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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Pix vai provocar melhorias de internet banking?

O internet banking se consolidou no Brasil e no mundo nos últimos 20 anos. Cada vez mais moderna e desenvolvida para facilitar nosso dia a dia, essa ferramenta já faz parte das principais – se não, todas – instituições financeiras por aqui. Mas, apesar da praticidade na hora de resolver as pendências do dia a dia e de permitir monitorar a situação financeira mais de perto, esse serviço ainda está longe de entregar os recursos e a qualidade que poderia ter. E, agora, o mercado financeiro ganha um novo e mais ágil concorrente: o Pix, um novo sistema de pagamentos instantâneos que promete extinguir TED, DOC e emissões de boletos. A grande dúvida é: como os bancos poderão se reinventar diante desse cenário?

A pandemia tornou as pessoas mais dependentes do digital. Até mesmo quem não estava habituado a utilizar o internet banking se viu com a necessidade de pagar uma conta online, fazer uma compra por e-commerce ou acompanhar seu saldo e extrato bancário. Os bancos podem acreditar que, para a maioria de seus clientes, esses recursos mais básicos sejam o suficiente para mantê-los satisfeitos. Mas, como observamos nos últimos anos, a competitividade no mercado financeiro só tem aumentado, com fintechs captando cada vez mais público – especialmente os mais jovens, exigentes e abertos a novidades. É uma concorrência predatória: deixar de inovar significa ampliar a vantagem de quem se propõe a oferecer algo novo ou mesmo a ouvir a demanda latente do consumidor por serviços melhores.

As tentativas são perceptíveis. Muitos bancos estão lançando assistentes virtuais, chatbots, entre outras iniciativas, para tentar melhorar a experiência do cliente, especialmente no que diz respeito à comunicação com a instituição. Mas nada é realmente disruptivo. Há tecnologia disponível para fazer a mudança acontecer, mas é preciso coragem para olhar para o próprio negócio e se propor a reinventá-lo. Por isso, selecionei alguns insights para inspirar e expandir o olhar sobre como o internet banking poderia ser.

 

Rede social para negócios – Imagine que um cliente possui uma conta PJ (Pessoa Jurídica). Ali, estão todos os registros de transações com clientes e fornecedores – portanto, todo o histórico de relacionamento daquela empresa. Transformar esse conteúdo em uma rede social interna poderia facilitar a prospecção de clientes para aquela empresa, assim como possibilitar novos negócios. Classificando a empresa por filtros, como área de atuação e quais insumos são necessários para suas atividades, é possível reunir negócios com interesses em comum, exatamente como um grupo de rede social. Com uma central de notificações, o empresário sabe se alguém interagiu com ele ou se um novo parceiro em potencial acaba de se cadastrar.

 

Mostre o que ele quer ver – A partir do histórico de compras, é possível entender o perfil e os interesses do cliente. Supondo que seja alguém que viaja muito, por exemplo, o banco poderia fechar parcerias com empresas de venda de passagens aéreas e organizar sua plataforma para que ele possa fazer a compra pelo próprio internet banking, facilitando seu dia a dia. No caso de viagens internacionais, o ideal seria já sugerir a compra de moeda estrangeira.

 

Interface líquida – Quando pensamos em UX (User Experience), personalização é um dos pontos principais. Todos queremos ver aquilo que nos interessa primeiro, conteúdos hierarquizados conforme nossas preferências. Com uma interface líquida (ou inteligente), que se altera conforme a interações com o usuário, podemos oferecer uma tela única, feita especialmente para ele.

 

Simulador de financiamento – Se um cliente tem um crédito pré-aprovado, isso precisa estar visível. Mas, além disso, ele precisa ter a autonomia de simular as condições para solicitar esse financiamento. Um simulador de crédito é uma solução simples e que pode trazer ótimos negócios para ambas as partes.

 

Relacionamento – Falar com o gerente da conta não deveria ser algo tão difícil ou burocrático. O internet banking poderia ter um recurso para agendar um bate-papo com o funcionário do banco de acordo com as preferências do cliente. Ele prefere uma conversa por vídeo, chat, WhatsApp ou presencialmente? Uma ferramenta integrada pode organizar tudo na agenda.

A cultura da transformação digital ainda tem muito a avançar em boa parte dos bancos, mas nunca é tarde para buscar a inovação. Entender as demandas dos clientes é o primeiro passo para promover a mudança. Com a equipe certa, investimento e boa vontade, é possível mudar a percepção das pessoas sobre a imagem dos bancos. E, sabemos: cliente satisfeito é cliente fiel.

 


Marcelo Pires - sócio-diretor da Neotix Transformação Digital. Designer de formação, escultor nas horas vagas, trabalha com design aliado à tecnologia há mais de 20 anos. Especialista em usabilidade, é o responsável pela direção de criação de projetos interativos na Neotix, caminhando pelas áreas de tecnologia, inovação, design, UX e transformação digital.

http://www.neotix.com.br/


Diminuir custo ou diminuir risco?

 Já completamos sete meses de distanciamento social e ainda encontramos dificuldades de conversar com algumas empresas para falar sobre atividades voltadas para a redução de risco em seus negócios. Uma das respostas que mais ouvimos é “vamos aguardar esta pandemia passar e no momento ainda estamos focados na redução de custos da empresa”. Então, qual deveria ser a prioridade? Diminuir custo ou diminuir risco?

Nas primeiras semanas de março de 2020 não tínhamos nenhuma referência de situações similares anteriores, muitas empresas viram seu faturamento se reduzir rapidamente e ao mesmo tempo ter que entender a enorme quantidade de regulamentações que surgiram em março e abril: mudança e adiamento de impostos, muitas alterações de legislação trabalhista, renegociação com clientes e renegociação com fornecedores. E ainda organizar a empresa para o Home Office, em muitos casos, de forma improvisada, retirando computadores e mobiliário e enviando para a casa dos colaboradores.

Sem dúvida o gerenciamento adequado dos custos, principalmente os fixos, era essencial para adaptar o fluxo de caixa da empresa e garantir até mesmo a sua sobrevivência. Isso sem falar de custos adicionais para criar produtos e serviços para entrega online, ou o “delivery” de tudo que se possa imaginar: cursos, comida, roupas, consultoria, ginástica, médicos, psicólogos, advogados, coaches e assim por diante.

A atividade empresarial traz consigo uma série de riscos que apresentaram incremento na época de pandemia em função da quantidade de mudanças que foram realizadas e ainda em prazo muito curto. Várias situações ainda vão persistir por muitos meses e as empresas teriam que voltar a sua atenção também à diminuição de riscos, e não somente de custos. No final, riscos mal gerenciados podem levar a sérios problemas de imagem e reputação que impactam no valor da empresa, ou podem resultar em multas ou pedidos de indenizações por parte de terceiros. Como consequência a empresa pode ter que arcar com custos inesperados.

Um dos temas que podem ter sido realçados durante a pandemia é a avaliação de parceiros de negócio. Nossos avós já diziam “Diga-me com quem andas e te direi quem és”! Nada mais válido no mundo empresarial, é fundamental saber com quem fazemos negócios. Um fornecedor estratégico, que esteja deixando de recolher os impostos, pode interromper o fornecimento sem aviso prévio e com graves consequências para a empresa. Ou outro fornecedor de serviço, que tem a sua atividade classificada como trabalho análogo ao escravo e leva este problema para a empresa que o contratou, na maioria das vezes não só problema de imagem mas também multas e indenizações. Será que durante a pandemia a preocupação deveria ser só de baixar os custos dos fornecedores? Ou após o primeiro impacto, os riscos associados aos fornecedores não deveriam estar sendo avaliados para evitar problemas de suprimento ou custos não previstos?

Várias empresas com ideias para adotar o Home Office foram forçadas a implantar a prática sem muito planejamento. E ainda no meio do caminho as autoridades começaram a discutir o adiamento da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Sem dúvida, o risco de vazamento de dados, fraudes e acessos indevidos aumentou muito com o trabalho remoto. E o fato das sanções da LGPD só valerem a partir de agosto de 2021 deu a falsa impressão que as empresas têm mais 10 meses para se adaptarem, ainda que a lei esteja valendo desde 18 de setembro de 2020. Será?

Mesmo antes da LGPD, o Ministério Público e o Procon já haviam obtido indenizações de empresas que comprovadamente tiveram problemas com o vazamento de dados. E nada impede que estes órgãos continuem a trabalhar neste sentido antes do prazo para as sanções da LGPD. Aliás, no dia seguinte de vigência da lei o Ministério Público do Distrito Federal apresentou a primeira ação civil pública baseada na LGPD contra uma empresa de Belo Horizonte por comercializar dados. E na semana seguinte uma juíza de São Paulo multou uma grande construtora em R$ 10 mil pelo vazamento dos dados de um cliente que adquiriu um imóvel na planta.

O Home Office permitiu e permite uma diminuição de custos com a redução de áreas físicas, aluguel mais baixo, redução de energia, condomínio, vale transporte, entre outros custos. E os riscos, foram adequadamente mapeados com esta mudança que pode gerar novas exposições para a empresa? O impacto financeiro do aumento do risco pode consumir esta diminuição nos custos?

E, por fim, os riscos relacionados com a interação com agentes públicos estão latentes por mais que muitos órgãos públicos estejam também trabalhando em Home Office. O governo, nas três esferas, deve ser um dos maiores compradores do Brasil, isso se não for o maior. Pode ser uma oportunidade de uma nova fonte de receita para várias empresas que não tinham este foco de atuação. Os riscos de participar em licitações públicas devem ser mitigados através de processos, controles e treinamento. E o impacto do envolvimento, mesmo que involuntário, em suspeitas de práticas corruptas traz como consequência adicional, além de imagem e multas, as ações penais contra sócios e dirigentes.

As avaliações de custos e de riscos andam em paralelo até por que alguns cortes de custos podem trazer novos riscos para a empresa. Após 7 meses de isolamento social não dá mais para aguardar o final de pandemia e nem pensar somente na diminuição de custos. Já há novas formas de trabalho, novos produtos, novas formas de entrega e consequentemente novos riscos que devem ser avaliados e mitigados para garantir que as operações sejam mantidas e que a empresa preserve o seu valor.

 

 


Sergio Woisky - engenheiro de Produção na Escola Politécnica da USP, com MBA em Finanças pelo Insper e, atualmente, é Sócio Consultor na Comp9. E-mail: sergio.woisky@comp9.com.br

 

Período de pandemia registra aumento do consumo de ultraprocessados no Brasil

População brasileira segue na contramão do Guia Alimentar, que recomenda que esses produtos não devem fazer parte de uma alimentação adequada e saudável

 

Novo estudo do Datafolha encomendado pelo Idec mostra que os brasileiros de 45 a 55 anos estão consumindo mais alimentos ultraprocessados durante a pandemia. O consumo desses produtos nessa faixa etária era de 9% em outubro de 2019 , enquanto em junho deste ano saltou para 16%.

O levantamento feito em junho de 2020 abordou pessoas entre 18 e 55 anos pertencentes a todas as classes econômicas e de todas as regiões do Brasil, e revela que salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados foram os produtos campeões de consumo em comparação com o levantamento realizado em 2019, subindo de 30% para 35%. O segundo lugar no ranking ficou para margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados, cujo consumo subiu de 50% para 54% em 2020.

Analisando as regiões, 57% da população no Sudeste relatou consumir margarina. Em 2019, 50% das pessoas dessa região o fizeram. Em segundo lugar ficaram os sucos de fruta em caixa, caixinha ou lata ou refrescos em pó, com um aumento de 30% para 36% no período. Já na terceira posição ficou o salgadinho de pacote ou biscoito salgado, de 27% para 33%.


Escolaridade e renda

Em relação à escolaridade dos participantes, 33% das pessoas que estudaram até o ensino fundamental consumiram salsicha, linguiça, mortadela, presunto e outro alimento embutido em 2020, enquanto esse consumo era de 24% no ano anterior. Além disso, 51% dos indivíduos com essa mesma escolaridade utilizaram margarina, maionese, ketchup e outros molhos industrializados em seus alimentos neste ano, sendo que 42% os consumiam em 2019.

Já quando analisado o local de moradia da população, revelou-se que o consumo de pelo menos uma fruta diminuiu nos municípios do interior, de 68% para 62%. Além disso, na região Nordeste, a frequência do consumo de pelo menos uma fruta diminuiu de 72% em 2019 para 64% em 2020.


Risco

Os produtos ultraprocessados são reconhecidamente prejudiciais à saúde, por conta do conteúdo excessivo de nutrientes associados a doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade e doenças cardiovasculares, e portanto, o aumento no consumo desses produtos reflete diretamente nas condições de saúde da população.

Outras p esquisas divulgadas também neste ano concluem que o consumo de ultraprocessados aumenta em 26% o risco de obesidade. Além disso, aumenta o risco de sobrepeso, obesidade e circunferência abdominal elevada em 23-34%, de síndrome metabólica em 79%, de dislipidemia em 102%, de doenças cardiovasculares em 29-34% e da mortalidade por todas as causa em 25%.


E ainda querem rever o Guia Alimentar...

O Guia Alimentar para a População Brasileira foi uma das primeiras publicações a valorizar o olhar sistêmico e sustentável para a alimentação, a culinária doméstica e foi reconhecido internacionalmente como o melhor guia alimentar do mundo, servindo de inspiração para outros países, inclusive o Canadá.

Temos o direito de saber o que comemos, como o alimento irá impactar nossa saúde e se a nossa alimentação tem qualidade nutricional. No Brasil, o direito humano à alimentação adequada está previsto em nossa Constituição. Por isso, o ataque do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ao Guia , por meio de uma nota técnica que pediu sua revisão, ameaça esse direito dos brasileiros.

Em vez de cessar a discussão sobre o assunto e considerar o cenário epidemiológico de crescimento vertiginoso das doenças crônicas não transmissíveis - muitas delas com relacionadas diretamente à má alimentação -, no dia 24 de setembro a Ministra Tereza Cristina deu mais uma chance à Secretaria de Política Agrícola ao permitir que o órgão refaça o conteúdo da nota e se embase em dados técnicos antes de ser endossado por ela para seguir ao Ministério da Saúde.


Como funciona a gestão ativa na hora de investir

Para compor um bom portfólio, selecionar os ativos certos é fundamental - Diego Siqueira, CEO da TG Core, explica as vantagens da modalidade


O objetivo da maioria dos investidores é buscar rendimentos acima da média, fator que também os expõem a maiores riscos, daí a importância de fazer boas escolhas. Na gestão ativa – ligada diretamente aos riscos e rentabilidade de um fundo de investimento - a performance da carteira do fundo está diretamente ligada às ações do gestor. “Com liberdade para escolher entre diversos ativos, é imprescindível pesar o gerenciamento de risco e as oportunidades de ganho”, analisa Diego Siqueira, CEO da TG Core.

Apesar da maioria dos fundos estar na modalidade passiva, onde há pouca intervenção dos gestores, esse tipo de ativo tende a proporcionar uma rentabilidade menor. “Ainda que os riscos sejam mais altos, a gestão ativa tem a vantagem de destacar escolhas mais assertivas por parte do fundo, afinal, o gestor analisará com cautela cada um dos títulos e ativos que podem ser adquiridos e vai realizar a aplicação com o capital dos cotistas”, explica Diego.

Como o gestor consegue entender as nuances de mercado e agir de acordo com o cenário, a possibilidade de retornos acima do benchmark, ou seja, dos indicadores de referência para saber se a rentabilidade do fundo está adequada ao mercado, é maior. “Por outro lado, as taxas de administração e performance são maiores, pois os gestores costumam cobrar mais caro para atuar em um fundo de investimento de forma integral”, afirma o CEO.

Antes da aquisição das cotas, é passado ao investidor quais são os fundos que possuem gestão ativa, assim, depois que ele fizer o aporte, será necessário avaliar com cautela os relatórios gerados pela administração do fundo. “Esses documentos devem ser utilizados pelo investidor para entender se as ações tomadas pelo gestor proporcionaram os resultados esperados”, ensina Diego Siqueira. Para quem busca um investimento com maiores chances de alto rendimento, ainda que com certos riscos, a gestão ativa é uma opção a ser considerada.

 

STF e a universalidade do direito das pessoas com deficiência

Reconhecimento da universalidade dos direitos das pessoas com deficiência. Este foi o sentido da recente decisão do Supremo Tribunal Federal que concedeu Habeas Corpus (HC 165.704) coletivo para determinar a substituição da prisão cautelar dos pais e responsáveis por crianças menores e pessoas com deficiência.

Condicionada também às regras processuais previstas no artigo 318 do Código de Processo Penal, a ordem coletiva atinge todas as pessoas presas que tenham sob sua única reponsabilidade pessoas com deficiência.

Decisão semelhante, mas restrita às gestantes e mães de crianças com até 12 anos, já havia sido concedida em 2018, nos autos no Habeas Corpus 143.641 – SP.

Agora, o Supremo Tribunal Federal estende o sentido daquela decisão aos presos que tenham sob seus cuidados as pessoas com deficiência, o que traz concretude aos direitos humanos das pessoas com deficiência, à luz do que dispõem a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo ratificados pelo Brasil.

É importante consignar, ainda, nesta hipótese, a preponderância dos direitos humanos da pessoa com deficiência sobre a prerrogativa do Estado-Administração de manter segregado o familiar exclusivamente responsável pela pessoa com deficiência. Manter-se a situação anterior significaria, na prática, verdadeira transferência de pena do condenado à pessoa com deficiência, porquanto esta estaria impedida de manter consigo acompanhamento familiar e social e, com isso, desenvolver-se.

A decisão judicial, pois, vai ao encontro da atual hierarquia de valores que integram o sistema jurídico nacional e internacional e concede à questão da pessoa com deficiência tratamento digno, voltado à inclusão, ao pleno desenvolvimento de seus direitos de personalidade e à diminuição das barreiras impostas pela sociedade.

A longo da História, a vida das pessoas com deficiência nunca foi fácil. No primeiro momento histórico, caracterizado pela intolerância, decretos de morte eram comuns.

O segundo momento caracterizou-se pela “enfermidade incurável”, impondo às pessoas com deficiência verdadeira hipótese de invisibilidade.

O terceiro momento se caracterizou pelas conhecidas internações em instituições psiquiátricas e se consubstanciaram pela busca pela cura. A deficiência, então, era uma “doença a ser curada’, como define Flávia Piovesan.

E, finalmente, o quarto e atual momento se orienta pelo paradigma dos direitos humanos, com ênfase à inclusão social da pessoa com deficiência no meio em que ela se insere, com vista à eliminação de barreiras culturais, arquitetônicas, atitudinais, físicas e sociais.

Hoje, a deficiência é vista como algo natural e não se restringe apenas à questão biológica, mas conjuga a questão biológica e funcional à das barreiras impostas pela sociedade. Ou seja, quanto maior as barreiras impostas pela sociedade, maior a deficiência.

Conclui-se, portanto, que o conceito biopsicossocial da deficiência impõe à sociedade o dever de diminuir barreiras e envidar todos os esforços para o pleno desenvolvimento da pessoa com deficiência. E é justamente em razão desse dever de diminuir barreiras e ofertar à pessoa com deficiência a possibilidade de desenvolver-se que a Convenção propõe que as famílias, como núcleo natural e fundamental da sociedade, recebam a proteção e assistência necessárias para torná-las capazes de contribuir para o pleno e equitativo exercício dos direitos das pessoas com deficiência.

A decisão do Supremo Tribunal Federal vai ao encontro da atual concepção de deficiência, ao permitir que a pessoa com deficiência não seja prejudicada em seu desenvolvimento pelo encarceramento de seu único responsável. Trata-se de medida de cuidado, essencial aos direitos humanos e à promoção dos direitos e dignidade das pessoas com deficiência para garantir sua participação na vida social, econômica e cultural.

 



Viviane Limongi - mestre e doutoranda em Direito Civil e sócia do escritório Limongi Sociedade de Advogados


Ocasiões de consumo de produtos de cuidados pessoais voltam a crescer no Brasil

Apesar de o setor de Cuidados Pessoais ter sofrido um grande impacto em vários países durante a pandemia, principalmente nas ocasiões fora do lar e de socialização, no Brasil algumas ocasiões de consumo voltam a crescer no segundo trimestre. É o que mostra a Kantar, líder global em dados, insights e consultoria.

O isolamento social nos primeiros três meses do ano fez com que categorias menos utilitárias fossem despriorizadas como maquiagem, banho/cuidados com o cabelo, fragrância, hidratação do rosto/corpo e desodorante, nesta ordem. Já no segundo trimestre de 2020, com a flexibilização do isolamento social, a cesta de Personal Care começou a mostrar indicativo de melhora, com destaque para os consumidores incrementando especialmente a rotina de Higiene Oral. Neste cenário, o uso de produtos de Personal Care após as refeições cresceu 27%. 


  

O abandono do sedentarismo também se transformou em uma oportunidade para as marcas. Três milhões de pessoas passaram a praticar exercícios regularmente no último trimestre (Q2’20), aumentando em 29% a ocasião de uso de produtos de cuidados pessoais antes de fazer exercícios. A prática gerou destaque para o uso especialmente de sabonete líquido, esfoliante e hidratante corporal, xampu e pós xampu. E a justificativa vai muito além da limpeza: atenção às necessidades sensoriais, como nutrição, reparação e busca por maciez.

 


 

Kantar

www.kantar.com/worldpanel

 

Guia para entender os novos jargões da rede social que está dominando o mundo

Pixabay
Especialistas em idiomas do aplicativo Babbel identificaram as novas expressões que compõem o jargão de quem deseja criar conteúdo para a rede social TikTok


Com mais de 500 milhões de usuários ao redor do mundo, o TikTok se tornou a rede social mais usada por crianças e jovens para criar e compartilhar vídeos curtos, originais e criativos. Dentro desse universo, os usuários instalaram seus próprios jargões, com palavras e hashtags próprias que, fora da comunidade tiktoker, têm significados completamente diferentes.

“Faz parte do trabalho do linguista acompanhar as mudanças linguísticas em tempo real, já que a língua é um organismo vivo. Como especialistas, precisamos prestar atenção nisso”, explica David Marín, linguista sênior do aplicativo de idiomas Babbel.

Por isso, uma equipe de especialistas do aplicativo de aprendizagem de idiomas Babbel, líder de mercado na Europa, fez uma seleção das abreviações e expressões mais usadas no universo TikTok.


FYP (“For You Page”)

Em português, literalmente “Para Você Página”, a sigla FYP se refere à página inicial, aquela que todos os usuários veem ao entrar na plataforma. #FYP é uma das hashtags que milhões de jovens usam para que todo mundo que entra no TikTok possa ver o conteúdo que um usuário compartilhou e, dessa forma, conseguir ganhar mais seguidores e engajamento.


Challenge

“Desafio”, em português. Essa palavra é usada em outras plataformas, porém, no TikTok, ela adquiriu ainda mais relevância porque os usuários da rede social, em grande parte, fazem e compartilham coreografias próprias ou de artistas consagrados com a intenção de que elas viralizem e sejam imitadas pela comunidade tiktoker usando a hashtag #challenge. 


Duets

Em português, “duetos”. No TikTok, os "duetos” permitem combinar vídeos de diferentes usuários para gerar um conteúdo novo no formato de tela dividida. Esse recurso possibilita responder de forma especial às publicações de outros tiktokers.


F

Esse termo tem origem no mundo dos videogames. Na série Call of Duty, quando um personagem morre, o console direciona a pressionar a tecla F para que os jogadores possam honrar a morte. A Geração Z se apropriou dessa simples letra e a transportou para o TikTok como uma expressão para quando há um acontecimento triste ou algo não sai como o esperado, por exemplo: “A Ariana Grande cancelou a turnê, F”.


POV (“Point Of View”)

Significa, em português, “Ponto de Vista”. Essa hashtag é muito usada pelos tiktokers que querem encontrar vídeos recriando cenas de uma perspectiva particular ou de determinado ponto de vista com um contexto bem detalhado. 


DC (“Dance Credits”)

O TikTok é a rede social em que as danças e coreografias mais criativas são as protagonistas. O significado em português é “Créditos de Dança”. Essa expressão é usada na plataforma quando alguém imita e compartilha uma coreografia criada por outro usuário. A hashtag #DC é uma forma de dar crédito, mencionando e reconhecendo quem inventou o conteúdo.


Cringe

Esse anglicismo (cuja pronúncia em inglês é parecida com Grinch) tem vários significados, mas, na atualidade, os mais jovens o adotaram para descrever um conteúdo que provoca “vergonha alheia”. Há uma abundância de vídeos e esquetes divertidos na plataforma, porém muitos usuários não conseguem ser tão engraçados quanto gostariam, o que leva seus conteúdos a viralizar com a hashtag #cringe ou #videocringe.


Clean

Em português, “limpo”. Outro anglicismo, este usado para descrever conteúdos delicados e sensíveis.




Babbel - impulsionada por uma missão: todos aprendendo idiomas. Isso significa criar produtos que ajudam as pessoas a se conectarem e se comunicarem entre culturas. Babbel, Babbel Travel e Babbel for Business se concentram no uso de um novo idioma no mundo real, em situações reais, com pessoas reais. E funciona: estudos com pesquisadores da Universidade de Yale, da Universidade da Cidade de Nova York e da Universidade Estadual de Michigan comprovaram que o app faz com que os usuários falem com confiança e em menos tempo do que com métodos tradicionais. O segredo é a combinação de humanidade e tecnologia. Mais de 60.000 lições em 14 idiomas são criadas manualmente por mais de 150 linguistas. O comportamento do usuários é analisado continuamente para moldar e ajustar a experiência do estudante. Assim, o produto está sob constante adaptação de seu conteúdo interativo e podcasts.mComo a Babbel é para todos, sua equipe é tão diversa quanto o seu conteúdo. De Berlim e Nova York, 750 profissionais de mais de 60 nacionalidades criam uma conexão verdadeira com milhões de assinantes pagantes em todo o mundo. Isso é o que faz da Babbel o aplicativo de idiomas mais lucrativo do mundo.

 

Com o aumento de 32% das uniões estáveis na pandemia, advogado explica mitos e faz alerta sobre comunhão parcial de bens

Após seis meses de pandemia do Covid-19 e sem previsão para o fim do isolamento social, os Cartórios de Notas ao redor do Brasil registraram um aumento de 32% nas formalizações de uniões estáveis. O crescimento significativo foi medido entre maio e agosto, possivelmente impulsionado pela necessidade crescente do isolamento social e outros fatores como instabilidade econômica e trabalhista. 


Em números absolutos, os reconhecimentos de união estável em território brasileiro foram de 7.457 em maio para 9.828 em agosto. Muitos casais que nunca haviam pensado em oficializar a relação foram influenciados pelo tempo crescente dividindo o mesmo teto, e a disponibilização do serviço por videoconferência facilitou ainda mais os trâmites legais.

O que a maioria dos brasileiros não sabe, entretanto, é que a necessidade de coabitação é apenas um dos muitos mitos que cercam a legislação da união estável no Brasil. De acordo com Conrado Paulino da Rosa, advogado especializado em família e professor do MeuCurso, o conceito do que configura de fato união estável é muito flexível, trazendo surpresas por vezes desagradáveis para quem não pesquisou a fundo sobre questões de comunhão parcial de bens, por exemplo.

"O problema da união estável no Brasil é que ela tem um conceito muito amplo. A lei no artigo 1723 do Código Civil coloca que é uma convivência pública, contínua, duradoura e com a intenção de constituir família. Existem algumas lendas urbanas a respeito da união estável, e uma delas é que precisa existir coabitação. Não precisa, as pessoas podem morar em cidades diferentes, casas diferentes, e mesmo assim pode ser reconhecida a união estável. A outra lenda é o tempo, que só depois de dois, cinco anos, mas não", explica o especialista, que alerta que os casais precisam ficar atentos para a partilha do que for adquirido durante a união estável, inclusive em relação a bens particulares.

"O que aconteceu depois de março é que aqueles casais de namorados que estavam na zona nebulosa passaram a fazer o confinamento juntos, e, a partir do momento que existe coabitação, existe união estável. Tendo isso, a gente aplica a comunhão parcial de bens, na qual vai se comunicar todos os bens adquiridos na constância do relacionamento. E muitas vezes as pessoas não têm a menor ideia dos reais efeitos dessa comunhão parcial. Na comunhão parcial se comunica também os frutos de bens particulares. Se um deles tem um aluguel que recebe de um bem particular e formar poupança isso será compartilhado, por exemplo. Benfeitoria em bem particular também - às vezes um deles reforma um apartamento e paga sozinho porque o apartamento é da pessoa, e essa reforma também será comunicada", completa.

Para evitar surpresas e separar os bens particulares, o advogado recomenda um contrato simples feito em comum acordo: "O grande problema no Brasil é a insegurança por nós não termos um conceito muito fechado do que vem a ser união estável, então tudo depende das provas produzidas. Para evitar isso, o melhor é que a pessoa faça um contrato ou escritura de união estável. Ou aqueles pessoas que não estiverem morando juntas e se enquadrem apenas no seu entendimento enquanto namorados, existe a possibilidade do contrato ou escritura pública de namoro, uma saída para evitar as comunicações patrimoniais".





Conrado Paulino da Rosa - Advogado especializado em Família e Sucessões.
Pós-Doutor em Direito-UFSC.
Professor da FMP/RS e do MeuCurso


Pesquisa revela: TRIWI apresenta pesquisa exclusiva sobre Representatividade das Mulheres nas Empresas

 Pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 17 de agosto de 2020 com 2.542 empresas dos setores de serviços (53,2%), de indústrias (30,6%) e do comércio (16,1%); as empresas estão nas regiões sudeste (45,2%), centro-oeste (14,5%), sul (17,7%), norte (11,3%) e nordeste (11,3%) e 45,2% das delas possuem mais de 500 funcionários


As mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço e força no mercado de trabalho, mas será que já foi alcançada uma posição, ao menos, igualitária?

Pensando nisso, a TRIWI (www.triwi.com.br) – consultoria em Marketing Digital, apresenta a pesquisa exclusiva “Representatividade das Mulheres nas Empresas”, realizada entre os dias 4 e 17 de agosto de 2020 onde foram entrevistadas 2.542 empresas em todo o Brasil.

A pesquisa visa entender qual a representatividade das mulheres no meio corporativo.  Entre as perguntas, está o questionamento sobre a existência de mulheres negras em cargos de chefia, assim como mulheres com deficiência. Há ainda a indagação sobre grau de escolaridade, espaço para mães no quadro de funcionários e existência de algum canal de denúncia contra violência, entre outras.

“Gostaríamos de usar nossa inteligência em dados para mostrar a representatividade das mulheres no mercado de trabalho. Eu e a minha sócia queríamos trazer a realidade das empresas e o quão elas têm se dedicado para que elas tenham as mesmas oportunidades e condições que os homens, mas infelizmente, a pesquisa nos mostra que ainda existem um enorme abismo na cultura das empresas que precisam ser mudadas – As mulheres ainda não têm a mesma oportunidade que os homens. A pesquisa ainda apontou que as empresas não implementaram nenhum tipo de canal de denúncias de assédio para que elas tivessem algum apoio ou fossem escutadas, ou que tivessem alguma ajuda profissional”, explica Ricardo Martins, CEO e principal estrategista da TRIWI.

A pesquisa apontou que as mulheres ainda têm um longo caminho pela frente. "Ainda há empresas muito tradicionais, em que mulheres não são escolhidas para ocupar cargos de alto escalão, mesmo possuindo as qualificações necessárias", comenta Tricia Martins, Co-Fundadora da TRIWI.

Download do infográfico em PDF, clique aqui.

Dados apurados

A pesquisa abordou todo o Brasil, sendo: 45,2% das empresas entrevistadas do Sudeste, 17,7% do Sul, 14,5% do Centro Oeste, 11,3% do Norte e 11,3% do Nordeste.

Quanto ao segmento das empresas, 53,2,% são do segmento de Serviço, 30,6% Indústria e 16,1% Comércio.

O percentual de mulheres nas empresas ainda é baixo, revelando a desigualdade entre os gêneros. Apenas 27,4% das empresas entrevistadas contam mais de 51% do quadro de funcionários representado por mulheres e 53,2% das empresas contam com até 30%. Esta pergunta mostra a realidade do mercado de trabalho e a necessidade de as empresas em ter políticas mais eficazes quanto a participação das mulheres.

Quando perguntado sobre o percentual de mulheres negras na empresa a pesquisa aponta que 46,8% das empresas entrevistadas contam com apenas 10% do quadro de funcionárias representado por mulheres negras. Seguido pelo alarmante resultado que 24,2% das empresas não contarem com mulheres negras no quadro de funcionários.

A pesquisa apontou ainda que 69,4% das empresas entrevistadas não contam com colaboradoras mulheres com alguma deficiência física.

Sobre mães no mercado de trabalho, a pesquisa apontou que 35,5% das empresas possuem pelo menos 10% do quadro de funcionários de mães. Seguido por 32,3% das empresas que possuem entre 11% a 30% delas.

Outra questão abordada foi qual o percentual de mulheres que ocupam o cargo de chefia. A pesquisa revelou que 27,4% das empresas entrevistadas não possuem mulheres em cargo de chefia e 32,3% das empresas contam com até 10% de mulheres no comando.

A pesquisa ainda confirmou que 48,4% das empresas entrevistadas as mulheres ganham menos que os homens. Apenas em 3,2% das empresas as mulheres ganham mais que os homens e em 19,4% das empresas as mulheres ganham iguais aos homens.

Ainda foi perguntado se as empresas possuem algum canal exclusivo de denúncias relativo a assédio: A maioria absoluta respondeu que não há nenhum canal e que 9,7% apontaram que há este canal na empresa.

Apesar de todos os desafios, a pesquisa apontou que o nível de escolaridade das mulheres nas empresas é alto, 79% das empresas entrevistadas contam com mulheres com nível superior ou acima.

A entrevista abordou empresas de todos os portes, 22,6% das empresas entrevistadas contam com mais de 1.000 funcionários, 22,6% entre 501 a 1.000 funcionários, 17,7% entre 201 a 500 funcionários, 9,7% entre 51 a 200 funcionários, 12,9% entre 11 a 50 funcionários e 14,5% entre 2 a 10 funcionários.

Segue infográfico:

 

 

Mutilações Subjetivas: Holocausto Escolar

Indignar-se! Envergonhar-se! Esperançar-se! Já dizia o poeta Walter Franco, “viver é afinar o instrumento (que somos nós!), de dentro pra fora, de fora pra dentro”. Essa afinação é suscetível de traumas, pequenos ou grandes, inerentes ao processo de interação humana e que confere as cicatrizes da alma, o caráter singular e subjetivo de cada pessoa. Trata-se de uma história invisível, poucas vezes perceptível, mas que integra a identidade e ajusta o olhar personalizado sobre as coisas do mundo, no mundo. A qualificação da subjetividade humana advém das relações sócio-culturais que estabelecemos com as pessoas e é remodelada, por meio dessas relações, constantemente.

Esse contexto confere ao ofício docente a necessidade de transcender o eixo técnico e teórico, inerente à qualidade de ser profissional: profissionalidade, promovendo a constante intersecção com o eixo ético e relacional, próprio da qualidade de ser pessoa: pessoalidade. Espera-se, portanto, que os profissionais da educação desenvolvam uma sensibilidade aguçada para identificar resíduos subjetivos das relações escolares, que sejam potenciais mutiladores da natureza humana, atualmente nominados de bullying, a fim de intervir de forma indignada, explicitando a fratura moral – vergonha – diante do abuso identificado e resgatando, com isso, a “boniteza” do verbo “esperançar”, tão bem defendida por Paulo Freire como a capacidade de se encharcar de esperança, alimentando as expectativas positivas em relação a si próprio e aos que o cercam. 

Temos como atuação precípua, no interior das escolas, conter e inibir situações que flagelem o princípio da educabilidade, resguardando as melhores condições para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, com ações intencionais, coerentes e sensíveis, que permitam inteirar-se do olhar do outro e, por conseguinte, das suas necessidades, para colocar-se a serviço. Afinal, como fazer vistas grossas diante da perversidade que emana da transferência de energias desqualificadas nas relações humanas, a partir do momento em que somos conscientes de que a qualidade da interação entre as pessoas é um fator de desenvolvimento e um princípio de aprendizagem?

Sendo assim, para organizar as atividades escolares em favor da aprendizagem é basilar que se valide a qualidade dos vínculos, das relações - pois a indiferença coloca o combustível da vida na reserva. Cada professor tem o dever de construir um espaço relacional e vincular onde, cada um, em especial, se reconheça. E mais: onde a identidade coletiva ancore a singularidade, assegurando o viço, gerador de energia para a construção do sentimento de pertencimento. Ouso falar em uma conexão capaz de promover a vida ao acolher a energia de cada um que esteja conectado. Porém, para identificar todas as faces dessa conexão, somente um olhar sensível e profissional – sofisticado - que se entenda a serviço da qualificação das relações, esteio do processo de humanização. Um cultivador de relações fluidas, um construtor de sentidos, ou seja, um professor!

 


Acedriana Vicente Vogel - diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.

 

Eleições americanas: o que muda para os estrangeiros?

 

Especialista tira dúvidas sobre o que pode mudar na política de imigração 

 
Faltando uma semana para a eleição dos Estados Unidos, quase 60 milhões já votaram antecipadamente no país americano. O número equivale a 43% de todos os votos da eleição de 2016. Mas será que a entrada de um novo governante ou a reeleição do atual pode alterar a política de imigração de um país? Barrar a entrada de estrangeiros depende de uma muitos fatores e também de um presidente, que pode já ter pré-estabelecido uma série de exigências para permanência de pessoas de outras nacionalidades.

Na avaliação da advogada de imigração da TS Immigration Fernanda Cortes, não existe previsão de que qualquer possível restrição se aplique as pessoas que receberam convites profissionais e exercem atividades consideradas essenciais. “O que acontecerá depois das eleições é muito especulativo. Mesmo que alguma regulamentação seja implementada, esse tipo de restrição não costuma alterar os vistos de trabalho para os que tenham recebido uma oferta de emprego de alguma empresa americana. Também não impede a chegada de trabalhadores em áreas consideradas prioritárias, como saúde e segurança”, alerta a especialista.

Os profissionais de saúde estão em alta. No ano passado, a Associação de Colégios Médicos Americanos (AAMC, na sigla em inglês) estimou que, até o ano de 2030, haverá um déficit de 121 mil médicos nos EUA. No final de março, o Departamento de Estado dos Estados Unidos publicou em seu site um comunicado em que incentiva médicos e enfermeiros estrangeiros a trabalharem no país, em troca de um visto de permanência, que pode se estender por até 7 anos.
 
A ocasião é uma valiosa oportunidade de migrar legalmente. “O visto EB-NIW, por exemplo, atende a esse interesse nacional e concede o Green Card definitivo para o profissional. Existem muitas pessoas qualificadas no Brasil e que podem atender uma demanda extremamente solicitada em outro país”, reitera.
 
A estimativa mais recente do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) é de que haja mais de 3 milhões de brasileiros morando no exterior. Desses, um milhão e quatrocentos mil estão somente nos EUA, sendo 300 mil só no estado da Flórida. Muitos escolhem investir nos Estados Unidos por fatores ligados a segurança, oportunidades de trabalho, universidades e hospitais mais modernos.




 
TS Immigration
https://www.tsimmigration.com/

 

Cate tem mais de 1.000 oportunidades de emprego na capital

Cerca de 300 vagas temporárias na área de serviços compõem as oportunidades da semana 
  

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo realiza processo seletivo com 1.216 vagas de emprego nesta semana em diversas áreas como serviços e comércio. Para quem busca uma recolocação neste fim de ano, o Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo disponibiliza entre as ofertas de trabalho 330 oportunidades, com salários entre R$ 1.190 e R$ 2.000. As inscrições ocorrem até o dia 28 de outubro, às 18h, por meio do site www.bit.ly/vagasnocate.
  
As vagas temporárias, que permitem a geração de renda na reta final de 2020, são para o cargo de auxiliar operacional de logística. Estão abertos 300 postos com remuneração de R$ 1.190. É necessário possuir o ensino médio completo. São 90 dias de trabalho com possibilidade de contratação ao fim desse período. Carga e descarga de caminhão, separação de encomendas e organização dos produtos são algumas das atividades que serão exercidas. 
  
As oportunidades de fim de ano ainda contemplam a função de cartazeiro com 19 vagas - salário de R$ 1.340. A escolaridade requerida pela empresa contratante é ensino médio completo e seis meses de experiência. Os selecionados irão ser contratados por três meses, ficando responsáveis por confeccionar cartazes, anunciar promoções e divulgar preços, entre outras atividades. O Cate ainda disponibiliza vagas temporárias como gesseiro, pedreiro, pintor, marceneiro, entre outras, – ganhos entre R$ 1.742 e R$ 2.000.   
  
Aos que buscam oportunidades como atendente há 267 postos vagos no Cate - ganhos de R$ 829 até R$ 1.366. A escolaridade varia entre o ensino fundamental incompleto até o ensino médio completo. A maioria dos postos é para trabalhar em lanchonetes realizando o atendimento do cliente, além da organização da loja, montagem de pratos, entre outras. Há chances em todas as regiões de São Paulo. 
 
Na área de vendas são 112 vagas, com destaque para a comercialização de produtos e serviços por operadores de telemarketing. Esses profissionais encontram 70 postos, sendo que cinco são destinadas para pessoas com deficiência, com salário médio de R$ 1.000. A maioria das posições exige ensino médio completo e conhecimento na atividade. O colaborador irá trabalhar na região leste ou central, nos bairros de Itaquera e da Barra Funda. Já para consultor de vendas são 13 ofertas, com ordenado de até R$ 1.500. É exigido o ensino médio completo e, em alguns casos, seis meses de experiência. 
 
O segmento de confecções também fará processo seletivo pelo Cate com 50 vagas para costureira com experiência em máquina reta, overloque e modelagem – salário de R$ 1.500. Vai ser exigida, no processo seletivo, a comprovação de escolaridade de no mínimo o ensino fundamental, que pode estar em andamento.
 
Na região metropolitana, há oportunidades para eletricistas com 80 vagas e remuneração de R$ 1.377. A escolaridade mínima é ensino médio completo e seis meses de experiência na área. Os selecionados deverão executar serviços de corte, ligação nova e realizar avaliação técnica etc. 
 



Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho

 

PORTABILIDADE NUMÉRICA - SÃO PAULO ultrapassa 20,75 milhões de trocas de operadoras de telefonia em 12 anos

Brasil realizou mais de 62 milhões de trocas de operadora no mesmo período


Há 12 anos, no Brasil, usuários de telefonia móvel e fixa podem migrar de operadora sem alterar o número de identificação dos acessos. Nesse período, 62,23 milhões de transferências foram realizadas.

De acordo com o relatório trimestral da ABR Telecom (Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações), Entidade Administradora do serviço no Brasil, desde setembro de 2008, quando o serviço passou a ser oferecido no País, até o dia 30 de setembro de 2020, foram efetivadas 17,95 milhões (29%) de migrações por usuários de telefones fixos e 44,27 milhões (71%) a partir de iniciativa de titulares de números de terminais móveis.

A portabilidade numérica começou a ser implantada gradativamente nos 67 DDDs em operação no País a partir de setembro de 2008 e as migrações foram possíveis, em todo o território nacional, em março de 2009.

Portabilidade numérica em São Paulo – Desde que a portabilidade numérica passou a fazer parte dos serviços telefônicos dos DDDs 11 a 19, os usuários desta área realizaram 20,77 milhões de ações de portabilidade numérica. O equivalente a 5,65 milhões (27%) solicitações foram feitas por usuários de telefones fixos e 15,12 milhões (73%) para telefones móveis.  

Terceiro trimestre no Brasil – Considerando apenas o terceiro trimestre de 2020 (julho a setembro), a ABR Telecom apurou que 2,22 milhões de trocas de operadoras foram concluídas. Nesses três meses, 334,94 mil (15%) migrações foram feitas por usuários de terminais fixos e 1,88 milhão (85%) demandadas por titulares de telefones móveis.

Trimestre em São Paulo – De acordo com a apuração entre os telefones atendidos pelos DDDs 11 a 19 o relatório mostra a efetivação de 746,23 mil solicitações de portabilidade numérica entre os meses de julho a setembro deste ano. Os usuários de telefones fixos respondem por 95,78 mil (13%) transferências e os de móveis, por 650,45 mil (87%).

Regulamento - A portabilidade numérica é realizada entre prestadoras de Serviço Móvel Pessoal (SMP) e Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) conforme a Resolução 460/2007 da Anatel. O modelo de portabilidade numérica no Brasil, definido pelo Regulamento Geral da Portabilidade (RGP), da Anatel, determina que as trocas devem ser solicitadas pelos usuários sempre dentro do mesmo serviço, isto é, de móvel para móvel ou fixo para fixo, e na área de alcance do mesmo DDD.

Prazos - A partir do momento em que o usuário solicita a transferência de operadora comunicando à empresa para onde deseja migrar, a efetivação acontece em três dias úteis ou após esta data, quando o usuário quiser agendar. Caso o usuário desista da migração e decida permanecer na operadora que presta o serviço, dispõe de dois dias úteis, após a solicitação de transferência, para suspender o processo de migração em andamento.

Para fazer a portabilidade numérica

Entre os critérios que devem ser observados, no momento de solicitar transferência de operadora, o regulamento da portabilidade numérica orienta:

- Informar à operadora de telefonia que recebe o pedido, o nome completo;
- Comprovar a titularidade da linha telefônica;
- Informar o número do documento de identidade;
- Informar o número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda, no caso de pessoa jurídica;
- Informar o endereço completo do assinante do serviço;
- Informar o código de acesso;
- Informar o nome da operadora de onde está saindo.

Consultas - Acompanhe o movimento de pedidos e efetivações de transferências da portabilidade numérica conforme o DDD e a data de início do serviço, pelo site da ABR Telecom

Neste endereço também há um sistema de busca para identificar a qual operadora pertencem os números de telefones, consulte aqui.

 

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