frequentemente grande dificuldade para participar de atividades sociais, principalmente no ambiente familiar e entre amigos. Isso pode provocar efeitos psicológicos negativos, como isolamento, insegurança, tristeza, irritação, medo e até depressão.

"Fica aqui o nosso alerta para a importância de se buscar o quanto antes a orientação de um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo. O especialista vai verificar o tipo e o grau de perda auditiva e indicar o melhor tratamento. Na maioria dos casos, o uso de aparelho auditivo melhora a condição auditiva do indivíduo", ressalta a fonoaudióloga Rafaella.

Como a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando a cada ano e o processo de perda auditiva está mais acelerado, atingindo até mesmo adultos com vida profissional intensa, devido à overdose de barulho na sociedade atual, é importante ficar atento e se cuidar o quanto antes para manter uma boa comunicação com familiares, amigos e colegas de trabalho.

Pesquisa realizada nos Estados Unidos, com 1.500 pessoas com déficit de audição, mostrou que nove entre 10 usuários de aparelho auditivo afirmaram terem melhor qualidade de vida após a aquisição de uma prótese auditiva.

"Antigamente o transtorno era grande. Quem tinha problemas de audição usava aparelhos auditivos enormes, que causavam constrangimento. Por isso, muitos resistiam e preferiam ficar sem ouvir. Mas atualmente, com a evolução tecnológica, temos aparelhos auditivos com tanta tecnologia quanto os celulares e que trazem enormes benefícios. E muitas vezes, as pessoas em volta nem notam o aparelho auditivo, de tão discreto que ele é. Ninguém mais precisa sofrer com isolamento, solidão e desânimo porque não ouve bem. Os aparelhos auditivos resgatam os sons e permitem que se viva com alegria e disposição", reforça a especialista da Telex.


Vantagens do uso de aparelho auditivo

- Sentir-se bem consigo mesmo, com maior autoestima;

- Melhoria nos relacionamentos com a família e amigos;

- Melhoria do foco e concentração;

- Produzir mais no trabalho e com maior eficiência.

- Maior bem-estar físico;

- Sentir-se mais independente e seguro;

- Menor sensação de cansaço;

- Mais disposição e confiança para participar de reuniões sociais.


Oftalmo explica por que os óculos de sol são tão importantes para os olhos quanto o protetor solar é para a pele

Dr. Hallim dá dicas de como se preparar para a compra dos seus óculos de sol


"Quando a gente pensa em óculos escuros, lembramos como ficamos bem com eles no rosto, e não pensamos que, na verdade, a função mais importante não é nos deixar mais atraentes, e, sim, proteger os olhos e as pálpebras da radiação ultravioleta (UVA e UVB) do sol", esclarece o médico oftalmologista Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Dr. Hallim Féres Neto.

O médico alerta que, da mesma maneira que é necessário passar diariamente o protetor ou filtro solar, como um cuidado primordial para a pele, visando a prevenção contra o câncer de pele, causada pelos mesmos raios solares (UVA e UVB), é muito importante proteger os olhos dessa radiação: "Os óculos de sol são, para os nossos olhos, equivalentes aos protetores solares para a nossa pele".

Isso porque "parte da radiação ultravioleta atravessa os olhos e chega ao fundo do olho, causando danos graves e podendo levar à cegueira", explica Hallim.

E há ainda um fator agravante: quanto menor a idade, maior é a porcentagem de radiação que chega à retina e à córnea.

"A exposição excessiva ao sol, sem a devida proteção, pode causar queimaduras, pterígio (criar uma membrana ocular que se forma sobre o olho) e ceratites (inflamação da camada mais externa dos olhos, a córnea); acelera o aparecimento da catarata e da degeneração macular (perda de visão no centro do campo visual (a mácula), devido a danos na retina)" enumera o oftalmologista.

Dr Hallim deixa algumas dicas para o verão:

- Nesse verão (e em todos os outros dias), lembre-se, sempre, de usar os óculos escuros (e do protetor solar para a pele);

- Os dias de forte calor e a alta radiação podem comprometer a capacidade da visão e ocasionar problemas mais graves, seja a longo ou a médio prazo;

- Na hora de comprar seus óculos de sol, busque modelos que cubram as laterais dos olhos; as lentes envolventes são as melhores opções;

- Os fabricantes de óculos devem indicar claramente o grau de proteção de cada lente. Lentes inadequadas são mais perigosas do que simplesmente não usar os óculos de sol;

- Antes de realizar a compra, consulte o seu oftalmologista para que ele oriente, de forma correta, qual os óculos indicados para você;

- A proteção contra os raios UVA e UVB não está relacionada ao uso de lentes nos tons mais escuros. Óculos de sol com lentes nas cores verde, laranja, vermelha, cinza e até transparente podem oferecer a mesma proteção que lentes mais escuras.

Quando o médico afirma que usar lentes de má qualidade é pior que sair ao sol sem óculos, ele se refere ao fato de que lentes escuras acabam por relaxar as pálpebras e essas passam a ficar abertas diante da radiação.

Ou seja, os óculos de sol sem proteção adequada em suas lentes escuras retiram também a proteção natural, quando as pupilas e as pálpebras se fecham diante da luz solar.

Sem esses mecanismos de proteção, a radiação passará mais facilmente e atingirá mais o olho com mais força, o que pode ser ainda mais perigoso do que se o indivíduo estivesse sem óculos escuros.

Daí a necessidade de comprar óculos com lentes originais e com proteção comprovada e consultar sempre o seu oftalmologista.

 

Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732 • Oftalmologia Geral • Cirurgia Refrativa • Ceratocone • Catarata • Pterígio • Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia • Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa • Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery • Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology


O peso da indústria científica para a disseminação da ciência

istock 
Estudo aponta que artigos baixados em plataformas piratas recebem duas vezes mais citações que os armazenados em repositórios


Todo acadêmico tem uma certeza: além do imenso prestígio de escrever uma nova tese, há também uma imensa satisfação quando a mesma é citada por outro estudante em outro estudo. Afinal, não bastando servir de exemplo para a composição de outro trabalho, a citação também é uma forma de divulgação do trabalho, o que significa levar o conhecimento adiante.

No entanto, ainda que a citação seja muito relevante para artigos acadêmicos, a própria indústria desse meio impede que esse conhecimento seja disseminado: a maior parte das bibliotecas acadêmicas é restrita a assinantes e não gratuita, o que dificulta o acesso de boa parcela dos estudantes. E o inverso também se comprova: artigos encontrados em repositórios piratas acabam recebendo mais divulgação.

É o que mostra o estudo da Universidade Federal de Sergipe (UFS), publicado na revista Scientometrics: já é comprovado que artigos descarregados são citados duas vezes mais do que os não baixados, ou seja, aqueles que estão vinculados a plataformas piratas acabam mais favorecidos nesse processo.


Um pedaço da história

Não é de hoje que as plataformas de artigos científicos são fechadas para assinantes. A prática vem desde a década de 1950, por meio do militar Robert Maxwell, que foi um dos primeiros distribuidores de estudos para os Estados Unidos e Reino Unido com a editora Pergamon Press. 

Desde então, há uma indústria que se espalhou mundo afora para lucrar a partir dos artigos, o que de fato traz algumas vantagens aos criadores do conteúdo – e, claro, às plataformas –, mas também impede que a ciência avance.


A dificuldade de acesso à educação superior no Brasil

O estudo avaliou mais de quatro mil artigos computados pelo repositório, entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016, e os comparou em 2017, após serem disponibilizados ilegalmente pela programadora cazaque Alexandra Elbakyan. O resultado foi que, após um acesso gratuito, o número de citações aumentou bastante – um indicativo interessante sobre o acesso à educação superior no Brasil.

“A ideia era isolar as variáveis que pudessem interferir no desempenho dos artigos e identificar a que melhor explicasse o número de citações”, esclarece o psicólogo colombiano e um dos autores do estudo Julian Tejada, do Departamento de Psicologia da UFS, em entrevista à revista Pesquisa, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). 

A tese mostra como o acesso a artigos no Brasil ainda é dificultado e quais são as suas desvantagens no meio acadêmico quando os arquivos são bloqueados, evidentemente. Mas também mostra a maneira a qual os estudantes recorrem para adquirirem conhecimento para suas produções.

Esse bloqueio ocorre tanto para a produção de artigos científicos no país, quanto para estudos mais simples, como é o caso dos concursos públicos. Para estudar para diversos concursos abertos  no Brasil, como o concurso Sefaz SC, por exemplo, boa parte dos estudantes se vê sem recursos e recorre à pirataria.


Comprando presentes de Natal? Fique atento aos seus direitos de consumidor

A advogada Lívia Sampaio explica quais suas garantias no mercado 



Com a chegada do fim de ano e as datas comemorativas de Natal e Ano Novo, nossa vida no mês de dezembro se vê em meio à diversas confraternizações entre amigos e familiares. Chegado o momento de presentear as pessoas queridas, nem sempre o produto caberá adequado, nesse sentido, é importante todos ficarem atentos aos direitos do consumidor.

A advogada e influenciadora digital, Lívia Sampaio, explica de antemão que aquela troca de 30 dias que as lojas oferecem ao comprar presentes é apenas uma cortesia.

“Quando os vendedores avisam que podemos trocar a peça em até 30 dias desde que esteja com a etiqueta, é uma forma de cortesia do estabelecimento; já que, o Código de Defesa do Consumidor, prevê a troca obrigatória de um objeto apenas em caso de defeitos”, explica ela.

Mas, para evitar transtornos, Lívia Sampaio destaca os principais direitos garantidos aos consumidores.



*1. Direito de Arrependimento*

O Código de Defesa do Consumidor garante o direito de arrependimento para compras realizadas fora do estabelecimento comercial, como na internet ou telefone. Ou seja, é possível desistir da compra em até 7 dias após o recebimento do produto, sem precisar justificar a desistência.



*2. Prazo de Garantia*

A garantia legal obrigatória para produtos e serviços, em caso de bens duráveis, o prazo de reclamação é de 90 dias. Já aos não duráveis, são 30 dias de garantia. O Código de Defesa do Consumidor atesta à empresa realizar o reparo em 30 dias, caso não aconteça, o consumidor pode ter a troca do produto ou o valor ressarcido.



*3. 2ª via de Nota Fiscal*

A nota fiscal é um documento fundamental para o consumidor ter as informações do produto, e claro, servir de comprovação da aquisição do mesmo. Caso o consumidor perca sua nota fiscal, ele tem o direito de pedir a segunda via do documento para a instituição que realizou a compra. Esta nova via deve apresentar as mesmas informações da nota fiscal perdida.

“Na compra de presentes para as comemorações natalinas, ou mesmo em qualquer época do ano, é essencial conhecer seus direitos do consumidor, para não se prejudicar nas relações de consumo. Saiba quais as principais garantias que lhe são oferecidas pelo Código de Defesa do Consumidor, isso irá te auxiliar em diversas situações, como na compra de produtos com defeito, na troca e devolução e no descumprimento de ofertas”, finaliza Lívia.


Marketing digital: ferramenta essencial para ajudar a alavancar os negócios em 2022

Especialista dá dicas de como usar a tecnologia e alcançar metas no novo ano

 

Estar no mundo virtual é uma exigência do mundo de hoje, mas para ter o destaque e o retorno esperado não bastam ações isoladas. Como em qualquer área dentro de uma empresa, como vendas, operações ou financeiro, o marketing também precisa ter planos e estratégias, de acordo com os objetivos do negócio. 

 

Além disso, a relevância do mundo digital, tendendo para o crescimento de um negócio, ampliou tanto que não está mais restrito à apenas uma área. Hoje, a estratégia digital é um trabalho integrado das equipes de marketing, vendas e tecnologia.

 

Com uma ampla experiência na área, o presidente da WSI Master Brasil, maior franquia de marketing digital do mundo, Caio Cunha traz algumas dicas importantes para aumentar a eficiência das ferramentas virtuais nas empresas:

 

·         Defina sua estratégia

O primeiro passo para traçar um plano de marketing digital é definir o perfil da empresa, como ela contribuirá para o mercado e onde ela quer chegar. Nesse estudo, as áreas de vendas, produtos, operações, tecnologia e marketing são essenciais.“Questões como público-alvo, concorrência, diferenciais do negócio, timing dos lançamentos precisam estar claros para que os caminhos sejam corretamente planejados”, explica o especialista. “Há muitas empresas que querem copiar o que outras fazem, mas para que uma estratégia seja consistente e eficiente, é preciso mais do que estar em linha com a missão e os valores específicos de cada negócio. Se não estiver se comunicando corretamente com o público-alvo e com uma mensagem clara e focada nas necessidades para esse público, de nada adiantará.”

 

·         Escolha as soluções e ferramentas ideais

As redes sociais são, muitas vezes, a primeira coisa que vem à mente quando se pensa em marketing digital. Mas há muitas outras soluções ou ferramentas fundamentais para melhorar o desempenho de uma empresa no mundo virtual. Um exemplo é a gestão das oportunidades, usando um CRM.“Mais do que ter um banco de dados de clientes, é preciso saber como gerenciá-lo e investir em ações de marketing e vendas para reter os contatos, alimentando-os e cultivando-os até o momento certo de sua tomada de decisão”, conta Caio, que reforça que isso tem feito a diferença para muitos setores da economia e empresas de pequeno, médio e grande porte. 

 

Outra solução que também é muito utilizada hoje é o social listening, que é a escuta do que clientes e potenciais clientes estão falando nas mídias. “O profissional de marketing digital está sempre atento às novas técnicas e serviços disponíveis e pode incluir – ou eliminar – o que for necessário para a estratégia ideal de cada empresa”, acrescenta. 

 

·         Acompanhe métricas e indicadores e faça uma análise dos resultados

O grande valor do marketing digital é que tudo é mensurável. Todas as ferramentas digitais oferecem a possibilidade de medir, de forma rápida, os resultados das ações. Serviços como Google Analytics, SEMRush, HootSuite, Hubspot, entre outros, trazem números e estatísticas que ajudam a entender se a estratégia está no caminho certo, gerando resultados, ou precisa de um redirecionamento. “Por isso, ressalto a importância de contar com uma consultoria em marketing digital, que vai saber como escolher as melhores plataformas e soluções, analisar esses dados e de que forma usá-los em benefício do negócio”, afirma o presidente da WSI Brasil. 

 

·         Avalie constantemente o momento atual da sua empresa e do mundo

O que funcionou há alguns meses, talvez hoje não seja mais a melhor alternativa. Por isso, as avaliações periódicas são outro ponto relevante para definir as ações de marketing digital. O ano de 2020 foi um bom exemplo disso. 

 

“Com a quarentena e o isolamento social, muitos negócios tiveram que se reinventar. Restaurantes que só atendiam no local tiveram que investir no delivery. Lojas de roupas passaram a criar ações para visualizar, “experimentar” e atender online. Enfim, a pandemia mudou tudo, inclusive o comportamento dos clientes. Portanto, a estratégia digital não pode ser a mesma que era antes do coronavírus”, alerta Caio. 

 

Segundo ele, as ações de marketing precisam analisar as novas preocupações e os novos hábitos e interesses, de forma periódica, considerando, sempre, o perfil de cada negócio. Planejando e testando com agilidade.

 

·         Consulte um especialista

É verdade que são muitos os canais que estão ao alcance de todos, como as redes sociais, ações de mídia paga, mobile, plataformas de automação. Por isso, há uma noção equivocada de que qualquer pessoa pode não só escolher como também gerenciar esses recursos. Não é bem assim. Há uma gama enorme de caminhos a serem utilizados e eles precisam trabalhar de forma conectada e planejada. Para isso, vale investir em atendimento especializado. Até porque é comprovado que o retorno desses investimentos, quando bem definidos, é bastante representativo. 

 

“Cada ação faz diferença no resultado. É preciso avaliar, por exemplo, se vale investir em um CRM, se a empresa deve fazer ações de topo ou apenas fundo de funil, o que considerar em uma análise dos dados estatísticos do Google, quanto investir em mídia paga e em que canais investir. Para definir questões como essas e estabelecer prioridades e planejamento, é fundamental contar com uma consultoria especializada em marketing digital, que não só tem a experiência dos resultados obtidos como também conhecimento das técnicas mais eficazes”, diz Caio.

 

 

Caio Cunha - Presidente da WSI Brasil, co-Fundador da WSI Consultoria e membro do Global WSI Internet Consultancy Advisory Board. Ao longo de sua carreira, participou em programas de desenvolvimento profissional em universidades como a Stanford University, na Califórnia, e no IMD Internacional, na Suíça. Tem MBA em finanças pelo IBMEC e é graduado em Administração de Empresas pela PUC, com dois anos na Roosevelt University, em Chicago.

 

Permanecer sempre aprendendo é estratégia para crescimento profissional

Vivian Rio Stella dá dicas para atingir metas e fazer a diferença na carreira em 2022 

 

O Fórum Econômico Mundial publicou o relatório “O Futuro do Trabalho”, que analisa o cenário e cita as mudanças que podem ocorrer em 2022. Dentre as competências profissionais mais requisitadas para os próximos anos, em segundo lugar está ‘Aprendizado ativo e estratégias de aprendizado’, reforçando a importância de permanecer sempre aprendendo independente do cargo que ocupa. 

 

Segundo Vivian Cristina Rio Stella, linguista com doutorado pela Unicamp, que desenvolve projetos e cursos na área de comunicação, fazer uma retrospectiva do que foi aprendido em 2021 pode trazer novos insights e reforçar as metas de aprendizado para o ano novo. 

 

“O importante é listar, escrever, para materializar pensamentos, ideias. Pode ser cinco minutos por semana neste mês de dezembro”, sugere. E ela ainda recomenda que a retrospectiva seja incluída na agenda, já que deve fazer parte da vida e do trabalho.

 

Para quem não está habituado em manter a aprendizagem na rotina, ela enfatiza que as primeiras perguntas são: o que eu quero aprender, por que e como?. A partir desses questionamentos, a profissional recomenda que comece a explorar os motivos, as intenções, para evitar cair em modismos e fazer escolhas com motivações reais. 

 

Quanto ao ‘como’, as pessoas devem enxergar as possibilidades existentes, seguir perfis e especialistas que falem do assunto, conversar com quem sabe fazer, ver vídeos, ouvir podcasts, e separar um tempo para experimentar e aprender na prática. “Digo isso para a pessoa não sair se inscrevendo em cursos, mesmo que estejam abertos e gratuitos, porque muita gente se frustrou ao se matricular em vários cursos e não terminar nenhum”, finaliza.

 

Dicas rápidas

 

·         Programar na agenda um tempo para aprender, mesmo que seja um período pequeno no início. “Como academia, não dá pra fazer tudo de uma só vez e nunca mais ir, tem que ir construindo um hábito, tem que fazer parte da rotina”;

 

·         Se perguntar sempre: o que acontece se eu não aprender isso nos próximos 3 meses, 1 ano, 3 anos? Isso faz com que o senso de necessidade fique bem claro. “Pesquisas apontam que 50% da força de trabalho precisa passar por reskilling nos próximos anos”.

 

 

 

VRS Academy

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Vivian Cristina Rio Stella - Doutora em linguística pela Unicamp, com pós doutorado pela PUC-SP, especialista em comunicação e coordenadora do comitê de Comunicação Digital da Aberje. Idealizadora da VRS Academy. Professora da Casa do Saber, da Aberje e da Casper Líbero. Começou a realizar textos e produzir materiais didáticos e a dar curso sobre redação e e-mails. Por anos corrigiu redações da Unicamp. Do mundo acadêmico queria migrar para o mundo corporativo e depois de anos como consultora montou a VRS, que completa em 2021 oito anos, para ministrar seus próprios cursos e empreender com liberdade. 


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