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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Escultura gigante de Kleber Pagu alerta para diagnóstico de doença rara, em evento em São Paulo nesta sexta (2)


Comumente confundida com outras doenças por conta dos sintomas similares, a Doença de Gaucher é considerada rara, atingindo algo como 1 em cada 40 mil pessoal pelo mundo. Ela é caracterizada por uma alteração genética que impede que as células do corpo possam funcionar adequadamente, levando ao acúmulo de substâncias e problemas de funcionamento que progressivamente trazem danos ao paciente.

O Brasil é o terceiro país com o maior número de pacientes identificados, com 700 pessoas já diagnosticadas. Os principais sintomas da doença são fadiga, baço e fígado aumentados, sangramento pelo nariz, dor nos ossos e atraso no crescimento.

Para alertar a população e a classe médica sobre a dificuldade e importância do diagnóstico aprofundado, uma campanha lançada durante o maior congresso de hematologia e hemoterapia da América Latina, em São Paulo, expõe uma escultura gigante de um rosto humano, veja:


A escultura do artista Kleber Pagu está exposta no Hemo 2018 e representa a importância de um diagnóstico detalhado para a identificação da doença de Gaucher. Composta por fragmentos individuais, a obra funcionará como a representação visual para que especialistas apresentem resultados de estudos clínicos realizados no Brasil com medicamentos, bem como tratamentos orais que estão mudando o dia a dia de pessoas diagnosticadas com a Doença de Gaucher.



Sobre a Doença de Gaucher:

  • A Doença de Gaucher é uma das patologias mais frequentes entre as relacionadas ao depósito lisossômico (DDL), com incidência internacional estimada em 1 para cada 40.000 pessoas.04
  • Os sintomas da Doença de Gaucher são vários, podendo destacar fadiga, baço e fígado aumentados, sangramento pelo nariz, dor nos ossos e atraso no crescimento.
  • A enfermidade é muitas vezes confundida com outras doenças com sintomas parecidos, o que dificulta o diagnóstico.05
  • A incidência estimada da Doença de Gaucher em estudos internacionais é de 1 para 40 mil pessoas.O Brasil é o terceiro país com maior número de pacientes identificados – já são mais de 700 brasileiros diagnosticados.
  • O número aproximado de brasileiros que contam com tratamento fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é consistente com o número de diagnósticos, já que cerca de 700 pessoas estão em tratamento, segundo o Ministério da Saúde




SERVIÇO | Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (HEMO) 

Organização: Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
Data: 31 de outubro a 03 de novembro
Local: Transamérica Expo Center - Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387, Santo Amaro, São Paulo.
Site: http://hemo.org.br/
Programação: http://hemo.org.br/programacao-cientifica/
 





Sobre a ABHH

A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) reúne hematologistas e hemoterapeutas e tem como frentes de atuação o desenvolvimento educacional e científico dos especialistas. Filiada à Associação Médica Brasileira (AMB), a ABHH possui mais de dois mil associados.


Linha 4-Amarela recebe campanha de vacinação


Ação, que ocorrerá nas estações Butantã e Pinheiros nos dias 5, 6, 12 e 13 de novembro, visa ampliar cobertura contra febre amarela na capital


A ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela de metrô, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, oferecerá aos passageiros imunização contra febre amarela.
A campanha de vacinação será realizada nas estações Butantã e Pinheiros nos dias 5, 6, 12 e 13 de novembro, das 14h às 18h. A iniciativa tem como objetivo ampliar a cobertura na cidade, atualmente em torno de 54,2%.

A dose padrão contra a febre amarela é única e confere imunidade para toda a vida, não havendo necessidade de dose de reforço. A vacina estará disponível para toda a população e pode ser aplicada em bebês a partir dos nove meses de idade, sendo contraindicada para gestantes, mulheres amamentando crianças menores de 6 meses, pessoas imunodepressivas, como pacientes oncológicos e portadores de doenças crônicas também não devem tomá-la. É recomendável que idosos com 60 anos ou mais passem por uma avaliação médica prévia para saber se podem ou não receber a dose.

Para mais informações a respeito da campanha ou sobre as contraindicações, acesse www.prefeitura.sp.gov.br/saude





Serviço

Vacinação contra febre amarela
5, 6, 12 e 13 de novembro de 2018 – Estações Butantã e Pinheiros
Horário: das 14h às 18h




Transfusões de sangue podem ter grandes complicações




TRALI ainda pouco conhecida e, por vezes, confundida com outras complicações
Créditos: divulgação



Exames laboratoriais mais detalhados podem diminuir a incidência da chamada TRALI


Embora as transfusões de sangue salvem vidas e devam sempre ser incentivadas, elas não estão livres de complicações. Quadros alérgicos, de leve a grave, contaminações bacteriana, viral ou por parasitas, e até mesmo a incompatibilidade transfusional (quando por algum equívoco a pessoa recebe doação de sangue diferente do seu) são alguns dos riscos associados às transfusões sanguíneas. Contudo, é a chamada Lesão Pulmonar Aguda Relacionada à Transfusão – TRALI, na sigla em inglês - que vêm preocupando médicos hematologistas ao redor do globo.

Com evolução rápida, podendo ocorrer durante ou até seis horas após o recebimento de sangue, a TRALI será discutida no próximo Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, que ocorrerá em São Paulo, entre os dias 31 de outubro e 3 de novembro. Ainda pouco conhecida e, por vezes, confundida com outras complicações das transfusões, é hoje a principal causa de morte associada à transfusão, respondendo por 10 a 15% das ocorrências.

“A TRALI ainda é pouco conhecida da classe médica mundial, principalmente no Brasil, o que faz com que seja pouco relatada nos órgãos de controle, contribuindo para uma subnotificação. Além disso, ela costuma ser confundida com a TACO, que é uma sobrecarga pulmonar do volume transfundido, com quadro clínico muito parecido”, explica o hematologista Antônio Fabbron, diretor geral do Diagnósticos Brasil e professor da Faculdade de Medicina de Marília.


O que é a TRALI, afinal?

Reconhecida como entidade clínica em 1985, a TRALI é uma complicação grave relacionada às transfusões sanguíneas, sobretudo aquelas que contêm mais plasma. Isso porque no plasma do doador pode haver a presença dos anticorpos anti-HLA (Antígeno Leucocitário Humano) e anti-HNA (Antígeno Neutrofílico Humano), e seus subtipos, que quando encontram antígenos correspondentes na pessoa que está recebendo a doação, podem levar a uma ruptura dos capilares pulmonares, gerando um quadro agudo de edema de pulmão.

No geral, a TRALI ocorre entre uma e duas horas após o recebimento do sangue. Porém, há casos em que os pacientes demoram até seis horas para apresentar os sintomas. Clinicamente, a pessoa acometida pela doença costuma ter um quadro agudo de falta de ar, queda de pressão e febre.

Vale lembrar que nem todas as pessoas desenvolvem a Lesão Pulmonar Aguda Relacionada à Transfusão. A incidência é maior em pacientes com algum tipo de infecção, que passaram por cirurgia cardíaca, de tórax, ou com câncer. “O indivíduo já está em uma condição de base ao receber o anticorpo”, ressalta Fabbron. O diagnóstico da TRALI é feito por meio de Raio-X do tórax, pela constatação de queda na saturação de oxigênio do sangue e pela ausência de problemas cardíacos concomitante. O tratamento consiste na interrupção da transfusão e oferta de oxigênio por cateter nasal ou por respiradores após intubação traqueal.


Uma luz no fim do túnel

Atualmente, sabe-se que pessoas que já receberam transfusão e, principalmente, mulheres com um ou mais filhos, têm maior probabilidade de apresentarem os anticorpos desencadeadores da TRALI. No caso das mulheres, a frequência aumenta conforme o número de gravidezes, visto que o contato do sangue fetal com o materno faz com que a mãe possa formar anticorpos.

Dessa forma, hoje, a principal maneira de prevenção da TRALI se dá por meio dos questionários que os doadores de sangue preenchem antes da doação. Por ele, é possível identificar os grupos com maior prevalência dos anticorpos anti-HLA e anti-HNA e assim evita-se a transfusão do sangue doado por este grupo. Quando o sangue doado apresenta um risco maior de levar a TRALI, pode-se direcionar a doação para outra finalidade, como a produção de hemoderivados, a exemplo do Fator VIII de Coagulação para hemofilia.

Porém, o rastreamento pode ser mais preciso com a adoção de um teste rápido desenvolvido pela One Lambda e comercializado exclusivamente pela Biometrix Diagnóstica. Trata-se do kit LABScreen® Multi, que é capaz de realizar a triagem de anticorpos contra antígenos HLA de Classe I e II e antígenos HNA.

“O produto já tem registro nos Estados Unidos, onde a utilização está se tornando rotineira. Aqui, já temos o registro na ANVISA, mas o teste ainda não é contemplado pelo SUS, nem em laboratórios particulares. Apesar disso, acredito que com base na provável frequência dos anticorpos na população de doadores, a tendência é que seja adotado rapidamente”, explica Marcelo Mion, gerente do laboratório da Biometrix.

Segundo Mion, o teste utiliza uma forma de diagnóstico pela metodologia molecular, que avalia o soro e verifica a presença dos anticorpos em uma triagem para doação.  Na avaliação dele, a adoção do teste em larga escala facilitará o desenvolvimento de estratégias de prevenção da TRALI, além de aumentar o número de doadores.

Drible o preconceito


Na fase inicial câncer de próstata não apresenta sintomas, por isso homens a partir de 50 anos devem ir anualmente ao urologista para fazer o exame retal


No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens – ficando atrás apenas do câncer de pele e a estimativa segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) é que até o final de 2018 mais de 60 mil novos casos sejam detectados.

Segundo o médico urologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Fernando Meyer, os homens ainda possuem dificuldade em procurar um urologista. “As vezes são as próprias mulheres que os incentivam, e é importante os homens irem ao médico para realizar os exames de prevenção, pois se diagnosticada precocemente a doença, as chances de cura chegam a 90%”, destaca Dr. Fernando.

Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas, por isso, mesmo sem queixas, os homens devem a partir dos 50 anos, realizar consultas anualmente. “Se tiver algum caso na família, o paciente já deve fazer os exames aos 45 anos”, explica o urologista.

O exame de toque retal e de sangue, são os indicados pelo médico. “Muitos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal”, relata o urologista. O exame permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, além de solicitar o exame de sangue PSA ( antígeno prostático específico).

Quando a doença está em fase mais avançada, é comum os pacientes relatarem sintomas, como dor óssea e ao urinar, e vontade de urinar com frequência. “Quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura”, diz o médico.

Sobre a doença

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa em média 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma. O surgimento da doença acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada. Os fatores de risco estão relacionados com idade avançada - acima de 50 anos, histórico familiar da doença, fatores hormonais e ambientais e hábitos alimentares - dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas, sedentarismo e excesso de 
peso.
Tratamento

O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim como da idade do paciente e pode incluir prostatectomia radical - remoção cirúrgica da próstata, radioterapia, hormonoterapia e uso de medicamentos. Para os pacientes idosos com tumor de evolução lenta o acompanhamento clínico menos invasivo é uma opção que deve ser considerada.

O Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, foi o primeiro hospital a realizar o procedimento HIFU, sigla em inglês para ultrassonografia de alta frequência e intensidade (HIFU). A tecnologia permite a aplicação de energia acústica em áreas específicas da próstata, e assim, auxilia no tratamento do câncer de próstata.

NOVEMBRO AZUL: CÂNCER DE PRÓSTATA PODE CAUSAR INFERTILIDADE



O câncer de próstata deve atingir 68 brasileiros em 2018, segundo dados do INCA (Instituto nacional do Câncer). A doença pode levar à infertilidade porque ela mesma e os tratamentos possíveis, como radioterapia, hormonioterapia e ou quimioterapia afetam a função da glândula masculina responsável por produzir compostos importantes do líquido seminal que nutre os espermatozoides.

Além disso, a depender do caso, o médico especialista pode indicar a retirada cirúrgica da glândula. “Sem a próstata, a produção do líquido seminal é afetada, ou seja, o homem fica infértil. Em casos em que não é preciso retirar a glândula, o tratamento pode eliminar a produção dos espermatozoides”, explica o urologista Joseph Monteiro, certificado em reprodução assistida pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

O médico afirma que, em ambos os casos, as técnicas de reprodução assistida podem permitir que o homem que deseja ser pai tenha a sua fertilidade preservada. “Uma possibilidade é congelar o sêmen em uma clínica de reprodução, antes da radioterapia. Nos casos cirúrgicos, além da possibilidade do congelamento antes da cirurgia, ainda é possível obter posteriormente os espermatozoides diretamente do testículo para o processo de fertilização in vitro, no qual o óvulo é fecundado no laboratório e o embrião é transferido para o útero”, exemplifica.


A DOENÇA – O câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente em homens no Brasil, ficando atrás apenas dos tumores de pele. Apesar de ser uma doença mais frequente após os 65 anos de idade, os casos a partir dos 50 anos de idade tem sido mais frequente. “Acredita-se que o diagnóstico precoce seja dado devido à modernização dos equipamentos que realizam o exame e também por conta da das campanhas de conscientização do risco do câncer prostático, como o Novembro azul, por exemplo. Dessa forma, é possível detectar a doença em pacientes que ainda desejam ter filhos e que eles tomem conhecimento dos tratamentos por meio da reprodução assistida”, reforça.

Em sua fase inicial, quando o tratamento curativo é possível, o câncer de próstata é uma doença silenciosa, praticamente sem sintomas. Com seu avanço podem surgir dificuldade em urinar, perda do controle urinário, vontade frequente de urinar, principalmente à noite, sangramento ao urinar ou ao ejacular. Em casos mais avançados, podem surgir sinais como a obstrução do aparelho urinário, dores abdominais, perda de peso e apetite, anemia, cansaço e dores ósseas.


DIAGNÓSTICO – De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a detecção precoce de um câncer compreende duas diferentes estratégias: uma destinada ao diagnóstico em pessoas que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e outra voltada para pessoas sem nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento). “Homens com histórico familiar de câncer de próstata ou negros (em que a doença costuma ser mais agressiva), devem procurar um urologista após os 45 anos. Para os demais, a idade inicial é 50 anos. Nessa fase, é possível suspeitar da doença por meio de exames de sangue (dosagem de PSA), toque retal e confirmar seu diagnóstico por biópsia, quando indicado”, conclui.

Futuro reserva novidades para o tratamento e combate ao câncer de próstata


É o que aponta estudos divulgados no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica realizado na Alemanha. Possibilidade de mudança na prática clínica oncológica no tratamento do tumor foi destaque


Serão 68 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil entre 2018 e 2019. Dos 68 mil pais de família, tios, irmãos, avôs, colegas de trabalho, que serão diagnosticados pela doença, 13.772 vão falecer em decorrência da doença, de acordo com as estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Para tratar este tipo de tumor mais comum entre homens, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma, os novos estudos que foram apresentados no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica em Munique, na Alemanha, no mês passado, trazem novidades que podem mudar a prática médica atual no tratamento da doença.

“As evidências mais importantes surgiram a partir de um estudo que avaliou o uso de radioterapia para tratamento local, da próstata, em pacientes que já apresentavam disseminação a distância, com metástases ao diagnóstico. Habitualmente, estes pacientes, já com a doença considerada incurável, recebem apenas tratamento com hormonioterapia. Realizado com 2 mil pacientes, o estudo demonstrou que, em um grupo de pacientes com um número pequeno de metástases, a radioterapia foi capaz não só de atrasar a evolução da doença como também de aumentar a expectativa de vida”, explica o oncologista André Deeke Sasse que esteve presente no Congresso.

De acordo com o médico, que é professor de pós-graduação na Faculdade de Medicina da Unicamp, preceptor dos residentes de Oncologia Clínica do Hospital PUC-Campinas, membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), e fundador do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, além de se discutir sobre quimioterapia e hormonioterapia, os pacientes com doença avançada, também precisam falar com o médico sobre o tratamento local da próstata. “Importante pesar os riscos, os efeitos colaterais da radioterapia, com os benefícios esperados pelo tratamento. Mas a ideia de se tratar a origem da doença, a fonte das metástases, com radioterapia (ou mesmo cirurgia) ganha força”, conclui.
Segundo o especialista,
 outros estudos apresentados na Alemanha consolidaram o que os médicos já faziam na prática clínica. “Um deles confirmou que o uso de quimioterapia para câncer de próstata localizado não deve ser indicado, pois não aumenta as chances de cura e nem atrasa a ocorrência de metástases”, conta.


A nova terapia

Um dos destaques do congresso foi o estudo que evidenciou a utilização mais precoce de uma das novas hormonioterapias, a abiraterona, proporcionando melhor qualidade de vida associada à maior expectativa de vida dos pacientes com câncer de próstata. “Antes, se esperava o câncer ficar resistente a supressão convencional de hormônios. Hoje, sabe-se que o uso de medicação logo ao diagnóstico da doença avançada é melhor. Já a sua combinação (utilização concomitante) com novos tratamentos, como o Radium-223, não melhorou os resultados também. Assim, mantém-se a rotina atual, que é a utilização sequencial deles”, explica o oncologista.


Novembro Azul: Mês de Conscientização sobre o Câncer de Próstata

Novembro foi escolhido como mês oficial de conscientização sobre o câncer de próstata. Dia 17 é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. O "Azul” veio da cor oficial usada como símbolo de combate à doença. Em 2003, surgiu na Austrália o movimento Movember — união das palavras em inglês Moustache (bigode) e November (novembro) —, quando homens deixaram crescer o bigode para chamar atenção à saúde masculina e fazer um alerta sobre o câncer de próstata. A campanha expandiu-se pelo mundo e inspirou o Novembro Azul, criado em 2011 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida para promover ações de esclarecimento sobre a doença no Brasil.






Grupo SOnHe

O esporte pode machucar o quadril?


Atletas recreacionais e de alta performance podem ter problemas no quadril. Confira quais os sintomas e doenças mais comuns:

Um homem praticante de jiu-jitsu começa com dor na região lateral do quadril após preparação para o campeonato mundial em Las Vegas.  Uma mulher de 39 anos apresenta dor na virilha, de forte intensidade, durante a preparação para a Maratona de Curitiba. Um tenista de final de semana não consegue mais sacar porque tem dor ao rodar o quadril. O que esses atletas podem ter em comum?

As três breves histórias relatadas acima são casos reais de pessoas que apresentaram dores de origem no quadril durante a prática esportiva. No consultório médico, são  cada vez mais frequentes os atendimentos aos esportistas com dores no quadril. Sejam atletas de final de semana ou atletas de competição, todos estão vulneráveis a apresentar algum tipo de dor no quadril.

O quadril é uma articulação de carga, que é submetido a forças que podem chegar de  3 a 5 vezes o peso corpo durante a prática de atividade física. As disfunções musculares decorrentes de fraqueza ou encurtamento são uma causa muito comum de dores que limitam a atividade física. No caso apresentado do paciente praticante de jiu-jitsu, a investigação apontou para uma doença dos tendões da região lateral do quadril, os chamados “glúteo médio” e “glúteo mínimo”. Conversando com o paciente, descobrimos que os treinamentos estavam focados na técnica da luta, porém havia uma deficiência na preparação física, que é fundamental para prevenção de lesões. Essa deficiência pode ser tratada com a adaptação das atividades físicas e inclusão do atleta em um programa de preparação física com ênfase em fortalecimento e alongamento dos músculos ao redor do quadril.



Por outro lado, atletas que apresentam dores na virilha merecem uma investigação muito minuciosa, porque a dor nesta região pode significar lesões mais graves relacionadas ao osso do quadril ou à cartilagem. Atletas corredores de longas distâncias, como a atleta citada no primeiro parágrafo, podem sofrer o que chamamos de fratura por estresse. Na articulação do quadril, o colo do fêmur pode apresentar lesão por estresse devido a dois fatores: sobrecarga de treinos ou qualidade ósseo insuficiente (devido a osteoporose por exemplo). Independentemente da causa, a fratura por estresse do colo femoral é uma condição grave, que nos obriga a retirar o atleta temporariamente das suas atividades e que dependendo da região do fêmur acometida,  pode necessitar de tratamento cirúrgico. Corredores de longas distâncias devem procurar auxílio médico já nos primeiros sintomas de dores na virilha.

Por fim, nosso atleta que joga tênis e não consegue mais sacar. A investigação clínica apontou para uma lesão de cartilagem do quadril: o lábio acetabular. Esta lesão foi a que retirou Gustavo Kuerten das quadras e realmente pode causar bastante limitação ao tenista. A dor típica é na região da virilha, e que piora com os movimentos de rotação dos quadris. Qualquer lesão desta cartilagem deve ser investigada quanto à sua causa, já que na maioria das vezes há alguma alteração na anatomia do osso, que leva à rotura do lábio acetabular. Quanto mais cedo essa condição for tratada, melhor é o prognóstico. Nos últimos anos a forma de tratamento desta lesão evoluiu muito. Um estudo da Steadman Hawkins Research Foundation em Vail, nos Estados Unidos, apontou que quase a totalidade dos atletas (93% deles) retornaram ao mesmo nível de competição após o tratamento desta lesão. O que sabemos é que quanto mais precoce tratarmos esta lesão, maior é a chance de obtermos bons resultados

Como vimos, a articulação do quadril está suscetível a diversas causas de dores durante a prática do exercício físico. As duas principais mensagens aos leitores são: 1) realizar uma boa preparação física para prevenção de lesões e; 2) procurar um médico especialista já nos primeiros sintomas para que ocorra melhor resultado no tratamento.







Dr. Christiano Saliba Uliana - médico ortopedista do Hospital VITA, especialista em quadril e trauma ortopédico.



Hospital VITA



Dia Nacional de Combate à Tuberculose (17/11)



Tudo sobre a doença que registra mais de 70 mil casos por ano


Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, são registrados cerca de 70 mil novos casos de tuberculose no País por ano, maior que a incidência de câncer de mama ou próstata, e 4,5 mil mortes, em decorrência da doença. Já o Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que quase 1,7 milhão de pessoas perderam a vida por causa da bactéria, demonstrando que um terço dos casos de todo continente americano acontecem no Brasil.

Em São Paulo, de acordo com o último levantamento publicado no site da Vigilância em Saúde da Prefeitura de São Paulo, divulgado em outubro deste ano, o número de novos casos registrados aumentou para quase 4.600.

"Por medo e desinformação sobre a doença, muitas pessoas evitam o contato e isolam o doente, porém quem precisa ser evitado é o bacilo. Se a pessoa segue o tratamento até o final contribui para quebrar a corrente de transmissão da doença", explica o infectologista Alberto Chebabo, do Lavoisier Laboratório e Imagem, que integra a Dasa.


A doença

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium Tuberculosis e afeta principalmente os pulmões, embora possa atingir outros órgãos e sistemas, como: ossos, rins, gânglios e pleura (membrana que envolve os pulmões).


Principais sintomas

- Tosse constante, se durar três semanas;

- Sudorese noturna;

- Tosse com secreção (pus ou sangue);

- Fraqueza e cansaço excessivos;

- Febre vespertina e a perda rápida de peso;

- Dificuldade de respirar, e outras complicações pulmonares.


Diagnóstico

Existem formas graves da doença. Por isso, quanto mais rápido é o diagnóstico, melhor. O diagnóstico é realizado por meio da visualização do bacilo da tuberculose no escarro ou pela detecção do material genético do bacilo da tuberculose neste mesmo material. Esta metodologia é hoje recomendada pela OMS para o diagnóstico mais rápido e precoce da doença. Outro exame que pode ser realizado no sangue, o Quantiferon é o mais indicado para diagnosticar contactantes de pessoas com tuberculose, que podem ter a doença na forma latente, ou seja, que ainda não apresentam sintomas da doença.


Tratamento

O tratamento dura, no mínimo, seis meses, e consiste em tomar medicamentos específicos, mediante recomendação médica. É fundamental obedecer a duração e o regime de tratamento sem interrupção para evitar a transmissão e agravamento, pois a melhora nas primeiras semanas ou meses de tratamento não é suficiente.


Transmissão

A doença pode ser transmitida de uma pessoa para a outra pelo ar. Em situações comuns, como ao falar, espirrar e tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar a bactéria. Importante lembrar que não é transmitido com o compartilhamento de roupas, copos, talheres e outros objetos.

Prevenção

As crianças com até cinco anos devem ser vacinadas com a BCG que protege contra formas graves da doença: a tuberculose miliar e a meníngea. A prevenção também acontece por meio de hábitos simples como manter ambientes bem ventilados e com a entrada de luz solar. Proteger a boca com um lenço de papel ou mesmo com o braço ao tossir também evita a disseminação aérea do bacilo por pessoas infectadas.

Para mais informações sobre o tema, sugerimos o infectologista do Lavoisier, Alberto Chebabo, que reforça "pessoas que tiveram contato com alguém que tem ou teve tuberculose, devem procurar um especialista para se informar e investigar a doença. O diagnóstico precoce previne e ajuda no combate à transmissão da bactéria."







Lavoisier Laboratório e Imagem


Diagnóstico precoce aumenta em mais de 90% as chances de cura dos casos de câncer de próstata


Tratar tumores em estágio inicial pode reduzir as ocorrências de impotência e incontinência urinária


O câncer de próstata é a neoplasia mais comum e a segunda maior causa de morte entre os homens brasileiros. Só neste ano, são estimados, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 68 mil casos novos. Apesar das importantes conquistas terapêuticas dos últimos anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia aproximadamente 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem devido à doença.

Diante deste cenário o diagnóstico, acompanhamento e o tratamento adequado são as medidas de prevenção mais assertivas. De acordo com o Dr. Carlo Passerotti, Coordenador do Centro de Cirurgia Robótica e do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, tais condutas podem proporcionar mais de 90% de cura da doença e que homens diagnosticados com câncer de próstata em estágios iniciais possam terminar o tratamento mantendo a potência e a continência urinária.

"O diagnóstico precoce associado aos avanços tecnológicos, que permitem cirurgias menos invasivas, como os procedimentos robóticos, auxiliam com altas chances de cura e proporcionam mais qualidade de vida aos pacientes após os procedimentos" diz o Dr. Passerotti.

A partir dos 50 anos os homens, devem procurar seu médico de confiança e realizar o rastreamento do câncer de próstata por meio dos exames de toque retal associado ao exame da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue. Nos casos suspeitos, é indicada a realização da ressonância magnética e da biópsia prostática. Estudos mostram que homens da raça negra têm risco 60% maior de desenvolver a doença e a mortalidade nesta população é três vezes maior que em homens brancos e amarelos.

A hereditariedade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata. Homens cujos parentes de primeiro grau (pai ou irmãos) diagnosticados com câncer de próstata têm o dobro de chances de desenvolverem a doença. Portanto, homens negros e aqueles com histórico familiar devem começar o rastreamento aos 40 anos.

O especialista também ressalta que apenas 20% dos tumores de próstata são casos avançados da doença e que apresentam metástases, quando o câncer atinge outras regiões do organismo, diferentes do órgão que originou a doença.


Opções terapêuticas

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com equipamentos de última geração para o diagnóstico cada vez mais precoce dos tumores prostáticos, como a ressonância magnética de 3 Tesla, aparelho que realiza os exames até 25% mais rápido, além de contar com uma melhor resolução de imagens.

A importância do diagnóstico precoce tem relação direta com a eficácia da terapêutica e depende principalmente do tamanho e da localização do tumor. As cirurgias da próstata podem ser realizadas de diversas maneiras, inclusive por meio de procedimentos robóticos, que permitem ao cirurgião ter uma visão ampliada e em três dimensões da próstata e consequentemente do tumor. A incisão realizada também é menor quando comparada a cirurgia convencional, proporcionando posteriormente mais qualidade de vida para o paciente.

Entre os tratamentos mais recentes está também o hipofracionamento da próstata. Trata-se de uma tecnologia de radioterapia - a de intensidade modulada ou IMRT - para redução do tempo total de tratamento irradiante. Com isso, o que antes era feito em 40 dias pode ser realizado em 28 ou mesmo em somente 20 dias úteis. Para tratar os casos avançados de câncer de próstata são utilizados hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos de terapia alvo.



Hospital Alemão Oswaldo Cruz
www.hospitaloswaldocruz.org.br

Novembro Azul: diagnóstico precoce é o caminho para combater o câncer de próstata


Exames preventivos são principais formas de combate ao tumor, o maior em incidência entre os homens


O câncer de próstata - principal em incidência entre os homens (excluindo-se o câncer de pele)- deve registrar 68.220 novos casos neste ano no Brasil, o que corresponde a um risco de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). E conscientizar a população masculina sobre a importância de exames preventivos é um dos principais desafios no combate à doença.

Por isso, a Campanha Novembro Azul alerta que o diagnóstico precoce é o principal caminho para a cura da doença, que deve causar 359 mil mortes em todo mundo neste ano, segundo a OMS. "Para um diagnóstico precoce é recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos para quem tem histórico da doença na família) façam exame clínico (toque retal) e o teste de antígeno prostático específico (PSA) anualmente para rastrear o aparecimento da doença", orienta o médico Saulo Brito, oncologista do InORP/ Grupo Oncoclínicas.

Superar as barreiras do preconceito é um dos principais desafios no combate ao câncer, segundo mostra uma pesquisa realizada em 2017 pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Encomendado pelo Datafolha, o estudo indica que 21% do público masculino acredita que o exame de toque retal "não é coisa de homem". Considerando aqueles com mais de 60 anos (grupo de risco), 38% disse não achar o procedimento relevante.


Sintomas e tratamento

Os principais sintomas do câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno da glândula, tendo como características dificuldade para urinar seguida de dor e/ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Quando a doença já está em fase mais avançada, pode ocorrer a presença de sangue no sêmen, impotência sexual, além de outros desconfortos decorrentes da metástase em outros órgãos.

O tratamento depende do estágio e da agressividade em que o tumor de próstata se encontra. Em casos iniciais e com características de baixa agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de algumas toxicidades que o tratamento causa. Nos outros casos de doença localizada, a cirurgia, a radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada com boas taxas de resposta. "Após a cirurgia, em alguns casos é necessário realizar o procedimento de radioterapia pós-operatória para a diminuição do risco de recidiva da doença", diz o Dr. Saulo Brito.


Prevenção

Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, segundo o INCA.

Outros hábitos saudáveis, como manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar também são importantes para a prevenção.

Os exercícios físicos também são alternativas eficazes na prevenção ao câncer de próstata. Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que os homens que se exercitavam vigorosamente 3 horas ou mais por semana tiveram risco de mortalidade pela doença 61% menor do que os do segundo grupo.

Ainda segundo o INCA, homens que têm pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, aumentam o risco de ter a doença de 3 a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.






Dr. Saulo Brito - Oncologista do InORP/ Grupo Oncoclínicas.



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