Disparidade
de salários entre gêneros pode ser reduzida com três poderosos aceleradores de
carreira
Uma pesquisa finalizada
pela Accenture (NYSE: ACN) revela que as universitárias que se formarem em 2020
em mercados emergentes poderão integrar a primeira geração a eliminar as
diferenças salariais entre gêneros.
O relatório, Getting to Equal 2017,
revela que dentro de algumas décadas as disparidades salariais poderiam ser
extintas se as mulheres se beneficiassem de três equalizadores de carreira, e
se empresas, governos e universidades fornecessem o apoio necessário.
Com esses fatores, as
diferenças salariais em mercados desenvolvidos poderiam ser extintas até 2044,
reduzindo o prazo para atingir a paridade em 36 anos. Já nos mercados
emergentes, tais mudanças poderiam eliminar mais de 100 anos de atraso para
alcançar a igualdade de remuneração, atingindo-a até 2066, ao invés de 2168.
"A futura força de
trabalho deve ser igualitária. As disparidades salariais são imperativos
econômicos e competitivos que impactam a todos, e devemos tomar as medidas
certas para criarmos oportunidades significativas para as mulheres, além de
preencher essa lacuna mais rapidamente", avalia Patrícia Feliciano,
diretora executiva de Talent & Organization da Accenture no Brasil.
A
pesquisa da Accenture identificou que, globalmente, uma mulher ganha em média
100 dólares para cada 140 dólares recebidos por um homem. No Brasil, entre os
diversos fatores críticos que impactam a capacidade de uma mulher alcançar a
igualdade de remuneração logo na universidade, destacam-se: estudantes do sexo
feminino, comparadas com seus colegas do sexo masculino, optam com menos
frequência por áreas de estudos que ofereçam alto potencial de ganhos (27%
contra 29%, respectivamente); por ter um mentor (37% contra 43%); ou por
aspirar posições de liderança (51% contra 60%). Além disso, as mulheres demoram
mais para adotar novas tecnologias (45% contra 60%) e para iniciar cursos de
computação e codificação (64% contra 82%).
O relatório – baseado em
um levantamento de 2016 da Accenture sobre o ‘gap’ de gênero no mercado de
trabalho – ainda destaca três poderosos aceleradores para ajudar as mulheres a
eliminar esta disparidade de remuneração:
o
Fluência Digital:
até que ponto as pessoas utilizam tecnologias digitais para se conectar,
aprender e trabalhar.
o
Estratégia de carreira:
necessidade de as mulheres terem ambições, fazerem escolhas conscientes e
gerenciarem proativamente suas carreiras.
o
Imersão tecnológica:
oportunidade de adquirir mais tecnologia e competências digitais mais fortes
para avançarem tão rapidamente quanto os homens.
Aplicando estes
aceleradores de carreira, combinados com o apoio de empresas, governos e
universidades, tais disparidades salariais poderiam ser reduzidas em 35% até
2030, aumentando o rendimento feminino em 3,9 trilhões de dólares.
"A igualdade de
gênero é um elemento essencial de um mercado de trabalho inclusivo, e isso se
estende à remuneração", destaca Pierre Nanterme, Presidente e CEO da
Accenture. "As empresas, governos e universidades têm um importante papel
a ser desempenhado no preenchimento desta lacuna. A colaboração entre essas
organizações é chave para a geração de oportunidades, ambientes e modelos
adequados para a condução deste caminho à mudança".
Metodologia
A
Accenture pesquisou mais de 28 mil homens e mulheres, incluindo alunos de
graduação, em 29 países. A amostra incluiu uma representação equitativa de
homens e mulheres, representando três gerações (Millennials, Geração X e Baby
Boomers), em todos os níveis de mão de obra e em empresas de diferentes portes.
A margem de erro para a amostra total foi de aproximadamente +/- 0,6%.
Os
dados da pesquisa foram analisados utilizando um modelo econométrico para
identificar os impulsionadores da igualdade de remuneração e desenvolvimento de
carreira e, então, combiná-los com dados publicados sobre educação, emprego,
liderança e pesquisas do Banco Mundial, OECD, Fórum Econômico Mundial e Nações
Unidas, para em seguida explorar o impacto potencial de medidas para melhorar a
igualdade. Os cálculos de disparidade salarial são baseados no modelo econômico
da Accenture, que considera a percentagem menor de mulheres do que homens em
trabalho remunerado.
Os países participantes do
estudo foram: Argentina, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Dinamarca,
Finlândia, França, Alemanha, a Grande China (inclui Hong Kong e Taiwan), Índia,
Irlanda, Itália, Japão, México, Países Baixos, Noruega, Singapura, África do
Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. Indonésia, Malásia,
Filipinas, Arábia Saudita e Emirados Árabes também participaram da pesquisa.
Accenture