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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Mais de 7 mil brasileiros serão diagnosticados com Câncer de Laringe em 2016. Álcool e tabaco são os principais inimigos




O câncer de cabeça e pescoço é a quinta neoplasia mais comum no mundo. A incidência global chega a 780 mil novos casos por ano. Novas tendência de diagnóstico e tratamento serão apresentadas em São Paulo nos dias 2 e 3 de dezembro durante a V Jornada Paulista de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, que acontecerá na sede da APM – Associação Paulista de Medicina.

O câncer da laringe (pregas vocais ou cordas vocais) corresponde a 25% dos tumores diagnosticados nessa região e 2% de todas as doenças malignas. Segundo dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer, em 2015 foram registrados no Brasil 6.870 casos de câncer de laringe em homens e 770 em mulheres. A estimativa para 2016 é que sejam computados 7.350 novos casos, sendo 6.360 em homens e 990 em mulheres.

A ocorrência pode ser na laringe supraglótica, na glote e ou na subglote. Aproximadamente 2/3 dos tumores surgem na corda vocal verdadeira, localizada na glote, e 1/3 na laringe supraglótica (acima das cordas vocais). O tipo histológico mais prevalente, em mais de 90% dos pacientes, é o carcinoma epidermoide. Estudos apontam que há uma nítida associação entre a ingestão excessiva de álcool e o tabagismo com o desenvolvimento de câncer nas vias aerodigestivas superiores, sendo o tabagismo o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe.

“O álcool e o tabaco são os maiores inimigos da laringe. Fumantes têm 10 vezes mais chances de desenvolver esse tipo de câncer. Em pessoas que associam o fumo e bebidas alcoólicas, esse número sobe para 43. Má alimentação, estresse e mau uso da voz também são prejudiciais”, explica o médico cirurgião de cabeça Dr. Antônio Bertelli, um dos membros da Comissão Organizadora da V JOPA CCP.

O sintoma mais comum é a rouquidão persistente e sem causa aparente. “A rouquidão proveniente de tumores é diferente da rouquidão relacionada ao esforço vocal ou à laringite ligada a processos gripais, pois não vem acompanhada de febre ou dor, é progressiva e persiste”, alerta Dr. Bertelli. 

Caso não haja tratamento na fase inicial do câncer, a rouquidão pode evoluir para dor durante a deglutição (ato de engolir) e falta de ar. Na fase mais avançada, podem aparecer nódulos no pescoço. 

De acordo com a localização e a extensão do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia. Quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, maior a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais, já que a terapêutica dos cânceres da cabeça e do pescoço pode causar problemas nos dentes, fala e deglutição. A laringectomia total (retirada da laringe) implica na perda da voz fisiológica e em traqueostomia definitiva (abertura de um orifício artificial na traqueia, abaixo da laringe). “Como a preservação da voz é importante na qualidade de vida do paciente, algumas vezes a radioterapia pode ser empregada primeiro, deixando a cirurgia para o resgate, quando a radioterapia não for suficiente para controlar o tumor”, esclarece Dr. Bertelli.


Principais sintomas do câncer de laringe:

·         Alterações na Voz e Rouquidão não associadas à processos gripais
·         Ferida na garganta que não cicatriza

·         Tosse constante

·         Dor ao engolir

·         Dor de ouvido.

·         Dificuldade para respirar

·         Perda de peso

·         Nódulo ou massa no pescoço




Novembro azul: Merial alerta para câncer em pets




A Merial Saúde Animal alerta que, assim como as pessoas, cães e gatos também podem desenvolver câncer. As causas podem estar associadas a fatores externos ou internos ao organismo do animal, sendo mais frequente em cães idosos.

Há vários tipos de câncer que acometem os pets e, dentre eles, podemos destacar o câncer de mama, pele e linfoma. O médico veterinário e Gerente Técnico de Animais de Companhia da Merial, Jaime Dias, alerta que os sintomas iniciais podem acabar passando despercebidos. “É preciso ficar atento ao aparecimento de nódulos ou a qualquer mudança no comportamento do animal e criar o hábito de consultar um médico veterinário regularmente”, recomenda Dias.

O câncer de mama ocorre com frequência nos pets, sendo caracterizado por nódulos nas glândulas mamárias, podendo algumas vezes, ser acompanhado da presença de secreção. O aparecimento deste câncer está relacionado a alterações nos níveis de  hormônios femininos, como o estrógeno e a progesterona. Jaime Dias explica que a castração é a melhor forma de prevenir a doença. “A castração antes do primeiro cio reduz drasticamente as chances da fêmea desenvolver o câncer”, diz.

O câncer de pele também exige atenção. Nesse caso, o animal poderá apresentar nódulos, vermelhidão, feridas, coceira e/ou perda de pelo. O diagnóstico pode ser realizado através de exame citológico ou histopatológico.

O linfoma é um tumor maligno com alto potencial metastático. Existem vários tipos de linfoma, que podem acometer diferentes órgãos. “O diagnóstico precoce associado ao tratamento adequado, podendo incluir cirurgia, quimioterapia e/ou o uso de outros fármacos, dependendo do tipo de câncer, poderão aumentar a qualidade e expectativa de vida do animal, explica o médico veterinário”.

A Merial possui em seu portfólio o anti-inflamatório não-esteroidal a base de firocoxib, princípio ativo responsável por inibir a atividade da enzima COX-2; presente nos processos inflamatórios e também em alguns tipos de câncer. O uso do medicamento, segundo estudos científicos, pode minimizar os sintomas da doença e evitar que o câncer se espalhe. Vale reforçar que o médico veterinário é o único profissional apto a realizar o diagnóstico e, fazer a prescrição de medicamentos e quimioterápicos, além de procedimentos que deverão ser realizados no animal acometido.




Merial
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Exame oftalmológico preventivo é essencial até na infância




De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de deficiência visual. Tal estimativa pode comprometer o desenvolvimento e compreensão do conteúdo passado nas salas de aula – fato comprovado em pesquisa realizada pelo Instituo Penido Burnier, cujo resultado atesta que, entre três e oito anos de idade, 57% dos que apresentam visão alterada mostram-se desatentas, agitadas e com dificuldades para aprender.

Rosa Maria Graziano, presidente do Departamento de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), informa que os projetos Olho no Olho e Visão do Futuro realizam exames oftalmológicos nos que cursam o primeiro ano do ensino fundamental, no qual média etária é de sete anos. “O governo consegue realizar a ação facilmente nas escolas, todavia, aos sete anos o desenvolvimento visual está próximo de sua conclusão e pouco se conseguirá no tratamento da ambliopia”.

Desta forma, o pediatra, em contato com a família desde os primeiros anos de vida, é o principal parceiro do oftalmologista na prevenção da cegueira infantil.

Para que haja desenvolvimento normal da visão, são necessárias boas condições anatômicas e fisiológicas. Qualquer obstáculo à formação de imagem nítida, estrabismo ou anisometropia (diferença entre os erros refrativos dos olhos maior do que três graus) pode levar a um mau desenvolvimento visual; que chamamos de ambliopia e se tornará irreversível se não tratado em tempo hábil.

Um dos principais erros dos pais é não analisar periodicamente os olhos dos filhos. Além das doenças congênitas que acarretam cegueira quando não tratada, como toxoplasmose, catarata e glaucoma, existem três tipos de erros de refração que podem surgir nesta fase da vida: hipermetropia, miopia e astigmatismo.

“O olho apresenta duas lentes – o cristalino e a córnea –, que devem em conjunto focalizar a imagem na retina. A nitidez da imagem vai depender do poder de convergência de ambas as lentes, bem como o tamanho do olho. Quando um erro de refração está presente, a luz que entrar no olho não formará uma imagem na retina”, explica a especialista.

O tratamento deste problema é feito por meio do uso de óculos de grau, mediante recomendação do médico. “Pode parecer incrível, mas a falta de óculos é uma causa de baixa acuidade visual importante no Brasil e no mundo”, conta.

A prevenção deste e de todos os problemas oftalmológicos deve começar ainda no pré-natal, a fim de evitar infecções congênitas. A criança apresenta três fases críticas no desenvolvimento visual e cada uma deve ser analisada respeitando sua particularidade.

“Os três primeiros meses de vida é considerado o período crítico do desenvolvimento visual. Entre os dois e três anos, a criança atinge a visão do adulto, desde que nada impeça seu desenvolvimento. Por fim, dos sete aos nove anos ainda é possível tratar a ambliopia (olho preguiçoso), mas é muito mais difícil se tratada nos primeiros anos de vida”, aponta Graziano.

O teste do reflexo vermelho incorporado ao exame do recém-nascido permitirá o diagnóstico precoce de patologias como a catarata congênita e o glaucoma congênito, que tratados antes do período crítico têm resultados visuais muito melhores.

Dra. Rosa Maria afirma, todavia, que não existe consenso de quando a criança deve ser avaliada. Desta forma, recomenda o exame no berçário; entre os seis e doze meses e seguir anualmente até os quatro anos; após este período, permanecer averiguando anualmente ou bianualmente. “O pediatra é fundamental para o encaminhamento das crianças ao exame oftalmológico preventivo”.

Nos recém-nascidos o exame oftalmológico deve ser feito ainda no berçário em casos específicos, como lista a presidente do Departamento de Oftalmologia da SPSP: “Quando nasceram prematuramente e/ou receberam oxigênio por muitos dias; filhos de mães que tiveram infecções como rubéola, toxoplasmose, AIDS e citomegalovirose na gestação; sofreram trauma de parto; apresentaram olhos vermelho e/ou com secreção purulenta; ‘pupila branca’; olhos grandes; córneas opacas; lacrimejamento constante; fotofobia; e os que parentes, ainda crianças, tiveram retinoblastoma (tumor das células da retina que pode ter transmissão genética)”.




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