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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Prisão de ventre nunca mais! Conheça alimentos que favorecem o funcionamento do intestino

Reprodução: Freepik
Nutricionista da Superbom destaca como o consumo de fibra pode evitar o desconfortos


Embora seja um dos sintomas relacionado a algumas doenças digestivas e distúrbios intestinais, a prisão de ventre geralmente está ligada à alimentação. Comum em várias idades, esse desconforto é decorrente de diversos fatores, como o baixa ingestão de fibras, pouca ingestão de líquidos, sedentarismo, além do consumo excessivo de proteína animal e de produtos industrializados. Segundo a Sociedade Brasileira de Coroproctologia, cerca de 30% dos brasileiros sofrem com esse incômodo abdominal.

Segundo Cyntia Maureen, nutricionista da Superbom , empresa pioneira na produção de alimentos saudáveis, consumir alimentos ricos em fibras e beber muita água facilita o bom funcionamento do intestino. "O intestino é o órgão responsável por absorver os nutrientes dos alimentos que ingerimos e eliminar aquilo que não será utilizado pelo corpo. A falta de líquido pode tornar o percurso mais difícil, pois a água dos alimentos será absorvida para a manutenção das funções vitais, consequentemente, deixando as fezes mais secas. Além disso, as fibras tem papel importantíssimo para o bom funcionamento intestinal, pois, contribuem para a formação do bolo fecal e também alimentam as bactérias boas que facilitam o processo", explica.

De acordo com a especialista, a constipação pode ser causada pelo consumo excessivo de açúcar e gordura, além da falta de exercícios físicos. Pensando nisso, ela separou cinco alimentos que ajudam o trabalho do sistema digestivo e garantem melhora nas complicações intestinais. Confira:

• Cereais integrais: "Em sua forma natural ou como farinha, arroz integral, aveia, trigo e granola são componentes que podem auxiliar no combate a prisão de ventre e até mesmo o câncer de intestino", menciona. As fibras desses alimentos nutrem as bactérias intestinais e estimulam os movimentos peristálticos, favorecendo a eliminação de substâncias tóxicas.

• Sementes: a linhaça e chia concentram um tipo de fibra que tem capacidade de absorver água e não soltar mais. Assim, é muito mais fácil evacuar, pois será exigido menos esforço. "Também é importante ingerir muita água junto com esses alimentos, para que eles consigam desempenhar sua função", destaca Cyntia.

• Ameixa: Muito conhecida por suas atribuições laxativas, a ameixa é rica em fibras e contém substâncias que absorvem mais água do organismo. "Sua ingestão acelera o trânsito intestinal", aponta.

• Maçã: "Conhecida por auxiliar na reversão dos quadros de diarreia, a maçã quando ingerida com a casca facilita o trabalho do sistema digestivo", ressalta a especialista. Alimentos cozidos costumam não apresentar resistência na digestão, por isso é importante a ingestão daqueles que podem ser consumidos crus e com casca.

• Mamão: Essa fruta possui uma enzima que auxilia a digerir proteínas e acelerar o percurso do bolo fecal. "O mamão proporciona grandes melhorias na absorção de nutrientes e é excelente para diminuir a constipação. Consumir ¼ dessa fruta por dia já é capaz de melhorar o quadro", finaliza Cyntia.


Junho Violeta

 Campanha alerta sobre Ceratocone, doença ocular que deforma a córnea


Uma das maiores causas de transplante de córnea no mundo ainda é o ceratocone, que pode ter seu agravamento evitado por meio de tratamento adequado, que se inicia com o entendimento sobe a doença


Junho traz um importante alerta sobre saúde ocular: a campanha global Junho Violeta (Violet June - Global Keratoconus Awareness Campaign), iniciativa brasileira que desde 2018 chama a atenção para o perigo silencioso do Ceratocone, doença ocular que deforma a córnea, deixando-a em formato de cone.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a cada 100 mil pessoas no mundo, de 4 a 600 desenvolvem ceratocone . E, embora a doença tenha componente genético, na maioria dos casos, a alergia ocular é um importante fator de risco, pois faz com que a pessoa coce o olho com frequência, o que leva ao agravamento do ceratocone, ou mesmo ao desenvolvimento da ectasia (alteração na curvatura) da córnea.

Referência mundial em saúde dos olhos, a alemã ZEISS convidou o especialista em Córnea e Cirurgia Refrativa, Dr. Renato Ambrósio, professor adjunto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e idealizador da campanha Junho Violeta, para falar sobre o ceratocone, ajudando a esclarecer as principais dúvidas sobre a doença e a conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce.

 

Dr. Renato, o que é o ceratocone?
É uma doença que ocorre na córnea, que funciona como a primeira e mais importante lente do olho humano. A córnea cobre a parte da frente do globo ocular. Ceratocone é a doença ectásica mais comum e ocorre por uma falência biomecânica na córnea, que afina e aumenta de curvatura. Trata-se de uma doença progressiva, de modo que a irregularidade vai se acentuando até que, em fases avançadas, a córnea pode assumir formato de cone. Esta alteração causa astigmatismo com irregularidade, o que leva à distorção da visão, pois limita a eficiência das lentes tradicionais esfero-cilíndricas de óculos. O ceratocone tem início, geralmente, na adolescência e evolui até cerca de 40 anos, quando em geral ocorre uma estabilização natural. Entretanto, jovens podem ter a doença estabilizada e pacientes com mais de 40 anos podem ter progressão da doença.

 

Quais os sintomas da doença?
O principal sintoma é o embaçamento e distorção da visão, com mudanças frequentes do grau. Em geral, ocorre miopia e astigmatismo, que aumentam levando a uma necessidade de troca freqüente de óculos, que, com a evolução da doença, deixam de fornecer uma visão adequada devido à irregularidade. O ceratocone é tipicamente indolor e sem inflamação aguda (não deixa o olho vermelho). Coceira nos olhos é frequente, pois há grande associação com alergia ocular. O ato de coçar ou dormir fazendo pressão contra os olhos é o fator mais relevante no agravamento do grau do ceratocone. Por isso, a educação sobre o tema deve alcançar todas as pessoas.

 

Como o ceratocone age?
A doença é bilateral, mas geralmente atinge os dois olhos de maneira assimétrica - afetando mais um olho do que o outro. Pode levar à baixa de visão acentuada (cegueira), mas é geralmente reversível com o tratamento. Se diagnosticada e tratada corretamente em fases iniciais, o impacto na visão e consequentemente na qualidade de vida das pessoas é minimizado. Por isso, identificar corretamente o ceratocone em sua fase inicial, bem como avaliar a sua progressão são aspectos fundamentais do nosso trabalho como médicos oftalmologistas. Além disso, a falta de informação ou mesmo a desinformação sobre o assunto podem gerar ainda mais sofrimento ao paciente diagnosticado, bem como sua família. O temos da cegueira irreversível deve ser combatido com tratamento adequado, o que se inicia com a informação de forma fácil de ser entendida. Daí vem nossa campanha Junho Violeta.

 

Como é o tratamento?
Observam-se grandes avanços tanto no diagnóstico quanto no tratamento do ceratocone. O tratamento clínico se inicia pela orientação do paciente e inclui orientar para não coçar os olhos e o controle da alergia. Os óculos são a primeira forma de tratamento.

Exames específicos como o exame do wavefront com o iProfiler Plus da Zeiss, permitem fazer uma prescrição de óculos mais eficientes. Este exame possibilita realizar medições de forma automatizada dos dois olhos em aproximadamente 60 segundos, de forma muito precisa para avaliar o grau refracional. Estes dados servem de base para a confecção de lentes ZEISS com tecnologia iScription , que podem melhorar a visão de cores e o contraste visual, além de proporcionar melhor visão noturna.

As lentes de contato especiais são indicadas para a reabilitação visual quando os óculos não são mais eficazes. Entretanto, as lentes de contato precisam ser bem adaptadas por oftalmologista especializado. Se não forem corretamente adaptadas, podem ser fator de irritação ocular que aumentar o risco de progressão da doença. Além disso, infelizmente não existe comprovação científica que as lentes ajudem a prevenir a progressão do ceratocone.

As cirurgias são indicadas em duas situações clínicas: para estabilizar a progressão da doença ou para reabilitação visual, quando os óculos ou as lentes de contato não têm resultado satisfatório. Enquanto o transplante de córnea seria a única opção até meados dos anos 1990, a introdução de cirurgias alternativas gerou uma quebra de paradigma. Destacam-se o cross-linking e implante de anel intracorneano. A indicação destes procedimentos deve ser feita de forma individualizada, de acordo com cada paciente. Entre os fatores mais importantes para decidir se a cirurgia é indicada, consideram-se o estágio da doença, o grau de irregularidade da córnea e as características de cada olho de cada paciente.

 

Qual o impacto da cirurgia refrativa no tratamento do ceratocone?
Este é um tem a muito relevante. Cirurgia Refrativa é uma sub (ou super) especialidade da Oftalmologia que se estabeleceu no início dos anos 1980. Devemos entender que as cirurgias de correção visual refrativa são procedimentos eletivos para oferecer satisfação visual e menor dependência de óculos ou lentes de contato.

Enquanto o ceratocone é uma relativa contraindicação para estas cirurgias e por isso deve ser identificado no exame pré-operatório, o advento das cirurgias refrativas eletivas trouxe muitos benefícios para o diagnóstico e tratamento de doenças oculares, destacando-se o ceratocone.

Além das tecnologias de diagnóstico como o wavefront ocular, a topografia e tomografia de córnea, destacam-se os lasers. Por exemplo, o VisuMax ®️ , laser de femtossegundo de alta precisão e velocidade para realização de procedimentos cirúrgicos como a confecção, do túnel na córnea para implantar o anel corneano (intrestromal) e incisões para transplante de córnea.

 

É possível prevenir o ceratocone?
Acredito que uma campanha eficaz para educar as pessoas para não coçarem os olhos pode reduzir o impacto e severidade desta doença na população. Mas, infelizmente, não há maneiras de prevenir o surgimento do ceratocone. Existe associação com fatores hereditários e genéticos, alguns testes genéticos surgem de forma promissora, como o AvaGen, o que requer mais estudos clínicos para entendermos como utilizar na prática clínica para o diagnóstico da doença.

Entretanto, sabemos que a progressão da doença está relacionada ao trauma contínuo e com a inflamação crônica. Com isso, o controle da alergia e evitar o hábito de coçar os olhos ganha protagonismo para evitar o aparecimento bem como o agravamento da doença. Para um diagnóstico precoce, é fundamental realizar consulta periódica com o oftalmologista, com exames complementares de acordo com a disponibilidade. Consultas periódicas são importantes para a avaliação completa da saúde ocular, indicando os tratamentos adequados eventualmente necessários.

Os slogans: "Não coce ou esfregue os olhos. Este ato prejudica a visão!" e "A falta de informação ou mesmo a desinformação podem fazer sofrer mais que a própria doença" trazem um perfeito retrato da importância de campanhas como Junho Violeta, que tem apoio da ZEISS e outras instituições, para nossa sociedade.

Saiba mais sobre a doença, causas, diagnóstico e tratamentos em https://www.violetjune.com.br/

 


Dr. Renato Ambrósio Jr. - presidente da Sociedade Internacional de Cirurgia Refrativa (ISRS). Esteve entre os 100 mais influentes oftalmologistas do mundo, pela Power List, da Revista "The Oftamologist" publicada em 2014, 2016 e 2018. Possui mais de 400 publicações científicas e já recebeu mais de 50 premiações no Brasil e no mundo. Atualmente, é professor adjunto do departamento de cirurgia especializada (DECIGE) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e professor afiliado da pós-graduação em Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Além de médico do Instituto de Olhos Renato Ambrósio e diretor clínico da Visare RIO - Refracta Personal Laser, idealizou a campanha Violet June, lançada em junho de 2018, em prol da conscientização sobre o ceratocone.

 

ZEISS

https://www.zeiss.com

VITAMINAS DO COMPLEXO B: Você sabe quais são e por que são importantes?



O complexo B é composto por oito (8) vitaminas(B1 - tiamina, B2 - riboflavina, B3 - niacina, B5 - ácido pantotênico B6 - piridoxina, B - biotina B9 - folato e B12 -cobalamina). São vitaminas solúveis em água, o que significa que o corpo não as armazena. Por isso, devem fazer parte daalimentação diária.Estas vitaminas são importantes para garantir o funcionamento adequado das células do corpo. Eles ajudam a converter alimentos em energia, criar células sanguíneas e manter nosso copo saudável.

Segundo a nutricionista Adriana Stavro, cada vitamina do complexo B têm muitas funções importantes e específicas para a saúde, como:

B1 (tiamina): a tiamina só pode ser armazenada no corpo por um curto período antes da excreção, uma ingestão regular é necessária para manter os níveis sanguíneos adequados. A B1 é essencial para o metabolismo energético, é ela que ajuda converter os nutrientes em energia. Ela também ajuda a prevenir complicações no sistema nervoso, músculos, coração, estômago e intestino.
Além disso o corpo precisa de tiamina para:Quebrar moléculas de açúcar ( carboidratos ) dos alimentos, criar neurotransmissores (produtos químicos cerebrais) e sintetizar hormônios

Deficiência: A deficiência de tiamina não é comum. No entanto, certos grupos de pessoas podem não receber tiamina suficiente, incluindo:
• Dependentes de álcool
• Adultos mais velhos
• Indivíduos com HIV
• Diabéticos
• Pacientes bariátricos

Sua deficiência geralmente leva ao beribéri, uma condição que apresenta problemas nos nervos periféricos. Dessa forma, os sintomas podem surgir em todo corpo, sendo os principais cãibras musculares, fraqueza, visão dupla, problemas mentais, incluindo confusão e perda de memória de curto prazo.

Alimentos Fontes: arroz integral, carne de porco, aves, soja, nozes, feijão seco, ervilhas e produtos fortificados ou enriquecidos.

B2 (riboflavina): A riboflavina éusada na prevenção de várias doenças, como enxaqueca, anemia, câncer, hiperglicemia, hipertensão, diabetes mellitus e estresse oxidativo. Ela também é essencial para: produção de energia, ajuda a quebrar gorduras eauxilia na conversão de triptofano em niacina (vitamina b-3)

Deficiência:Existem dois tipos
• A deficiência primária ocorre quando a dieta é pobre em B2
• A deficiência secundária ocorre quando o intestino não consegue absorver a vitamina adequadamente ou o corpo não consegue usá-la ou porque ela está sendo excretada muito rapidamente

A deficiência seja primária ou secundária, tem efeito na absorção de ferro, no metabolismo do triptofano, disfunção mitocondrial, cerebral, trato gastrointestinal e doenças de pele.
Sintomas de deficiência: rachaduras nos cantos da boca, lábios rachados, pele seca, inflamação do revestimento da boca, úlceras na boca, lábios vermelhos, dor de garganta, olhos podem ser sensíveis à luz forte coçar, lacrimejar ou ficar vermelhos.

Alimentos Fontes: carnes e cogumelos.

B3 (niacina): A vitamina B3 ou niacina é importante para reduzir os níveis elevados de colesterol, diminui os sintomas da artrite, previne o risco de doenças cardíacas e contribui para a saúde mental. Além disso aniacina desempenha papel na sinalização celular, metabolismo, produção e reparo de DNA.

Deficiência: A falta grave de niacina se apresenta em humanos como a doença pelagra, que se caracteriza pelos "3 Ds" (dermatite, demência, diarreia), em casos muito graves pode levar a morte.

Sintomas de deficiêncialeves: aparência áspera da pele, língua vermelha brilhante, fadiga ou apatia, vômito, prisão de ventre e diarreia, problemas circulatórios, depressão, dor de cabeça, perda de memória.

Alimentos fontes: nozes, frango e lentilhas

B5 (ácido pantotênico): O ácido pantotênico, também chamado de pantotenato, é essencial para o metabolismo de carboidratos, proteínas e ácidos graxos. Essa vitamina também está envolvida na síntese de colesterol , lipídios, neurotransmissores, hormônios esteróides e hemoglobina.
Deficiência:A deficiência é rara. No entanto, pode aparecer em pessoas com desnutrição grave. Nesses casos, eles geralmente são deficientes em outros nutrientes também.

Os sintomas de deficiência incluem: dormência e queimação nas mãos e pés, dor de cabeça, irritabilidade, inquietação e sono ruim, falta de apetite

Pessoas com uma mutação genética específica chamada mutação neurodegenerativa 2 associada à pantotenato quinase apresentam alto risco de deficiência.

Alimentos fontes: cereais integrais, legumes, ovos, carne, frango, atum, geleia real, abacate, bife de fígado, cogumelos shitake, sementes de girassol

B6 (piridoxina): A vitamina B6, É o nome genérico de seis compostos (piridoxina, piridoxal, piridoxamina, piridoxal 5-fosfato e piridoxamina 5-fosfato). As formas coenzimáticas ativas da vitamina B6 que são a piridoxal 5-fosfato e piridoxamina 5-fosfato, estão envolvidas em várias reações bioquímicas, incluindo o metabolismo de aminoácidos e glicogênio, síntese de ácidos nucleicos, neurotransmissores serotonina, dopamina, norepinefrina e ácido gama-aminobutírico( GABA ), gliconeogênese e glicogenólise, função imunológica (por exemplo, promove a produção de linfócitos e interleucina-2) e formação de hemoglobina.

Deficiência: A deficiência isolada é incomum. O status inadequado de B6 geralmente tem relação com baixas concentrações de outras vitaminas do complexo B, como vitamina B12 e ácido fólico. A carência de vitamina B6 está associada a anemia microcítica, anormalidades eletroencefalográficas, dermatite com queilose (escamação nos lábios e rachaduras nos cantos da boca) e glossite (língua inchada), depressão e função imunológica enfraquecida. Indivíduos com concentrações limítrofes de vitamina B6 ou deficiência leve podem não ter sinais ou sintomas por meses ou até anos. Em bebês, a deficiência causa irritabilidade, problemas auditivos e ataques convulsivos.

Pessoas com risco aumentado de deficiência incluem:
• Doença renal
• Transplante de rim
• Doença celíaca
• Doença de crohn
• Colite ulcerativa
• Doenças autoimunes, como artrite reumatoide
• Dependência de álcool

Alimentos fontes: grão de bico, salmão, atum, aves e batata.

B7 (biotina): A biotina ajuda o corpo a converter alimentos em energia, ela suporta uma série de enzimas envolvidas na quebra de carboidratos, gorduras e proteínas. A B7 também ajuda a manter a pele , o cabelo, unhas, os olhos, o fígado e o sistema nervoso saudáveis. Além disso é um nutriente fundamental durante a gravidez, pois é importante para o crescimento embrionário.

Deficiência: Os sinais de deficiência de biotina incluem:
• Enfraquecimento do cabelo
• Erupção escamosa ao redor dos olhos, nariz e boca
• Unhas quebradiças
• Depressão
• Fadiga

A deficiência é rara, mas alguns grupos podem estar em maior risco:
• Pessoas com um distúrbio metabólico chamado deficiência de biotinidase
• Dependentes de álcool
• Mulheres grávidas ou que estão amamentando

Alimentos fontes: carnes de órgãos, como fígado, gema de ovo, nozes, amêndoas, amendoins, nozes, soja, bananas, couve-flor e cogumelos. Importante: O calor pode reduzir a eficácia da biotina, então opte por pratos crus ou minimamente processados.

B9 (folato): A forma natural da B-9 é chamada de folato. O ácido fólico, que está presente em alimentos fortificados e em suplementos, é a forma sintética da vitamina. O folato é necessário para o crescimento celular, metabolismo dos aminoácidos, formação de glóbulos vermelhos e brancos e a divisão celular adequada. A B9 também é fundamental no início da gestação para reduzir o risco de defeitos congênitos no cérebro e medula espinhal.

A recomendação é que todas as mulheres em idade reprodutiva que desejam engravidar tomem 400 mcg de ácido fólico por dia, além de uma dieta variada que contém ácido fólico.

Deficiência: A adição de ácido fólico nas farinhas de trigo e de milho tornou a deficiência de folato incomum. No entanto, os possíveis sintomas de uma deficiência incluem:fraqueza, dor de cabeça, palpitações cardíacas, irritabilidade, feridas na língua ou na boca, mudanças de pele, cabelo ou unhas

Alguns grupos podem estar em maior risco de carência:
• Dependentes de álcool e com doença celíaca
• Condições que interferem na absorção de nutrientes como cirurgia bariátrica ou qualquer outa doença intestinal

Fontes alimentares: vegetais de folhas verdes escuras, feijão, ervilha, nozes, laranjas, limões, bananas, melões, morangos, abacate, mamão, ovos e bife de fígado.

B12 (cobalamina): Talvez a mais conhecida de todas as vitaminas do complexo B. É vital para a função neurológica, síntese de DNA, metabolismos de gorduras e proteínas e desenvolvimento de glóbulos vermelhos. O corpo humano produz milhões de glóbulos vermelhos a cada minuto. Essas células não podem se multiplicar adequadamente sem a B-12 podendo levar a quadros de anemiamegaloblástica. Além disso O metabolismo de todas as células do corpo dependedesta vitamina, pois ela desempenha papel na síntese de ácidos graxos e na produção de energia.

Deficiência: A deficiência geralmente causa uma condição chamada anemia megaloblástica. Os sintomas incluem:fadiga, perda de peso, prisão de ventre, perda de apetite, dormência e formigamento nas mãos e pés, problemas de memória e depressão

Pessoas que estão em risco maior de deficiência de B-12:
• Pós bariátrica
• Adultos mais velhos
• Doença celíaca e doença de crohn
• Vegetarianos e veganos
• Mulheres grávidas ou que estão amamentando

Alimentos fontes: carnes, ovos , frutos do mar e laticínios.


Para a nutricionista Adriana Stavro, essas vitaminas compartilhem algumas características, porém cada vitamina do complexo B tem sua própria função, apesar de dependerem umas das outras para uma absorção adequada e melhores benefícios à saúde. Comer uma dieta saudável e variada geralmente fornece todas estas vitaminas que o corpo precisa.

 


Adriana Stavro - Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo. Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein Pós graduada em Nutrição funcional pela VP e em Fitoterapia pela Courses4U.

Instagram -@adrianastavronutri


Por que falar de intestino é essencial antes, durante e após um paciente pegar COVID-19?


Nutricionista e pesquisadora fala sobre a relação entre nosso intestino e a doença

 

O nosso intestino é conhecido como segundo cérebro tamanha importância na nossa saúde e bem-estar. Hoje existem vários estudos em andamento sobre o assunto, e um deles é sobre a nossa a microbiota intestinal, que são organismos - como por exemplo as bactérias - que participam ativamente do cuidado da saúde e na prevenção de doenças. A principal função da nossa microbiota intestinal é proteger a barreira intestinal contra infecções de vírus, bactérias, toxinas geradas pelo estresse intenso e poluição, além de prevenir inflamações das doenças autoimunes. As bactérias do bem (probióticos) que moram no nosso intestino são os responsáveis por isso. 

Mas então, porque é tão importante falar sobre intestino e a qualidade do nosso cocô, principalmente agora com o COVID 19? “Um intestino saudável como uma boa quantidade e qualidade de microbiota, pode ajudar na recuperação e minimizar os efeitos secundários da doença como o estresse e a ansiedade. É o intestino quem produz os hormônios anti-ansiedade e de bem-estar, é dele também o trabalho de diminuir inflamações, ajudando a saúde tanto antes de pegar o coronavírus quanto durante e depois”, esclarece a nutricionista e pesquisadora Aline Quissak. 

Ainda de acordo com a pesquisadora, o intestino é o responsável por absorver os nutrientes da alimentação, sendo eles a matéria prima para formar toda a nossa saúde desde os músculos, a gordura, os hormônios e a nossa imunidade: “Se eu não tenho um intestino funcionando adequadamente e uma mucosa intestinal saudável, não vou ter uma boa absorção de nutrientes, que são nossa matéria prima para uma boa saúde, especialmente ferro, vitaminas do complexo B e a vitamina D.  Também dificulta , a absorção de remédios, quando temos um estômago mais ácido que o normal e um intestino inflamado”. 

Além disso, a microbiota intestinal está ligada à nossa produção e reparação de genes. Estudos recentes mostram que alguns desses genes estão ligados com a intensidade e os efeitos colaterais do vírus, bem como com a recuperação pós infecção. São eles: VDR da vitamina D; o  IL2 de complicações respiratórias; e o IFNG da infeção por vírus da família SARS, como é o COVID 19. Por tais motivos, enfatiza Aline, é tão importante falar sobre a saúde intestinal na pandemia.

 

Sinergia Nutricional – Intestino Feliz 

Mamão já é conhecido por ajudar no intestino, mas você sabe o porquê? Ele tem função laxativa e, além disso, ele possui papaína, uma enzima digestiva que melhora os gases e o processo de digestão de proteínas. Mas, infelizmente, não é para todo mundo que ele tem esse efeito. Alguns pacientes chegam a passar 15 dias sem fazer cocô. Nessa sinergia com o mamão, ao adicionarmos as amêndoas (que tem fibras e gorduras) aumentamos o poder laxativo do mamão em 20,5%. A vitamina E também presente e os antioxidantes, melhoram a absorção de água no intestino, deixando as fezes mais amolecidas, o que também facilita a descida do cocô.

 

A recomendação da nutricionista para essa sinergia: 1/2 mamão, 2 col. de sopa de chia + 2 col. de sopa de amêndoas picadas ou farinha  de aveia acompanhada de  1 xicara de chá de erva doce com 1 col. de chá de gengibre ralado.  Comer pelo menos 3 vezes na semana.

 

Se você tem intestino solto devido à sua ansiedade, mude a sinergia: Tomar 3x ao dia, entre as refeições por 15 dias. 1 col. (sobremesa) de flores de camomila + 3 folhas de hortelã (preferencialmente fresca) +10 folhas de goiabeira. Modo de preparo: Esquente a água até que o fundo da chaleira comece a ficar com bolhas (antes da fervura). Despeje a água sobre a mistura e abafe a xícara por 5 a 8 minutos. Beba em seguida morno

 

Outras ervas para serem usadas nos chás que ajudam na nossa microbiota intestinal e que podem ser variadas a cada 15 dias no nosso dia a dia:

-Camellia sinensis (especialmente Chá preto e Pu-erh), só não indicado se você tem crises de ansiedade;

- Rooibos (muito bom para o estresse);

-Tomilho  (ótimo se você tem ansiedade);

-Uxi amarelo (indicado para miomas, ovário policístico, infecção urinária, inflamação uterina, reumatismo);

- Echinacea (Echinacea spp). para alergias respiratórias;

- Sabugueiro (Sambucus nigra)  Indicado para É indicado para combater o catarro das vias respiratórias superiores, diminuindo muco.

 


Aline Quissak - nutricionista com especializações no Canada e Estados Unidos, pesquisadora científica em alimentos terapêuticos aplicados tanto na saúde quanto em doenças. É especialista em nutrição genética, pacientes críticos, oncologia, psicologia da nutrição e alimentação funcional. Para mais informações acesse suas redes sociais @nutri_secrets e no site http://www.alinequissak.com/combodebemcomavida


Benefícios da massa magra para o organismo

benessere
divulgação
Os benefícios do ganho de massa muscular vão muito além da estética. O tecido da chamada massa magra apresenta uma atividade metabólica mais acelerada do que a do tecido gorduroso e, portanto, quanto maior o aumento da massa muscular, mais acelerado será o metabolismo. Isso porque o corpo continua queimando gordura por muito tempo depois da atividade física, o que impacta positivamente todas as funções fisiológicas do organismo: do sono à eliminação de gordura corporal e controle do colesterol.


Os profissionais Alisson Melo Elifas Rodrigues, nutrólogos da Clinica Benessere compartilham alguns benefícios da massa magra para o organismo:

”Com o aumento da massa magra e a baixa taxa de gordura corporal, o organismo previne o aparecimento de resistência à insulina e diabetes. Estudos realizados pela Universidade da Califórnia apontam que quando há um aumento de 10% na massa muscular no corpo, há uma diminuição de 11% na resistência à insulina, sendo essa taxa maior ainda entre pessoas que não sofrem de diabetes“ comenta Dr Alisson Melo.

O médico ainda destaca outros ótimos benefícios causados pelo impacto do ganho de massa magra no organismo: “Prevenção de doenças cardiovasculares melhor desenvolvimento muscular, qualidade de vida, fortalecimento dos ossos e envelhecimento saudável“, completa.

Dr Elifas Rodrigues reforça o acompanhamento médico para o ganho de massa de maneira adequada ”Cabe ressaltar que é de extrema importância o acompanhamento e orientação do médico nutrólogo nesse processo,  pois para o ganho de massa magra, deve-se manter uma dieta rica em proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis, a fim de obter mais energia e aminoácidos para a construção da sua massa muscular, além de possível recomendação de uso de suplementos para aumento de performance e desenvolvimento dos músculos“ finaliza Dr. Elifas.



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Doença de Batten: diagnóstico precoce é tão importante quanto o tratamento

As Lipofuscinose Neuronal Ceróide (CLN), embora sejam raras, são as doenças neurodegenerativas genéticas mais comuns na infância.


A Doença de Batten costuma se manifestar ainda nos primeiros anos de vida da criança e, por fazer parte de um grupo de doenças neurodegenerativas com sintomas e características diferentes, tem seu diagnóstico, na maioria das vezes, realizado de forma tardia, o que afeta o tratamento e consequente qualidade de vida da criança. Por essa razão, o mês de junho é dedicado para a conscientização e divulgação de informações de qualidade sobre a doença.

A Doença de Batten, também conhecida como CLN2, é um dos 14 tipos conhecidos de Lipofuscinose Neuronal Ceróide (CLN, sigla em inglês). Trata-se de uma doença hereditária, rara, com incidência de 1 para cada 200 mil nascidos vivos[1]. As CLNs são causadas
​​por alterações genéticas envolvendo diferentes genes, que são incapazes de produzir as proteínas necessárias envolvidas no metabolismo de moléculas cerebrais. Como resultado, as células cerebrais (neurônios) sofrem danos progressivos e isso leva ao desenvolvimento de sintomas de acordo com cada faixa etária do paciente, sendo o atraso da linguagem e crises epilépticas seguidos por perda de habilidades motoras e cognitivas já adquiridas as primeiras manifestações clínicas da CLN2[2]:

Até os 3 anos, a principal manifestação é o atraso na linguagem. No entanto, a epilepsia e a regressão neurológica também fazem parte desta fase. Dos 3 aos 5, há piora da regressão neurológica, da epilepsia e há contrações musculares involuntárias, que podem provocar movimentos repetitivos. Até os 12, a criança pode parar de falar e de andar, com necessidade de recursos para auxiliar a caminhar, deglutir e alimentar-se. Além disso, há o aparecimento de demência, alteração no tônus muscular e perda da visão.

Segundo a médica geneticista Dra. Carolina Fischinger, para o diagnóstico correto, além da percepção dos sinais, é importante encaminhar a criança ao geneticista e/ou neurologista infantil, que poderá indicar os passos mais adequados para a investigação da suspeita da Doença de Batten. O diagnóstico precoce pode ser através de exames de sangue que permitem a realização da análise genética e também a análise da enzima deficiente ( atividade da enzima tripeptidil peptidase). Destacamos a importância da detecção precoce sobre a manifestação dos sintomas, para possibilitar melhor qualidade de vida aos pacientes e familiares, pois permite alterar a progressão da patologia e otimizar os cuidados e o aconselhamento genético das famílias[3].

"É importante lembrar que a criança se desenvolve normalmente até o aparecimento dos primeiros sintomas, que, na maioria das vezes, estão localizados na fala, o que leva os pais levarem no fonoaudiólogo. Contudo, ao não encontrarem problemas nas funções comportamentais ou biológicas aparentes, o paciente deve ser encaminhado ao neurologista para avaliação mais aprofundada", explica Fischinger.

A importância da avaliação genética

No caso da CLN2, a doença se desenvolve devido a um distúrbio nos genes e, portanto, quando uma criança é diagnosticada, a família é aconselhada a realizar o teste genético para entender se o gene mutado está presente nos pais.

Segundo a especialista, como acontece em quase toda doença autossômica recessiva, uma criança nascida de pais que são portadores de mutações no gene CLN2, tem 25% de chance de desenvolver a doença de Batten. "Também é possível que irmãos não afetados pela doença sejam portadores do gene causador alterado, mas não irão desenvolver a doença, ou seja, heterozigotos não manifestam sintomas.

Por isso, campanhas de conscientização são mais que necessárias. "Além de falar com a sociedade sobre os sintomas que podem afetar seus filhos, é extremamente importante ressaltar a necessidade do aconselhamento genético e testagem especifica de casais em risco (por exemplo, casais consanguíneos). O diagnóstico e uma intervenção precoce, podem dar mais qualidade de vida aos pacientes", conclui.

Um exemplo de iniciativa está a campanha "Tempo para eles" que conta com ações para a conscientização da doença com o engajamento nas redes sociais, por meio das hashtags #BattenDay e #TEMPOPARAELES. Para saber mais, acesse: https://www.battenday.com

 



BioMarin

 

Referências:

 
[1]Claussen M, Heim P, Knispel J, Goebel HH, Kohlschütter A. Incidence of neuronal ceroid-lipofuscinoses in West Germany: variation of a method for studying autosomal recessive disorders. American Journal of Medical Genetics. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/1609834/
[2]Williams, R.E, Adams, H. R, Blohm, M. Management Strategies for CLN2 Disease. Pediatric Neurology. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28335910/
[3]Razões Para Acreditar. Para a principal causa de demência infantil, o diagnóstico precoce é tão importante quanto o tratamento. Disponível em: https://razoesparaacreditar.com/cln2-diagnostico-precoce-tratamento/ [acessado em: jun de 2021]


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