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segunda-feira, 25 de maio de 2020

Reformulando a forma de ensinar durante a pandemia


Muito tem se falado em tempos de pandemia do coronavírus, dos profissionais essenciais da área da saúde como os médicos, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros. Eles são importantes para a sociedade e estão diariamente colocando suas vidas em risco pelas nossas. Porém, há uma classe de profissionais não tão comentada neste momento, e que também precisa ser enaltecida: a dos professores.

Muitos deles também são profissionais da saúde e estão em outro tipo de linha de frente nesse momento. Estão trabalhando de suas casas, reaprendendo diariamente a arte de ensinar para conseguir continuar formando novos profissionais da saúde que estarão aptos para atuar em outros tempos.

O professor tem aprendido neste período que, mesmo à distância, pode continuar ensinando, utilizando ferramentas que antes eram desconhecidas, como as videoconferências. O saber, que antes era comumente compartilhado presencialmente, agora segue sendo compartilhado à distância. Sabe-se que há inúmeras variáveis nesta nova realidade, como por exemplo a educação à distância de crianças e adolescentes. Este texto, por sua vez, traz à tona especialmente a realidade do ensino superior.

Desde os primórdios, é possível afirmar que professores são profissionais essenciais. São eles que, com ou sem pandemia, são formadores de opinião, fontes geradoras de conhecimento, passando seus conhecimentos a seus aprendizes através do ensino. Porém, estão acostumados a ensinar com o auxílio de ferramentas como o quadro negro, o giz, slides e dinâmicas em sala de aula, e, em tempos de pandemia, esses profissionais também estão precisando se reformular. Assim como os profissionais de saúde, que estão aprendendo cada dia mais sobre o enfrentamento do coronavírus, os professores precisam aprender novas formas de continuar ensinando, sem sair de casa.

A pandemia mudou diversos hábitos comuns do nosso dia a dia, incluindo a forma de ensinar e aprender. O “novo normal” tem sido o ensino a distância, que infelizmente até pouco tempo atrás ainda era criticado. Será que agora, que se fez necessário transformar o ensino presencial em ensino a distância, não seria o momento ideal para aceitarmos essa modalidade de ensino? Muitos conselhos de classe na área da saúde ainda criticam essa forma de ensino, mas para formar novos profissionais neste momento é o que se faz necessário.

Por quanto tempo? Será que este também não é o futuro? Será que não é hora de rever as estratégias de ensino na área da saúde? É certo que o conhecimento será sempre uma das ferramentas mais potentes do indivíduo. Há, sem dúvida, uma parte importante a ser feita presencialmente. Nada substitui o olho no olho do paciente. Mas há muito que pode ser feito a distância, considerando, inclusive, que este conhecimento pode chegar a lugares e comunidades que antes jamais vislumbravam a possibilidade de aprender novas profissões.

A partir de agora as modalidades a distância e semipresenciais ganharão mais visibilidade. Fazendo uma analogia com os filmes, nunca vemos grandes aglomerações em filmes futuristas, de ficção científica, diferentemente dos filmes épicos, onde milhares de pessoas se aglomeravam para assistir as batalhas no Coliseu. O conhecimento não está mais estático à um cérebro.  Está interligado à tecnologia, com milhares de cérebros por trás gerando novos conhecimentos, transmitindo estes infinitos conhecimentos de maneira remota, aos quatro cantos do mundo.

As idas a congressos, tão comuns na rotina do profissional da saúde, sempre tinham grandes despesas associadas. Passagem, hospedagem, inscrição, alimentação e outros gastos para obter-se conhecimentos específicos, ou, para ministrar pequenas palestras. Hoje já é possível a realização destes eventos via plataformas na internet, que também permitem acessar novos conhecimentos, não excluindo a possibilidade de geração de networking.

Mas e o contato humano?

Este texto foi escrito durante a pandemia do coronavírus, estamos aprendendo diariamente novos hábitos dentro do nosso isolamento social.

Mas como será o futuro? Haverá novas aglomerações quando tudo isso passar? 

Será que o contato humano vai diminuir? O contato entre as pessoas pode até diminuir, mas o que não pode diminuir são os nossos valores, como solidariedade, honestidade, empatia e respeito, além, indiscutivelmente, da educação que será fundamental para nos auxiliar a responder a tantas perguntas que este texto nos apresenta, neste futuro que precisaremos recriar e cocriar.





Vinícius Bednarczuk de Oliveira - doutor em Ciências Farmacêuticas, coordenador do Curso de Farmácia do Centro Universitário Internacional Uninter.


Como se preparar para um futuro profissional incerto?


O futuro do trabalho já era alvo de muitos estudos, palestras e conferências pelo mundo afora. Com a pandemia, o assunto ganhou ainda mais relevância. Especialistas são unânimes ao dizer que estamos vivendo o fim da era dos empregos para a entrada definitiva na era do trabalho. Isso quer dizer que registros em carteira, vale-transporte, alimentação e batidas de cartão de ponto parecem mesmo estar com os dias contados. Mas, calma, não há motivo algum para pânico.

Sempre houve e sempre haverá alguém disposto a pagar para outra pessoa fazer aquilo que ele não gosta, não sabe, não quer ou não consegue fazer sozinho. E essa é a oportunidade ideal para a oferta de um trabalho remunerado. Ou seja, é bem provável que, num futuro não muito distante, você se torne uma pessoa jurídica, emitindo notas fiscais para várias pessoas físicas ou mesmo empresas que precisem dos seus serviços. Pode ser que você até ganhe mais dinheiro dessa forma, mas, inevitavelmente, ganhará mais trabalho também.

Se você é o dono do seu “nariz”, precisa assumir várias funções simultaneamente. Por exemplo, não adianta ser um excelente técnico, se não souber como e para quem vender os seus serviços. Não adianta vender e entregar bem, se não conseguir administrar suas próprias finanças, entendendo que a vida de um empreendedor é feita de altos e baixos. E também não vai adiantar fazer tudo isso muito bem se você não reservar um tempo para se manter atualizado na sua área de atuação.

Sendo assim, para se preparar para um futuro do trabalho completamente incerto, profissionais de todas as áreas deverão investir constantemente no desenvolvimento de suas habilidades técnicas e comportamentais, as chamadas hard e soft skills. É bom também já ir se acostumando com o conceito de lifelong learning, que significa que teremos que estudar para sempre, buscando o que muitos especialistas chamam de reskilling, ou a necessidade de atualização constante das habilidades profissionais.

Caso você ainda seja do tipo que acredita que um diploma em uma universidade de primeira linha irá te garantir um futuro tranquilo, sinto em lhe informar que você está bastante atrasado. Foi-se o tempo em que tínhamos um mercado de trabalho linear, onde se entrava como estagiário e depois se ia galgando o crescimento para analistas júnior, sênior, pleno, coordenador, gerente, diretor e, para pouquíssimos, as almejadas cadeiras de vice ou presidente. Tudo isso, de preferência, dentro de uma mesma empresa, ao longo de 20, 30 ou até 40 anos.

O grande desafio dos profissionais que já tem uma carreira estabelecida é que eles receberam esse tipo de instrução ao longo de toda a sua vida escolar e agora se deparam com uma realidade um tanto quanto distante de tudo aquilo para o qual eles foram preparados. É quase como estudar para uma prova por anos e, na hora H, alguém virasse para você e dissesse: “esqueça, agora não é mais assim”. A sensação de estar absolutamente perdido é totalmente compreensível.

E o problema maior é que ninguém sabe dizer ao certo como vai ser. As regras mudaram no meio do jogo, mas ninguém é capaz de falar “vá por aqui”, “faça dessa forma”, “isso será assim a partir de agora”. As regras estão sendo construídas com a bola em campo. É tudo ao mesmo tempo e agora. Não existem mais cartilhas ou manuais que conduzam um profissional ao pódio. De agora em diante, será tudo uma questão de tentativa e erro.

Por isso, quanto maior a sua resiliência e capacidade de adaptação, as suas hard e soft skills, mais fácil será construir uma carreira de sucesso em um futuro incerto. Esquecer os roteiros pré-estabelecidos e as antigas fórmulas é o primeiro passo para encarar a nova realidade. As habilidades a serem desenvolvidas vão variar muito de um profissional para outro, mas de um modo geral, o mais importante é entender que sua vida profissional depende de pequenos esforços diários e contínuos. Estar preparado (independentemente do que isso queira dizer no seu caso) para aproveitar as oportunidades é o que vai fazer a diferença.





Marcos Yabuno Guglielmi - coach empresarial certificado da ActionCOACH, empresa número 1 do mundo em coaching empresarial.


Direito ao trabalho no Covid


Hoje os lares são residência, home office e local de entretenimento, o bom senso para ambos é o ideal

Os condomínios residenciais, neste momento de pandemia, acabaram se tornando também, um ponto comercial para aqueles que estão fazendo home office. Personais Trainers, professores, profissionais liberais, entre tantos outros seguem trabalhando dentro das exigências de cada atividade, mas todos dentro casa.

E a conciliação entre as atividades, é que têm gerado grandes reclamações por parte dos vizinhos, e os síndicos de muitos condomínios estão tentando administrar a situação, haja vista que, um Personal Trainer, por exemplo, precisa se movimentar, realizar saltos e corridas em casa, enquanto um Advogado, requer silêncio para concluir suas atividades.

Este é o caso do Jefferson Franco Rincão, mais conhecido com o DJ Fefo, ele foi convidado por uma empresa para fazer três vezes na semana, das 17:30 da tarde às 19:30 da noite, um happy hour pelo site de conversas Zoom, para que os colaboradores tivessem um momento de confraternização.
Entretanto, alguns vizinhos reclamaram à síndica, que o som vindo da casa do DJ estava muito alto, o que acarretou uma advertência a ele.

Porém, até onde vai o limite de som para cada um? Ser DJ é o trabalho do Jefferson e diante deste momento, foi o que salvou a renda familiar.

Sabrina Rui, Advogada em direito imobiliário, expõe “Eu o orientei que fizesse uma medição dos barulhos em decibéis para saber se ultrapassava do limite normativo, 55 decibéis de acordo com a NBR 10.151/2000, para o período diurno (7hrs às 20 hrs); pois estando dentro da exigência legal as reclamações não prosperam, e o morador tem direito de exercer suas atividades laborativas da mesma forma que qualquer outro profissional".

O DJ conta “Como é o meu trabalho, as lives foram a solução mais rápida para manter o meu público e contratantes informados. No primeiro ocorrido, em 15 minutos o meu interfone começou a tocar e chegaram mensagens no meu WhatsApp, então parei com o som”.

Fefo ainda comenta que, o setor de entretenimento foi o primeiro a parar perante pandemia, e será o último a voltar à normalidade, já que este gera aglomerações. Depois que a empresa o contratou, ele continuou fazendo as lives, e logo após 40 minutos do primeiro dia, o interfone voltou a tocar em sua casa, Jefferson enviou uma mensagem ao porteiro dizendo que estava trabalhando e que acabaria às 19:30 como combinado. No dia seguinte, chegou à notificação para ele, sobre barulho e conversa alta.

Sabe-se que tem sido difícil conciliar casa, filhos, home office, entretenimento e a preocupação com a saúde no isolamento, entretanto todos têm o direito de trabalhar.

Um caso parecido ocorreu também essa semana com o DJ Alok, que convidado pela rede de televisão Globo, realizou uma live em sua casa e obteve reclamações dos vizinhos.

A Advogada Sabrina finaliza “A conversa entre síndico e moradores deve ser clara, podendo haver algum acordo sobre os horários que todos estejam avisados que acontecerá mais barulho, fora isso, é necessário a compreensão dos moradores para aqueles que precisem realizar o home office com atividades que possam gerar ruído, afinal estamos todos diante de uma mesma situação, nos mantendo como podemos”.






Dra. Sabrina Marcolli Rui - Advogada em direito tributário e imobiliário
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