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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

São Paulo registra 507 doadores efetivos no primeiro semestre de 2017



O número é 26,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, a taxa de recusa familiar nacional ainda é alta, 43%, fazendo com que menos vidas sejam salvas 


São Paulo registrou o maior número de doadores de órgãos da história do estado, em um primeiro semestre. Apenas este ano, entre janeiro e junho, 507 famílias perderam parentes próximos e autorizaram a doação, 26,9% a mais em relação ao mesmo período do ano passado, quando 391 famílias disseram sim. Contudo, o Ministério da Saúde continua alertando para o alto índice de recusas: 43% das famílias de todo o Brasil ainda dizem não e muitas vidas deixam de ser salvas. A campanha “Família, quem você ama pode salvar vidas” do governo federal, lançada na última quarta-feira (27), Dia Nacional do Doador de Órgãos, busca sensibilizar a população para a importância da doação de órgãos e de avisar a todos sobre o seu sim, fundamental para que o procedimento ocorra.

“A área de transplantes é muito sensível e estamos comemorando recordes, tanto em número de transplantes quanto em número de doadores. A campanha visa sensibilizar que cada vez mais famílias autorizem a doação de órgãos de seus entes queridos que faleceram, dando uma nova oportunidade de viver para outras pessoas”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.


“A área de transplantes é muito sensível e estamos comemorando recordes, tanto em número de transplantes quanto em número de doadores. A campanha visa sensibilizar que cada vez mais famílias autorizem a doação de órgãos de seus entes queridos que faleceram, dando uma nova oportunidade de viver para outras pessoas”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Com o aumento no número de doadores, foram realizados 4.821 transplantes no primeiro semestre deste ano no estado de São Paulo, um novo recorde. Ano passado, entre janeiro e junho, foram feitos 4.609 procedimentos. Se o ritmo for mantido até o fim do ano, São Paulo deve realizar 9.642 transplantes, enquanto 2016 fechou com 8.796.

No cenário nacional, o Brasil bateu um novo recorde. Com o aumento no número de doadores, foram realizados 12.086 transplantes no primeiro semestre deste ano. Se o ritmo for mantido até o fim do ano, o Brasil deve registrar um crescimento de 27% nos transplantes entre 2010 e 2017, ultrapassando 26,7 mil cirurgias – o que seria o maior número anual. Em relação a doadores, o índice de crescimento pode chegar na casa dos 75,3% em relação a 2010.

Entre os transplantes que mais comuns destacam-se os de córnea, rim, fígado, coração e pulmão. Os transplantes de fígado tiveram aumento de 12,3% neste ano em comparação ao primeiro semestre do ano passado, com total de 2.928 cirurgias. Rim registrou aumento 9,7%, chegando a marca de 2.928 cirurgias; seguido de córnea, 7.865 cirurgias, aumento de 7,2%. Coração, um dos mais complexos e que exige muita rapidez em todo o processo, também registrou crescimento: de 4,2%, chegando a 172 cirurgias.

“Apesar do recorde transplantes em alguns órgãos, constatamos estatisticamente a queda nos transplantes de pâncreas associados ao rim e pâncreas isolado. Por isso, estamos liberando R$ 10 milhões para ampliar esse tipo de transplantes. Desse total, 70% serão investidos nos procedimentos em si e 30% na melhoria e aperfeiçoamento dos processos de trabalho”, destacou o ministro Ricardo Barros.


CAMPANHA – Para marcar o Dia Nacional do Doador de Órgãos, também foi lançada a campanha de conscientização e incentivo à doação. Atualmente, um dos principais fatores para o êxito do sistema de doação e transplantes no Brasil é justamente a sensibilização das famílias na hora de autorizar a retirada dos órgãos e tecidos após confirmação de morte cerebral. A taxa de recusa familiar atualmente é de 43% e tem se mantido alta ao longo dos últimos anos, o que acaba inviabilizando que mais vidas sejam salvas por meio dos transplantes.

A educadora física e transplantada Liège Gautério reforça a importância da autorização da família. “Esse ano completo seis anos de uma nova vida. Sou transplantada unilateral de pulmão, ou seja, vivo apenas com um pulmão funcionando, mas devo isso a uma família que há seis anos me disse sim e me permitiu viver. E posso dizer que é perfeitamente possível levar uma vida tranquila, mesmo após o transplante, tanto que hoje sou atleta. Seguindo corretamente as orientações e tomando as medicações necessárias, podemos viver bem. Para isso, basta que uma família diga sim, como um dia disse a mim”, comentou.

Entre as peças principais da campanha está um curta metragem de animação de 3 minutos, na voz da cantora Kell Smith, famosa pela música “Era uma vez”. O nome do curta é “A hora de lembrar” e a música da campanha poderá ser baixada pelo Spotify. A animação se desenvolve em um mundo fantasioso onde todos os habitantes são relógios e conta a história de uma família de relógios cujo pai se torna doador de órgãos. O conceito que assina a história é “Família, quem você ama pode salvar vidas”.


TRANSPORTE AÉREO – A parceria entre o SUS e as companhias da aviação civil brasileiras para transporte de órgãos, tecidos e/ou equipes de profissionais é fundamental para a realização dos transplantes em todo o país. Nesses casos, as aeronaves recebem prioridade para pouso e decolagem. No primeiro semestre deste ano, foi registrado aumento de 27,6% nos transportes aéreos, passando de 1.881 para 2.402. As companhias aéreas civis respondem por 96% do total.

Existe ainda um Decreto do Presidente Michel Temer (nº 8.783), de junho de 2016, determinando que a Força Aérea Brasileira (FAB) mantenha pelo menos uma aeronave em solo à disposição do Governo Federal para esse tipo de missão. Desde a determinação, houve aumento de 6.740% no número de transporte de órgãos pela FAB, passando de 5, entre janeiro e maio do ano passado, para 342 até setembro deste ano.

“Desde 2000 as companhias aéreas nos acompanham e nos ajudam cada vez mais. Esse ano tivemos um crescimento expressivo e importante, tanto da aviação civil quanto da FAB, o que nos permitiu fazer mais transplantes. Isso é um case mundial de parceria de sucesso, porque não existe nenhum outro país no mundo que tenha uma parceria tão exitosa como a nossa na área de transplantes”, afirmou a coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes, Rosana Nothen.


SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTES – O Brasil possui o maior sistema público de transplantes no mundo e atualmente cerca de 95% dos procedimentos de todo o Brasil são financiados pelo SUS. Os pacientes possuem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. A rede brasileira conta com 27 Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, além de 13 câmaras técnicas nacionais, 501 Centros de Transplantes, 819 serviços habilitados, 1.265 equipes de Transplantes, 63 Bancos de Tecidos, 13 Bancos de Sangue de Cordão Umbilical Públicos, 574 Comissões Intra-hospitalares de Doação e Transplantes e 72 Organizações de Procura de Órgãos.

Os investimentos na área também tem sido constantes e crescentes. Os recursos mais que dobraram entre 2008 e 2016, passando de R$ 453,3 milhões para R$ 942,2 milhões. Para 2017, a previsão é R$ 966,5 milhões. Com esse orçamento, é possível, por exemplo, capacitar equipes e estruturar mais todo o serviço, permitindo que a pasta tenha condições de reduzir a lista de espera, que atualmente é de 41.122 pessoas, e a taxa de recusa familiar.


SERVIÇO – A doação de órgãos ou tecidos pode advir de doadores vivos ou falecidos. Doador vivo é qualquer pessoa saudável que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode se dispor a doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Fora desse critério, somente com autorização judicial. Já o doador falecido é a pessoa em morte encefálica cuja família pode autorizar a doação de órgãos e/ou tecidos, assim como a pessoa que tenha falecido por parada cardíaca que, nesse caso, poderá doar tecidos.


Quais órgãos podem ser doados?
Doador falecido: Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode salvar inúmeras vidas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia.
Doador vivo: 1 dos rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea.




Gustavo Frasão
Agência Saúde






Varizes pélvicas: entenda o problema que afeta a saúde sexual feminina


Vasos dilatados próximos a útero e ovários podem causar dor crônica e comprometer a qualidade de vida

 
Para algumas mulheres, a relação sexual não é sinônimo de prazer, mas sim, de dor. Para elas, o sexo pode ser bastante doloroso durante e após o coito e elas têm dificuldades de lidar com o problema. O cirurgião endovascular Dr. Denis Szejnfeld, do Hospital Certa na capital paulista, explica que as varizes pélvicas são vasos ou veias dilatados próximo ao útero, ovários e trompas, que atrapalham o retorno venoso, inflamam e causam dores intensas. “As mulheres com este problema costumam se queixar de dores durante e após o ato sexual e também quando está próximo ao período menstrual”, conta o médico.

Isto ocorre porque a ação dos hormônios favorecem a inflamação. “É por isso também que mulheres com o problema podem engravidar, mas antes precisam tratar as varizes. Os hormônios da gestação tendem a piorá-las muito”, indica o cirurgião endovascular.

Dentre os principais sintomas das varizes pélvicas estão: peso na região do baixo ventre, incontinência urinária, dor no abdômen que piora no fim do dia, após relações sexuais e no período menstrual, aumento do fluxo menstrual.
O diagnóstico é feito por meio de exames indolores e não-invasivos, como o ultrassom com doppler colorido, a angiotomografia e a angioressonância. 

“Estes dois últimos são os que melhor detectam o problema”, conta Dr. Denis, que diz que o tratamento ocorre pela embolização dos vasos e veias problemáticos. “O procedimento é feito por meio de microcatéteres e a embolização de molas ou espuma para interromper o fluxo sanguíneo no local inflamado”, explica. Com anestesia local, o procedimento é pouco doloroso e a paciente tem alta no dia seguinte à embolização, podendo voltar à rotina normal em poucos dias.

É importante ressaltar que o médico ginecologista pode auxiliar no tratamento e, somado a outros sintomas, o diagnóstico pode indicar este problema crônico.





Dr. Dr. Denis Szejnfeld  - Cirurgião Endovascular do Hospital Certa



Vitamina D: saúde do corpo e mente influenciadas pelos primeiros 1000 dias de vida



 Da alimentação ao aprendizado, saiba os elementos que não podem faltar neste período crucial de desenvolvimento dos pequenos 


Os mil primeiros dias (gravidez + dois anos de vida) são determinantes para o desenvolvimento físico e cognitivo saudáveis do bebê. É um período de oportunidade que os pais devem influenciar o desenvolvimento dos filhos e ajudá-los a se tornarem adultos mais saudáveis. De acordo com as pediatras Denise Katz (CRM 63548-SP) e Cristiane Finelli (CRM 120062- SP), cuidados simples durante a gestação como atenção dedicada a alimentação, atividade física, ao sono adequado e suplementações de ferro, cálcio e vitaminas, quando recomendadas por especialista, fortalecem o sistema imunológico e previnem que a criança desenvolva, em sua fase adulta, doenças como obesidade, hipertensão e diabetes. Já os estímulos cognitivos, reforçados pelos pais durante os dois primeiros anos, favorecem o aprendizado e bom comportamento da criança. 

Entenda como a alimentação, suplementação e atividades cognitivas atuam em cada uma das três fases dos primeiros 1000 dias:


Cuidados durante os 9 meses de gestação 


Alimentação e atividade física 

A gestante deve ter uma alimentação balanceada e também uma atividade física supervisionada. É importante frisar que mães desnutridas geram bebês desnutridos. Isso é de extrema importância na atenção primária às mulheres gestantes.


Suplementação

Dentre os suplementos que são fundamentais para a gestante podemos citar o ácido fólico, cálcio, ferro, a vitamina C e ômega-3. Além da vitamina D para aquelas gestantes que tenham baixa dosagem no organismo. Este nutriente, em específico, tem papel importante na absorção do cálcio na dieta e, certamente, deve ser suplementada por orientação médica. O cálcio, por sua vez, tem papel fundamental no desenvolvimento físico da criança, já que melhora a calcificação óssea, a força muscular e ainda promove a estabilidade do sistema imunológico.


Do nascimento aos 12 meses:

Alimentação

As crianças devem receber aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade, que irá favorecer o desenvolvimento motor, intelectual, do sistema imunológico. Nesta fase não há indicação de se ofertar nenhum outro alimento complementar ou bebida, inclusive água. A partir dos 6 meses de idade, todas as crianças devem receber os alimentos complementares, para atender as necessidades de seu crescimento e a  alimentação deve ser variada em grupos que forneçam quantidades suficientes de água, energia, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais, ter baixo teor de açúcar, sal. Mas não esqueça, a dieta deve ser iniciada em paralelo ao aleitamento materno. O desmame precoce e a introdução inadequada de alimentos pode desencadear o início da obesidade, já no primeiro ano de vida. Enquanto a nutrição correta reduz o risco de desenvolver na idade adulta obesidade e doenças cardiovasculares.


Suplementação

As crianças devem receber suplementação de vitaminas A e D, como principal medida para prevenção de alterações visuais e raquitismo. Essa suplementação é imprescindível e fundamental até o final do primeiro ano de vida. A partir do 13o mês, a suplementação com vitamina D é recomendada como imunomodulador e também para aquelas crianças que são pouco expostas ao sol.


Atividades cognitivas 

O desenvolvimento da criança é a capacidade de adquirir funções, ou seja, de realizar tarefas. Este desenvolvimento ocorre no sentido céfalo-caudal (da cabeça para os membros), e próximo-distal (do centro do corpo para as extremidades). Assim podemos destacar alguns pontos do desenvolvimento no primeiro ano de vida:

- 0-3 meses: o bebê começa a fixar o olhar, seguir objetos em movimento e reconhece os pais. A criança gosta que conversem com ela nesta fase.  

- 4-6 meses: a criança já brinca e leva os pés à boca, alcança e pega objetos pequenos, emite sons, vira a cabeça na direção de uma voz. Nessa fase, estimule a curiosidade do seu filho!

- 7-9 meses: com esta idade a criança encontra objetos escondidos, emite consoantes repetidas, compreende um “não”, engatinha e ao final desta fase já começa a ficar de pé. 

- 10-12 meses: nesta fase a criança gosta de imitar os pais, faz gestos com a cabeça, braços e mãos para se comunicar. Já fala algumas palavras e ao final desta fase, caminha com apoio ou até sozinha. Instigue o uso da coordenação motora nesta fase.  



Após 1º ano de vida e até completar o 2º ano: 


Alimentação 

A partir de um ano de idade as crianças já podem comer a mesma refeição da família, desde que não seja condimentada em excesso e deve ser bem cozida. E devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os 2 anos de idade.


Suplementação

Nos primeiros 24 meses de vida a suplementação de vitamina D é recomendada como rotina pelos pediatras, sem a necessidade de coletar exame para a sua dosagem. Já a partir dessa idade, fica a critério do pediatra a coleta ou não de exame para orientar a eventual necessidade de tratamento.


Atividades cognitivas 

No segundo ano de vida a criança começa adquirir uma maior independência, isto é, ela começa a andar sozinha, cai raramente, já come sozinha, identifica sua imagem no espelho, fala várias palavras, consegue articular frases curtas, e já pode ser iniciado o desfralde.




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