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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Urologista destaca importância do diálogo com o paciente no tratamento do câncer de próstata


  • Neal Shore, diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Urologia do Século 21 na Carolina do Sul (EUA) veio ao Brasil para discutir estudo que aborda o uso de enzalutamida para o tratamento de câncer de próstata não metastático resistente à castração
  • Novembro é o mês mundial de combate ao câncer de próstata


O urologista Neal Shore tem uma das mais difíceis missões de um médico – comunicar ao paciente que ele sofre de câncer de próstata e direcioná-lo ao melhor tratamento possível no momento do diagnóstico. Com mais de trinta anos de experiência como uro-oncologista, ele assegura que "não há diferença cultural quando se fala da reação do paciente ao anúncio da doença. "É como se a pessoa ganhasse um passaporte onde está escrito ´tenho câncer´ e a reação imediata é invariavelmente de tristeza", ressalta o especialista e um dos autores do PROSPER1 – estudo de fase 3, que mostrou que o medicamento enzalutamida reduziu significativamente, em 71%, o risco de metástase ou óbito em homens com câncer de próstata não metastático resistente à castração (CPRCnm).

Shore esteve em São Paulo no início de outubro para participar do Astellas Oncology Forum 2018, evento promovido pela farmacêutica japonesa Astellas Farma Brasil com o objetivo de discutir casos clínicos com médicos e representantes de planos de saúde. O evento antecipou um dos temas que serão abordados na campanha de conscientização sobre câncer de próstata Novembro Azul deste ano: o medo de ser diagnosticado com a doença.

Para o diretor-executivo, líder de Patient Experience, da Astellas nos Estados Unidos, Doug Noland, o evento foi mais uma oportunidade de médicos e pesquisadores trocarem experiências enriquecedoras para melhorar o tratamento aos pacientes. "O bem-estar do paciente é sempre o foco do que fazemos, e esses exemplos permitem aprimorar nosso trabalho em busca de melhores tratamentos", reforçou o executivo.

O Astellas Oncology Forum 2018 reuniu diversos especialistas da área de todo o mundo, entre eles o Daniel Herchenhorn, coordenador científico da Oncologia da Rede D´Or; André Sasse, oncologista do Grupo Sasse Oncologia e Hematologia; Igor Morbeck, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês de Brasília; Ubirajara Ferreira, professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Walter Costa, titular do Núcleo de Urologia do A.C. Camargo Cancer Center; e Glyn Elwyn, professor do Dartmouth Institutte, que pertence ao Instituto Dartmouth para Política de Saúde e Prática Clínica, nos Estados Unidos.

Para o médico Ubirajara Ferreira, da Unicamp, e um dos principais pesquisadores do estudo PROSPER no Brasil, foi um momento raro para o encontro de especialistas na área em torno de um estudo que aponta caminhos para a melhora na qualidade de vida do paciente. "É sempre importante essa troca de experiências para avançarmos no tratamento do câncer de próstata", ressaltou.

Por meio de entrevista, o uro-oconlogista, Neal Shore, com passagens também pelo Cornell Medical Center/The New York Hospital e integrante da Sociedade Norte-americana de Oncologia Clínica e da Associação Norte-americana de Urologia, destacou a importância da relação entre médico e paciente.

O Sr. já esteve várias vezes no Brasil. Há alguma diferença na forma como o paciente de câncer reage à notícia de que está com câncer de próstata aqui no Brasil, em relação aos seus pacientes nos Estados Unidos?

Dr. Neal Shore (NS): Não, é sempre perturbador, independentemente do histórico e cultura do paciente. O importante é que o médico explique com máxima clareza, ao paciente, a agressividade biológica do seu câncer de próstata; quais tratamentos estão disponíveis para ele e como eles pode afetar sua sobrevivência, qualidade de vida, e o perfil de risco terapêutico.


O Sr. está dizendo então que é muito importante dialogar com o paciente para encaminhá-lo ao tratamento?

NS: É fundamental explicar claramente todas as opções para o paciente e a sua família. No caso de câncer de próstata, por exemplo, pode ter um grande componente genético, então é preciso ter um histórico familiar detalhado de câncer. Alguns pacientes nem sempre se sentem confortáveis em revelar seus sintomas ou medos do tratamento, daí, a importância da família comparecer as consultas.


Há diferença na aceitação do diagnóstico em função da idade do paciente?

NS: Sim, as gerações mais jovens as vezes se sentem mais confortáveis para fazer perguntas mais detalhadas. Além disso, os parâmetros globais, étnicos, socioeconômicos e de idade influenciam a interação médico-paciente.


O estilo de vida moderno, sobretudo nas grandes cidades, é um convite ao sedentarismo. O Sr. vê alguma relação entre esse modo de vida e o aumento de casos de câncer de próstata?

NS: De maneira geral, não diria que há uma relação direta entre esse cenário e o aumento dos casos. O que temos comprovado no dia a dia é que pacientes com câncer de próstata que tiveram uma vida saudável até ficarem doentes, respondem melhor aos tratamentos. Eles podem melhorar a imunidade e de maneira geral são mais tolerantes à terapias quando seu estado geral de saúde é mantido por exercícios regulares, alimentação saudável, uma boa qualidade de sono e prevenção de stress. De fato, ter um estilo de vida saudável é bom para as pessoas que não estão doentes bem como para aqueles que podem enfrentar algum tipo de tratamento contra o câncer.


Por que o Sr. escolheu ser médico e atuar em uma área tão sensível com a pesquisa em Oncologia?

NS: Meus pais foram meus verdadeiros mentores. Minha mãe era professora primária e depois se tornou diretora de uma escola infantil. Dela, herdei a paixão por educação e pela pesquisa. Meu pai, que era médico de família, cuja consultório fazia parte da minha casa, foi minha referência de profissional. Quando eu fui para a faculdade de Medicina e para a residência, eu trabalhei com muitos cientistas, e isso fez muita diferença pra mim.


O estudo PROSPER

O estudo fase 3 PROSPER envolveu 1.401 pacientes com câncer de próstata resistente à castração (CPRC) não metastático. Os pacientes foram randomizados 2:1 e receberam enzalutamida associada à terapia de privação androgênica (do inglês, ADT) ou placebo associado à ADT (somente ADT). O uso de enzalutamida associada à ADT reduziu significativamente o risco de desenvolvimento de metástases ou morte em comparação com somente ADT. A mediana para o desfecho primário, sobrevida livre de metástase, foi de 36,6 meses para os homens que receberam enzalutamida em comparação com 14,7 meses para os tratados com somente ADT (HR = 0,29 [95% CI: 0,24-0,35]; p <0,001).

O desfecho primário de eficácia foi apoiado por um atraso estatisticamente significativo no tempo para o primeiro uso de nova terapia antineoplásica para pacientes que receberam enzalutamida associada à ADT em comparação com aqueles que receberam somente ADT (mediana: 39,6 meses vs 17,7 meses; HR = 0,21 [ IC 95%: 0,17-0,26], p < 0,001)

O perfil de segurança e tolerabilidade de enzalutamida no estudo PROSPER foi compatível com o perfil encontrado nos estudos anteriores com a população de pacientes com CPRC metastático.


Sobre câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum em homens em todo o mundo2. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que em 2018 o número de novos casos de câncer de próstata no Brasil é de 68.220, com uma taxa de incidência ajustada de 66,82 por 100.000 homens.
O CPRC refere-se ao subgrupo de homens no qual a doença progride apesar dos níveis de testosterona de castração (isto é, menos de 50 ng/dL)3. O CPRC não metastático refere-se à ausência de evidência clinicamente detectável de disseminação do câncer para outras partes do corpo (metástases), quando há um nível crescente do antígeno prostático específico (PSA)4. Muitos homens com CPRC não metastático e um nível de PSA rapidamente crescente desenvolvem CPRC metastático5.







  1. Hussain M, Fizazi K, Saad F, Rathenborg P, Shore N, Ferreira U, et al. Enzalutamide in Men with Nonmetastatic, Castration-Resistant Prostate Cancer. N Engl J Med. 2018 Jun 28;378(26):2465-2474.
  2. American Cancer Society. Global Facts & Figures. http://www.cancer.org/content/dam/cancer-org/research/cancer-facts-and-statistics/global-cancer-facts-and-figures/global-cancer-facts-and-figures-3rd-edition.pdf. Accessed January 10, 2018.
  3. Urology Care Foundation. Advanced Prostate Cancer Patient Guide. www.urologyhealth.org/educational-materials. Accessed February 16, 2017.
  4. Luo J, Beer T, Graff J. Treatment of Non-metastatic Castration Resistant Prostate Cancer. Oncology. April 2016, 30(4):336-344.
  5. Smith MR, Kabbinavar F, Saad F, Hussain A et al. Natural history of rising serum prostate-specific antigen in men with castrate nonmetastatic prostate cancer. J Clin Oncol 2005; 23: 2918–2925.

1 em cada 6 mulheres terá câncer em algum momento da vida


Mutação no gene BRCA é indicador de risco para o surgimento de tumores femininos. Veja como os testes genéticos são aliados para identificar as mutações e traçar a melhor estratégia de prevenção e tratamento


Na última década, os avanços no diagnóstico e tratamentos dos tumores femininos vêm distanciando o câncer do estigma de “sentença de morte”. No entanto, o cenário global ainda é preocupante: uma em cada seis mulheres terá algum tipo de câncer ao longo da vida¹, segundo dados do mais recente relatório da Agência Nacional de Pesquisa Contra o Câncer, vinculada à OMS, e que posiciona a doença como uma das principais causas de óbito em todo o mundo.

Diante deste cenário, o mês do “Outubro Rosa” busca conscientizar sobre a importância do autoexame e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados mais de 59 mil casos no Brasil em 2018². Já o câncer de ovário é mais raro, mas é considerado um dos tipos mais agressivos, pois é de difícil diagnóstico. Cerca de 6 mil mulheres devem ser diagnosticadas com a doença em 2018³, que assim como o câncer de mama, pode ser causada por diversos fatores, como estilo de vida, idade avançada, e também por uma predisposição genética, passada de pai ou mãe para a filha.


Entendendo a mutação

Embora a predisposição hereditária responda por entre 5 a 15% dos casos de câncer4, quem possui a mutação nos genes BRCA possui 40% mais chances de ter cânceres femininos, como de mama ou ovário, por exemplo5. “Os genes BRCA 1 e 2 impedem a proliferação de células tumorais e agem como freios para prevenir o desenvolvimento do câncer”, explica o Dr. Rodrigo Guindalini, oncologista especialista em oncogenética e Coordenador do Centro de Oncologia do Hospital Português de Salvador, Bahia. “Quando um desses genes sofre uma mutação, ele perde sua capacidade protetora, deixando o organismo mais suscetível ao surgimento de tumores malignos, especialmente de mama e ovário”, comenta o especialista.

Se há algumas décadas não era possível identificar quais mutações poderiam resultar em câncer, os avanços dos testes genéticos atualmente permitem que médicos e pacientes definam em conjunto qual será a melhor estratégia de prevenção e tratamento. É importante lembrar que ter a mutação nos genes BRCA 1 e 2 não representa um diagnóstico da doença, mas sim uma indicação de risco após uma análise hereditária. Neste caso, é possível procurar um profissional especializado para orientação e aconselhamento genético.  “O aconselhamento genético passa por etapas – normalmente, é realizado primeiro o teste em mulheres de uma mesma família que já têm ou já tiveram câncer”, explica o Dr. Guindalini. O teste da mutação é simples de ser realizado, sendo coletado por exame de sangue ou saliva. O laboratório que realizou o teste enviará o resultado ao profissional e a paciente passará por uma segunda consulta.


Informação para decidir

Com o resultado em mãos é o momento da avaliação médica, que buscará os melhores caminhos junto à paciente por meio de uma análise dos fatores de risco e estilo de vida. A partir disso, é definida a melhor estratégia a ser adotada. Os testes para a mutação nos genes BRCA 1 e 2 ganharam fama após o caso da atriz Angelina Jolie, que retirou os ovários e mamas devido ao histórico familiar de mutação e grande probabilidade de desenvolver tumores nesses órgãos.

Durante o processo de descoberta de um câncer ou da predisposição genética em desenvolver a doença, empoderar a paciente com informações sobre a sua condição é essencial, como relata a Dra. Angélica Nogueira Rodrigues, oncologista e presidente do EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos. “A identificação precoce do status da mutação BRCA nos ajuda a identificar pacientes que podem se beneficiar das estratégias de redução de riscos, como recorrer a uma cirurgia profilática, por exemplo”, explica a especialista.

Caso a mutação seja diagnosticada após a descoberta do câncer, existem opções atuais de tratamento que proporcionam menos efeitos colaterais às pacientes, se comparadas à quimioterapia. “O desenvolvimento de terapias-alvo, que atacam diretamente o tumor, está sendo a grande arma da medicina no combate aos tumores com mutação, o que possibilita um grande salto no índice de sobrevivência dessas pacientes”, destaca a Dra. Angélica. “Uma das principais tendências no tratamento do câncer está em considerá-lo uma doença crônica, ou seja, uma complicação que pode ser tratada sem que o paciente perca sua autonomia e qualidade de vida”, complementa a especialista.





AstraZeneca






Referências:

  1. IARC: http://www.iarc.fr/en/media-centre/pr/2018/pdfs/pr263_E.pdf
  2. INCA: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/ovario
  3. INCA: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home+/mama/cancer_mama
  4. https://pebmed.com.br/cancer-de-mama-e-cancer-de-ovario-hereditario-veja-novas-diretrizes-do-acog/
  5. National Cancer Institute.BRCA1 and BRCA2: Cancer Risk and Genetic Testing. http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/Risk/BRCA Last accessed: 19 september 2018


ENEM: três exercícios de respiração para diminuir o estresse e melhorar a concentração durante o exame



Mais de 5 milhões estudantes devem participar do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) nos próximos dois domingos (4 e 11/11), e a dificuldade de manter a concentração e o estresse podem ser grandes vilões na hora da prova.

 Depois de tantos meses de estudo, é importante desacelerar e tirar alguns momentos para relaxar a mente e o corpo. Para os candidatos que estão preocupados em não conseguir manter o foco nos livros e nas questões do exame, uma boa dica é praticar exercícios simples e leves de respiração.

Armelle Champetier, diretora da Yogist no Brasil, startup francesa que desenvolveu um método exclusivo de yoga para empresas, separou três exercícios, do método Yogist, para serem realizados na cadeira, dispensando o uso de acessórios, que podem ser aliados da concentração.

Os exercícios também auxiliam no relaxamento, redução do estresse, ansiedade, batimentos cardíacos e na coordenação motora. É importante lembrar que a prática recorrente é mais efetiva.


Veja como fazer os exercícios:


1.   ESCUTE SUA RESPIRAÇÃO




Como fazer?

Sentado, costas retas, coloque uma mão no peito e outra na barriga. Respirando pelo nariz, observe se você usa uma respiração toráxica (mão de cima) ou abdominal (mão de baixo). Para um maior relaxamento, procure uma respiração mais profunda pelo abdômen.


Quando fazer?

Quando você quer fazer um diagnóstico do seu nível de estresse, se conectar com a sua respiração e relaxar.


Por que fazer?

Relaxa, acalma o corpo e cabeça, melhora a concentração e reduz o ritmo cardíaco.



2. RESPIRAÇÃO "YES"



Como fazer?

Sentado, de costas retas, feche os punhos na frente do peito, inspire rapidamente e com força pelo nariz, esticado os braços e as mãos para cima. Expire pelo nariz, abaixando os braços e leve as mão de volta para frente do peito. Repita 10 vezes.


Quando fazer?

Antes de começar uma tarefa demorada, trabalhosa e/ou importante, quando precisa de energia e motivação.


Por que fazer?

Ajuda a expulsar o estresse e a ansiedade. Equilibra as emoções, a cabeça e a respiração.




3. RESPIRAÇÃO ALTERNADA



Como fazer?

Sentado, costas retas, longe do encosto da cadeira, dobre o dedo indicador e o dedo médio na palma da mão direita. Tapando a narina direita com o polegar, inspire pela narina esquerda. Solte o polegar e tampe a narina esquerda com o dedo anelar, e exale pela outra direita. Inspire novamente pela direita, e troque. Repita pelo menos 10 vezes, respirando profundamente.


Quando fazer?

Na hora de relaxar, de se concentrar ou para encontrar o sono.


Por que fazer?

Alivia o estresse e a ansiedade. Equilibra a emoções, a cabeça e a respiração.




Yogist

Dicas para acertar na escolha da escola do seu filho


Na hora de decidir onde o filho irá estudar, os pais são tomados por dúvidas sobre qual instituição é a melhor para promover o aprendizado. Mas há detalhes que a família deve considerar para fazer a opção correta. Saiba quais.


Definir o estabelecimento de ensino que será responsável pela educação de seu filho não é tarefa fácil. Ao contrário, os pais vivenciam esse dilema sempre que têm de fazer esta escolha pela primeira vez ou quando precisam mudar de escola. E com razão, é necessário se atentar a vários detalhes e definir qual será a opção mais adequada para a criança aprender, desenvolver competências socioemocionais e, por que não, ser feliz durante esta fase da vida.

Para ajudar, a diretora da Escola Bilíngue Pueri Domus unidade Itaim, Ana Cristina Rocha Gonzaga, recomenda que os pais anotem os itens considerados prioridade para a família, como localização, qualificação profissional dos docentes, metodologia de ensino, espaço físico da unidade, horários, grade curricular, entre outros. Acompanhe a seguir algumas dicas que devem ser levadas em conta durante a visita ao empreendimento.


Localização

Avalie a localização da escola e como seria a mobilidade do estudante. É importante considerar este fator para não gerar estresse extra ou cansaço por conta do trajeto, resultado do trânsito ou tempo gasto nas idas e vindas entre a casa e a escola. É importante os pais conhecerem as rotas de deslocamento e também se há serviço de transporte escolar e quanto custa.


Estrutura física

Durante a visita, observe bem como é a estrutura física da escola. Se as salas oferecem conforto e equipamentos, se há espaços interativos, área para atividades físicas e de lazer, local para alimentação, laboratórios, biblioteca e cantina ou lanchonete. Avalie também como é a limpeza, a segurança e a manutenção de todas as áreas.


Alimentação

Nas escolas que oferecem alimentação para seus alunos, é importante os pais se informarem se há nutricionistas que cuidam do cardápio, quais são os itens oferecidos e se há possibilidade de adequar para aqueles que possuem restrições alimentares.


Proposta Pedagógica

Na conversa com o diretor ou o coordenador, informe-se sobre a proposta pedagógica da escola. Isto é fundamental para os pais entenderem como é o planejamento criado para promover o aprendizado dos seus alunos. É na proposta que estão definidos como serão feitas as avaliações dos alunos e quais serão os meios utilizados para transmitir conhecimento. Procure se informar também sobre a grade curricular e os horários dedicados para todas as atividades.


Metodologia de ensino

Saiba como será promovido o aprendizado do seu filho pela escola. Tenha em mente que os primeiros anos de vida escolar são muito importantes para o desenvolvimento da criança. Portanto, avalie como é a formação do aluno e se há atividades para estimular o conhecimento. Verifique, entre outras coisas, quais são os livros utilizados, se a escola adota ferramentas tecnológicas, se oferece cursos extracurriculares, se faz passeios e se há compromisso com o desenvolvimento socioemocional do aluno.


Corpo docente

Os professores são mediadores de conhecimento em uma instituição de ensino, portanto, é importante que os pais avaliem a capacitação daqueles que irão cuidar do desenvolvimento do seu filho. Lembre-se que um corpo docente capacitado demostra a excelência da escola e como ela se compromete a manter a qualidade na formação de seus alunos. Considere também quantos professores farão parte da jornada do seu filho por período.


Comunicação
Os meios que a escola utiliza para se comunicar com os pais contribuem para o acompanhamento da rotina escolar dos filhos e como está sendo o aprendizado. Atualmente, as plataformas digitais têm sido eficientes neste processo, mas é preciso também considerar a quantidade das reuniões presenciais.


Ensino bilíngue

Se os pais buscam uma instituição que prepare o filho para se comunicar em qualquer lugar do mundo, a opção é escolher uma escola bilíngue. Neste caso, avalie se a proposta é desenvolver habilidade multicultural.

Após considerar os itens acima e outros definidos pela família, de acordo com Ana Cristina, provavelmente os pais ficarão em dúvida entre duas ou três escolas. “Para resolver a questão, faça uma nova visita, agora conversando com outra pessoa. Se falou com a coordenadora, peça uma conversa com a diretora, por exemplo. E leve seu filho junto. A criança é sempre um bom termômetro para ajudar na tomada de decisão”, ensina a diretora.







Escola bilíngue Pueri Domus



Segurança no transporte e scolar é primordial


Veículos precisam seguir normas para garantir cuidado com as crianças


Na correria do dia-a-dia, muitos pais optam pelo transporte escolar para garantir que os filhos não se atrasem e também para evitar o trânsito das grandes cidades. Mas, será que todos sabem se o veículo contratado está de acordo com a lei do município? Ou, até mesmo, se segue as leis de trânsito?

Em relação ao transporte escolar, as regras estão estabelecidas no artigo 136 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e nas leis municipais, e são monitoradas pelos departamentos de trânsito de cada estado, assim como os órgãos de trânsito. São estas normas que devem ser consideradas e observadas pelos responsáveis na hora de contratar um serviço como este.

A Perkons, empresa especializada em soluções para segurança no trânsito, ouviu a fiscalização da Urbs, a empresa de Urbanização de Curitiba, onde há 854 veículos escolares credenciados, entre vans, micro-ônibus e ônibus. O coordenador da área de táxi e transporte comercial da Urbs, Marcelo Ferreira, explica que Curitiba tem uma lei municipal (Lei nº 11328/2004) que trata do transporte escolar e exige permissão pública para explorar os serviços. “O veículo deve ter capacidade mínima para 10 passageiros. A fiscalização é feita por agentes da Urbs e de trânsito. Nas abordagens são verificados todos os itens pertinentes à lei: documentação do veículo e do condutor, licenças para trafegar, questão de segurança como cintos e lotação compatível, limpeza, conservação e demais normas”, esclarece Ferreira.

Orildo Volkmann é um dos motoristas que faz o transporte escolar na capital paranaense. Há 18 anos neste ramo, ele conta que exercer esta função requer muito compromisso: “Nós sabemos ter nas mãos uma responsabilidade muito grande, por isso precisamos seguir, com severidade, as regras e a legislação que são impostas para ao transporte escolar”.

Preocupações como esta são essenciais para evitar acidentes. Segundo a ONG Criança Segura, organização sem fins lucrativos que promove a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes até 14 anos de idade, em 2016, 12.228 crianças foram hospitalizadas devido a acidentes de trânsito e 1.389 foram a óbito no Brasil. Os sinistros podem acontecer com os veículos do transporte ou até na região das escolas. Ainda conforme a ONG, o comportamento inseguro no embarque ou no desembarque foi observado em quase um a cada três condutores, isso acaba colocando meninos e meninas em situação de risco e pode causar atropelamentos.

Focando na prevenção, o Detran de São Paulo faz operações constantes próximas aos colégios. Em março deste ano, o Departamento fiscalizou o transporte de 15 escolas. Ao todo, 60 veículos foram inspecionados e 55 multas emitidas.  Destas, 26 foram registradas porque o condutor não tinha autorização para dirigir a condução escolar e as demais por falta de licenciamento, mau estado de conservação do veículo e por não parar no bloqueio.

Além das infrações cometidas pelos motoristas, 26 veículos tiveram o registro retido porque não cumpriram as normas de transporte, como a falta de cinto de segurança e a inoperância das luzes de sinalização.

Durante a operação, o diretor-presidente do Detran SP reforçou que “a segurança é um ponto fundamental no transporte escolar. Os pais devem ficar atentos ao serviço contratado e saber se ele tem autorização e se a documentação do veículo está em dia, por exemplo. Eles também podem ajudar a inibir irregularidades e comunicar à Ouvidoria qualquer problema ”. Em cada cidade, os pais devem procurar o órgão de trânsito responsável e denunciar ou até tirar dúvidas sobre a empresa contratada.


Além disso, escolas, professores e pais podem imprimir cartilhas e orientações para consultar sempre que surgir dúvidas. A ONG Criança Segura e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação têm materiais disponíveis de forma gratuita.


O que diz a Lei


Segundo o CTB, o veículo deve:

- estar registrado como tal junto ao Detran do Estado onde a atividade está sendo exercida;

- passar por vistoria a cada seis meses, quando são verificados os itens obrigatórios como cintos de segurança, retrovisores e outros;

- exibir a faixa amarela com a indicação “ESCOLAR” à meia altura e em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroceria;

- ter equipamento registrador instantâneo de velocidade e tempo, sem que possa ser alterado e em perfeitas condições de uso;

- ter lanternas de luz branca, fosca ou amarela nas extremidades da parte superior direita e de luz vermelha na extremidade superior da parte traseira;

- ter cintos de segurança independentes e em perfeitas condições de uso em cada assento;

- ter autorização do Denatran e ter o documento afixado na parte interna do veículo, em local visível, contendo o número máximo de passageiros permitido pelo fabricante;

- respeitar o limite máximo de passageiros permitido pelo fabricante do veículo.
Já o condutor precisa:

- ser maior de 21 anos;

- ser habilitado pelo Detran na categoria D;

- estar isento de qualquer infração gravíssima ou reincidência em infrações médias durante os últimos 12 meses;

- ser aprovado em curso de especialização;

- estar em dia com o exame toxicológico de larga janela de detecção.

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