Pesquisar no Blog

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Comer mais chocolate no frio faz bem para a saúde



O frio chega e logo a vontade de comer chocolate aparece. De acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), 23% dos entrevistados declararam que o inverno e o outono são períodos em que mais consomem o produto. As principais razões é que dias gelados e nublados trazem a sensação de tristeza e depressão e o chocolate combate estes sentimentos.

“Ele possui polifenois, que aumentam a produção de serotonina – o famoso hormônio da felicidade que proporciona sensação de bem-estar. Também apresenta triptofano, aminoácido que melhora o humor”, explica a nutricionista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Kátia Terumi Martinez R. Ushiama. 

Além do bem-estar, se aliado a uma dieta balanceada, o chocolate torna-se benéfico para a saúde. “O cacau, seu principal componente, é rico em minerais essenciais para o corpo, pele e cabelo, como magnésio, cobre, potássio, manganês e vitaminas”, explica a especialista.

Também possui substâncias antioxidantes e diminui o risco de doenças cardiovasculares, câncer, além do estresse e depressão. “É preciso, no entanto, consumi-lo com moderação, pois pode trazer grande quantidade de açúcar e gorduras, prejudicando, assim, a qualidade da saúde”, ressalta.

Para comer chocolate sem culpa ou se aquecer com bebidas quentes que levam o alimento, a nutricionista Kátia Terumi relacionou os benefícios de cada tipo de chocolate. Confira abaixo: 

- Chocolate ao leite – Apesar de ser mais doce que os demais, possui menos gordura hidrogenada. Sua composição inclui cacau sólido, manteiga de cacau, leite e açúcar. Seu consumo deve ser controlado, pois é mais calórico.

- Chocolate branco – Entre todos os tipos é o menos benéfico à saúde. Feito a partir de manteiga de cacau, ele traz em sua composição leite, manteiga de cacau e açúcar. É muito calórico e rico em gorduras, portanto, as versões sem açúcar, sem lactose e sem glúten são mais indicadas.

- Chocolate amargo – É o mais indicado pela alta quantidade de cacau em sua composição. São menos calóricos, pois possuem menos açúcar e são ricos em flavonoides, que melhoram a circulação. Também é bom para o coração, equilibra o colesterol e diminui o estresse. Seus antioxidantes previnem o envelhecimento precoce.

- Chocolate meio amargo – Pode conter muito açúcar e gordura. Mesmo assim, é uma boa opção para quem não aprecia o forte sabor do amargo.

- Chocolate diet – Não possui açúcar, mas pode conter maior teor de gorduras ou ser até mais calórico do que o chocolate ao leite.

- Chocolate light – Não possui muitos nutrientes e, por isso, pode não valer a pena o seu consumo.

- Chocolate de soja – Fabricado com leite de soja, é rico em nutrientes, proteínas e até fitoquímicos importantes, como a isoflavona, o que faz dele um alimento bastante saudável. 

- Chocolate protéico – Feito com Whey Protein (proteína do soro do leite), é rico em proteína e sacia o apetite. Também ajuda a tonificar a musculatura. Mas, pode ter grande quantidade de gorduras e deve ser consumido com limites.

- Alfarroba – Apesar do gosto e aparência iguais, ele não é um chocolate. A alfaborra substitui o cacau na produção do alimento. Não possui glúten, lactose e cafeína e é rico em vitaminas e minerais.







Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
Site: www.hpev.com.br
Facebook: www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV
Twitter: www.twitter.com/Hospital_EV
YouTube: www.youtube.com/user/HospitalEV





Sergio Castillo traça perfil da dependência química



O diretor terapêutico da Clínica Grand House esclarece as principais questões que envolvem o tema e fala sobre a importância da família na recuperação e reinserção social do dependente


De acordo com o Relatório Mundial Sobre Drogas de 2106, publicado pelo UNODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, são 29 milhões de pessoas dependentes de droga em todo o mundo. No Brasil, especificamente em São Paulo, pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, revela que o fluxo de usuários de droga que frequentam a região da Cracolândia, no centro da capital paulista, cresceu em 160% em relação ao ano passado. São cerca de 1861 pessoas frequentes por lá.

Os números são alarmantes e demandam grande atenção na busca de uma solução. Mas, primeiro, é preciso ter conhecimento sobre qual o perfil do dependente químico e, dessa forma, conseguir auxiliar de forma efetiva. “O grande estigma que a dependência química carrega é o do preconceito, principalmente se o portador faz parte das classes mais baixas. As pessoas tendem a repelir aquilo que não compreendem e evitam contato, até mesmo por sentirem medo. Assim, já se cria uma barreira que coloca o usuário às margens da sociedade”, salienta Sergio Castillo, diretor terapêutico da Clínica Grand House.

Segundo o profissional, a dependência química é uma doença crônica e multifatorial, isso significa que diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso da substância, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais. “Não existe um tratamento universal, que sirva para todas as dependências nem para todos os indivíduos. Não existe uma ‘receita de bolo’.  O tipo de ajuda mais adequado para cada pessoa depende de suas características pessoais, da quantidade e padrão de uso de substâncias e se já apresenta problemas de ordem emocional, física ou interpessoal decorrentes desse uso”, explica.

E complementa “Por ser uma doença multifatorial, o ideal é que a avaliação e o tratamento do paciente envolva diversos profissionais da saúde, como médicos clínicos e psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, assistentes sociais e enfermeiros”. Quando diagnosticada, a dependência química deve ainda contar com acompanhamento a médio-longo prazo para assegurar o sucesso do tratamento, que varia de acordo com a progressão e gravidade da doença.

Além disso, participação da família também é fundamental no processo de recuperação do dependente. “O elo entre os membros de uma mesma família é uma peça chave durante o tratamento, pois, os laços de afeto vão contribuir para que os indivíduos busquem, juntos, a melhora daquela condição em que se encontram”, analisa Castillo. E conclui “Se a família não for tratada e não aderir 100% ao tratamento as chances de recuperação do dependente químico tornam-se muito reduzidas”.




Clínica Grand House





EDUCAÇÃO E HÁBITOS FAMILIARES PREVINEM A DEPENDÊNCIA QUÍMICA



26 de junho é o Dia Internacional de Combate às Drogas. Especialistas explicam a importância de iniciar a prevenção dentro de casa


Nesta segunda feira (26), o mundo celebra o Dia Internacional de Combate às Drogas. Saber de antemão se alguém tem predisposição para se tornar dependente ainda não é possível, apesar de haver indicativos de uma certa hereditariedade. Mas há formas de prevenção que podem ser adotadas no âmbito familiar e que amenizam, desde cedo, os riscos do primeiro contato com as drogas. Para quem já apresenta o problema, psicoterapia, uso de medicamentos e imersão numa clínica especializada são opções disponíveis. Mas como forma de prevenção, educação ainda é o melhor remédio.

A psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de Dependência Química da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e diretora da Espaço Clif, afirma: uma pessoa só pode ser levada à dependência química quando há recompensas instantâneas. Dessa forma, o cultivo de hábitos saudáveis, que levem a prazeres obtidos mais a médio e longo prazos – e não de forma imediata - funciona como uma espécie de proteção. 

O que acontece, de acordo com a especialista, é que a modernidade e a pós-modernidade fizeram o homem criar substâncias e processos que oferecem prazer cada vez mais instantâneo em diversos aspectos da vida, e que vão além das drogas. Alimentos processados com maior teor de gordura e açúcares, lojas com trilha sonora alta e em ritmo acelerado que incentivam o consumismo, anúncios publicitários cada vez mais elaborados que tornam mais tentadores os processos de compra também aceleram a sensação de recompensa.

“Temos, no cérebro, a região subcortical, que faz parte do centro de recompensa e busca o prazer. Por outro lado, nosso córtex frontal, uma instância cerebral mais evoluída, atua como uma espécie de freio para esses prazeres. Ou seja: a parte mais primitiva diz ‘Eu quero’, e a outra diz ‘Não devo’”. Explica Analice. “Quando você alimenta uma, enfraquece a outra. Infelizmente, a sociedade está perdendo os freios”.


Bons exemplos em casa

Para prevenir crianças e jovens de terem acesso às drogas e ao risco de criarem dependência, Analice recomenda bons exemplos, especialmente vindos dos pais. A psiquiatra é taxativa:

“Beber e fumar na frente das crianças devia ser até proibido, principalmente no ambiente familiar. O exemplo que vem de casa é fundamental para o futuro das crianças e jovens”.

Supervisora do setor de Dependência Química da Santa Casa de Misericórdia do Rio e também diretora da Espaço Clif, a psicóloga Elizabeth Carneiro reforça a questão familiar como fator importante de prevenção:

“Cultivar a saúde e os bons hábitos em casa é muito importante”, recomenda Elizabeth. “A prática de exercícios físicos e passeios agradáveis em família e com amigos é um exemplo de atividade saudável, que fornece recompensas mais a médio e longo prazos e fortalece laços mais profundos de relacionamento, saindo da superficialidade”, afirma a psicóloga. 


Tabaco

Em relação ao cigarro, campanhas restritivas ao uso do produto no Brasil vêm apresentando bons resultados. Em 25 anos, o percentual de pessoas que fumam no país caiu de 29% para 12%. Mas ainda somos o 8º no ranking mundial de fumantes. Ao todo, quase 20 milhões de brasileiros são viciados em nicotina, sendo 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens. Os dados são de pesquisa publicada na revista científica The Lancet (abril/2017).

Também diretora da Espaço Clif, a psicóloga Sabrina Presman afirma que o tratamento para largar o vício é multidisciplinar, e que a imersão numa clínica pode dobrar as chances de quem quer parar.

“A internação auxilia também na reprogramação mental de quem quer superar o vício em cigarro. Orientamos sobre as diversas técnicas para os pacientes se manterem longe do fumo, sendo que cada um tem uma prescrição conforme a sua realidade. Junto à medicação, mais o trabalho do nutricionista, evita-se com mais chances as recaídas”, diz Sabrina Presman, especializada em Dependência Química pela Uniad/Unifesp.




Posts mais acessados