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segunda-feira, 1 de junho de 2020

A transformação digital é para todos?



A transformação digital veio a galope com a pandemia de Covid-19. Segundo a Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), esse fenômeno vai movimentar R$ 465,6 bilhões até 2023. A entidade destaca algumas tendências tecnológicas com mais previsão de aportes, como IoT, Inteligência Artificial, Big Data e Analytics. Mas esse tipo de tecnologia é uma possibilidade para todas as empresas?

Infelizmente, não vejo que as mais de 6 milhões de micro e pequenas empresas do Brasil estão aptas à transformação digital. Os motivos vão da falta de cultura digital, orçamentos limitados para projetos digitais e até dificuldade na escolha de um profissional ou de uma empresa para a orientação correta e a implantação do processo de transformação digital.

A cultura digital exige estudo, tempo e requer dedicação das empresas. Elas precisam ser digitais agora, caso queiram sobreviver à crise. Se a direção da empresa não possui conhecimentos profundos das questões relacionadas ao seu posicionamento digital, é preciso estudar. O Sebrae possui diversos cursos interessantes, por exemplo. As ações de modernização têm que partir dos diretores, que devem estimular o envolvimento de todas as áreas.

Depois, a ordem é planejamento! Entenda que a internet pode e deve ser utilizada como uma plataforma para gerar negócios e que transcende ser só o novo canal de veiculação dos seus produtos e/ou serviços. Portanto, considere que as informações e ofertas que serão divulgadas devem resolver os anseios e as necessidades dos seus clientes – e não aqueles que você pensa que seu negócio precisa.

Estude seu público, definindo perfis psicográficos e demográficos. Relacione todas as certezas, dúvidas e suposições sobre sobre os seus produtos e/ou serviços, buscando transformar as suposições em conhecimento. Desenvolva conteúdo capaz de transformar seu público-alvo em cliente. Defina os fatores que o aproximam das soluções que você pensa em desenvolver e fortaleça-as no anúncio. Faça testes e ajustes constantemente.

Vários tipos de negócios adotaram o atendimento por WhatsApp como estratégia de vendas. Os aplicativos de delivery têm permitido dar continuidade a muitas atividades, beneficiando também consumidores. Já as empresas prestadoras de serviços, dependendo do segmento de atuação, têm como alternativa oferecê-lo in loco, para não fecharem as portas.

As empresas que dispõem de mais recursos recorrem à contratação de profissionais de internet ou ainda fornecedores específicos. Nesse ponto, a capacidade de investimento da empresa é decisiva. O orçamento, muitas vezes, deve ser significativo para resolver as questões digitais. Mas, antes de investir, é preciso estudar muito para entender o que cada solução pode trazer de benefícios, bem como a complexidade para implementá-la. Analise casos de mercado e busque recomendações sobre as contratações de profissionais e empresas fornecedoras. Isso minimizará os riscos e os impactos em seu negócio.

Existem algumas soluções gratuitas ou que exigem um baixo investimento, como as plataformas de construção de sites institucionais, como o Webflow, Squarespace e os mais conhecidos Wix e Wordpress. Assegure-se de estudar a empresa que você irá contratar, procurando por referências dos serviços prestados. Se os seus projetos envolverem desenvolvimentos específicos, que não têm soluções prontas no mercado, busque por tecnologias de baixo custo e abertas, como a linguagem de programação PHP, com banco de dados MySQL ou qualquer outro de código aberto. Além da enorme quantidade de profissionais e empresas existentes no mercado, o custo é relativamente baixo, se comparado com outras tecnologias, como a Microsoft.

Mas isso não garante sucesso, porque tudo depende do quanto o conceito do digital é assimilado pela sua estrutura interna. Por exemplo: empresas com longo histórico off-line normalmente apresentam uma grande resistência interna quanto à inovação e à digitalização, e promover essa mudança de cultura não é fácil, nem tem uma receita de bolo.

Ainda que existam grandes corporações há anos atuando no digital, muitas ainda adequaram seus sistemas e plataformas para absorver as novidades do mercado. Agora, veem-se obrigadas a construir novas soluções digitais do zero, em razão de novas tecnologias. É importante ter em mente que além de estudo e investimento, o digital exige atualização constante.

Por fim, é possível concluir que as restrições provocadas pela pandemia geraram uma nova consciência empresarial. A demanda de projetos de transformação digital deve aumentar muito nos próximos meses. A Neotix sempre desenvolveu seus projetos tendo a inovação como carro-chefe. Hoje, nossos esforços estão ainda mais focados na preparação da equipe, com especializações e treinamentos capazes de oferecer aos nossos clientes os melhores resultados. São tempos novos e estamos preparados para proporcionar experiências incríveis aos clientes e às empresas que nos contratam.






Fernando Rizzatti - sócio-diretor na Neotix Transformação Digital. Tecnologia aplicada ao mundo dos negócios é a essência de sua trajetória profissional, de mais de 25 anos, sempre aliada à inovação que agrega valor. Da indústria de transformação, passando pelo segmento financeiro e de economia mista, tem habilidades para entender necessidades e encontrar soluções. Acredita em equipe e união de talentos. Adora música e a inspiração para compor.  Dirige a Neotix como quem compõe uma sinfonia. Cada nota é fundamental.



O ‘novo normal’ da indústria 4.0



Os desafios para a sociedade brasileira, para a economia mundial e, em especial para a indústria, são muitos. No entanto, temos que nos reinventar para enfrentar essa fase que se instala com a disseminação da pandemia da Covid-19. E a indústria 4.0 é um dos caminhos para adentrar nesse estágio do ‘novo normal da indústria’ ainda mais fortalecida. Dados apontam a quarta revolução industrial como uma oportunidade para o País. A indústria representa hoje menos de 10% do Produto Interno Brasileiro (PIB) e o Brasil ocupa a 69º posição no Índice Global de Inovação. Ou seja, temos um mundo exponencial para avançar e ganhar espaços cada vez maiores.

Um primeiro e importante olhar é entender como definir a quarta revolução industrial. Há vários conceitos considerados como Internet das Coisas (IoT), robótica, simulação, segurança cibernética, manufatura aditiva, realidade aumentada, machine learning, cloud, virtualização, interfaces digitais, big data, ciência de dados, tecnologias integradas, enfim, há um espectro de conceitos tecnológicos muito amplo.

Na minha opinião, o grande erro é ter a visão de que até então a quarta revolução industrial era uma revolução tecnológica. Não vivemos uma revolução tecnológica, vivemos sim uma revolução de modelo de negócios. As tecnologias, emergentes ou não, são importantes nesse momento, ou melhor, fundamentais. Mas não devemos pensar em tecnologia por tecnologia. E um dos fatores que comprova isso é a ameaça chinesa que vivíamos em 2011, data simbólica do início desse movimento, quando a Alemanha estabeleceu a indústria 4.0 como meta de suas unidades produtivas, durante a feira de Hannover daquele ano. Mas a motivação desse objetivo nunca foi “apenas” aplicar tecnologias emergentes e integração de toda cadeia de valor, mas, principalmente, atingir altos níveis de excelência operacional, propiciando um maior nível de competitividade frente à ameaça oriental.

Os líderes digitais precisam se atentar de que a tecnologia deve ser aplicada, porém de uma forma bem estruturada para atingir os níveis operacionais tão almejados em um determinado processo produtivo.

Nos últimos cinco anos, percebemos que com um trabalho assertivo nas plantas industriais é possível auxiliá-las a alcançar o objetivo da quarta revolução, aumentando o nível de excelência a partir de melhores decisões operacionais, através de uma jornada evolutiva de maturidade analítica: descritiva (reportar), analítica (analisar e monitorar), automática (automatizar), preditiva (prever e predição inteligente) até chegar no nível de prescrição (antecipar e atuar). Com isso, atingimos o nível máximo de maturidade data-driven, atacando diretamente os KPIs de negócios impactados pela flexibilidade, confiabilidade e eficiência operacional.

É importante estudar o processo de tomada de decisão e as dores que impedem a transformação para esse modelo data-driven. Como criar essa cultura e alcançar os resultados esperados? Na primeira fase, normalmente esbarramos na qualidade de dados, gaps, lacunas, e este é o ponto nevrálgico para atuar com uma abordagem que estimula o  pensamento coletivo, trazendo as pessoas para o centro, com interações constantes nos processos de criação, de forma incremental evolutiva, para, então, desenhar e implementar a melhor tecnologia, com o melhor custo-benefício-risco. Assim, é possível trazer uma solução tecnológica para base da pirâmide, a fim de usá-la da forma mais adequada. E claro, explorar os dados que serão gerados na sequência.

Conseguiremos resultados para o negócio quando conseguirmos explorar em sua totalidade a correlação dos dados vitais e transacionais estruturados e organizados em uma camada única (data-lake), sobre a qual os algoritmos de inteligência artificial, deep leaning, machine learning e soft-sensor, auxiliam ou até influenciam diretamente nas decisões operacionais.

Conseguimos resultados em algumas unidades industriais através dessa abordagem. Predições de falhas, de peso de matéria-prima, do teor de sílica, detecção de vazamento em processos de mineração e predição de alarmes críticos são alguns exemplos. Acreditamos nesse caminho como o “novo normal” da indústria 4.0.





Gustavo Brito - Head Global de Indústria Digital da Stefanini, sócio diretor da IHM Stefanini, empresa do Grupo Stefanini especializada no segmento industrial, com forte atuação em setores como Papel & Celulose, Mineração, Siderurgia, Metalurgia, Química e Óleo & Gás.


Cartilha do Poupatempo esclarece dúvidas sobre serviços digitais durante a pandemia


O material que está disponível para consultas no site contém informações sobre RG, CNH, Carteira de Trabalho, Seguro-Desemprego, entre outros; Atendimento presencial continua temporariamente suspenso nos postos


O Poupatempo lançou uma cartilha com informações sobre os serviços digitais oferecidos de forma remota, com eficiência e qualidade, sem a necessidade de sair de casa. O material foi produzido para esclarecer dúvidas frequentes dos cidadãos durante o período em que as unidades de atendimento estão fechadas, devido ao novo coronavírus.

A cartilha ficará disponível no site do Poupatempo – www.poupatempo.sp.gov.br e quem acessar vai poder consultar os principais serviços do Estado por meio do portal e aplicativo Poupatempo Digital. O material traz ainda informações sobre documentos importantes, como RG, Carteira de Habilitação, CPF, Carteira de Trabalho, além de orientações sobre solicitação do Seguro-desemprego, Cartão BOM, da EMTU e agendamento para retirada de medicação na Farmácia de Alto Custo no Poupatempo em São Bernardo do Campo.

“Nesse momento em que as pessoas precisam ficar em casa, inovamos mais uma vez com um material didático explicativo que reúne as principais dúvidas recebidas pelos canais de atendimento do Poupatempo. Nosso objetivo é facilitar o acesso às informações e continuar atendendo cada vez mais e melhor”, destaca Ernesto Mascellani Neto, superintendente da Prodesp, empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo que gerencia o programa Poupatempo.

Em tempos de transformações intensas, em que a tecnologia se faz cada vez mais presente no dia a dia da população, a Companhia ampliou o leque de opções para os atendimentos online. Além dos 40 serviços digitais do portal, o cidadão passou a contar com uma novidade, o aplicativo Poupatempo Digital.

Intuitivo e totalmente gratuito nas plataformas Android e iOS, o app disponibiliza mais de 60 serviços eletrônicos, com segurança, agilidade e comodidade, pelo celular. Mesmo com o fechamento temporário das 76 unidades do Poupatempo, por meio da versão mobile é possível consultar e realizar diversos serviços como a solicitação da segunda via da CNH, Certidão de Prontuário, Consulta de Pontos, Indicação de Condutor, Licenciamento de veículos (CRLV), IPVA 2020, acordo da CDHU, acesso ao Seguro Desemprego, Carteira de Trabalho, situação das linhas do Metrô e da CPTM e Qualidade do Ar, por exemplo.

Sempre atento às necessidades da população, o Governo de São Paulo investiu em novas tecnologias para entrar definitivamente na rotina das pessoas, 24 horas por dia, sete dias na semana, na palma da mão de mais de 50 milhões de paulistas.


Programa Poupatempo

O Poupatempo é um programa do Governo do Estado, executado pela Prodesp. Iniciado em 1997, conta atualmente com 76 unidades, em todas as regiões do Estado. 

Mais digital, moderno e ágil, o Poupatempo, programa mais bem avaliado do Governo de São Paulo, ampliou a quantidade de serviços online, oferecendo um vasto leque para que os cidadãos possam concluir seus atendimentos de maneira autônoma, com mais rapidez e praticidade.


Busca do consumidor por crédito cai 25,7% em abril, revela Serasa Experian


Queda é mais expressiva entre consumidores que ganham até R$ 1 mil por mês. Curso on-line da Serasa Experian orienta consumidores sobre organização financeira


A busca dos brasileiros por crédito teve queda de 25,7% em abril deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian, essa foi a retração mais acentuada da série histórica iniciada em janeiro de 2008 e a terceira queda seguida em 2020. Em relação a março de 2020, o índice também mostra retração de  13,5%.


De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o atual cenário econômico desencorajou a ampliação do consumo via crédito e a tomada de empréstimos para formação de patrimônio. “Neste momento, permeado por incertezas e queda da renda, o consumidor priorizou gastos de primeira necessidade, feitos geralmente à vista ou com crédito pré-aprovado, em vez de endividar-se para médio ou longo prazo. Dessa forma, setores que contribuem fortemente para a demanda por crédito, como o imobiliário e o automotivo, foram menos procurados, o que explica a retração recorde do indicador”, analisa Rabi.


Queda na demanda é mais expressiva na população de menor renda

Relacionando abril deste ano com o mesmo mês de 2019, a população que possui renda de até R$ 500 registrou a menor demanda por crédito (-27,5%). Sobre aqueles que recebem mensalmente entre R$ 500 e R$ 1.000 observa-se a maior baixa em 12 anos, desde o início da série histórica do índice, com -26,4%.

Rabi explica que um dos fatores desse cenário é a falta de confiança, principalmente, para aqueles de menor renda, “As pessoas que não possuem uma reserva financeira e dependem de sua renda mensal para sobreviver, estão menos dispostas a adquirir despesas futuras, pois não têm segurança para arcar com grandes compromissos financeiros”, explica.


Regiões Centro-Oeste e Nordeste puxaram queda

As regiões Centro-oeste e Nordeste foram as que demonstraram a menor busca por crédito, com -32,2% e -32,9% respectivamente, comparação entre abril de 2020 com igual mês de 2019. Em seguida está o Norte (-24,2%), acompanhado do Sudeste (-22,9%) e do Sul (22,2%).


Curso on-line da Serasa Experian apoia saúde financeira dos brasileiros

Para auxiliar e orientar os consumidores a cuidarem de suas finanças pessoais, a Serasa Experian disponibiliza um curso on-line que apresenta fundamentos básicos sobre organização financeira. O conteúdo traz dicas de como elaborar o orçamento doméstico, priorizar dívidas, negociar, construir um fundo de emergência, entre outros conceitos básicos de finanças pessoais.
Através dos planejamentos e das técnicas econômicas ensinadas, é possível concretizar ambições de curto, médio e longo prazo. Para ter acesso ao conteúdo gratuito basta entrar no site e começar os estudos!






Serasa Experian


"Novo normal" para os profissionais liberais: consequências e oportunidades geradas pela pandemia



A pandemia de coronavírus tirou o mundo do ciclo contínuo e, aparentemente, infinito de nossas vidas e nos trouxe para dentro de nossas casas, impossibilitados de continuarmos na “roda da vida” como no período anterior à crise. E essa alteração de comportamento e de consumo trouxe inúmeras novidades para muitos mercados e muitos segmentos, prometendo uma retração mundial de 3% do PIB, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em outras palavras, neste ano teremos menos dinheiro em circulação (consumo) do que no ano anterior.

O “novo normal” se refere exatamente ao novo modo de consumir e de trabalhar nos mais diversos mercados e segmentos. Sem sombras de dúvidas, algumas mudanças e adaptações são passageiras. Outras, significam um marco e uma nova forma definitiva de pensar, consumir e operar. Segundo uma pesquisa realizada pela Bain&Company, há 4 grandes grupos de segmentos impactados pela crise: aqueles que tiveram aumento de demanda na crise e que continuará com consumo promissor; aqueles em que a demanda aumentou mas deve se estabilizar no longo prazo; aqueles que tiveram queda de demanda na crise mas que prometem ter um pico subsequente; e aqueles que tiveram queda de demanda e que, aparentemente, vão ter uma recuperação mais lenta.

Os diversos profissionais liberais, aqueles com especificidade técnica elaborada e que podem exercer seu trabalho de forma livre, e que possuem o poder de suas decisões estratégicas, estão envolvidos em pelo menos 3 destes 4 grandes grupos de segmentos. No grupo de segmentos que tiveram aumento de demanda na pandemia e que prometem continuar em alta a longo prazo estão os profissionais de saúde (como nutricionistas, médicos, psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos), professores e teleprofissionais liberais.

Os profissionais de saúde estão sendo requisitados, muito impulsionados pela crise de saúde mental e física decorrente da crise, além dos atendimentos médicos que já ocorriam anteriormente. O mundo percebeu a real importância de algumas necessidades negligenciadas anteriormente, que se referem a nossa saúde mental e espiritual.

Os professores estão sendo recompensados pelas suas iniciativas no ambiente online, e o mesmo vale para todos aqueles profissionais liberais que conseguirem entregar seu valor para o cliente/paciente de forma virtual, os chamados “teleprofissionais liberais”.

Sejam médicos, advogados, psicólogos, coaches, professores ou educadores, o profissional que fizer uma rápida transformação digital em seu modelo de negócios sairá na frente e beberá água limpa. Isto porque conseguirá aproveitar algumas boas oportunidades na crise e mais: após a crise, provavelmente os clientes e pacientes terão uma nova forma de consumir que preze pela qualidade de vida, conforto e redução de deslocamentos desnecessários.

Uma boa dica para este tipo de profissional liberal é entender muito bem sua relação de valor entregue, preço e custos, além de fazer esta transformação digital o mais breve possível, conforme já foi citado. Pensando nos mercados que estão com baixa demanda durante a crise mas que prometem ter um grande pico de consumidores no período, logo após a pandemia passar, podemos citar os profissionais de setores de beleza. Devido às restrições e ao distanciamento social, muitos desses profissionais sofreram um grande impacto.

Entretanto, muitos consumidores voltarão aos salões e aos estúdios no período subsequente. A dica para este tipo de profissional é praticar a empatia, usando as redes sociais e a tecnologia para se manter em contato com os clientes, nutrindo um relacionamento forte e criando cada vez mais autoridade em seu mercado. Além disso, de nada adianta aumentar a autoridade se não houver capacidade de atendimento no período pós-pandemia. Então, fazer um planejamento estratégico adequado, balanceando muito bem os investimentos em marketing e em capacidade operacional é primordial. Um “novo normal” de consumo pode surgir quando falamos dos clientes deste tipo de mercado, principalmente ligado à frequência do consumo de alguns tipos de serviço, como corte de cabelo e unhas, por exemplo.

Quando falamos dos mercados mais impactados pela crise, ou seja, que tiveram grande diminuição na demanda e que parecem demorar mais na recuperação, devemos citar os profissionais liberais que trabalham com eventos e nos setores imobiliários. Isto porque nem mesmo o especialista com mais informações no mundo conseguiria, com alguma exatidão, passar as projeções destes mercados. São segmentos que podem passar por transformações imensas, tanto na forma como o cliente consome, até no valor percebido. Estes profissionais podem enfrentar períodos com grandes necessidades de reinvenção, com um “novo normal” bem diferente.

A pandemia trouxe um “novo normal” para um “novo mundo”. E há oportunidades e desafios em todas as atividades e profissões. O profissional liberal tem, a seu favor, a possibilidade de decidir, em muitas ocasiões, para qual caminho seguir. E, sem sombra de dúvidas, com empatia e coragem, os tempos podem ser de boas oportunidades.





Victor Corazza Modena - professor de Pós-Graduação na IBE Conveniada FGV, nas seguintes disciplinas de Empreendedorismo, Gestão Financeira & Contabilidade Geral, Negociação & Conflito. É fundador da empresa No Final das Contas.



Cinco mitos sobre a ISO de inovação



Lançada em julho de 2019, a ISO 56002, de gestão da inovação, tem despertado divergência de opiniões. De um lado, adeptos da cultura de inovação temem pela burocratização. Do outro, gestores acreditam que sem processos, não há inovação. Como um dos únicos brasileiros que participou do processo de formatação dessa norma e das primeiras implementações em empresas nacionais, posso garantir com grande convicção que essa norma veio para ajudar empresas de todos os portes e segmentos a criarem uma gestão voltada para o futuro. Sendo assim, listei os cinco mitos mais comuns sobre a ISO de inovação.


#1 Mata a criatividade: Um dos maiores temores dos criativos é que a norma iniba a geração de novas ideias. A criatividade é de fundamental importância para a inovação, sendo assim, é amplamente contemplada pela norma. E ela assume um papel fundamental dentro do chamado funil de inovação, que é onde são lançados os primeiros insights que podem vir a se transformar em novos produtos e/ou serviços. No entanto, inovação não se faz apenas com criatividade. Portanto, a norma vai muito além, garantindo métodos e processos que garantam que a criatividade trabalhe a favor da geração de valor.


#2 Engessa os processos: Há um grande mito no mercado de que normas engessam a gestão. De fato, se não forem bem implementadas, desconsiderando a realidade específica de cada empresa, isso realmente pode acontecer. Contudo, sabemos que não há receita de bolo para inovar. O que funciona em uma empresa, não necessariamente funciona em outra. Sabendo disso, a própria ISO inovou. Diferentemente das normas de requisitos - como a famosa 9.001, de gestão da qualidade - essa é uma norma de diretrizes. Ou seja, a norma aponta caminhos, mas é a empresa que define o que faz sentido para a sua realidade.


#3 Vai gerar mais trabalho: A implementação de uma norma nada mais é do que a criação de um sistema de gestão. É a criação de um processo, com métodos, ferramentas, objetivos e indicadores que servem como uma espécie de termômetro para a empresa avaliar se está indo para o caminho desejado ou se está diante de desvios - as chamadas não-conformidades. Então, se a empresa criar um sistema complexo, de difícil manutenção, há sim o risco de se ter mais trabalho. Mas, se o sistema for desenvolvido sob medida, entendendo exatamente as necessidades e especificidades da empresa, o sistema vai é garantir mais fluidez ao trabalho.


#4 É só para grandes empresas: Muitas pessoas tendem a achar que certificações são caras e que são úteis apenas para quem quer vender para grandes empresas ou ter algum apelo de marketing. Mas, a verdade é que essa é apenas uma consequência das certificações ISO. Implementar uma norma como a ISO 56002, garante que a empresa tenha seu próprio modelo de gestão para a inovação, permitindo que ela esteja muito mais preparada para lidar com as adversidades que podem surgir no futuro. Uma empresa com sólida gestão da inovação tem muito mais chances de prosperar.


#5 Certificação não agrega valor: Há muitas empresas que implementam normas ISO, mas não certificam. E não há problema algum nisso. No entanto, quando a empresa opta pela certificação, conta com a presença periódica de um auditor que aponta possíveis falhas e pontos de melhoria no sistema de gestão. É a oportunidade de ter um acompanhamento de um profissional isento, sem nenhum tipo de interesse, capaz de agregar ainda mais valor aos processos da empresa. Além disso, empresas certificadas também costumam relatar benefícios como o aumento de market share, redução de desperdícios, queda no turn over e até juros menores em instituições financeiras.

Caso você ainda não esteja totalmente convencido de que a ISO 56002 pode ser uma boa opção para a sua empresa, sugiro que aprofunde ainda mais os seus conhecimentos sobre o tema. Visite o site www.isodeinovacao.com.br e baixe o e-book com as 30 dúvidas mais frequentes. Lá você encontra também artigos e vídeos com relatos de empresas que já se certificaram.





Alexandre Pierro - sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.


Ensino à distância pode gerar oportunidades na quarentena


Pesquisa revela que houve aumento de 70% na procura pelo EAD desde o início da pandemia 


O ensino à distância (EAD) já era considerado uma das grandes tendências do mercado há alguns anos. Com o isolamento social, essa modalidade de ensino cresceu ainda mais no Brasil e no mundo. Dados liberados pela Catho Educação confirmam que houve aumento de 70% na procura pelo EAD durante a quarentena. Enquanto isso, a Sistema Faculdade, plataforma especializada em EAD, viu sua demanda subir em mais de 100% no período de quarentena.
Porém, com o crescimento surgiram as críticas quanto a forma como algumas pessoas utilizam esses meios. Para alguns, o excesso de informação e obrigações impostas para estudar podem prejudicar a produtividade e, até mesmo, a saúde mental dos estudantes. O co-fundador da Sistema Faculdade, Gustavo Henrique de Almeida, explica que isso se deve à ausência de investimento em tecnologia e pessoal qualificado por parte de algumas instituições. 
“É preciso entender que diversas pessoas passam por um momento estressante. Então, quando se trata do ensino à distância, as plataformas e instituições precisam estar preparadas para isso. Afinal, cada aluno tem um tipo de vivência e ambiente em casa. É preciso adequar o EAD para este tipo de situação”, acrescenta Gustavo.
Portanto, é necessário planejamento e cuidado. “Não adianta apenas impor um modelo novo de ensino e não dar o suporte necessário para que o estudante consiga se adaptar. É necessário ser paciente, contar com uma equipe de suporte e utilizar plataformas com acessibilidade metodológica para que seja possível adequar o tempo, organizar as tarefas e facilitar a obtenção de acesso por qualquer meio - seja o computador, o celular ou outros dispositivos”, orienta.
Utilizando-se uma boa plataforma, com conhecimento e suporte necessários, é possível oferecer diversos tipos de cursos, palestras e outros meios para levar conhecimento e gerar oportunidade em época de crise. “É uma via de mão dupla. Quem quer aprender poderá achar um curso ideal e quem vai ensinar pode utilizar isso como uma forma de empreendedorismo”, acrescenta.

Sistema Faculdade 
A Sistema Faculdade é uma plataforma com diversos módulos para a oferta de ensino remoto ou a distância que pode ser utilizada por faculdades, escolas e, até mesmo, por qualquer pessoa que queira ofertar cursos EAD. A empresa mineira nasceu como uma startup há 4 anos. Atualmente, a plataforma é reconhecida no mercado e possui clientes públicos e privados em todo o Brasil.






Fonte: Gustavo Henrique de Almeida, co-fundador e diretor da Sistema Faculdade, plataforma especializada em Ensino a Distância. É Doutor em Direito Privado e Professor Universitário. Possui experiência com Gestão, Consultoria, Implantação de novos negócios, avaliação de risco empresarial, Product Owner de startups.

DIA INTERNACIONAL DO LEITE: um alimento que agrega muita tecnologia


Consumido há pelo menos sete milhões de anos, o leite de vaca é hoje é uma das commodities agropecuárias mais importantes do mundo, e está entre os cinco produtos mais comercializados no planeta. No Brasil, os laticínios são o segundo segmento mais importante da indústria de alimentos, movimentando uma cadeia produtiva que emprega quase 10 milhões de pessoas. Conheça o passo-a-passo desse importante processo


Registros históricos dão conta que os primeiros humanos a ordenhar vacas para o consumo do leite habitavam  as regiões onde hoje estão a Inglaterra e a Europa Ocidental, isso a 6 mil anos a.C.. Hoje, o leite é uma das commodities agropecuárias mais importantes do mundo, e está entre os cinco produtos mais comercializados no planeta, segundo dados do DataMapper do Fundo Monetário Internacional (FMI). Cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo dependem do produto para sobreviver e outras 600 milhões vivem em 133 milhões de fazendas leiteiras. Portanto, cerca de 10% da população mundial depende atualmente diretamente da produção leiteira. Dada sua importância, esse rico alimento até recebeu uma data para celebração: no dia 1º de junho comemora-se o Dia Internacional do Leite.

No Brasil, a indústria de laticínios é o segundo segmento mais importante da indústria de alimentos. Nossa produção interna é de aproximadamente 34 bilhões de litros por ano, movimentando uma cadeia produtiva que emprega quase 10 milhões de pessoas, conforme dados da Embrapa. Mas o leite ao longo desses milhares de anos é um alimento que evolui, e muito, e hoje agrega em seus processos produtivos e de transformação para outros produtos muita tecnologia. A Embrapa estima que a pecuária de leite tenha crescido entre 2% e 2,5% em 2019.

De acordo com o presidente do grupo Marajoara Alimentos, André Luiz Rodrigues Junqueira, que comanda uma das cinco maiores marcas de leite do Brasil, essa evolução do leite vem muito em função de um protagonismo do consumidor moderno, que está cada vez mais atento e exigente ao que consome.  “Hoje, graças a modernas técnicas de processamento podemos produzir uma série de tipos de leite, bem como diversos derivados. Temos hoje além do leite longa vida, que está entre os itens mais consumidos, os desnatados, semi-desnatados, os sem lactose; uma grande evolução do produto que fez com que mais pessoas consumissem a bebida”, explica o presidente da Grupo Marajoara.

A avançada tecnologia usada desde a coleta do leite nas fazendas, passando por diferentes processos de tratamento e transformação, até o envase, está também no controle da segurança alimentar que é um dos mais rigorosos dentro da indústria alimentícia brasileira. Conforme o gerente industrial do grupo, Antônio Júnior Vilela, todo o processo de controle de qualidade, desde que o leite chega à indústria até o seu carregamento para distribuição no comércio é extremamente rigoroso, seguindo protocolos e normas nacionais e internacionais. “Em nosso laboratório são feitas 20 tipos de análises diferentes no leite in natura, que chega na fábrica. Isso nos garante a qualidade e confiabilidade do produto”, afirma Vilela.

Conheça a seguir quatro importantes passos do processo industrial deste milenar alimento.


Do recebimento à descarga: a indústria recebe o leite cru refrigerado proveniente diretamente dos produtores. Esse leite chega na empresa em tanques rodoviários isotérmicos e, antes do seu descarregamento nos silos de armazenagem, passa por um rigoroso processo de análises.

Para o descarregamento ser liberado são feitos 20 tipos de análises diferentes em laboratório próprio. São análises físicos químicos, pesquisas de fraudes e microbiológicas. Só assim, após todas as análises estarem dentro dos parâmetros de qualidade, o leite é descarregado para os silos de armazenagem e passa por um processo de resfriamento.


Preparo e padronização: o processo de preparo e padronização do leite UHT (Ultra High Temperature), também conhecido como leite longa vida e um dos mais consumidos no mundo, começa pela Pasteurização / Centrifugação / Padronização. O leite cru é enviado para o pasteurizador e aquecido a 72-75ºC e mantido por 15 segundos, seguido de clarificação, centrifugação e padronização da gordura. Esse processo garante a eliminação de microorganismos nocivos a saúde e elimina sujidades e/ou fragmentos sólidos presentes no leite.

Nessa etapa se define três tipos de leite UHT: integral (mínimo 3,0% de gordura), semidesnatado (0,6% a 2,9%) e desnatado (máximo 0,5%).


Ultra pasteurização e homogeneização: o próximo passo é o sistema de ultra pasteurização (sistema VTIS), onde o leite atinge uma temperatura de 138º a 145º por 04 segundos.

Logo após, o leite passa pelo processo de homogenização, que realiza a quebra das moléculas e agrega a gordura a proteína do leite, esse processo garante um produto estéril de quaisquer microorganismos nocivos a saúde, mantendo as características essenciais nutricionais e de sabor do leite.


Envase e controle de qualidade: após a homogenização, o leite é enviado para máquina de envase, onde vai ser acondicionado em embalagens cartonadas, onde o envase acontece de forma asséptica.

Em seguida, as embalagens são direcionadas por esteiras para aplicação de tampas, em uma máquina chamada Allcap. Depois, o leite envasado é agrupado e acondicionado em caixas de papelão com 12 unidades e as caixas devidamente montadas seguem para ser paletizadas por um robô.

Toda essa operação é acompanhada de um rígido processo de controle de qualidade. A
cada 30 minutos são coletadas amostras, para realização de testes e assegurar a qualidade do processo e do produto.



Transformação provocada por COVID-19 não pode interromper os negócios



A pandemia de COVID-19, com a necessária quarentena e isolamento social, começou em março, passou por abril e já está avançando em maio sem ter um prazo claro de encerramento. Mais do que o tempo de duração, a doença vai impactar toda a sociedade, transformando parâmetros e remodelando as relações sociais. Enquanto o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil buscam formas de conter esse contágio, é preciso compreender que a vida segue. Com novos hábitos e comportamentos, é verdade, mas o quanto antes nos adaptarmos a essa realidade, melhor conseguiremos reduzir os prejuízos financeiros e sociais.

O ano de 2020 prometia ser o da retomada para a economia. Com a Reforma da Previdência aprovada, Reforma Tributária em discussão e outras pautas para reduzir gastos e aumentar as privatizações, o Brasil tinha otimismo e previsão de crescimento, mesmo que tímido. Entretanto, o cenário positivo foi frustrado pelo “meteoro” COVID-19, como citou Paulo Guedes, ministro da Economia. Segundo o relatório Focus, do Banco Central, até o momento a projeção é que o PIB caia quase 3% neste ano e, devido à grande queda no consumo em geral, a inflação também já começa a recuar (a mediana já retraiu de 2,52% para 2,23%).

A grande preocupação neste momento é com os pequenos e médios negócios. Muitos vão fechar as portas até o fim de 2020, o que pode agravar ainda mais velhos problemas. Apesar disso, uma coisa é certa: já no terceiro trimestre teremos uma nova dinâmica da sociedade em funcionamento no Brasil – são esses novos hábitos e rotina que irão pautar o futuro. A economia não parou nem vai parar, mas a cadeia produtiva vai seguir as diretrizes impostas pela pandemia. A transformação digital, que antes era possibilidade, tornou-se requisito básico de quem quer sobreviver nesse novo mundo.

Nesse sentido, três setores irão passar pelas maiores mudanças: “varejo”, “bares e restaurantes” e “turismo”. Eles não serão mais os mesmos de três meses atrás. No mercado varejista, por exemplo, as vendas pela internet devem representar 6% no cenário brasileiro, segundo Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), e a gestão de relacionamento com clientes do varejo pós-COVID-19 será imprescindível, com as marcas se relacionando de maneira próxima com os clientes.

Empresários de bares e restaurantes precisam transformar suas operações em delivery rapidamente, enquanto o turismo deve apostar na flexibilização de pacotes de viagens, com alterações de datas e até de destinos, para estancar a crise – dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram um prejuízo de quase R$ 12 bilhões desde o início da pandemia.

Além dessas transformações, o consumo consciente, que já vinha ganhando mais relevância nos últimos anos, passa a ter uma nova complexidade e vai ficar mais criterioso. Com exceção dos bens de primeira necessidade, como alimentação e medicamentos, há perspectiva de crescimento em três categorias. Os “habilitadores de digitalização” são os insumos que possibilitam a comunicação com familiares e trabalho virtual, como smartphone, notebook e software de videochamadas. Na área de “lazer e estudos”, o conceito de educação a distância, com livros e brinquedos, permite o autoaprimoramento neste momento em que estamos em casa. Por fim, “saúde e bem-Estar” deverá trazer novas formas de higienização e de vida saudável.

O importante é compreender esta transformação e ver que, como demonstrado na China e em outros lugares que retornaram à “normalidade”, há motivos para se animar em 2021. É um ano de crescimento e retomada do consumo, obviamente respeitando os novos hábitos consumidores e as novas formas de relacionamento. Mesmo com os planos emergenciais do governo junto às ações da iniciativa privada no combate à pandemia, esta é uma crise que vai se estender, e o mundo já está aprendendo de maneira rápida e dolorosa.





Henrique Carbonell - sócio-fundador da Finanças 360º, empresa especializada em sistema de gestão financeira com conciliação automática de vendas por cartão para o pequeno e médio varejo www.f360.com.br – e-mail: f360@nbpress.com


F360º


De 16 países, Brasil é o que mais sofre com ansiedade por causa da pandemia de coronavírus


Estudo da Ipsos também avaliou como a Covid-19 está impactando as pessoas - especialmente mulheres - em aspectos como insônia e depressão


Quatro em cada dez brasileiros (41%) têm sofrido de ansiedade como consequência do surto do novo coronavírus. As mulheres são as mais afetadas: enquanto 49% se declaram ansiosas, 33% dos homens estão lidando com o sintoma no momento. Os dados fazem parte do levantamento Tracking the Coronavirus, realizado semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 16 países.

O índice de 41% ranqueia o Brasil na primeira posição entre as nações mais ansiosas. Em segundo lugar, está o México, com 35%. Com 32%, o terceiro posto vai para a Rússia. Por outro lado, Japão (6%), Alemanha (7%) e Coreia do Sul (15%) são os menos impactados pela ansiedade a nível global, segundo os ouvidos do estudo.


Inimiga do sono

De dia, a preocupação é com o uso de máscaras e a higienização correta de mãos e de objetos. Pela noite, a batalha é contra a insônia. De acordo com os dados da Ipsos, 26% dos brasileiros têm enfrentado dificuldades para dormir na pandemia. Mais uma vez, o impacto é mais alto entre o sexo feminino: são 33%, contra 19%.

O Brasil está no pódio novamente ao considerarmos os efeitos da insônia em todas as nações, mas desta vez, o primeiro lugar ficou para o México, com 38%. O Brasil aparece em segundo, com 26%; e em terceiro, estão a Espanha e a África do Sul, empatadas com 25%. Japão (6%), Coreia do Sul (10%) e Austrália (12%) são os menos afetados.


Desequilíbrios físicos e emocionais

Um em cada dez entrevistados no Brasil (11%) admitiu estar lidando com sintomas de depressão como uma consequência do surto de Covid-19. As declarações divididas por gênero revelam um impacto predominantemente feminino: 14% são mulheres e 7% são homens.

Os que mais sofrem de depressão na pandemia são os sul-africanos, com 20%. Em segundo lugar, empatados em 19%, estão os americanos e os indianos. O terceiro posto fica para os russos, com 18%. Em contrapartida, chineses (4%), japoneses e franceses (ambos com 5%), e alemães (8%) são os menos deprimidos.

Se o brasileiro, felizmente, não entra no hall dos países mais afetados pela depressão, não se pode dizer o mesmo a respeito das enxaquecas. 14% dos entrevistados disseram estar sofrendo de dores de cabeça crônicas como resultado da pandemia de coronavírus, sendo 18% mulheres e 9% homens.

Considerando todas as nações participantes do levantamento, o índice do Brasil o coloca em primeiro lugar, junto com o México (14%), no ranking dos mais impactados pela enxaqueca. Em segundo, vêm Índia e Itália (ambos com 11%), seguidos por África do Sul e Espanha (ambos com 10%). Sofrem menos: Alemanha (5%), China e Japão (ambos com 6%) e Austrália, Canadá, França e Reino Unido (empate quádruplo com 7%).


Alimentação desregulada

O Brasil é o país onde as pessoas mais admitem estar se alimentando em excesso por causa da Covid-19. Quatro em cada 10 brasileiros (39%) ouvidos declararam estar comendo demais em decorrência da pandemia. Entre as entrevistadas do sexo feminino, o percentual é maior. São 42%, contra 36% do sexo masculino.

O México fica em segundo lugar, com 30%. Na terceira posição, há um empate entre Canadá e África do Sul, as duas nações com 29%. Na outra ponta da lista, apenas 9% dos participantes franceses e japoneses disseram estar comendo em excesso, 10% dos alemães e 14% dos chineses e sul-coreanos.

O percentual brasileiro que autodeclarou estar comendo menos desde que o surto de coronavírus começou é muito mais baixo, de 8%. Desta vez, há uma inversão: os homens são mais impactados – 8%, contra 7% entre as mulheres.
A Índia é o país cujo maior número de entrevistados afirmou estar se alimentando em menor quantidade como consequência da Covid: 14% do total de ouvidos locais. A segunda posição ficou com o México (9%) e Brasil e China empataram no terceiro posto (8%).


Considerações finais

No Brasil, poucos saíram ilesos da pandemia. Apenas 22% do total de participantes locais disseram que não foram impactados por nenhum dos pontos abarcados no levantamento. Os homens foram os que mais se preservaram: 23%, contra 20% entre o sexo feminino.

O resultado brasileiro coloca o país em primeiro lugar – empatado com o México, também com 22% – entre as nações mais afetadas pelo surto de Covid-19, levando em conta 16 países. Na segunda e terceira posição, estão, respectivamente, Itália (27% declararam não ter se afetado) e Rússia (28% declararam não ter se afetado).

Em apenas dois de todos os países analisados, mais da metade dos entrevistados disse não estar sofrendo os sintomas mencionados na pesquisa: Alemanha (53%) e França (52%). O terceiro lugar ficou para o Japão (44%).
A pesquisa on-line foi realizada com 16 mil adultos de 16 países entre os dias 07 e 10 de maio de 2020, sendo 1.000 entrevistas no Brasil. A margem de erro é de 3,5 p.p..





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