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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Infância é a melhor fase para aprender novo idioma, apontam estudos




Imersão de crianças em um ambiente bilíngue oferece diversos benefícios ao desenvolvimento infantil




Cientistas comprovam que o cérebro está mais propenso ao processo de aperfeiçoamento da linguagem entre dois e quatro anos de idade



Aplicada não apenas ao âmbito profissional, a fluência em outra língua pode proporcionar experiências incríveis. A melhor fase para começar a aprender um novo idioma é durante a infância, de acordo com cientistas do Kings College em Londres, e da Brown University em Rhode Island. 

Os profissionais estudaram 108 crianças com desenvolvimento cerebral normal, com idades entre um e seis anos, e descobriram que antes dos quatro anos de idade, quando ligações entre neurônios se desenvolvem para processar novas palavras, as influências exteriores exercem maior impacto sobre os pequenos. A pesquisa, publicada no The Journal of Neuroscience, comprova que o cérebro está mais propenso ao processo de aperfeiçoamento da linguagem entre dois e quatro anos de idade.

Pesquisam positivas relacionadas ao bilinguismo na infância surgem em contrapartida às frequentes discussões que apontam a prática como um atraso no desenvolvimento infantil. "A ideia de que um novo idioma pode confundir as crianças é a mais frequente entre os pais, mas não está correta. Muitos neurocientistas, de todo o mundo, já provaram que um novo idioma só ajuda. Com a nova língua eles (as crianças) ganham mais facilidade em aprender novas palavras", exemplifica Lourdes, que é psicopedagoga e coordenadora do programa bilíngue no CEAV Jr, escola especializada em ensino infantil do Distrito Federal.

Na escola, que atende apenas crianças com idade entre um ano e meio e sete ano, o projeto Bilingual Program Pearson insere o inglês como novo idioma ainda na educação infantil, a partir dos três anos. O programa não limita-se somente ao idioma, inclui conteúdos disciplinares (matemática, literatura e ciências) na língua inglesa. O material adotado é o mesmo utilizado em escolas inglesas, o que favorece o bilinguismo, promove a proficiência em duas línguas e até o aumento da capacidade do aprendizado geral.

A imersão de crianças em um ambiente bilíngue oferece diversos benefícios ao desenvolvimento infantil. Entre eles estão a melhora da fala e articulação, aumento da percepção auditiva, aprimora a estruturação do pensamento, além de apresentar um novo mundo com diferentes expressões e culturas.





A televisão educa?




Especialista fala sobre os cuidados que os pais devem ter em relação a televisão e a educação das crianças

 
Não é de hoje que temos que lidar com a enxurrada de informações e valores transmitidos pela televisão para as crianças e adolescentes. A programação destinada a esse público é quase nula, e com o avanço tecnológico, a tarefa de pais e responsáveis é ainda mais difícil. Mas o que fazer e como lidar com tanta informação sem privar os pequenos da TV?

Segundo Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, as crianças chegam ao mundo e logo são apresentadas a uma “enxurrada” de inversão de valores. O que os pais lutam para construir dentro de casa e na escola, muitas vezes, a televisão consegue acabar em alguns minutos. 

Muitos pais e responsáveis acabam deixando os filhos em frente à televisão sem se preocupar com o que está sendo transmitido, apenas usando aquele meio como uma distração, o que segundo a especialista, pode ser ruim para a criança. “O nosso papel em casa e na escola é orientar. Se os pais/responsáveis não estão em casa para acompanhar, e se há uma pessoa com as crianças é o momento de instruí-la, ou dizer pelo menos o que é permitido ou não. É bem mais fácil deixar a criança ligar a televisão e esquecer do mundo, pois assim ela fica quieta”, comenta.

No entanto, ao assistir a determinado programa ela reflete sobre o que vê, faz conexões com a sua realidade, abstrai os pontos positivos ou negativos daquilo que visualiza. Para a especialista a melhor maneira de lidar com essa situação é conversando com a criança e explicando qual é o objetivo daquele programa, levando-a a realidade. “Depois, evitar ao máximo o seu acesso a eles, deixando esse tempo para que a criança tenha oportunidade de desenvolver atividades que ajudem significativamente no seu aprendizado e evolução”, completa Ana Regina.






Ana Regina Caminha Braga (https://anareginablog.wordpress.com/) - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.


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