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quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Bexiga Hiperativa em idosas- Já ouviu falar?
O termo Síndrome da
Bexiga Hiperativa refere-se a uma condição clínica frequente entre pacientes
com idade acima de 60 anos. A síndrome é acompanhada de sintomas de urgência
miccional (vontade iminente de urinar) e idas frequentes ao toalete, em geral
superior a 8 vezes no período diurno e 2 ou mais vezes no período noturno.
Durante estes momentos de urgência poderão acontecer perdas de urina, no caso
de não haver um toalete por perto.
A prevalência da
síndrome é maior em mulheres, em torno de 30% delas relatarão as queixas e este
índice aumenta de acordo com o avançar da idade.
Entre as possíveis
causas, citam-se o próprio processo de entrada na menopausa onde há queda do
estrogênio (o hormônio feminino é fundamental para um bom funcionamento do
trato urinário feminino), doenças concomitantes como diabetes e doenças
neurológicas, alterações intestinais, cirurgias prévias no trato urinário e
genital, gestações passadas, obesidade, efeito adversos de alguns medicamentos
etc. Estas condições levam a alterações na parte interna da bexiga, fazendo com
que ela produza o desejo de urinar com mais freqüência, desejos estes que não
conseguem ser controlados pela paciente, ocasionando perdas de urina e levando
a paciente ao toalete a todo instante.
Para o diagnóstico, o
médico urologista irá avaliar a necessidade de exames adicionais. Uma
percentagem significativa dos pacientes está apta a ser tratada logo após uma
história médica e exame clínico detalhados. Entretanto, algumas dúvidas podem
surgir e o médico poderá solicitar exames adicionais como exame de urina,
ultrassom do trato urinário e estudo urodinâmico.
O tratamento transitará
desde medidas comportamentais (evitar líquido até 2 a 4 horas antes de dormir,
evitar alimentos irritantes para bexiga como café preto, chocolates,
condimentos e enlatados), reabilitação de assoalho pélvico, medicamentos,
injeção de medicamentos diretamente na musculatura da bexiga e implante de
neuromoduladores para controlar a inervação da bexiga.
A mensagem final é
deixar claro que a síndrome é frequente, afeta muito a qualidade de vida do
paciente e o médico urologista está apto a indicar um tratamento adequado o
qual tende a se eficaz em até 80% dos pacientes.
Profa Dra Miriam Dambros Lorenzetti – Livre Docente em Urologia pela Universidade Federal
de São Paulo, Professora da Faculdade de Medicina da Faculdade São Leopoldo
Mandic, Campinas, Médica Urologista da Clínica Célula Mater, São Paulo.
Terapia familiar pode ajudar as pessoas com depressão severa a se recuperar mais rápido
De acordo
com a Organização Mundial da Saúde - OMS, 10% da população mundial -o que
significa 615 milhões de pessoas - sofrem de "depressão" ou
Transtorno Depressivo Maior. A doença é duas vezes mais prevalente em mulheres
do que em homens, independente do país de origem ou cultura. Isso se deve à uma
multiplicidade de fatores como questões hormonais, os efeitos de gerar filhos,
o papel social feminino, a duplicidade na jornada de trabalho.
Uma técnica
chamada de terapia familiar é fundamental no tratamento, segundo a psiquiatra
da Dermovisage, Suele Serra Coelho. “ É indicada se a doença ameaçar o
casamento ou o desempenho dos familiares do paciente. Avaliamos também se o
transtorno é promovido ou mantido pela situação familiar”, explica.
A doença
ocorre por causas multifatoriais e é definida por um estado crônico, maior
ou igual a duas semanas de humor deprimido ou perda do interesse e
prazer pelas atividades em geral, ressalta a especialista.
A
identificação do transtorno normalmente é feita por algum ente próximo:
cônjuge, pais, irmãos ou amigos. É observado um comportamento diferenciado ou
uma mudança em atitudes do paciente que outrora não apresentava tais
características. “Por isso é de suma importância o apoio dos
familiares no tratamento, uma vez que ainda existe preconceitos e falta de
informação a respeito da doença, além da não adesão medicamentosa por
muitos pacientes”, destaca a médica.
Dentre os
sintomas da doença estão sentimento de culpa ou inutilidade, capacidade
diminuída da concentração, alterações do sono como insônia ou hipersonia,
alterações no peso corporal como perda ou ganho de peso, pensamentos de
morte e ideação suicida, diminuição do prazer ou interesse em atividades
diárias, entre outros.
O primeiro
passo para o tratamento, segundo Suele, é considerar a doença como algo
importante e de grande impacto na vida do paciente. “Não se trata de preguiça,
falta de força de vontade ou fraqueza como muitas pessoas falam, e sim
de uma doença para ser acompanhada com médico psiquiatra especializado
juntamente com avaliação psicoterápica”, esclarece.
Dermovisage
O perigo da trombose
Doença é
mais comum em mulheres e pode levar à embolia pulmonar
Dor nas pernas, inchaço e
mudanças na coloração da pele. Esses são apenas alguns sinais de alerta para a
trombose, patologia caracterizada pela formação ou desenvolvimento de um
coágulo sanguíneo responsável por causar inflamação na parede do vaso, conhecida
pelos médicos como trombose venal profunda. Além do desconforto, a doença, que
é mais comum em mulheres, pode levar à embolia pulmonar quando o coágulo se
desloca e migra até os pulmões – uma condição que pode ser fatal.
Segundo
Élbio D’Amico, membro do Comitê de Hemostasia e Trombose da Associação
Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), estima-se que
a cada ano mais de 300 mil pessoas nos Estados Unidos e mais de 500 mil na
Europa passem por eventos de trombose venosa profunda e embolismo pulmonar. No Brasil, não há registros precisos da incidência,
mas calcula-se que, a cada mil habitantes, um ou dois sejam acometidos por
trombose.
“Pesquisa realizada pelo Ibope em 2010 constatou que 44% da
população brasileira não reconhece os sintomas da trombose. Nesse cenário, o
desconhecimento pode tornar a doença muito mais perigosa, principalmente para
as mulheres”, salienta o médico.
Risco elevado
O hematologista explica que a
trombose é um perigo em potencial para as mulheres porque elas estão expostas a
fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de coágulos. Ele cita o uso da
pílula anticoncepcional com estrogênio, gestação e tratamento de reposição
hormonal como condições que elevam o risco de trombose.
“O corpo da mulher passa por uma série de mudanças durante a
gravidez. O organismo se prepara para a situação do parto, aumentando as
substâncias coagulantes no sangue. O resultado é um risco seis vezes maior de
trombose durante a gestação. No período de pós-parto, durante aproximadamente
40 dias, esse risco chega a ser 15 vezes maior”, comenta o médico.
Atenção profissional
Segundo o membro da ABHH, o
acompanhamento de um médico é fundamental para evitar a trombose,
principalmente com pacientes mulheres. “O uso do anticoncepcional, a gravidez e
terapias de reposição hormonal fazem parte da vida de milhões de brasileiras,
não podemos simplesmente indicar que elas parem com o controle de natalidade ou
que não tenham filhos. O papel do médico é acompanhar a paciente, cuidando-a
durante todo o processo”, diz.
Com avaliações clínicas e investigação detalhada, analisando
o histórico de cada paciente, um especialista pode indicar o melhor caminho a
ser seguido. No caso do anticoncepcional, por exemplo, seria a substituição do
medicamento por outra versão que utilize a progesterona. “Para a questão da
gravidez, o médico que acompanha uma paciente que quer ter filhos pode fazer a
profilaxia trombólica, receitando medicamentos que diminuem a coagulação do
sangue. Em qualquer caso, exercer a boa medicina é fundamental”, conclui
D’Amico.
Como prevenir
Além do acompanhamento médico,
qualquer pessoa pode tomar medidas de prevenção. Muitas delas podem ser
incorporadas no cotidiano. Algumas das dicas são:
- Exercitar-se ou fazer pequenas
caminhadas regularmente;
- Controlar o peso;
- Evitar o cigarro;
- Movimentar as pernas durante
longos períodos sentada;
- Usar meias de contenção para o
caso de inchaço, sempre com orientação médica.
Sobre a ABHH
A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) reúne
hematologistas e hemoterapeutas e tem como frentes de atuação
o desenvolvimento educacional e científico dos especialistas. Filiada à
Associação Médica Brasileira (AMB), a ABHH possui mais de dois mil
associados.
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