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segunda-feira, 27 de julho de 2020

Campanha orienta população sobre importância do atendimento precoce

Iniciativa do Movimento Floripa Sustentável e da Associação Catarinense de Medicina traz depoimentos de médicos sobre o que fazer diante dos primeiros sintomas da Covid-19

 

O atendimento logo aos primeiros sintomas da Covid-19 pode salvar muitas vidas, especialmente neste momento de crescimento exponencial no número de casos e de óbitos em Santa Catarina. Por isso, com o objetivo de informar a população sobre as novas orientações do Ministério da Saúde, o Movimento Floripa Sustentável e a Associação Catarinense de Medicina (ACM) lançaram, nesta segunda-feira (27), uma campanha nos veículos de comunicação, com depoimentos de médicos sobre a importância do imediato acolhimento do paciente que apresente os sinais do novo coronavírus.

 

A campanha traz gravações com os médicos Antônio Cesar Cavallazzi (pneumologista), João Ghizzo (ex-secretário da Saúde de SC), Luiz Alberto Silveira (ex-secretário da Saúde de Florianópolis) e Anastácio Kotzias Neto (conselheiro titular por SC no Conselho Federal de Medicina).

 

“Queremos contribuir na defesa da vida, levando à sociedade e autoridades informações essenciais sobre como enfrentar o grave quadro da pandemia em Santa Catarina e por que, diante da realidade dos números, é urgente aplicarmos de fato a mudança nas orientações frente aos primeiros sintomas, devendo ser recomendado o acolhimento precoce. O alerta é feito por entidades e centenas de profissionais da saúde”, explicou Zena Becker, presidente do Movimento Floripa Sustentável, formado por 44 entidades da sociedade civil.

 

Para o presidente da ACM, Ademar José de Oliveira Paes Jr., o combate à pandemia precisa ser feito sobre três pilares: assistência médica, inteligência de dados e comunicação. “A assistência médica é a atenção à saúde, com toda a estrutura necessária, como equipamentos, equipes preparadas, leitos, testes, entre outras coisas essenciais; com os dados, podemos analisar cada momento e planejar as ações; com a comunicação, devemos ter um discurso unificado, que garanta às pessoas o direito a serem bem informadas, atendidas e saberem sobre os tratamentos. Com isso, passaremos mais segurança à sociedade”, defendeu.

 

Criada pela agência Doc.Sync Floripa, a campanha foi realizada com a participação da ZIG Filmes, TumDum e DOT, em um trabalho totalmente voluntário. Destinada à TV, rádio, jornal, frontlight e mídias sociais, conta ainda com o apoio das empresas de comunicação que veiculam as peças educativas.  



Assista os vídeos aqui

 

 

PROJEÇÕES

 

Levantamento do Social Good Brasil (SGB), que apoia o Governo do Estado, Ministério Público e Tribunal de Justiça de forma voluntária e gratuita para o desenho e construção de oito produtos de inteligência de dados, incluindo  o banco de dados dos casos de Covid-19, mostra que no dia 18 de julho o número de casos confirmados em Santa Catarina foi de 52.531. Em 26 de julho, foi de 68.730, o que significou um aumento de 16.199 casos, com crescimento de 30,83% em nove dias. No mesmo período, também houve um aumento expressivo no número de óbitos registrados por Covid-19. O número de óbitos até 18 de julho foi de 662 e, em 26 de julho, 907, representando um aumento de 245, com crescimento de 37,00% em nove dias.

 

No teste do modelo epidemiológico em 21 de julho, no cenário de Rt (taxa de transmissibilidade) de 1,36, a projeção de óbitos para 26 de julho era de 913 e o número de óbitos registrados foi de 907, ou seja, estima-se que Santa Catarina esteja com Rt aproximado de 1,36. Caso siga este cenário, é possível que ocorram mais 1.222 óbitos em três semanas, chegando a 2.129 em 16 de agosto.

 

Veja mais aqui: https://socialgoodbrasil.org.br/modelo-epidemiologico/


 

O QUE É O ACOLHIMENTO PRECOCE? 

 

Envolve a recepção, o atendimento, a proteção, o amparo e, sobretudo, o diagnóstico logo nos primeiros sinais e sintomas da doença. O protocolo de atendimento deve prever a realização de exames laboratoriais e, se necessário, tomografia computadorizada, com o monitoramento e o acompanhamento da evolução da doença. 

 

No lugar de encaminhar o paciente para casa e recomendar o isolamento, precisa haver o monitoramento e o acompanhamento da evolução da doença pelas Secretarias de Saúde. Conforme o Ministério da Saúde, que modificou suas orientações em no dia 9 de julho, as pessoas devem buscar atendimento médico aos primeiros sintomas. 

 

O Conselho Federal de Medicina, o Conselho Regional de Medicina/SC e a Associação Catarinense de Medicina já conferiram autonomia ao médico para logo no início dos primeiros sinais e sintomas da doença iniciar o tratamento, evitando que o quadro se agrave. Sempre com a decisão do paciente e com a autonomia do médico.

 

 

QUAIS OS DIREITOS DA PESSOA COM SINTOMAS DE COVID-19?


 

1) Atendimento médico ambulatorial.

 

2) Realização dos exames laboratoriais indicados para avaliação do quanto a Covid-19 pode estar comprometendo sua saúde, além de tomografia computadorizada e exames complementares, se for o caso. 

 

2) Ser informada sobre as  opções de tratamento disponíveis, mesmo que ainda não tenham estudos padrão ouro de comprovação de eficácia. O médico e o paciente podem decidir mediante avaliação dos riscos.

 

3) Ser informada que o tratamento tem que ser personalizado de acordo com a condição de saúde do paciente, prescrito e acompanhado por um médico.

 

4) Receber os medicamentos prescritos pelo médico para seu caso.

 

5) Ao monitoramento e o acompanhamento da evolução da doença.

 


SINAIS E SINTOMAS LEVES


Anosmia: Perda do olfato, impossibilidade de sentir cheiros.

Ageusia: Perda do sentido do paladar, do gosto. 

Coriza.

Diarreia.

 

Dor abdominal.

 

Febre.

 

Mialgia: Dor muscular

 

Tosse.

 

Fadiga: Cansaço, canseira.

 

Cefaleia: Dor de cabeça.

 

 

SINAIS E SINTOMAS MODERADOS

 

Tosse e febre persistente diária; ou tosse persistente e piora progressiva de outro sintoma relacionado à Covid-19 - adinamia, prostração, hiporexia (diminuição do apetite), diarreia -; ou pelo menos um dos sintomas acima e presença de fator de risco.

 

 

SINAIS DE GRAVIDADE

 

Síndrome respiratória aguda grave – síndrome gripal que apresente dispneia/desconforto respiratório; ou pressão persistente no tórax; ou saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente; ou coloração azulada de lábios ou rosto.                                 

 

 

Ficha técnica da campanha

 

Criação: Doc.Sync Floripa

Diretor de criação:  Daniel Kfouri

Redação: Barbara Bergamasco

Direção de arte: Eduardo Carranque

Atendimento: Manuela Feltrin

Aprovação: Zena Becker

Direção dos filmes: Fernando Klepzig

Direção de fotografia: Rogerio Xavier

Direção e edição de áudio: Murilo Valente

Trilha sonora: Renato Casca

Locução: Marcello Trigo

Produtora de áudio: TumDum

Produtora de vídeo: ZIG Filmes

Produtora digital: DOT

Coordenação geral: Roberto Costa

 

 

Julho Amarelo: especialista alerta para os riscos das hepatites virais

Vacinação e testagem são as principais formas de combate à doença

  

A campanha ‘Julho Amarelo’ foi criada para reforçar as formas de prevenção e combate às hepatites virais. Com diferentes tipos e sintomas, elas são responsáveis por muitas mortes no mundo. Por isso, a Organização Mundial da Saúde instituiu, há 10 anos, o dia 28 de julho como o Dia Mundial de Combate à Hepatite. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 1999 e 2018, existiram mais de 632 mil casos confirmados de hepatites virais no Brasil e, entre 2000 e 2017, foram registradas mais de 70 mil mortes devido às doenças, 76% delas ligadas à hepatite C.

Apesar dos números, o médico infectologista Rogério de Jesus Pedro, do Vera Cruz Hospital, em Campinas, afirma que a hepatite B, que é sexualmente transmissível e que pode passar da mãe para o feto na gravidez, durante e após o parto, é o tipo mais preocupante da doença. “Cada hepatite possui diferentes sintomas, formas de transmissão e de tratamento. O tipo B é preocupante, pois possui alto índice de transmissão. Quando aguda pode passar despercebida, porque a doença é assintomática ou os sintomas não chamam a atenção. Outra particularidade é que a maioria dos pacientes elimina o vírus e evolui para a cura definitiva. Em menos de 5% dos casos, porém, o vírus conhecido como VHB persiste no organismo e a doença torna-se crônica”, explica. De acordo com ele, a cada 100 pessoas, 90 se curam da doença.

Mas, segundo o especialista, a hepatite B crônica também pode evoluir sem apresentar sintomas que chamem a atenção durante muitos anos. “Isso não indica que parte dos infectados possa desenvolver cirrose hepática e câncer de fígado no futuro. Na maioria das vezes, porém, quando os pacientes procuram o médico, já há sinais de insuficiência hepática crônica”, completa.

Por isso, o infectologista reforça a importância da vacinação no primeiro ano de vida. “As vacinas de hepatites A e B estão no Calendário Nacional de Vacinação e são fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É importante alertar também a sociedade que depois dos 40 anos a imunização perde a sua eficácia. O ideal é fazer exames preventivos anualmente e checar se as vacinas foram tomadas ou não”, afirma.

 

Hepatite C


Os levantamentos que apontam a maior quantidade de mortes relacionadas à hepatite C, transmitida pelo sangue, devem despencar na próxima década, segundo o infectologista. “A ideia é nos próximos anos simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e fortalecer o atendimento público. Muitas pessoas estão com o vírus da hepatite C e não apresentam nenhum sintoma, então diagnosticar e tratar essas pessoas é a forma mais rápida de erradicar a doença”, explica o médico.

Segundo o especialista, o número ainda é alto, pois não existe vacina para esse tipo da doença, que possui um vírus muito severo e comum entre usuários de drogas injetáveis e que costumam compartilhar seringas, por exemplo. Mas, o médico alerta que quem recebeu transfusões de sangue, fez cirurgias ou tatuagens antes de 1998 deve realizar o teste para hepatite C. “Foi apenas a partir desse ano que foram implementadas medidas de identificação do vírus para evitar transmissão de material contaminado”, aponta.

 


 Hospital Vera Cruz


Covid-19 interrompe década de queda em leitos de internação no SUS

 

Cerca de 22,8 mil novos leitos de internação – aqueles destinados a quem precisa permanecer num hospital por mais de 24 horas – foram habilitados nos últimos meses pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil para atender pacientes confirmados ou com suspeita de infecção por Covid-19. Segundo informações apuradas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), é a primeira vez, em pelo menos dez anos, que esse tipo de infraestrutura volta a aumentar no País.

 

Para a autarquia, no entanto, o aumento, que está diretamente relacionado à situação de pandemia, tende a oferecer aos brasileiros que dependem do SUS uma retaguarda provisória e temporária. Com o fim da pandemia, a expectativa é de que estes leitos, muitos deles nos chamados hospitais de campanha, voltem a ser desativados – a exemplo do que já tem sido constatado em estados como Pernambuco, São Paulo e outros.

 

"Por anos alertamos sobre essas distorções. Enquanto os gestores – ao longo de diferentes governos - seguiam fechando leitos, milhares de brasileiros aguardavam, e ainda aguardam, na fila do SUS para realizar uma cirurgia eletiva, por exemplo”, lembra o presidente do CFM, Mauro Ribeiro. Segundo ele, a abertura de novos leitos seria um passo importante rumo ao equilíbrio entre a capacidade de atendimento e a necessidade daqueles que dependem do SUS.

Na sua avaliação, espera-se que essa medida, aparentemente pontual e temporária, seja o início de uma verdadeira mudança para a assistência hospitalar na rede pública, com a manutenção do total dos leitos habilitados, ou ao menos parte deles, para assegurar melhor atendimento para brasileiros com outros agravos de saúde, que aguardam por atendimento.

 

O ritmo de queda nos leitos de internação foi interrompido entre fevereiro e março deste ano, período em que foi publicada a Portaria nº 237/SAES/MS, de 18/03/2020, que permitiu a habilitação de leitos de internação hospitalar para atendimento de pacientes com Covid-19. Com a baixa no número de casos de contaminação pelo novo coronavírus em diversos estados, no entanto, a tendência é de que novamente os leitos voltem a cair no País.

  

Estados e capitais – Durante o período em que estiveram abertos, é possível verificar que essa infraestrutura fez a diferença na rede hospitalar de muitos lugares. Em termos percentuais, os estados de população menor se destacam com maior salto no número de leitos desde fevereiro deste ano. Em Roraima, por exemplo, a rede pública passou de 1.064 para 1.439 leitos (aumento de 35%), grande parte deles na capital Boa Vista.

 

Amapá também passou de 953 para 1.152 leitos (21% a mais), assim como Sergipe, que teve o incremento de 353 leitos no período (15%). Em números absolutos, os estados que mais habilitaram leitos de internação no último ano foram São Paulo (5.354), com ênfase na capital, onde quase foram abertos quase 1.800 novos leitos; Pernambuco (2.697), também em função do aumento de 1.155 unidades somente na capital; e Minas Gerais (2.525).

 

Na contramão da tendência nacional, somente duas unidades da federação possuem hoje menos leitos do que o número registrado em fevereiro: Santa Catarina (-134) e Tocantins (-13). Entre as capitais, somente Cuiabá perdeu 116 leitos de lá para cá. Palmas mantem o mesmo número de leitos de internação no período.

 

Confira a evolução de leitos por ESTADO e CAPITAL

 

O 1º secretário do CFM, Hideraldo Cabeça, acredita que o atual cenário ainda revela a face negligenciada do SUS, mas avalia que é possível reverter esse quadro com a adoção de medidas efetivas. “Sufocados com o congelamento da chamada Tabela SUS, muitos hospitais, sobretudo os filantrópicos, fecharam leitos ou até mesmo as portas nos últimos anos. Esperamos que os gestores tomem a experiência com a Covid-19 como lição para a necessidade de organizarem e aprimorarem suas estruturas hospitalares”, destacou.

 

 

Aumento ainda não consegue zerar perda de 40 mil unidades ao longo de dez anos

 

Apesar do aumento de leitos de internação durante os últimos meses, conforme demonstra levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), a autarquia revela que a oferta desse serviço no País é menor do que os parâmetros registrados em janeiro de 2011. Considerando os números atuais, o País possui ainda menos 18,2 mil leitos do que os registrados naquele período.

 

Sem o incremento dos 22,8 mil leitos abertos entre fevereiro e junho desse ano, em princípio apenas para atender os pacientes com Covid-19, esse déficit seria de quase 41 mil leitos públicos. Em janeiro de 2011, o País dispunha de 335 mil deles para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS). Em janeiro de 2020, o número baixou para 294 mil. Hoje, esse contingente é de 317 mil unidades.

 

“Como em diversas outras áreas da realidade brasileira, as desigualdades regionais mostram-se marcantes também na distribuição de estabelecimentos, serviços e equipamentos de saúde”, pondera Donizetti Giamberardino, 1º vice-presidente do CFM. Segundo ele, as razões para a queda no número de leitos são bastante conhecidas, mas refletem, sobretudo, o histórico subfinanciamento da saúde pública, que hoje “impacta direta e negativamente a assistência hospitalar”.

 

Acumulado - Entre as regiões, a queda acentuada ao longo de 10 anos analisados (janeiro de 2011 e janeiro de 2020) é percebida no Sudeste, onde quase 25 mil leitos foram desativados. O volume representa uma redução percentual de 19% em relação à quantidade existente na região em 2011. O Nordeste também perdeu significativo número de leitos durante o período: cerca de 9.500. Sul (-3.802), Centro-Oeste (-2.463) e Norte (-522) perderam relativamente menos, em números absolutos.

 

Outra constatação é que enquanto os 163 milhões de brasileiros que dependem exclusivamente do SUS perderam cerca de 12% dos leitos públicos, as redes suplementar e particular aumentaram em 4% o número de unidades no mesmo período.

 

Ao todo, 20 estados elevaram o montante de leitos na rede "não SUS" – destinada aos que possuem planos de saúde ou conseguem pagar por uma internação com recursos próprios. Apenas Rio de Janeiro e Pará sofreram decréscimos significativos neste setor: menos 5.442 e 582 leitos de categoria, respectivamente.

 

Dentre as especialidades mais afetadas no período, em nível nacional, constam psiquiatria (-19.690), pediatria clínica (13.642 leitos), obstetrícia (-7.206) e cirurgia geral (-4.008). Já os leitos destinados à clínica geral, ortopedia e traumatologia, oncologia e saúde mental foram os únicos que sofreram acréscimo superior a mil leitos na última década.

 

Estados e capitais – Os números apurados pelo CFM mostram que 20 estados e 19 capitais brasileiras perderam leitos na rede pública nos últimos dez anos. Só no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, 11.055 leitos foram desativados. Na sequência, aparece São Paulo (-8.031 a menos) e Minas Gerais (-5.168). Na outra ponta, sete estados apresentaram evolução positiva no cálculo final de leitos SUS.

 

Entre as capitais, foram os cariocas os que mais perderam pública (-4.455), seguidos pelos paulistanos (-1.178) e curitibanos (-1.078). No entanto, pelo menos cinco delas conseguiram elevar o indicador em mais de cem leitos SUS, com destaque para Porto Velho (407 a mais), Cuiabá (330) e Boa Vista (284).

 

Confira a evolução de leitos por ESTADO e CAPITAL 

 

Ginecologista alerta sobre os principais sinais da Pré Eclampsia na gestação


 A hipertensão é responsável por 13,8% das mortes maternas no Brasil


A pré-eclâmpsia ocorre quando uma mulher grávida tem pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg) a qualquer momento após a sua 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a hipertensão é responsável por 13,8% das mortes maternas no Brasil, sendo a principal causa de morte durante a gravidez no país. Quase 76 mil mães e 500 mil bebês no mundo perdem suas vidas por causa da pré-eclâmpsia e distúrbios hipertensivos na gestação todos os anos. É a causa de 25% das mortes maternas na América Latina e aparece entre 5% e 7% das grávidas brasileiras.

A pré-eclâmpsia é uma doença que pode aparecer tanto na gestação quanto no pós-parto, caracterizada por aumento da pressão arterial associado a alguma disfunção de órgãos (rim, fígado, cérebro),  presença de proteína na urina ,  inchaço nas pernas  e as vezes retenção de liquido .Este quadro pode ser controlado até bebê estar pronto para o parto

Para o Ginecologista e Obstetra Dr. Domingos Mantelli, a pré-eclâmpsia (pressão alta na gravidez) é algo que preocupa muitas gestantes, afinal, pode colocar em risco tanto ela quanto o bebê.   Saiba quais são os sinais mostrados pelos corpo da mulher quando ela está com esse problema:


- Pressão arterial elevada;


- Presença de proteína na urina;


- Náuseas;


- Dor de cabeça;


- Inchaço nas pernas e retenção de líquido;


- Fadiga;


- Aumento de peso repentino.

Por serem sintomas muito parecidos com os que ocorrem durante a gestação é complicado de diagnosticar a pré-eclâmpsia sem os exames adequados.  De acordo com o Dr. Domingos Mantelli, tem mulheres que apresentam o problema, mas não percebem ou até
mesmo nem apresentam sintomas, o que pode agravar a situação, por fazer um diagnóstico tardio. “Se essa condição não for tratada, pode provocar uma eclampsia e causar a morte da mamãe e do bebê,” alerta o médico.

 


Imagem:Divulgação

 

Dr. Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra - CRM-SP 107.997 | RQE 36618 - autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição. Dr. Domingos Mantelli tem pós-graduação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica, e em Medicina Legal e Perícias Médicas.  

 

Como encontrar propósitos em meio à crise?

Especialista em psicologia positiva ensina 5 dicas para você criar o seu propósito de vida e alcançar realizações

 

O mercado de trabalho sofreu um grande impacto com a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Para se ter uma ideia, estima-se que o número de horas de trabalho perdidas no segundo semestre de 2020 seja equivalente a 400 milhões de empregos em período integral.

Os dados do relatório da Organização Internacional do Trabalho das Nações Unidas são mesmo impactantes. Sobretudo para os milhares de profissionais que perderam sua principal fonte de renda de uma hora para outra.

Apesar de dificuldades, após o impacto da notícia negativa, o que se viu por aí foi muita gente enfrentando a situação - algumas vezes, usando a criatividade a seu favor. Teve quem abriu um novo negócio, aprendeu uma habilidade diferente e, até mesmo, migrou para outra área de atuação. Para todas essas pessoas, a palavra de ordem, portanto, foi “reinventar-se”.

Mas como isso é possível, afinal? De acordo com Flora Victoria, por meio da criação de propósitos de vida. “Procurar maneiras de fazer a diferença de uma forma diferente é uma resposta humana natural quando enfrentamos adversidades. Eventos imprevisíveis como o que estamos vivendo podem realmente inspirar as pessoas a mudar e crescer, colocando-as no caminho do propósito”, explica a mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia.

 

Você tem um senso de propósito?

Segundo a especialista, nós não precisamos nos preocupar em encontrar um único propósito. “É possível ter propósitos em diferentes áreas da vida. Basta cultivá-los, por meio de ação e reflexão. Como a felicidade, o propósito não é um fim, mas uma jornada e uma prática. Isso significa que é possível você pensar que tipo de pessoa e profissional deseja ser nesse momento. No entanto, claro, é necessário agir para chegar até lá”, pontua Flora, que ainda lista 5 maneiras de descobrir um propósito:


  • Seja curioso

Tudo começa com a leitura. O hábito de ler nos conecta a pessoas, ideias e informações que não conhecíamos. Então, passe a apreciar desde livros até reportagens de revistas especializadas e sites de notícias. Encontrar conteúdos que são importantes para você pode ajudá-lo a ver o que importa em sua própria vida.

Mas descobrir um propósito não é apenas uma busca intelectual. Você também precisa sentir e estar atento ao que acontece no seu bairro, na sua cidade, no seu país e no mundo. Às vezes, a necessidade de outra pessoa pode nos levar a chegar a um propósito. Isso fica evidente quando você vê alguém que passou a oferecer um produto ou serviço que fazia falta em determinada região. Sabe o que eles fizeram? Observaram uma necessidade e partiram para a ação.


  • Crie laços de parceria

Muitas vezes, também podemos encontrar um plano de vida nas pessoas ao nosso redor. É possível criar em um projeto comum em família, como montar um novo negócio, por exemplo.

Dê uma olhada nas pessoas que lhe cercam. O que você tem em comum com elas? O que eles estão tentando ser? Que impacto você observa que elas têm no mundo? Esse impacto é positivo? Se as respostas para essas perguntas não o inspirarem, talvez seja necessário criar mais conexões - e, com isso, um novo propósito pode chegar.


  • Cultive emoções como admiração, gratidão e altruísmo

A admiração, por si só, não lhe dará um propósito na vida. Porém, ela ajuda a você se sentir motivado. Quando vemos como os outros tornam o mundo um lugar melhor, ficamos mais animados a retribuir com algo. É aí que a gratidão e o altruísmo entram em jogo. Curiosamente, essas emoções parecem trabalhar juntas para gerar significado, pois estão neurologicamente ligadas, ativando os mesmos circuitos de recompensa no cérebro.

Em um experimento, pesquisadores designaram aleatoriamente alguns participantes para escrever cartas de gratidão. Mais tarde, essas pessoas relataram um senso de propósito maior.


4)   Ouça o que as outras pessoas apreciam em você

Agradecer pode ajudá-lo a encontrar seu propósito. Mas isso também ocorre ao ouvir o que as pessoas dizem sobre você. Muitos artistas, escritores e músicos contam como a apreciação de outras pessoas alimenta o trabalho e produz energia para criar.

Como você poderia ajudar a vida de outras pessoas?  O que você faz de especial? Quais são os elogios mais recorrentes que você recebe? Para trilhar esse caminho, pense quais habilidades você domina e gostaria de aperfeiçoar. Quem só cozinhou por hobby até agora pode começar uma carreira na gastronomia. E o melhor: trabalhando com algo que dá prazer!


5)   Relembre sua história

O propósito geralmente surge da curiosidade sobre sua própria vida. Quais obstáculos você encontrou? Quais pontos fortes ajudaram você a superá-los? De que forma suas competências permitiram melhorar a vida dos outros?

Ao fazer uma narrativa de sua própria vida, você entende melhor as suas experiências. Um estudo publicado no Journal of Happiness Studies descobriu: aqueles que veem significado e propósito na vida são capazes de contar uma história de mudança e crescimento no qual conseguiram superar os obstáculos que encontraram.  Em outras palavras, criar uma narrativa ajuda a ver suas forças e como a aplicação delas pode fazer a diferença, o que aumenta o senso de autoeficácia.


Finalmente, é hora de partir para a ação!

Flora Victoria, que também é Embaixadora da Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit, explica como colocar esse aprendizado em prática. “Primeiro, pense em cada um dos pontos mencionados. Depois, anote quais propósitos surgiram a partir das reflexões propostas. Por fim, escolha um deles por vez e trace um plano de ação com metas realizáveis. É importante detalhar a data de início e a previsão de término de cada uma delas”, finaliza.

 

Aprofunde-se ainda mais nesse assunto

Para contribuir com o aprendizado das pessoas nesse momento de dificuldades, Flora Victoria decidiu presenteá-las com o seu mais novo livro: “O Tempo da Felicidade”.

Lançado em março pela HarperCollins, uma das maiores editoras do mundo, a obra é um sabático para repensar a vida, priorizar os seus objetivos e se renovar.

Quem estiver interessado em temas como felicidade, bem-estar e florescimento, pode receber o livro gratuitamente em casa pagando apenas a taxa de envio.

Basta acessar a página e reservar o exemplar enquanto durarem os estoques. 

 

Terminal de autoatendimento substitui o crachá, realiza medição de temperatura pelo pulso e checagem inteligente de uso de máscara

O terminal de autoatendimento pode ser integrado ao controle de acesso para liberar apenas a entrada de pessoas sem febre e com máscara de proteção


Com o retorno de algumas atividades, os estabelecimentos devem se responsabilizar pela medição da temperatura dos clientes e pela obrigatoriedade do uso de máscara. A tarefa tem sido delegada para seguranças e recepcionistas que ficam expostos ao vírus quando não é necessário. A Teleinfo Soluções anuncia para o mercado brasileiro o Self Checking, terminal de autoatendimento que confere a temperatura dos clientes pelo pulso - o que é mais assertivo - e só libera a entrada após a verificação do uso de máscaras através da tecnologia de reconhecimento facial quando integrado ao controle de acesso.

O sistema realiza a medição da temperatura através de um sensor termoelétrico infravermelho enquanto identifica se o usuário está usando máscara, em caso negativo, a solução reproduz um alerta de voz para solicitar que o acessório seja colocado para evitar contaminações. Toda a operação demora cerca de 0,2 segundos e o totem pode atender até 30 pessoas por minuto - evitando filas na entrada, mas assegurando a segurança de todos.

“Quando integrada a um sistema de Controle de Acesso, em caso de Condomínios, Empresas e Indústrias, o sistema de reconhecimento facial dispensa o uso de cartões de acesso ou chaves e libera automaticamente a entrada de funcionários e moradores ao mesmo tempo em que identifica casos de febre, um dos sintomas de alerta para a Covid-19. A solução armazena até 10 mil faces e possui taxa de reconhecimento de 90% com máscara e 99% sem”, explica Luciana Cartocci, Diretora Executiva da Teleinfo.

Com a vantagem de não necessitar contato físico e de possuir tamanho compacto e fácil instalação, o terminal de autoatendimento e checagem é recomendado para Hospitais, Comércios, Escolas e Faculdades, Condomínios, Clubes, entre outros cenários. O sistema ainda pode funcionar parcialmente, apenas com a medição da temperatura ou somente com o reconhecimento facial, se adaptando à diversas funções e demandas.

A tecnologia à prova de futuro garante o uso da solução mesmo pós-pandemia, o terminal possui recursos técnicos biométricos para o Reconhecimento Facial, que pode ser integrado à um sistema de controle de acesso mediante estudo, tem a função de vídeo porteiro com comunicação bidirecional de áudio e vídeo com a  opção da abertura remota da porta controlada e também pode sem integrado à sistemas de CFTV através do protocolo ONVIF, tornando-se uma câmera de segurança gravando remotamente os acessos.

 



Teleinfo Soluções

www.teleinfo.com.br


No Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, Seconci-SP alerta sobre o diagnóstico precoce da doença

No mundo, nove em cada dez pessoas afetadas pela doença não sabem que a têm

 

Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, entre 1999 e 2018, foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 632.814 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 26,4% são referentes aos casos de hepatite A, 36,8% aos de hepatite B, 36,1% aos de hepatite C e 0,7% aos de hepatite D. Diante deste cenário, esta terça-feira, 28 de julho, é considerada o Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais e o Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil) aproveita a data para alertar sobre a importância do diagnóstico da doença.

De desenvolvimento silencioso, apresentando sintomas apenas em estados mais avançados da patologia, a hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus e bactéria, ou pelo uso excessivo de medicamentos, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Segundo o gastroenterologista da entidade, dr. Moacir Augusto Dias, hoje, os tipos B e C afetam 325 milhões de pessoas no mundo e nove em cada dez portadores da doença não sabem que a têm.

“A hepatite é a segunda causa de morte entre as doenças infecciosas, atrás apenas da tuberculose. A orientação para prevenção e para o diagnóstico precoce é essencial para dar início ao tratamento, evitando uma possível evolução para estágios mais severos que causam sequelas irreversíveis, podendo até levar ao óbito”, explica.

 

Tipologias do vírus, tratamento e prevenção da doença

A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus, denominados pelas letras A, B, C, D e E. Os vírus A e E são provenientes do contágio fecal-oral, geralmente relacionados a condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos. Já os vírus B, C e D são transmitidos pela relação sexual desprotegida ou por compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha ou demais objetos que furam ou cortam.

Quando manifestados, os sintomas são confundidos com os de uma virose, como cansaço, febre, mal-estar, vômitos e enjoos. Às vezes, o paciente não desenvolve sintomatologia, mesmo portando o vírus. Icterícia (pele e olhos amarelados), acolia fecal (fezes mais claras) e colúria (urina mais escura) também são outros sintomas comuns da doença.

Atualmente, existem vacinas para os tipos A e B – sendo esta última também eficaz para o tipo D. Somente na China há disponível a vacina para a hepatite E. “Quanto às demais tipologias do vírus, a prevenção segue sendo o não compartilhamento de materiais, como alicates de unhas e seringas, uma correta higienização das mãos e alimentos antes do consumo, além do acesso a uma rede de esgoto adequada aos padrões de higiene”, explica o dr. Moacir.

A maioria dos pacientes diagnosticados no início da patologia não necessita de medicação, se restringindo apenas ao repouso absoluto, boa alimentação e hidratação. Quando a doença está em um estágio mais avançado, dependendo da hepatite, é necessário o uso de medicamento. “Quanto antes o diagnóstico, menor será a chance de o paciente desenvolver cirrose hepática e até mesmo um câncer no fígado, no caso dos tipos B e C. A hepatite C, por exemplo, a mais danosa, pode ser tratada com antirretrovirais, até a carga viral se tornar negativa”, completa o médico.

No Seconci-SP, trabalhadores que recorrem à entidade com sintomas da doença são encaminhados para avaliação clínica, além de realizarem o teste sorológico, que permite identificar a presença de todos os tipos de hepatite viral. Em caso de exame positivo, os especialistas direcionam o trabalhador ao tratamento mais adequado.


Mitos e verdades sobre o desvio de septo nasal

Problema é considerado comum, mas ainda gera muitas dúvidas entre pacientes

 

Você certamente conhece alguém que já teve de ser submetido a uma cirurgia para corrigir o desvio do septo nasal. Ainda que seja um procedimento comum, o problema ainda desperta muitas dúvidas em pacientes, inseguros em relação a possíveis cicatrizes, ao pós-operatório e à necessidade da cirurgia.

Para elucidar essas e outras questões, a otorrinolaringologista Cristiane Mayra Adami, do Hospital Paulista, elaborou o tira-teima a seguir, com os mitos e as verdades sobre o desvio de septo nasal:


MITOS

- Quem tem desvio de septo sempre deverá operá-lo

A cirurgia de desvio de septo é muito comum: oito em cada dez brasileiros apresentam o problema. No entanto, nem sempre o desvio de septo é sintomático. Ou seja, nem sempre o paciente sente o nariz entupido e a obstrução nasal. Consequentemente, não são todos os casos de desvio de septo que requerem intervenção cirúrgica. Essa avaliação deve ser feita por um médico otorrinolaringologista.

A cirurgia de correção do septo nasal é indicada quando o paciente tem sintomas como a obstrução nasal ou sinusites recorrentes. Essa série de crises ocorre porque o septo é desviado de um jeito que fecha as entradas e saídas de secreção dos seios da face. O paciente começa a reter muita secreção e desenvolve a sinusite. Portanto, a indicação cirúrgica ocorre quando o desvio é obstrutivo e o paciente tem sintomas de nariz entupido, que dificultam sua respiração. O mandatório para a indicação é a sintomatologia do paciente ou algum desvio tão grave em crianças que possa causar uma deformidade facial.


- A cirurgia de desvio de septo deixa cicatriz

A cirurgia não requer corte externo e não deixa cicatriz. Atualmente, é muito comum a cirurgia através de vídeo endoscopia. O procedimento é feito pelo nariz, através das narinas. Por fora, sequer parece que o paciente passou por uma cirurgia.


- A cirurgia gera mudança na estética do nariz

Uma cirurgia de correção de desvio de septo, que é diferente de um procedimento estético, não muda a forma do nariz. Não há mudança externa, apenas interna para promover uma respiração melhor.


- O procedimento cirúrgico só pode ser feito em adultos

A cirurgia do desvio de septo pode ser feita em qualquer idade, dependendo da indicação e da deformidade que pode estar causando. Para a maioria das pessoas, recomenda-se operar após a fase de crescimento, ou seja, da adolescência em diante. A partir daí, já cessou o crescimento, o osso nasal já está definido. Podemos, então, fazer uma cirurgia e não tem risco de o desvio voltar depois. No entanto, a cirurgia é indicada para algumas crianças quando o desvio é tão grave que pode iniciar uma deformidade facial. Neste cenário, é melhor correr o risco de ter que operar novamente esse paciente lá na frente do que deixar essa criança crescer com alguma deformidade na face. Há casos em que se opera aos 4, 5 anos de idade, mas isso não é comum.


- Após a cirurgia, o paciente não precisa mais de acompanhamento médico

É muito importante ter um acompanhamento pós-cirúrgico nos anos seguintes, principalmente os pacientes que têm rinite alérgica e rinite à mudança de temperatura, pois é importante fazer uma manutenção deste nariz. O septo fica retinho, não entorta de novo, quando já se é adulto, a não ser que tenha um trauma, uma causa externa. No entanto, a mucosa do nariz precisa de cuidados.

O nariz não é só o septo nasal. Os cornetos, popularmente chamados de carne esponjosa, também são responsáveis pela obstrução nasal. Inclusive, é muito comum que o paciente faça a septoplastia junto com a turbinectomia, que seria a correção do septo nasal mais a remoção parcial dos cornetos. Quem tem rinite tem que cuidar dessa mucosa, porque ela estará sempre exposta ao que provoca rinite, podendo causar uma irritação, uma inflamação, um edema, um inchaço dessa mucosa, gerando desconforto.

Não é só operar e sumir. É muito comum que os pacientes operem, fiquem bem, sumam e não cuidem da rinite. Depois de um tempo, acabam voltando ao consultório, pois não fizeram a manutenção do nariz. É muito importante um acompanhamento com o otorrino nos anos posteriores para saber se está tudo bem, principalmente com o fator rinite.



VERDADES

- A cirurgia de desvio de septo utiliza anestesia geral

Sim, é um procedimento considerado invasivo, pois exige internação e anestesia geral. Por isso, é preciso realizar, antes da cirurgia, avaliação cardíaca, de sangue, de pulmão e do anestesista. No entanto, o período de internação é curto e não passa de 24 horas. Alguns médicos preferem que o paciente passe a noite no Hospital após a cirurgia, mas não é uma regra. É possível internar, operar e ir embora no mesmo dia.


- O desvio de septo pode voltar quando se opera muito cedo

Sim, pois a pessoa ainda não teve o pico de crescimento. O osso continua crescendo e pode continuar se desenvolvendo com o desvio. Tudo depende da real necessidade da cirurgia. Em casos extremos, opera-se mais cedo, porém já é avisado que futuramente poderá ser necessário operar novamente.


- O pós-operatório é muito essencial no sucesso da cirurgia

Os cuidados do pós-operatórios de uma cirurgia de desvio de septo são muito importantes. O sucesso do procedimento depende muito de um pós-operatório bem feito e respeitado, pois a região do nariz sangra com muita facilidade. É preciso fazer um repouso relativo, em que não haja esforço físico, já que os vasinhos do nariz estão cicatrizando e podem se romper, causando hemorragia.

Deve-se evitar também a exposição excessiva a temperaturas altas, ao calor, ao Sol e a comidas e banhos muito quentes. Isso deve ser feito nas primeiras semanas, pois a média de cicatrização de uma cirurgia do nariz é em torno de dois meses. É importante enfatizar também que é muito importante evitar qualquer tipo de trauma na região. Ou seja, evitar bater o nariz ou tomar uma bolada, por exemplo.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Especialista fala como aspectos emocionais podem elevar os acidentes de trabalho

Com a pandemia, Dia Nacional da Prevenção ao Acidente de Trabalho será celebrado com novos desafios


De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de acidentes de trabalho, atrás apenas de países como China, Índia e Indonésia. Esse ano, no Dia Nacional da Prevenção ao Acidente de Trabalho, 27 de julho, as empresas do país, principalmente os profissionais de segurança e saúde ocupacional (SST), têm uma responsabilidade ainda maior: além de atuarem no combate aos vírus, precisam manter a saúde e os aspectos emocionais de todo o time em dia, minimizando os riscos de ocorrências.

Segundo o levantamento do Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, a cada 3 horas e 40 minutos morre um trabalhador em decorrência de acidentes de serviço. Os números da Previdência Social registram cerca de 700 mil casos de acidentes ocupacionais no país.

Resultantes de diversos fatores, o que ocupa lugar de destaque como causa de acidentes de trabalho é o fator humano, que compreende as características psicossociais do trabalhador, atitudes negativas para com as atividades prevencionistas, aspectos da personalidade, falta de atenção, entre outros comportamentos.

“O que algumas pessoas desconhecem é que os aspectos emocionais estão ligados diretamente à segurança dos colaboradores. Com a incerteza e medo do cenário atual, muitos ficam mais estressados e ansiosos, podendo influenciar no desempenho profissional, na capacidade de concentração, raciocínio e memória, aumentando o risco de acidentes”, explica a psicóloga Nayara Teixeira, gerente técnica na MAPA Avaliações.

Outro aspecto elencado pela especialista é que a ansiedade, medo e o estresse no trabalho também podem levar a problemas comportamentais, incluindo abuso de álcool e drogas. “Alguns transtornos provocam alterações cognitivas e neurofisiológicas, fazendo com que o colaborador apresente certa confusão em relação à realidade, inclusive na diminuição da percepção de risco e perigo iminente, contribuindo para o aumento de risco de acidentes”, ressalta a especialista.


Colaboradores que atuam nos serviços essenciais

Alguns setores da economia são essenciais para a sociedade e não podem parar, são os chamados serviços essenciais. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) ressalta a importância de se aumentar a conscientização sobre a adoção de práticas seguras nos locais de trabalho e o papel que os serviços de segurança e saúde ocupacional desempenham.

“Para esses colaboradores e empresários, a sobrecarga é ainda maior, pois, além da pressão sobre as incertezas mundiais, soma-se o medo de estarem expostos aos riscos no ambiente. Nessas empresas, a equipe de Segurança do Trabalho deve estar ainda mais alinhada e atenta sobre os aspectos físicos e emocionais”, explica a psicóloga da MAPA.


Identificado os riscos por meio de dados

Com o teste MAPA é possível fazer uma avaliação individual de cada colaborador, permitindo considerar suas características e competências de forma contextualizada, bem como os indicadores de risco de acidente. “Com o resultado, conseguimos visualizar, em indicadores, as características pessoais que podem prevenir ou contribuir, em menor ou maior grau, com o envolvimento do colaborador em acidentes”, comenta.

Segundo a psicóloga, os indicadores dizem respeito aos acidentes causados por um comportamento caracterizado como precipitado e/ou negligente, considerados os principais motivos causadores de falha humana. “Além disso, são verificadas estratégias de enfrentamento, que permitem aos colaboradores lidar com as adversidades do trabalho e se proteger da exposição ao risco”, finaliza Nayara.

 


MAPA


Olhar deve ser atento para combater a anemia entre gestantes e bebês

Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que um terço das mulheres em idade reprodutiva no mundo estão anêmicas

 

O momento de distanciamento social pode ser útil para uma reflexão sobre os hábitos alimentares e um dos aspectos importantes é ficar atento a quantidade de ferro que é consumida, especialmente quando se trata de gestantes e bebês. Os dados mais recentes no Brasil mostram que a anemia atinge cerca de 20 a 30% das crianças. Há variações conforme a região do país e a causa mais frequente é a anemia pela deficiência por ferro. Por conta disso, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) reforça a importância dos pais estarem atentos a isso.

“A anemia é um problema global que exige atenção desde o pré-natal com a gestante, durante o aleitamento materno e na alimentação complementar fortificada com o devido acompanhamento pediátrico. Além disso, promover o aleitamento materno exclusivo é importantíssimo e quando este não for possível, o uso adequado de fórmulas para lactantes e não o leite de vaca.”, explica o médico nutrólogo pediátrico e diretor da SPRS, Matias Epifanio.

O efeito da anemia acontece no crescimento podendo comprometer o desenvolvimento cerebral. Outros fatores são relacionados com habilidades cognitivas, capacidade motora e aspectos comportamentais. Em 2018, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou uma diretriz sobre o consenso considerando mais que uma doença, uma urgência médica.

No Brasil os dados relacionados a anemia variam muito pelos aspectos regionais, mas a maior parte dos casos concentram-se em crianças menores de 3 anos e gestantes. O conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) para anemia é quando ocorre um desvio dois numerais abaixo do esperado, dos níveis de hemoglobina circulante no sangue. Os parâmetros são determinados conforme a idade e outros fatores como sexo, gestação, altitude, entre outros.

“A avaliação clínica em muitos casos não é suficiente. As vezes para uma detecção precoce é preciso um olhar da evolução da criança desde o pré-natal, alimentos complementares, vínculo de aleitamento materno, entre outros aspectos, finaliza Matias.

O consenso sugere a suplementação que todo recém-nascido a termo de peso adequado, deve receber do 3o mês de vida até os 24 meses de vida 1 mg de ferro elementar por quilo a cada dia. Há diferenciações se o bebê nasceu abaixo do peso ou pré maturo sendo indispensável a consulta ao pediatra para o correto acompanhamento.

As carnes e alguns órgãos, como o fígado, apresentam alta densidade e biodisponibilidade de ferro. Alguns vegetais também apresentam quantidades razoáveis de ferro, porém sua biodisponibilidade pode ser menor. Os elevados requerimentos fisiológicos de ferro na primeira infância tornam a criança especialmente vulnerável à anemia por deficiência de ferro durante os dois primeiros anos de vida. Neste sentido, atenção especial deve ser dada ao período de amamentação e à posterior fase de introdução de alimentos complementares, quando deverá ocorrer a introdução oportuna, correta e apropriada dos alimentos ricos em ferro.

 


Marcelo Matusiak


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