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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

ESPECIALISTA ALERTA PARA CUIDADOS COM A SAÚDE BUCAL DURANTE O CARNAVAL


O Carnaval está chegando e com ele muita folia e azaração, entretanto, nem tudo é festa. O cirurgião-dentista Edmilson Pelarigo é diretor clínico da rede OrthoDontic, e alerta para alguns riscos e precauções a serem tomadas em meio as comemorações.

O beijo é conhecido por trazer diversos benefícios para o corpo e, no período do Carnaval, figura como marca registrada das grandes festas. Beijar eleva os batimentos cardíacos, auxiliando na oxigenação do sangue, além de proporcionar sensação de prazer e até mesmo queimar calorias. No entanto, a boca é também responsável pela retenção de uma grande quantidade de micro-organismos, uma única gota de saliva pode conter cerca de dois bilhões de bactérias.

Sobre o mito da AIDS, o especialista afirma que única hipótese de transmissão do vírus do HIV através do beijo se dá caso haja lesões e feridas abertas, o que não livra os foliões da influência dos vírus da gripe, HPV, Hepatite B e herpes, por exemplo. A dica é manter a higiene bucal em dia mesmo com a alteração na rotina. "O ideal é utilizar fio dental e fazer as escovações corretamente, mas alimentos como a maçã também podem auxiliar na limpeza, uma vez que possuem componentes higienizadores", relata.

Pelarigo alerta, ainda, sobre os efeitos do excesso de álcool. "A ingestão de bebida alcoólica em grandes quantidades ocasiona desidratação e ressecamento das mucosas bucais, o que pode provocar lesões." O cirurgião-dentista também destaca que a alteração na salivação pode comprometer ainda mais a higiene. "A saliva colabora com a limpeza dos dentes e ajuda a mantê-los saudáveis".
Manter o corpo hidratado e ter algumas frutas a tiracolo pode também ajudar a manter a embriaguez sob controle, evitando brincadeiras que possam causar qualquer tipo de trauma, incluindo os que possam atingir a região da boca.






OrthoDontic


Adereços de carnaval, como glitter e cílios de LED, podem comprometer a visão


Não é para estragar a festa, mas vale o alerta: especialista do CEMA explica por que esses materiais podem ser prejudiciais aos olhos e o que fazer para evitar danos à saúde


Pedaços de plástico, folhas de alumínio, óxidos de ferro e bismuto, dióxido de titânio, todos pintados com cores vibrantes, metálicas e neon. Você usaria essa mistura nos olhos? Embora poucos saibam, essa é a composição do glitter, o hit do carnaval e de todos os eventos que demandam uma boa dose de brilho. No entanto, esse item tão radiante pode prejudicar os olhos, e até mesmo comprometer a visão. Não somente ele, mas maquiagens de procedência duvidosa, cílios postiços ou de LED e spray de espuma também podem ser nocivos. "Esses materiais podem ser prejudiciais à vista, caso encostem na superfície da córnea, o que pode causar lesões, como infecções graves, que vão desde cicatrizes corneanas até a possibilidade de perda visual", explica a especialista em Plástica Ocular e Vias Lacrimais do Hospital CEMA, Rita de Cássia Lima Obeid.

Além do aspecto abrasivo desses itens, a não higienização correta pode levar bactérias e fungos aos olhos. E aí já sabe: é problema de saúde na certa. Os cílios postiços e os de LED, por exemplo, podem fazer a cola usada escorrer, causando problemas visuais. O mesmo acontece com o spray de espuma que, em contato com a córnea, causa irritação e até lesões mais graves, como queimaduras e úlceras. "Todos esses materiais, em excesso, podem atingir a superfície corneana e levar a quadros que vão, desde ceratites até úlceras", explica a médica.

Para não acabar com a folia de ninguém em festas e no carnaval, é essencial proteger a visão desses componentes abrasivos. Além disso, não usar com muita frequência maquiagens pesadas, tais como cílios postiços e, quando colocá-los, tomar cuidado para a cola não escorrer para a superfície corneana. "Evitar o excesso, de maneira geral, é o mais recomendável. Fazer uma boa higiene do local com produtos apropriados e sempre retirar a maquiagem são algumas medidas a serem adotadas por quem vai curtir o carnaval", detalha a especialista.

O importante é não deixar nada cair nos olhos, pois pode agredir e provocar doenças, atingindo a córnea, que é muito sensível. Para tirar o excesso, vale recorrer a um demaquilante cremoso e mesmo um pouco de condicionador. Tudo feito com muito cuidado para que a folia deixe na memória apenas lembranças boas.





 Instituto CEMA
http://www.cemahospital.com.br

Saiba como cuidar da saúde ocular no verão


 Oftalmologista orienta sobre como prevenir doenças e irritações oculares nesta época do ano


As férias de verão chegaram. Muitas pessoas aproveitam para descansar no litoral ou aproveitar rios, cachoeiras e piscinas.  Mas, é preciso cuidar da saúde ocular, pois nesses lugares é muito comum ocorrem contaminações e alergias.  “Ter contato com água contaminada por sujidades no mar ou rio podem trazer alergias e infecções. O excesso de cloro nas piscinas também é um problema. Assim como aplicar filtro solar muito próximo aos olhos”, afirma Dra. Ana Paula Canto, oftalmologista da Clínica Canto.

Uma das principais medidas para prevenir irritações e doenças oculares é evitar mergulhar de olhos abertos ou utilizar óculos de natação. “A água do mar pode irritar os olhos e causar alergias oculares e infecções, como a conjuntivite, além de contaminações, principalmente, se você é usuário de lentes de contato”, explica a oftalmologista.

Dra. Ana Paula lembra que o recomendado é não mergulhar quando a pessoa estiver com lentes de contato. “Se ocorrer, deve-se lembrar de não abrir os olhos debaixo da água e, ao chegar em casa, retirar as lentes de contato e deixá-las de molho no produto específico de higiene da lente. Existem também as lentes de contato de descarte diário, que são as mais recomendadas para essas atividades de lazer como mar, rio e piscina”, orienta.

Outra prevenção fundamental é o uso de óculos de sol, para adultos e crianças. A falta de proteção contra as radiações solares nos olhos podem desencadear problemas sérios da visão, como catarata precoce, pterígio e degeneração macular da retina. “Mas, é imprescendível utilizar óculos escuros com procedência de origem e que tenham realmente lentes de proteção contra os raios ultravioletas (UV-A e UV-B). Se forem apenas escuros e não tiverem a proteção, serão mais maléficos ainda, pois no escuro a pupila dilata e mais raios solares nocivos entram nos olhos”, alerta a oftalmologista.

Protetores solares e maquiagens

Na hora de aplicar o protetor solar no rosto, também são necessário cuidados para evitar irritações oculares. A dica é não passar ao redor dos olhos e usar os óculos de sol. “As maquiagens são outras substâncias que podem escorrer para os olhos por causa da transpiração e causar irritação. Caso queira utilizar, é recomendado optar pelas maquiagens à prova d’água”, aponta Dra. Ana Paula Canto.

Para quem está na praia, pode ainda acontecer de entrar areia nos olhos. Nesse caso, a orientação é nunca coçar ou tentar retirar o grão com as mãos, pois isso pode lesionar a córnea. “A pessoa deve lavar com água tratada ou mineral ou soro fisiológico e procurar piscar bastante. Se tiver um colírio lubricante receitado pelo seu oftalmologista, também pode ser utilizado”, ensina a oftalmologista. “No caso das crianças, se elas estiverem chorando, pode deixar, pois as lágrimas ajudam a eliminar os grãos de areia”, acrescenta.
 
Em qualquer caso, se a coceira, vermelhidão, sensação de areia, lacrimejamento ou alguma dor ocular persistir, deve-se procurar um oftalmologista. “Lembrando que os olhos nunca devem ser coçados ou serem utilizados colírios sem prescrição médica. Para aliviar o desconforto, podem ser feitas compressas geladas, mas sempre é necessário procurar um atendimento médico também, para evitar complicações”, ressalta Dra. Ana Paula Canto.




Clínica Canto

Demência: Alzheimer é a causa mais frequente



Segundo o Instituto Alzheimer Brasil (IAB), há cerca de 46,8 milhões de pessoas com demência no mundo. Este número praticamente irá dobrar a cada 20 anos, chegando a 74,7 milhões em 2030 e a 131,5 milhões em 2050. Estima-se que a cada 3,2 segundos, um novo caso de demência é detectado no mundo, e a previsão é de que em 2050 haverá um novo caso a cada segundo.

Embora não seja propriamente uma causa, a idade é um fator relevante. A medida que aumenta a expectativa de vida da população, aumenta também o número de pessoas que desenvolve algum tipo de demência. A frequência varia conforme a faixa etária. Dos 65 aos 74 anos, é cerca de 3%; dos 75 aos 84, 18%; e acima de 85 anos, 47%.

É importante lembrar que no “envelhecimento normal” há perdas cognitivas progressivas, numa escala pequena e de modo muito lento, não comprometendo o cotidiano da pessoa. Há também um quadro denominado “transtorno cognitivo leve” ou “transtorno neurocognitivo menor” que se caracteriza por perdas cognitivas mais significativas do que o “envelhecimento normal”, porém, leves e graduais, não chegando a configurar um quadro de demência.

A principal causa de demência é a doença de Alzheimer. Cerca de 50-60% dos casos decorrem do Alzheimer. Em seguida, vem a demência vascular e a demência por corpúsculos de Lewy. Menos frequentes são as demências frontotemporais e as demências causadas por traumatismo cranioencefálico, infecções e alcoolismo. Há também as demências mistas (em geral, a associação de Alzheimer e demência vascular).


Sintomas

As demências se caracterizam por uma perda da capacidade cognitiva. Há diferenças entre as manifestações clínicas, mas, de modo geral, ocorre uma perda da capacidade de raciocínio, falhas de memória de curta duração (a pessoa se lembra de fatos antigos, mas não lembra o que fez há poucas horas), e dificuldade para organizar e executar tarefas cotidianas.

A medida que o quadro evolui, os sintomas se tornam mais intensos, havendo perda progressiva da memória, desorientação, dificuldade nas atividades cotidianas e problemas de linguagem. Esta é a evolução típica da demência na doença de Alzheimer, a mais frequente das demências.


Tratamentos

Os tratamentos para as demências, especialmente Alzheimer, incluem medicamentos e abordagens de reabilitação cognitiva. Tanto os medicamentos quanto à reabilitação têm o objetivo de retardar a progressão da demência. Não há tratamentos que possam reverter as perdas que já ocorreram. Por isso, aos primeiros sinais de prejuízo cognitivo, é fundamental buscar rapidamente o diagnóstico. Quanto antes o tratamento tiver início, melhores serão os resultados.


Prevenção

Há vários fatores de risco para as demências que são imutáveis (genética ou idade, por exemplo). Outros fatores podem ser corrigidos para reduzir a chance de desenvolvimento de demência: hipertensão arterial, obesidade, perdas sensoriais (especialmente auditiva), diabetes, tabagismo, depressão, isolamento social e falta de atividade física.

Pessoas com maior nível educacional têm um risco menor de desenvolver demência. Pelo fato de terem estudado mais e manterem uma estimulação intelectual ao longo da vida, desenvolvem uma “reserva cognitiva”, deixando o cérebro mais resiliente às perdas naturais que ocorrem com a idade. Da mesma forma que o corpo precisa de atividade para se manter bem, o cérebro precisa de estimulação para se manter ativo, com sua melhor capacidade possível.




Prof. Dr. Mario Louzã - médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha, e Membro Filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

Riscos de desidratação aumentam durante o verão



Idosos e crianças são os que mais sofrem com o problema, aponta especialista


Beber líquidos regularmente é mais do que um hábito saudável, pois, quando falta água no organismo, os efeitos podem ser devastadores. A desidratação é uma questão séria que afeta a população, e o risco aumenta durante o verão, especialmente entre crianças e idosos. A gastroenterologista do Grupo São Cristóvão Saúde, Dra. Tábata Antoniaci, explica que essas faixas etárias são mais sensíveis ao problema. “As crianças desidratam mais facilmente devido às suas características biológicas; os idosos, geralmente, sentem menos sede e costumam fazer uso de medicamentos diuréticos”, destaca.

A grande perda de líquidos e a baixa reposição acabam interferindo em grande parte dos processos realizados pelo corpo, como a digestão. “Todas essas funções são afetadas quando há um desequilíbrio entre a necessidade e a ingestão (de água)”, afirma Cintya Bassi, nutricionista do Grupo São Cristóvão Saúde.

Um levantamento feito pela Secretaria da Saúde de São Paulo em 2013 revelou que, naquele ano, os hospitais públicos receberam uma média de 25 pessoas por dia vítimas de desidratação. Segundo Cintya, esse quadro se agrava em dias quentes, devido à maior perda de água do corpo, por meio do suor, que libera calor e mantém a temperatura corporal equilibrada.


Sintomas da desidratação

Dor de cabeça, sede intensa e boca seca podem servir de alerta. Esses são os primeiros sintomas que indicam que a quantidade de líquido no organismo está baixa. Além deles, outros sintomas podem aparecer, dependendo da intensidade do problema:

  • Desidratação leve e moderada: pele seca, olhos fundos, diminuição da sudorese, cansaço, dor de cabeça, tontura e, em bebês, moleira afundada.

  • Desidratação grave: queda de pressão arterial, perda de consciência, convulsão, coma, falência de órgãos e morte.


De acordo com a gastroenterologista, a desidratação, em longo prazo, acaba prejudicando a função do intestino de retirar água do que comemos e bebemos para usar nas funções vitais do corpo. O ideal, para evitar essa situação, é aumentar a ingestão de água.

A médica conta que alguns alimentos podem ser bons aliados nessa hora. “Alface, beterraba, couve, tomate, aipo, rabanete, carambola, pepino, morango, melancia e melão possuem alta concentração de água em sua composição, o que ajuda a manter o organismo bem hidratado e funcionando corretamente”, diz Dra. Tábata.

No caso das crianças muito pequenas, que ainda não sabem comunicar quando estão com sede, e dos idosos em idade mais avançada, é preciso intensificar a oferta de líquidos durante o verão. A melhor forma de fazer isso é deixar recipientes com água fresca ao alcance da mão e incentivá-los a beber um pouco a cada hora.

De qualquer forma, todas as faixas etárias ficam mais suscetíveis à desidratação durante o verão, portanto, a dica da nutricionista é sempre carregar uma garrafa de água. “É preferível criar o hábito de ingerir líquidos ao longo do dia ao de consumi-los somente quando a sede aparece”, explica.
As dicas dadas pelas especialistas são fundamentais para garantir seu bem-estar. Portanto, hidrate-se e curta o verão com saúde!

Febre Amarela: Oncologista comenta sobre vacinação em pacientes com câncer


Com a chegada do verão, o Estado de São Paulo entra em alerta sobre a Febre Amarela, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. A Vacinação contra a doença é a principal forma de combate, mas apesar disso é muito comum que a população tenha dúvidas sobre a vacina.

A vacina contra a febre amarela é segura, no entanto, há restrições em casos de gestantes, idosos, crianças com menos de nove meses e pessoas que apresentem imunodeficiência. No caso específico de pacientes com câncer, a recomendação é que a vacina não seja tomada durante o período de tratamento.

De acordo com o Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas o paciente oncológico que está recebendo quimioterapia, por estar com a imunidade fragilizada e com uma capacidade menor de produzir anticorpos, ao receber o vírus da febre amarela vivo atenuado, corre mais riscos de apresentar efeitos colaterais. "Nesses casos, a vacinação só pode ocorrer três meses após a finalização do tratamento quimioterápico", comenta.

Já em casos de pessoas que estão recebendo a imunoterapia e radioterapia, é recomendado aguardar a conclusão do tratamento para receberem a imunização. "Vale ressaltar que não há motivo para pânico. Cada situação é avaliada de acordo com a saúde do paciente e a região onde reside, é possível indicar outros mecanismos de proteção contra a doença. A transmissão da febre amarela se dá por meio da picada do mosquito contaminado. Por isso, pacientes em tratamento de câncer, assim como outros de grupos que não tenham recomendação de imunização, devem utilizar roupas adequadas que cubram maior parte da pele, repelente e considerar o uso de mosquiteiros na janela e/ou sobre a cama", finaliza especialista.

Cálculos urinários: especialista explica as causas e dá dicas para a prevenção


Tomar bastante água e manter uma alimentação saudável são importantes para a prevenção de cálculos nas vias urinárias



As chamadas 'pedras nos rins', ou cálculo renal, são bastante conhecidas do público geral. O que pouca gente sabe é que estas 'pedras' também podem surgir em outras regiões das vias urinárias, tais como bexiga ou uretra.


Segundo o Dr. Marcelo Lorenzi, do Centro Integrado de Urologia (CIU), estas massas duras formadas por minerais, especialmente o cálcio, são originadas a partir da cristalização de partículas. Isto acontece pelo aumento da concentração destes minerais, que estão presentes naturalmente na urina.

As causas, explica o médico urologista, podem ser diversas, desde a falta de ingestão adequada de líquidos, até inflamações, problemas na próstata ou na bexiga, utilização de cateter urinário, entre outros.



Prevenção e hereditariedade


O problema é muito frequente, comprometendo de 5% a 15% da população mundial, sendo mais prevalente entre 20 e 40 anos, três vezes mais comum nos indivíduos do sexo masculino.

A orientação do Dr. Marcelo para diminuir a chance de desenvolvimento de cálculos, ou para impedir o crescimento dos já existentes, é ingerir bastante líquidos, especialmente água e sucos naturais cítricos, e manter uma dieta balanceada.

"É também indicado restringir principalmente o sal e a proteína animal, e controlar doenças sistêmicas, que predispõem a doença, como obesidade e o diabetes. Tais cuidados devem ser ainda mais rígidos se alguém da família tiver histórico deste problema, pois uma característica genética pode facilitar o aparecimento em parentes próximos."



Principais sintomas


A maioria dos cálculos renais não apresentam sintomas e acabam sendo diagnosticados em exames de rotina, ou na investigação de outros problemas. No entanto, segundo o especialista, pode acontecer de um cálculo se deslocar e obstruir a passagem da urina do rim para a bexiga, levando à uma dilatação do rim obstruído e, consequentemente, acarretando em sintomas diversos.

"Neste caso, podem ocorrer o escurecimento da urina, ardor urinário, frequência urinária elevada e, principalmente, dor lombar intensa, tipo cólica, que pode ser acompanhada de náuseas e vômitos, levando ao atendimento de urgência", explica o Dr. Marcelo.

O especialista mais indicado para tratar o cálculo urinário é o médico urologista, que deve ser procurado o mais rápido possível, para que o problema seja solucionado.

No atendimento, após uma conversa inicial para conhecer os sintomas e o histórico do paciente, exames complementares, como exame de urina, ultrassonografia e, principalmente, a tomografia, poderão ser solicitados para confirmar a presença e a localização dos cálculos.

Somente após esta confirmação o médico poderá orientar o paciente sobre o tratamento mais indicado.

 

Tratamento


O tratamento depende do quadro clínico do paciente, da localização e do tamanho do cálculo. Podem ser indicados apenas um tratamento clínico medicamentoso, procedimentos extracorpóreos, com a finalidade de fragmentação e eliminação espontânea dos cálculos, ou cirurgias por endoscopia urinária, sendo estas mais frequentes em procedimentos de urgência.

Em casos de cólica renal devido à obstrução da passagem urinária, o tratamento consiste inicialmente em terapia clínica com analgésicos, anti-inflamatórios e dilatadores do canal urinário para estabilização do quadro clínico.

"Dependendo do caso, a cirurgia poderá ser indicada, habitualmente por endoscopia urinária, para fragmentação e remoção do cálculo ou seus fragmentos."

O especialista adverte que, durante a crise de cólica renal, está contraindicada a hidratação vigorosa, já que o aumento do volume urinário não auxiliará na eliminação do cálculo nestes casos. Esta medida está indicada como prevenção da formação de novas pedras.




Metade dos casos de transtorno mental surge até os 14 anos de idade, alerta OMS


 Janeiro branco chama atenção para saúde mental


A campanha deste mês, chamada Janeiro Branco, faz um alerta importante: é preciso conscientizar a população sobre a importância da saúde mental. Isso porque, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade em todo o mundo. No ranking da depressão, o país está em quinto lugar.

E este é um problema que pode ter origem ainda na infância e adolescência, já que, de acordo com a entidade, metade dos casos de transtorno mental surge até os 14 anos de idade, mas, infelizmente, a maioria não é diagnosticada ou tratada.


"Dia a dia, vemos cada vez mais casos de jovens com transtornos mentais, vítimas de depressão profunda, praticantes de automutilação, ideação e tentativas de suicídio recorrentes, assim como envolvimento com álcool e outras drogas. O avanço tecnológico e as mudanças nos hábitos familiares e sociais têm parte nisso. Criaram-se padrões irreais e inalcançáveis que, muitas vezes, levam os jovens a um estresse intenso e frustrações frequentes", destaca Jussara Cavalcanti, psicóloga da Clínica Maia, especialista em atendimento e acolhimento infantil, adolescente e familiar.

Segundo a profissional, as redes sociais, por exemplo, que ao mesmo tempo permitem aproximar as pessoas, geram uma exposição muito grande, criam um mundo de felicidade irreal e uma busca incessante em alcançá-la. O bullying, inclusive, é também uma consequência disso.

As principais síndromes ligadas ao mundo moderno e ao período inicial de vida incluem Depressão, que pode ser identificada por comportamentos de isolamento e problemas com auto-estima, tristeza recorrente, falta de energia, angústia e um vazio interior; Transtorno de Ansiedade, caracterizado por insônia, irritabilidade exacerbada, tensão, dores estomacais, medo, agitação, dificuldade em concentrar-se; Transtornos Alimentares, que podem ser observados através de alterações na alimentação e preocupação exagerada com o peso/corpo, na tentativa de atingir padrões de beleza.

"A Fobia Social também é comum na adolescência. O jovem tem dificuldade em participar de atividades sociais e busca manter-se isolado em casa, demonstrando medo e insegurança nestas ocasiões. Ele pode apresentar sintomas como agonia, taquicardia, dificuldade em respirar, suor intenso, ente outros fatores. Há também o Transtorno Desafiador e/ou de Conduta, que pode ser confundido com rebeldia da adolescência, mas é importante notar alguns sinais característicos da síndrome: dificuldade em lidar com normas e regras, impulsividade, agressividade, hostilidade, desrespeito à autoridade, irritabilidade, mentiras, roubos, manipulação e colocar-se em situações de risco", esclarece Jussara.

O fato de o diagnóstico ainda ser um problema para a saúde mental, e até mesmo um tabu, causa prejuízos sérios, pois uma síndrome não diagnosticada e não tratada pode comprometer todo o desenvolvimento familiar, social, escolar e profissional da criança/adolescente. "Um adulto que sofre com uma saúde mental debilitada e não cuidada se torna inseguro, despreparado, sem amor próprio e com dificuldades em lidar com situações do cotidiano, (desde as mais simples até as mais complexas), podendo até mesmo comprometer a própria vida, já que muitos deles enxergam no suicídio uma forma de suprimir a dor", alerta a psicóloga.

Para ela, é vital o papel dos pais, familiares e professores no que diz respeito à atenção quanto aos sinais manifestados pela criança em seu desenvolvimento. Comportamentos agressivos, explosões diante de situações do cotidiano, agitação, distúrbios de sono, de aprendizagem e de socialização são alguns dos sintomas que necessitam de atenção profissional especializada, visando um diagnóstico e acompanhamento correto. Uma vez constatado o problema, é fundamental que o jovem passe por um atendimento psicológico contínuo.

"Esta deve ser não só uma preocupação de pais e educadores, mas também da sociedade em geral. A saúde mental precisa ser abordada. Nos últimos tempos, dá-se muita importância à prática de exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis, que são importantes, só que agora precisamos avançar, para que o amplo conhecimento das doenças mentais possa propiciar diagnósticos e tratamentos mais adequados e assertivos. Todos nós merecemos qualidade de vida", conclui.




O Brexit ficou mais distante?



O ano de 2019 iniciou-se acalorado no parlamento do Reino Unido, com as discussões sobre o Brexit. A proposta de saída da União Europeia, aprovada pelos britânicos no referendo de 2016, vem sendo negociada desde então. À época, cerca de 52% dos eleitores optaram por deixar o bloco econômico, e a abstenção foi de quase 30%. Hoje, as complicações dessa decisão são mais claras do que eram em 2016.

Para entender as adversidades da saída do Reino Unido, é necessário entender os acordos que unificaram o continente europeu. A União Europeia é um bloco econômico composto por 28 países, cuja semente está na década de 1950, quando foi fundada a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço por seis nações. Com o tempo, a integração aprofundou-se e novos países entraram no que se tornou Comunidade Econômica Europeia (CEE) em 1957. Logo, a CEE tornou-se a Comunidade Europeia que, com a assinatura do Tratado de Maastrich em 1992 torna-se União Europeia.

Os europeus circulam livremente entre os países que compõem a UE, sem sequer controle de passaportes. Existe também a livre circulação de mercadorias, serviços e capitais. Mais que isso, o bloco possui leis e políticas comuns em diversos temas chave ao desenvolvimento, como comércio, indústria e agricultura, tendo também missões diplomáticas conjuntas nas Nações Unidas, na Organização Mundial do Comércio, no G8 e no G20. Há também o Euro, a moeda única, cuja circulação iniciou-se em 2002.

Como se pode perceber, são cerca de 70 anos de integração que asseguraram uma paz praticamente inédita num continente que já foi palco de tantos conflitos e guerras. Todo esse aparato unificado dá ao Brexit diversas dificuldades, a começar pela questão da Irlanda. Enquanto a Irlanda do Norte é uma província Britânica, a República da Irlanda é um país independente, que continuará na União Europeia. O ponto de desavenças está justamente na fronteira entre as regiões República da Irlanda e Irlanda do Norte.

Uma vez que na União Europeia é livre a circulação de mercadorias e serviços, com a saída do Reino Unido passa a haver a necessidade de controle fronteiriço e alfandegário, o que não é da vontade dos irlandeses. Além disso, existem os compromissos de financiamento dos projetos da UE, assumidos previamente pelos britânicos. Honrar essas dívidas custará cerca de 39 bilhões de libras esterlinas – algo como 191 bilhões de reais – aos cofres da Rainha.

Depois de muitas negociações, que envolveram dezenas de outros temas, o Reino Unido – capitaneado pela primeira ministra Theresa May – e a União Europeia chegaram a um projeto de acordo em novembro de 2018, que deveria ter sido votado pelo parlamento britânico ainda no ano passado. Depois de muitas idas e vindas, esse acordo foi finalmente votado – e rejeitado – em 15 de janeiro de 2019.

Foram 432 deputados que votaram contra, e apenas 202 foram favoráveis ao que propôs May. Logo na sequência, o líder da oposição pediu a votação de uma moção de desconfiança em relação a Primeira Ministra. Como acontece no parlamentarismo, quando um Primeiro Ministro não tem a maioria dos votos num parlamento, devem haver novas eleições para a escolha de um novo líder. Dessa vez, no entanto, Theresa May foi vitoriosa, ainda que por uma pequena margem: 325 votos a favor de sua permanência, e 306 contra.

O que acontece agora? Bem, acontece que May segue no cargo, e seguirá negociando o Brexit. Há quem defenda um novo referendo, para que a população opine outra vez. Uma pesquisa feita pelo YouGov em dezembro mostrou que 64% dos britânicos gostaria de uma nova votação. O problema é que o prazo para o Brexit se esgota em 27 de março e não há tempo para um novo referendo. Nesse caso, os representantes dos outros 27 países da União Europeia precisariam conceder mais prazo ao Reino Unido para seguir com as negociações ou repensar a saída.

Outra possibilidade é que o Brexit se dê sem acordo, o que não é ideal, visto que as relações futuras com a União Europeia permaneceriam nebulosas em diversas áreas, o que prejudicaria a economia de todos os envolvidos. A terceira via é também problemática, visto que envolve uma renegociação ampla, que necessitaria da prorrogação do prazo de saída. Theresa May pode, ainda, tentar antecipar as eleições gerais, concorrendo novamente. Nesse caso, May precisaria torcer para uma votação ampla em seu favor.

Seja qual for a opção que May e o Reino Unido escolham, nenhuma das vias é fácil. A Premiê diz estar disposta a conversar e negociar com todos os membros e partidos do parlamento, mas uma nova proposta deverá ser apresentada em até três dias úteis. Como se pode perceber, o tempo não é um bom aliado nesse momento. Aparentemente, a porta de saída para o Reino Unido ficou um pouco mais distante.





João Alfredo Lopes Nyegray - advogado, relações internacionais, especializado em Negócios Internacionais, doutorando em Estratégia e mestre em Internacionalização. Autor dos livros “Projetos Internacionais – estratégias de expansão empresarial” e “Legislação Aduaneira, negócios internacionais e Comércio Exterior”. Professor de Relações Internacionais, Comércio Exterior, Administração e Economia na Universidade Positivo.

Código de Trânsito Brasileiro completa 21 anos com novidades para pedestres e ciclistas


Especialista faz balanço sobre acertos, erros e o que esperar para os próximos anos



Em janeiro de 1998 campanhas alertavam sobre o início da vigência do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Algo desconhecido para os brasileiros,  já que regras e critérios para transitar em ruas e vias eram rudimentares até então, mas que prometia ser uma das legislações mais modernas e avançadas do mundo direcionada à educação viária, normas de conduta, infrações e penalidades. A então nova legislação – que completou 21 anos no dia 22 de janeiro de 2019 – nasceu com 341 artigos, o objetivo de reduzir o número de mortos e feridos no trânsito e a ambição de transformá-lo em um lugar melhor para todos.

Segundo Julyver Modesto de Araujo, mestre em Direito do Estado e comentarista do CTB Digital, o Código sofreu várias mudanças desde 1998 – ao menos uma por ano - e, como toda legislação, no CTB há acertos e pontos de melhorias. “Em relação ao código de trânsito anterior, de 1966, o atual trouxe, entre outras mudanças, o município para dentro do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), ampliou o número de infrações, incluiu um capítulo específico sobre crimes de trânsito, pretendeu determinar a educação para o trânsito em todos os níveis de ensino e a inspeção de segurança veicular obrigatória anualmente. Infelizmente nem tudo está funcionando perfeitamente passados todos estes anos.”

Além disso, desde a sua criação o CTB passou por diversas atualizações para acompanhar as mudanças de comportamento da sociedade e a evolução tecnológica. Em 21 anos, foram 34 Leis – e mais um projeto recém-aprovado, aguardando sanção presidencial – além de 770 resoluções. “As modificações nem sempre são necessárias, mas sempre procuram tornar mais seguras as relações sociais na utilização da via pública”, explica Araujo.

A convite da Perkons, o especialista faz um balanço desses 21 anos de CTB. Confira:



Aproximação com a sociedade

Um dos principais destaques no período é a “municipalização do trânsito”. O Código de Trânsito aproximou o poder público do cidadão ao dar autonomia e o controle da gestão do trânsito para o Poder Executivo local. Isso permitiu transferir para os órgãos municipais competências fundamentais para a melhoria do trânsito, como fiscalizar, implantar o sistema de sinalização, coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os acidentes.

Mas há muito a ser feito. Apenas 25% dos municípios estão integrados ao SNT; isso representa apenas 1,5 mil das mais de 5,5 mil cidades do país. A consequência disso é a dificuldade para fiscalizar e educar o cidadão.



Lei Seca

A Lei Seca trouxe maior rigor na penalização para quem associa álcool e direção. Criada em 2008, a lei exigiu mudança nos hábitos e comportamentos dos brasileiros. Atualmente, quem é flagrado dirigindo sob o efeito de qualquer quantidade de bebida alcóolica comete uma infração gravíssima e está sujeito à multa de R$ 2.934,70, além da suspensão do direito de dirigir por doze meses. Para quem reincidir na infração no intervalo de um ano, o valor da multa é dobrado e a habilitação é cassada. Desde 2016 quem recusa o bafômetro tem a mesma penalidade. No ano passado mais uma mudança: o motorista embriagado que causar acidente pode ser punido com até oito anos de detenção, nos casos com vítimas fatais, e com até cinco anos, se houver ferido grave.



Segunda década de avanços

A virada para a segunda década do CTB trouxe consigo mudanças importantes para a segurança dos passageiros. A obrigatoriedade do uso da cadeirinha, a partir de 2010, e a exigência de airbag duplo e freios ABS nos veículos fabricados a partir de 2014, são alguns exemplos.

Outra alteração importante está relacionada ao avanço da tecnologia. O uso do celular ao volante passou de infração média para gravíssima, no caso do motorista flagrado segurando ou manuseando o aparelho enquanto dirige. O smartphone só pode ser utilizado quando o veículo estiver estacionado. Caso esteja apenas parado – em um semáforo ou congestionamento, por exemplo – o equipamento deve ser utilizado apenas como GPS e permanecer fixado em suporte adequado no para-brisa dianteiro ou no painel.



Conscientização e democratização do trânsito

Desde a constituição do CTB as discussões sobre trânsito e sobre a relação homem e automóvel ganharam mais espaço na sociedade. Hoje as pessoas conversam sobre os problemas desta convivência de maneira mais consciente, debatem e buscam soluções para reduzir o número de mortos e feridos mais ativamente. Porém, a criação de órgãos específicos – como órgãos municipais, para coordenar o trânsito e educar os usuários – é necessária para uma mudança de comportamento mais efetiva. Legislação, fiscalização e educação precisam caminhar juntas para um trânsito seguro.



O que esperar para o futuro

Para esse ano estão previstas mudanças no Código relacionadas a ciclistas e pedestres infratores, que entrarão em vigor a partir de março. Entre as situações que já são consideradas infrações pelo CTB e que passarão a ser multadas estão atravessar a rua fora da faixa e pedalar em local proibido. Também teve início, no final de 2018, a vigência do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que deve multiplicar as ações de conscientização para a redução de acidentes e mortes no trânsito. Outras medidas, como a que aborda inspeção veicular, podem sair do papel. 

Mas, o mais importante talvez seja o ponto relacionado à educação. Por exemplo, se educação para o trânsito fosse colocada em prática em todos os níveis de ensino – algo previsto desde o início da vigência do CTB, lá em 1998 – já teríamos uma nova geração de condutores, passageiros e pedestres nas ruas do país, muito mais consciente, participativa e responsável.


BOLSONARO EM DAVOS



 “Os setores que nos criticam têm, na verdade, muito o que aprender conosco. Queremos governar pelo exemplo e que o mundo restabeleça a confiança que sempre teve em nós.” (Presidente Bolsonaro, em Davos)


        Quem esperava Bolsonaro lecionando Comércio Internacional e Ciência Política em Davos e manifesta frustração por ele não haver feito isso está em situação mais desfavorável do que a dele. Simplesmente desconhece a realidade. Dorme à margem dos fatos. Isso não chega a ser problema se for opinião de um cidadão comum à mesa do bar da esquina, ou de alguém convencido de que a carceragem da Polícia Federal de Curitiba hospeda um mártir da luta pela democracia e pela moralidade da gestão pública. No entanto, se a opinião negativa for emitida por quem se dedica a formar a opinião dos outros, bem, aí estamos perante um caso a cobrar adjetivos que não escrevo para que o leitor não imagine que estou invadindo a privacidade de seus pensamentos.
        O Brasil inteiro sabe que Jair Bolsonaro é um homem simples, embora sua formação possa ser até mesmo considerada sofisticada em comparação com a de Lula, por exemplo. A diferença entre ambos é a honestidade. Enquanto Bolsonaro não finge ser o que não é, Lula tem um caráter poliédrico, com uma face para cada circunstância. É capaz de ir a Davos e prometer que vai acabar com a fome no Brasil e no mundo, jurar que extinguiu a miséria e descrever o paraíso nacional enquanto o tiroteio corre solto nas cidades do país. A diferença entre Bolsonaro e Dilma é que enquanto esta pensa que sabe muito, mas pensa pouco e errado, ele tem consciência do que não sabe e, por isso, se cerca de pessoas que sabem muito.
        Foram essas virtudes, que se erguem acima do saber humano, que colocaram o novo presidente em sintonia com a maior parte do eleitorado brasileiro. Foram elas, também, que o fizeram compor o governo menos político-partidário da nossa democracia. A prudência é uma característica das almas simples. Foram essas virtudes que o levaram a exaltar em seu discurso a companhia dos ministros Paulo Guedes, Sérgio Moro e Ernesto Araújo.
Não, Bolsonaro não é o rei do camarote. Li, há pouco, que, durante o voo, a bordo do avião presidencial, não quis usar a suíte e a cama reservada ao presidente. Ficou em uma poltrona, como os demais viajantes, porque “um comandante não abandona sua tropa; tem que dar o exemplo”. Aquela suíte e aquela cama eram assiduamente ocupadas pelo comandante Lula, o santo da carceragem de Curitiba, para folguedos extraconjugais a grande altitude, enquanto sua tropa, de tantos escândalos, já não se surpreendia. Assistiam de camarote as traquinagens do rei.
Em seu discurso, Bolsonaro foi polido e afirmativo. Deu as grandes diretrizes do que fará, falou das reformas, expôs seus valores, afirmou que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente no mundo. E faz isso malgrado a carência de recursos e à custa de uma menor produção de riqueza (quem mais assume tais sacrifícios?). Enfatizou a gigantesca obra educacional exigida pela realidade brasileira, assaltada pelos encolhedores de cabeças. Falou em Deus e em família. E quem não gostou vá assistir a Globo.



 Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Resoluções de ano novo: como fazer um bom plano de carreira para 2019


Erro comum, profissionais não planejam o futuro e se tornam passivos em suas carreiras; Veja quatro passos para definir seus objetivos para o próximo ano

Um novo ano  e, com ele, surgem dúvidas e questionamentos sobre nossa vida, como o que desejamos manter e o que queremos mudar nos próximos meses – inclusive profissionalmente.

Passo essencial, o plano de carreira é o guia da vida profissional e torna muito mais simples fazer escolhas boas e conscientes ao longo da carreira. Porém, muitas pessoas deixam seu futuro nas mãos do gestor ou do RH da empresa. “Esse é um erro muito comum e os profissionais acabam à deriva. Na verdade, a única pessoa responsável pela sua carreira é você mesmo”, orienta Ricardo Fazanaro, gerente de carreira da Randstad. 

Papel e caneta na mão? Então confira os quatro passos listados pelo executivo para definir seu planejamento e comece 2019 com o pé direito na profissão.


1. Defina seu propósito de carreira

Esta etapa é fundamental, mas muitas pessoas acabam pulando. O propósito da carreira ajudará a guiar seus passos e aplicar filtros durante toda a sua trajetória, avaliando eventuais oportunidades com olhar crítico de quem você é como profissional. Seu propósito pode ser apenas pessoal, como virar gerente, ou social, como contribuir para a melhoria da sociedade.


2. Elenque os cargos pelos quais quer passar

Qual é o cargo máximo que você quer chegar? Quer empreender? Quais são os feitos que você deseja alcançar na sua trajetória? Essas perguntas são importantes para que você tenha um alvo, uma meta a perseguir. Definido o objetivo máximo, liste quais são os cargos, projetos e etapas intermediárias, com seus respectivos períodos. Ex.: quero ser diretor em 4 anos.


3. Saiba qual será sua estratégia

Uma vez que você já sabe quais são as etapas que precisará percorrer, é momento de traçar sua estratégia. Avalie quais são os cursos, idiomas e habilidades que você precisará alcançar em cada momento de sua carreira. A partir do prazo definido, você também definirá a intensidade e urgência de cada um desses itens.


4. Avalie a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional  

Quando não fazemos essa avaliação, podemos ser pegos de surpresa ou nos arrepender tarde demais. Reflita sobre suas metas pessoais e o estilo de vida que deseja ter. Assim, conseguirá encontrar o meio termo ideal entre vida profissional e pessoal, além de definir quais são os sacrifícios que está disposto a fazer em cada momento da carreira.

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