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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Dia da Igualdade Feminina por que ainda precisamos lutar





No Brasil conhecemos muito bem o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, mas você já ouviu falar do Dia Internacional da Igualdade Feminina? Ele é comemorado em 26 de agosto e celebra o dia em que os Estados Unidos permitiram que as mulheres fossem às urnas pela primeira vez, em 1920.

Quem tornou essa conquista possível foi o movimento sufragista, composto por mulheres de diversas classes sociais que chegaram a recorrer à desobediência civil para garantir o direito de votar. Isso parece tão distante da gente, não é mesmo? Mas veja só que surpresa: no Brasil, o direito só foi garantido por lei em 1932. Na Arábia Saudita, apenas em 2015.

Baixa representatividade, direitos restritos
Apesar de podermos escolher nossos governantes, apenas 10% dos parlamentares da Câmara dos Deputados e 16% do Senado são do sexo feminino, mesmo depois desses 84 anos. Ver outras mulheres governando e pensando em nossos direitos ainda é uma realidade distante – e um dos grandes motivos para ressaltarmos que, sim, ainda precisamos discutir desigualdade de gênero.

“Comparado a outros países, o Brasil está muito aquém dos avanços em termos de participação política das mulheres”. Quem diz isso é  a jurista Silvia Pimentel, integrante do Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher da ONU (CEDAW/ONU) e co-fundadora do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM). Amargamos a 153ª posição no ranking mundial da representatividade, atrás até do Afeganistão. Ela conta que isso não apenas dificulta a conquista de outros direitos como, também, traz retrocessos àqueles já adquiridos.

Por exemplo: a Lei Maria da Penha é um grande avanço, mas ainda é difícil fazê-la valer por causa do comportamento machista de uma parcela dos juízes e delegados. A permissão para interromper a gravidez em casos de estupro e anencefalia também está em xeque graças a projetos de lei que rodam na Câmara (criados por homens, aliás).

Desigualdade no seu bolso
Em 1970, apenas 18% das mulheres brasileiras trabalhavam fora, enquanto o número hoje chega a 44%, segundo o IBGE. “Embora a mulher tenha saído de casa para ajudar nas finanças da família, ela também teve que manter as funções no lar, pois o homem não as assumiu”, aponta Silvia. O resultado? A famosa dupla jornada, que faz com que trabalhemos 14,2 horas a mais do que eles por semana (23,9h contra 9,7h), de acordo com a PNAD. Se olharmos de perto, ainda veremos que a disparidade é maior entre mulheres negras e pobres.

Há, ainda, a diferença de salário. No Brasil, nosso rendimento médio equivale a 74,6% do masculino. Infelizmente, essas disparidades afetam até mesmo a economia. A equidade de gênero adicionaria nada mais, nada menos do que US$ 12 trilhões ao crescimento econômico global, o equivalente a quase R$ 39 trilhões! Se até 2025 a presença de brasileiras em cargos relevantes fosse de 51%, o PIB cresceria 30%. Esses dados são da pesquisa da Consultoria McKinsey para o movimento Women Matter (“Mulheres Importam”, em tradução livre).

Afinal, por que continuar lutando?
Porque ainda ganhamos menos, trabalhamos mais, sofremos violência doméstica, moral e sexual e, de quebra, precisamos ouvir piadinhas sempre que nos opomos a essas opressões.

Talvez seu estilo de vida seja mais confortável, você possa pagar creche para seus filhos e até contratar uma outra pessoa para cuidar dos afazeres domésticos. Mas, e as menos favorecidas – incluindo pobres, negras, periféricas, homoafetivas e transgênero? Apenas a união fará com que todas nós, mulheres, alcancemos a tão sonhada igualdade de gênero celebrada neste dia 26 de agosto.

“Somos nós que temos que abrir os olhos e atuarmos a partir do local que estamos inseridas. Podemos conversar com filho, marido, colegas de trabalho... Ao se deparar com uma situação machista, em vez de dar lição de moral, faça perguntas. Mas não permita que isso aconteça sem fazer nada”, finaliza.







Dia de Combate ao Fumo - veja os impactos do cigarro nas finanças




No dia 29 de agosto se comemora no Brasil, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data que tem o objetivo de conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro. Hoje, felizmente, as restrições para o cigarro em ambiente coletivo são cada vez maiores em todo o território nacional e a expectativa é que essas cresçam ainda mais, seguindo as tendências internacionais na luta contra os males causados pelo tabagismo.

Contudo, hoje gostaria de falar sobre o fato de que esse vício não proporciona males apenas para a saúde física do consumidor, outro impacto negativo muito importante é na saúde financeira da pessoa que fuma. Assim, a pessoa que para de fumar terá também o benefício econômico com a redução dos gastos com o produto e com os tratamentos de saúde.

A conta é simples, considerando que um cigarro custe R$5,00 (hoje a maioria das marcas custam muito mais), um fumante que consome dois maços de cigarro por dia gastará por mês R$300,00. Por ano o valor vai para R$3.600,00, e isso sem utilizar nas contas ganhos com investimentos. Mas, se esse dinheiro for investido por dez anos em uma aplicação com rendimento de 0,6% mensais e sem considerar a inflação, ao fim do período o ex-fumante terá de R$52.500,90 e em trinta anos serão R$380.767,63.

Esse custo no orçamento mensal das pessoas com certeza fará com que muitos repensem sobre a importância de manter esse vício. É lógico que esse risco é muito menor do que os físicos, entretanto, não podem negar que esse impacto reflete na economia diária do viciado e, aumentando o valor do produto, todos sentirão esse impacto.

Isso sem contar os gastos que um fumante terá nesse período com problemas de saúde, ocasionado pelo cigarro, e da perda de rendimento no trabalho em função do cansaço que esse vício proporciona e as famosas ‘paradinhas’.

Outro grande problema é que o ato de fumar não ocasiona problemas financeiros só para o viciado, o tabagismo gera uma perda mundial de centenas de bilhões de dólares por ano, sendo que a metade dela ocorre nos países em desenvolvimento. Esse valor é o resultado da soma de vários fatores, como o tratamento das doenças relacionadas ao tabaco, mortes de cidadãos em idade produtiva, maior índice de aposentadorias precoces, aumento no índice de falta ao trabalho e menor rendimento produtivo.

Assim, se você é fumante imagine: como você estará daqui a trinta anos continuando a fumar? Sua saúde estará boa? Quanto você terá gasto? Agora imagine: se parar de fumar hoje e investir esse dinheiro, daqui trinta anos, além de ter uma qualidade de vida muito maior, ainda estará mais de R$ 380 mil mais rico. Com isso terá saúde e também mais dinheiro para aproveitar a vida!
 



Reinaldo Domingos - educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abefin), autor dos livros Terapia Financeira, Mesada não é só dinheiro, dentre outros.

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