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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Dia Mundial do AVC: Hospital Santa Paula e Shopping Vila Olímpia promovem exames gratuitos para a população no dia 28 de outubro




Ação tem ainda missão de conscientizar população da necessidade de rápida identificação de sintomas, transporte imediato para o hospital e agilidade dos serviços de emergência
Atividade ocorre na véspera do Dia Mundial do AVC, lembrado globalmente em 29 de outubro

Para marcar o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), lembrado no dia 29 de outubro, o Hospital Santa Paula e o Shopping Vila Olímpia, localizados na zona Sul de São Paulo, promovem no dia anterior, 28 de outubro, uma ação de conscientização sobre a doença que mata mais de cem mil brasileiros todo ano.

Médicos, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas do hospital estarão no 1° Piso do shopping para a realização de um circuito de exames para verificar pressão arterial, glicemia e colesterol para calcular os possíveis riscos de um AVC. Além disso, os profissionais vão tirar dúvidas e passar informações sobre a doença a quem se interessar.
De acordo com a diretora de marketing do Hospital Santa Paula, Paula Gallo, o objetivo da ação é orientar a população sobre a importância de fazer exames preventivos regularmente, uma vez que o derrame cerebral se constitui numa das doenças com maior impacto em mortalidade e incapacidade em todo o mundo.

“Eventos como este são fundamentais para a conscientização de todos. Informação sobre saúde e bem-estar é uma necessidade do visitante do shopping, muitos deles que trabalham na região e tem um dia a dia corrido, com pouco tempo para dar atenção à saúde”, comenta Emerson Lucas, gerente de marketing do Shopping Vila Olímpia.

Os interessados em se submeter aos exames poderão se dirigir ao shopping no dia 28, das 11h às 16h. (1° Piso, em frente ao elevador social). A idade mínima é de 18 anos.

Dados oficiais:
- Mais de cem mil brasileiros morrem todo ano em decorrência do acidente vascular cerebral (Ministério da Saúde)

- O AVC mata 6,2 milhões de pessoas no mundo a cada ano, 30% das mortes globais (Organização Mundial da Saúde)

- Estima-se que a cada 60 segundos 6 pessoas morrem de AVC (OMS)

- O AVC é a principal causa de morte em pessoas acima de 60 anos e a quinta principal causa em pessoas com idades entre 15 e 59 anos (OMS)

- Em torno de 87% dos AVCs são isquêmicos, causados por um coágulo de sangue que obstrui uma artéria do cérebro e, geralmente, não causam dor (World Stroke Organization)

- No entanto, 13% dos AVCs são hemorrágicos, ou seja, causados ​​por sangramento dentro do cérebro, o que causa muita dor (WSO).

- Em torno de 30% dos pacientes demoram mais de 24 horas para procurar atendimento médico (WSO)

- 80% dos casos acontecem em países de baixa e média renda por falta de consciência de prevenção, cuidados e sistema de saúde deficiente (WSO)

- Em 2014, o AVC matou 5.665 pessoas e 10.704 pessoas foram internadas apenas no município de São Paulo (Secretaria Municipal da Saúde)



SERVIÇO
Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Data: 28 de outubro de 2016, sexta-feira
Horário: 11h às 16h
Local: Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia, São Paulo – 1° Piso
Fone: (11) 3047-6002
Evento gratuito
Valores Estacionamento:
Estacionamento Convencional: Até 2 horas - R$ 13,00 / Demais (por hora) + R$ 3,50
Estacionamento VIP: Até 1 hora - R$ 20,00 / Demais (por hora) + R$ 9,00
Estacionamento Motos: Até 2 horas - R$ 9,00 / Demais (por hora) + R$ 3,50




29 de outubro é o Dia Mundial do AVC: saiba mais sobre prevenção e tratamento da doença



Segundo o Ministério da Saúde, mais de cem mil brasileiros morrem todo ano em decorrência de acidente vascular cerebral
90% dos casos podem ser prevenidos através de hábitos saudáveis


Em 2006, a Organização Mundial da Saúde e a Federação Mundial de Neurologia instituíram a data de 29 de outubro como o Dia Mundial do AVC com o objetivo de engajar os profissionais de saúde e o público em geral na luta pela melhora das condições de tratamento e prevenção do acidente vascular cerebral.

O Hospital Santa Paula, referência em neurologia em São Paulo, acaba de inaugurar o Instituto de Neurologia Santa Paula com foco em atendimento de alta complexidade, entre eles o tratamento pós-AVC. O hospital conta com uma unidade de terapia intensiva (UTI) neurológica, equipe multidisciplinar especializada para assistência em todas as fases do tratamento e um ambulatório pós-alta que avalia o paciente com 30 dias, seis meses e um ano.

O Santa Paula possui ainda a certificação da Joint Commission International (JCI) para seu programa de cuidados aos pacientes acometidos por acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi). O hospital foi o terceiro na América Latina a receber esta importante certificação.

De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, o AVC é uma das principais causas de sequelas no Brasil. “A identificação precoce dos sintomas e o início das medidas terapêuticas são fatores de extrema relevância para o sucesso do tratamento e redução das consequências neurológicas”, afirma.

Para contribuir no aumento da conscientização e acesso às melhores práticas de tratamento, a especialista listou abaixo as dúvidas mais comuns sobre o AVC. Confira:


1 – Como identificar o AVC?
Os sintomas mais comuns são fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, alteração da fala, alteração na visão, desequilíbrio, falta de coordenação, tontura e/ou dor de cabeça súbita e intensa.

2 - O que fazer em caso de suspeita de AVC?
É muito importante que o atendimento seja realizado dentro de um período de no máximo três a seis horas após o início dos sintomas. A eficiência do tratamento depende diretamente da agilidade dos serviços de emergência, incluindo o transporte imediato para o hospital e os serviços de atendimento pré-hospitalar.

3 - Como é feito o diagnóstico?
O primeiro diagnóstico é feito por meio de suspeita clínica, logo na chegada ao hospital, no serviço de emergência. Em seguida são realizados exames de neuroimagem, como tomografia de crânio ou ressonância magnética.

4 – Qual a diferença entre AVC isquêmico e AVC hemorrágico?
O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral. Já o AVC hemorrágico é causado pela ruptura de um vaso, o que leva à hemorragia, e pode ocorrer dentro do cérebro, ou nas meninges. O AVC isquêmico é o mais comum (87% dos casos).

5 – Quem pode sofrer um AVC?
Existem alguns grupos de risco e sua incidência cresce à medida que a idade avança. Quem tem predisposição a problemas cardiovasculares está no grupo de risco, entre eles hipertensos e diabéticos. Fumantes, sedentários, pessoas com dieta rica em gordura e/ou que fazem uso regular de bebidas alcoólicas também têm chances de sofrer um acidente vascular cerebral. O uso de pílulas anticoncepcionais também pode favorecer o surgimento de AVC, principalmente em mulheres fumantes.

6 - AVC deixa sequelas?
Se o paciente demorar mais de quatro horas para receber os primeiros socorros, ele pode ficar com sequelas. As mais comuns são paralisação de um lado do corpo, com espasticidade (contrações involuntárias dos músculos), dificuldade na fala e alteração de memória. O fator fundamental para um bom resultado é o tempo. Quanto menor o tempo entre os sintomas e o tratamento, maiores as chances de recuperação.

7 – É possível prevenir o AVC?
Sim, 90% dos casos de AVC podem ser prevenidos através de hábitos saudáveis, cuidados com a saúde e informação sobre a doença. Fazer exercícios regularmente, alimentar-se de maneira saudável, controlar a pressão arterial e o colesterol, assim como evitar o consumo de cigarros e bebidas alcoólicas são as melhores maneiras de evitar o AVC.

8 – Como tratar o AVC?
O tratamento do AVC isquêmico pode ser realizado com medicamento trombolítico, que possui a capacidade de dissolver o coágulo sanguíneo que está entupindo a artéria cerebral. O medicamento deve ser administrado por via venosa ou cateterismo nas primeiras quatro horas do início dos sintomas. No caso de AVC hemorrágico, o tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, depende do volume da lesão, da localização cerebral e da condição clínica do paciente. Um bom programa de reabilitação pós-AVC conta com uma equipe de fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional, que deverá traçar um plano terapêutico individualizado, baseado nas sequelas neurológicas, para garantir a qualidade de vida do paciente.

9 - Por que as mulheres são mais suscetíveis ao AVC?
Seis em cada dez mortes por AVC ocorrem em mulheres porque há diferenças em relação à imunidade, à coagulação, aos fatores reprodutivos, à fibrilação atrial e aos fatores psicológicos. Entre os fatores de risco estão a pré-eclâmpsia, que pode levar ao AVC durante a gravidez ou após o parto, o uso de anticoncepcionais, depressão, enxaqueca com aura e idade avançada.

10 – Jovens podem ter AVC?
Sim, inclusive crianças e recém-nascidos, porém é mais raro. Quanto mais idade tem uma pessoa, maior a chance de ela ter um AVC. 

Reabilitação
A World Stroke Organization, referência global em AVC, escolheu como tema do Dia Mundial do AVC deste ano a campanha: "Encare os fatos. AVC é tratável. Vidas podem melhorar com ação, consciência e acesso".

O Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula realiza o tratamento pós-AVC isquêmico tão logo o paciente tenha condições, já na UTI hospitalar, e envolve uma equipe multidisciplinar. As opções terapêuticas variam entre medicações orais, órteses, tratamento postural e aplicação da toxina botulínica A. O objetivo primordial é que o paciente retome suas atividades diárias da forma mais independente possível.

“Em torno de 20% a 30% dos pacientes que sofreram AVC isquêmico têm como sequela a rigidez dos músculos. O tratamento feito com toxina botulínica A apresenta resultados nos primeiros cinco dias e pode evitar procedimentos cirúrgicos e os efeitos colaterais dos medicamentos”, explica Alexandre Bossoni, neurologista do Instituto de Neurologia Santa Paula.

A toxina botulínica A é um agente biológico que trabalha pontualmente sobre a capacidade do nervo motor do músculo, proporcionando o relaxamento muscular e melhora no movimento das articulações.

A aplicação é feita em segundos com a utilização de uma seringa. Os primeiros efeitos ocorrem na primeira semana e tem maior potencial entre 15 e 30 dias após a aplicação. A validade da toxina botulínica é de seis meses no organismo. Se necessário, é possível fazer a reaplicação após este período.

Para fazer a reabilitação, o paciente passa por uma avaliação fisioneurológica, onde o médico examina a força e o movimento de cada grupo muscular e identifica possíveis necessidades da aplicação da toxina botulínica. A espasticidade é uma sequela comum em pacientes pós-AVC determinada pela rigidez nos músculos. Se não for tratada, pode resultar em as articulações paralisadas e o paciente corre o risco de não conseguir mexer o membro lesionado.

Além do acompanhamento neurológico, o paciente também conta com a atenção de terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, que trabalham em conjunto para garantir que o paciente volte a ter o movimento perdido. 

“Pessoas de qualquer idade podem receber a aplicação da toxina botulínica. É o tratamento mais indicado e pode ser feito várias vezes sem causar efeitos colaterais. A exceção serve apenas para grávidas e pessoas que apresentaram alergias ou infecções após a aplicação. O resultado é garantido quando se tem o acompanhamento de outros profissionais como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais”, afirma Bossoni.



Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000




Dia Mundial - AVC mata 1 pessoa a cada 5 min; existe prevenção?




As mulheres têm mais chance de ter AVC do que os homens e a taxa de mortalidade também é maior no sexo feminino


No Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou derrame cerebral como é popularmente conhecido, é a segunda principal causa de morte e a principal causa de incapacidade no mundo, segundo a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Os números do Ministério da Saúde são impressionantes: o AVC é a causa da morte de mais de 100 mil brasileiros por ano; no mundo, esse número chega a seis milhões.


Atenção, mulheres!
O cardiologista Anis Mitri, CEO do CECAM – instituição médica referência com quase 20 anos de história –, manda um alerta para as mulheres, as mais afetadas pelo AVC.  Ele explica o quanto os hábitos do dia a dia são importantes na prevenção da doença.

“Grande parte do aumento na taxa destas doenças em mulheres deve-se aos péssimos hábitos de vida que adotamos atualmente. O alto índice de consumo de alimentos industrializados, as poucas horas de sono, que pode levar à obesidade, o uso prolongado de hormônios sintéticos contidos no anticoncepcional e, por fim, a vida sedentária com quase nenhuma prática de atividade física é a cereja do bolo nestas condições catastróficas”, explica o especialista.


Causas e prevenção
Alguns dos fatores de risco do AVC não podem ser modificados como idade, genética e sexo. Já outros como hipertensão arterial – a conhecida pressão alta –, diabetes, doenças cardíacas, enxaqueca, ingestão de bebidas alcoólicas, fumo, entre outros, podem ser diagnosticados e tratados. De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é adotar hábitos saudáveis para a vida. “Fazer um check up e uma visita anual ao cardiologista também é importante”, complementa Mitri, que contou uma peculiaridade das mulheres: “64% das que infartam ou têm AVC nunca apresentaram sequer algum sintoma de doenças cardiovasculares”. 


Sintomas
Os principais sintomas do AVC são: diminuição ou perda da força e também sensação de formigamento de um lado só do corpo; perda súbita da visão em um ou nos dois olhos; dificuldade para falar e articular; dor de cabeça súbita e intensa sem motivo aparente; e vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas e vômitos. “Se alguém perto de você apresentar algum dos sintomas, é importante manter a pessoa imóvel, sem fazer esforço físico e de preferência esticando suavemente seu pescoço. Em casos de vômito, deve-se virar com delicadeza o rosto da pessoa. Mas o principal é sempre chamar ajuda profissional imediatamente”, explica Mitri.


Tipos de AVC
Existem dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico. “O AVC isquêmico é causado por alguma obstrução ou entupimento dos vasos e o sangue não consegue chegar a determinadas regiões do cérebro, causando necrose naquela área específica. Outro tipo de AVC, menos comum, é o chamado AVC hemorrágico. Neste caso, os vasos do cérebro possuem alguma má formação congênita, podendo se romper espontaneamente e causar um sangramento dentro do cérebro”, explica Mitri.



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