Levantamento
inédito também revelou que boa parte dos entrevistados conquistou uma vaga com
o auxílio de sites especializados
Ninguém duvida que a internet revolucionou a busca pelo emprego. O uso de
sites especializados e redes sociais para compartilhamento de vagas e
divulgação de processos seletivos facilitou a vida de candidatos e empresas. Um
levantamento feito pela Companhia de Estágios, consultoria especializada em
programas de estágio e trainee no Brasil, revelou que mais de 30% dos jovens
que conquistaram uma oportunidade de estágio recentemente, o fizeram através de
sites ou redes sociais.
Essa tendência não é novidade, há tempos os tradicionais anúncios de jornal
foram substituídos pelos posts, tanto para quem procura uma vaga, quanto para
empresas que precisam preencher postos de trabalho. Entre os estudantes, essa
característica é ainda mais dominante: a pesquisa que contou com mais de 1.700
jovens de todo território nacional demonstrou que a principal ferramenta para
busca de emprego é o Facebook. A rede mais popular do mundo está à frente até
mesmo de sites especializados como o LinkedIn na hora de procurar vagas. E a
razão pela qual 35% dos participantes afirmaram utilizar a rede de Mark
Zuckerberg também para fins profissionais é, sobretudo, a praticidade – “A
oportunidade chega até você sem que precise fazer grandes buscas, elas aparecem
na sua timeline enquanto você navega. Também é muito comum ver amigos
compartilhando vagas e marcando outras pessoas que estão procurando emprego.” –
explica a estudante de psicologia, Fernanda Machado.
A rede profissional
Os brasileiros simplesmente amam redes sociais, desde os tempos de Orkut,
esses sites para relacionamento e círculos de amizade fazem sucesso
considerável por aqui. E a rede que popularização termos como “curtir” e
“compartilhar” conquistou a preferência dos usuários locais: o último levantamento
do próprio Facebook apontou que 45% dos brasileiros acessam a rede
frequentemente e mais de 2 milhões de empresas utilizam a plataforma de
anúncios para prestação de serviços, venda de produtos e também anúncio de
oportunidades de trabalho. Atualmente, não basta ter um site, para conseguir
alcançar seu público, a empresa também tem que ter presença nas redes sociais.
Da mesma forma, as empresas utilizam cada vez mais a análise do perfil do
candidato nesses sites, como critério de seleção e de verificação de
informações.
O engajamento dos usuários é outro ponto que faz dessa ferramenta uma forte
aliada para os recrutadores: “O envolvimento dos usuários é muito grande, ainda
mais em tempos de crise, como a que o país atravessa. Esse tipo de post é visto
como uma prestação de serviço à comunidade, sendo amplamente compartilhado na
rede por milhares de usuários. Essa colaboração aumenta o alcance da publicação
e impacta exatamente quem precisa.” – explica Tiago Mavichian, diretor da
consultoria.
Juntos, Facebook e LinkedIn somam 68% das redes sociais utilizadas pelos
entrevistados para procura de vagas de estágio, e a vantagem do Facebook em
relação à maior rede especializada em contatos profissionais, especialmente
entre os jovens, se deve por razões comportamentais:
“Normalmente o jovem que
busca estágio ainda não tem seu perfil profissional claramente definido ou
suficientemente atraente a ponto de ser competitivo em uma rede de negócios.
Além disso, o uso do Facebook para interação pessoal é mais atraente e até
mesmo mais amigável para o jovem. Dessa forma é natural que, passando mais
tempo conectado, aumentem as chances de que algum relacionamento profissional
também surja nessa rede.” – explica a psicóloga Greta Sunhog.
O tal Q.I. – Quem indica
Quem precisou enfrentar um processo seletivo, ou tentou conquistar uma vaga
da maneira tradicional, de porta em porta, com certeza já ouviu a velha
expressão “Q.I.”. Esse termo utilizado para denominar aquele que conseguiu uma
oportunidade graças à um contato pessoal, ou à indicação de um conhecido às
vezes irrita muitos candidatos que estão na fila do emprego. E por mais que o
mercado esteja passando por transformações, a tal “indicação” também marcou
presença na pesquisa de carreira e mercado realizada pela Consultoria: 24% dos
entrevistados que conseguiram uma vaga de estágio afirmaram que o fizeram
graças à indicação de terceiros.
“É frustrante, muitas vezes você percebe que a pessoa não é a mais preparada
ou mais dedicada à oportunidade, mas acaba sendo contratada pelo fato de
conhecer alguém dentro da empresa.” – opina Fernanda. Essa situação pode ser
bastante comum, especialmente no começo da vida profissional do jovem, que sem
muita experiência não sabe como ser competitivo diante de uma entrevista, cabendo-lhe
procurar oportunidades através de terceiros. Apesar de não diminuir o mérito do
candidato, a indicação pode representar um risco tanto para empresa quanto para
profissional se o perfil do candidato não for bem avaliado. “Indicar não é um
problema desde que a indicação passe por todas as etapas do processo como os
demais candidatos” - afirma
Tiago
Mavichian.
Ajuda profissional aumenta
as chances de sucesso
De fato, para fugir do “quem indica” a solução mais adequada é buscar ajuda
profissional. Na frente do tal “Q.I.” apenas sites de recrutamento tiveram um
percentual superior, em relação à conquista de uma vaga de estágio. Mais de 26%
dos entrevistados conseguiram uma oportunidade de trabalho graças ao auxílio de
consultorias especializadas.
Metade desses jovens afirmam possuir cadastro em, pelo menos, 5 sites de
seleção de vagas e apenas 1% deles não fazem uso desse tipo de recurso. Isso
significa que o meio mais eficaz de conseguir uma vaga de estágio é através de
sites especializados, de acordo com a pesquisa. A grande vantagem é que essas
ferramentas normalmente são gratuitas para os candidatos, e toda intermediação
entre candidato e empresa é feita por recrutadores especializados, com sistemas
aprimorados de seleção. Além de reduzir o tempo de procura e a necessidade de
deslocamento, a ajuda profissional aumenta as chances de sucesso, uma vez que a
escolha do candidato mais adequado é a principal preocupação dos processos
realizados por essas empresas.
Outro motivo pelo qual o jovem deve aproveitar ao máximo esse tipo de
recurso é o volume e diversidade das vagas: “Grandes empresas utilizam
consultorias para boa parte de seus processos. Isso faz com que em um único
site o candidato tenha acesso a vagas para diversas áreas e em várias empresas.
Logo, o candidato que faz uso desse recurso pode conseguir uma vaga mais
rapidamente.” – finaliza Mavichian.
Fonte: Companhia
de Estágios | PPM Human Resources