Os dados são de um
novo estudo britânico que entrevistou 7 mil mulheres sexualmente ativas. Em São
Paulo, já tem a primeira clínica “Especializada em dor na relação sexual”
do Brasil, que cura o problema em algumas sessões de fisioterapia pélvica
Antigamente
as mulheres eram de alguma forma “usadas” para o prazer masculino e muitas
delas sentiam dor e mesmo nos dias de hoje isso não é muito respeitado pela
sociedade que encara como “frescura” esse tipo de dor até pelos médicos
ginecologistas que deveriam olhar com atenção a queixa das suas
pacientes. Uma grande parte dos médicos vê este problema como frescura e
que um vinho resolve! Mas será que as mulheres precisam virar alcoólatras para
transar?
Estudos sobre
a vida sexual dos brasileiros realizado pela Dra Carmita Abdo mostra que uma
porcentagem de médicos não estão prontos para falar sobre sexo com suas
pacientes. Como consequência do diagnostico “ frescura” dos médicos tem a
resposta dos parceiros que não entendem o problema e simplesmente ignoram a dor
de suas parceiras, isso é um absurdo.
Algumas
dessas mulheres tem disfunções sexuais classificadas como Vaginismo e
Dispareunia e são tratáveis.
"Vaginismo
é quando a mulher não consegue permitir a penetração do pênis e muitas também
não conseguem realizar exame ginecológico. Já a Dispareunia é quando a mulher tem
dor recorrente por mais de 6 meses", comenta Débora Pádua, fisioterapeuta
especialista em vaginismo da capital pualista.
Débora conta que atualmente calcula-se que cerca de 30% das mulheres
tem algum tipo de disfunção sexual e cerca de 5% tenha Vaginismo que impede a
penetração e o resultado disso são mulheres casadas por anos e ainda virgens.
"Mulheres com 20 anos de casamento se sentindo discriminadas, com
baixa autoestima, depressivas por se sentirem menos mulheres que outras,
mulheres que são traídas e todos acreditam que o motivo é aceitável pois ela
não tem relação com o marido e muitas não conseguem ter filhos ou precisam de
fertilização para isso já que o pênis não entra no canal", comenta a
especialista que ainda afirma que "estas mulheres precisam de ajuda,
precisa saber que elas têm o direito de ter uma disfunção e que podem se
tratar".
Por muitos
anos somente a psicologia tentar tratar estas mulheres, hoje existe também mais
uma forma de tratamento que é a Fisioterapia Pélvica que ajuda estas mulheres
em praticamente 100% dos casos e com pouco tempo de tratamento. "As
mulheres pedem socorro pelo direito de serem encaradas como alguém que tem um
problema e precisam de ajuda", finaliza Débora Pádua.