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terça-feira, 15 de março de 2016

Gripe H1N1 chega mais cedo este ano



Infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz fala sobre esse perigoso vírus, que costumava aparecer nos meses mais frios de outono e no inverno

Além das epidemias de zika, dengue e chikungunya que tem tirado o sono de boa parte da população, outra doença vem ganhando destaque nos noticiários: a gripe influenza H1N1. Somente este ano em São Paulo, de acordo com a Secretaria de Saúde do município, já são 12 casos notificados – o total do ano passado inteiro. Segundo a Dra. Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, este novo surto da doença tem intrigado os médicos: “a gripe influenza é sazonal e acontece normalmente nos meses mais frio de outono e inverno. Porém, o que temos visto são as pessoas infectadas mais cedo, e não existe, ainda, nenhuma explicação para esse fenômeno”.
Dra. Regia Damous esclarecer algumas dúvidas sobre o vírus da gripe H1N1:

 O que é o H1N1?
O H1N1 é uma variação da gripe comum. O vírus da gripe é muito suscetível a sofrer mutações, e ao longo dos anos o ser humano vai adquirindo essas “variações” da gripe. No caso do H1N1, estima-se que ele tenha surgido em 2009 e sua transmissão aconteceu primeiro em suínos, popularizando a doença como “gripe suína”.

 Quais seus sintomas?
Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre alta e tosse, podendo apresentar dores de cabeça e corpo, garganta inflamada, cansaço, diarreia e vômito. A doença também pode evoluir para uma situação mais grave de pneumonia viral.

 Por que o H1N1 tende a ser mais agressivo do que a gripe comum?
Quando o vírus da gripe sofre mutações, ele mantém algumas proteínas que formam a sua estrutura. O corpo, quando já tem imunidade para o vírus anterior, já está, então, mais preparado para combater essa nova variação, pois consegue reconhecer a parte da estrutura viral que ficou. Porém, alguns tipos epidêmicos se rearranjam em proteínas que as pessoas não têm resistências, tornando algumas mutações mais desconhecidas ao nosso sistema imunológico. Esse é o caso do H1N1: o sistema imunológico das pessoas tem proteção baixa para essa vertente da gripe comum.

 Como o H1N1 é transmitido?
Por via oral, pela tosse ou espirro. A infecção também pode ocorrer através de objetos contaminados.

 E como se proteger?
O mais importante é adotar o hábito de higienizar as mãos. Para as pessoas que apresentam sintomas, o recomendável é que ela adote a “etiqueta da tosse”: não tossir nas mãos e usar o antebraço, tecido ou papel quando ocorrer tosse ou espirro, evitando assim a contaminação de outros indivíduos. Além disso, outra medida importante é tentar se manter saudável, adotando prática de exercícios, alimentação balanceada e ingestão de bastantes líquidos.



10 dicas para uma refeição saudável no dia a dia






Para esclarecer as muitas dúvidas que surgem na hora de pensar em um cardápio equilibrado e montar um prato que depois não traga arrependimentos, a nutricionista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Kátia Terumi Martinez Rodrigues Ushiama, preparou uma série de dicas para orientar na tarefa de comer bem.

1. Comer um alimento que não nos apetece vira um sacrifício e desanima qualquer um. Não adianta forçar um alimento que dizem que faz bem. A natureza se encarregou de oferecer muitas opções nos vários grupos de alimentos que podem agradar a todos os gostos.

2. Uma refeição equilibrada deve ter os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento físico e para a manutenção da saúde. Para isso é preciso variar e comer com moderação.

3. Ficar com fome e depois se fartar até passar mal em uma ou duas refeições por dia não faz nada bem. Assim como temos horário para cumprir nossas tarefas diárias, comer também tem hora. Café da manhã, almoço e jantar, intercalados por lanches saudáveis, devem fazer parte da rotina.

4. Produtos frescos, higienizados corretamente e armazenados de forma segura garantem refeições livres de contaminação e sem riscos de problemas gastrointestinais ou intoxicações alimentares.

5. Quantos litros de água devo ingerir por dia? A água é fundamental para a saúde, porque ajuda a manter o bom funcionamento do organismo. A quantidade varia de pessoa para pessoa. Então fica a dica: tome pelo menos 30 ml por quilo do seu peso corporal.

 6. Frutas e cereais integrais tornam o café da manhã mais nutritivo e saboroso. Os alimentos integrais geram saciedade e ajudam a fazer melhores escolhas alimentares ao longo do dia.

7. Iniciar o almoço e o jantar com um bom prato de salada fornece não apenas vitaminas, minerais e fibras como também ajuda a controlar os excessos com os pratos quentes.

8. Cuidado com as calorias. Cada um tem necessidades específicas de calorias diárias. Consumir menos ou mais não ajuda nada na dieta que se pretende saudável. A quantidade de calorias, que deve ser consumida, depende de fatores como idade, sexo e estatura, nível de atividade física, estado fisiológico (gestação, lactação e doenças), manutenção de peso, ganho de peso ou perda de peso.

9. Refeições verdadeiramente saudáveis levam à maior qualidade de vida e influenciam no bem estar físico e mental, no equilíbrio emocional, na prevenção de doenças e até no tratamento de doenças.  Olhe bem para o seu prato e veja se ele tem mesmo tudo o que você precisa. Pense antes de escolher os ingredientes e fazer o seu prato.

10. As cores dos alimentos indicam quais as prováveis vitaminas e minerais que eles contêm e, portanto, quanto mais colorido o prato, mais variedade de nutrientes será oferecido ao organismo, contribuindo para o seu funcionamento adequado.


Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
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Tel. (11) 5080-4000 - Site:
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segunda-feira, 14 de março de 2016

O DESAFIO DA SOLUÇÃO




Entre os sentimentos do povo brasileiro, revelados nas ruas, no dia 13, enquanto expressão de um povo altamente politizado, a ser mundialmente admirado, ao contrário do que sempre foi correntio em nosso país, figura a frustração.

Frustração por ter conquistado com igual desgaste a democracia, ante o regime militar, porém inautêntica em pontos fundamentais. Como se sabe, há um "ranking" das democracias mundiais; e figuramos entre as últimas.

É preciso conhecer, ainda que superficialmente, suas virtudes e seus vícios para extirpá-los. 

Entre as primeiras, obviamente a primordial é a existência de uma Constituição Federal que começa com a descrição dos direitos e garantias individuais, depois de alguns prolegômenos de boas intenções. Parcialmente, a Constituição foi cumprida nestes anos.

Como se vê da crise em que estamos mergulhados, muito parcialmente. As medidas provisórias substituíram os decretos-leis. Mudou-se o nome, mas o macaco continuou sendo um macaco. Fernando Henrique Cardoso, não obstante sua formação acadêmica, delas usou e abusou. O PT, com Lula e Dilma, autoritário de esquerda, foi ainda mais longe. Da vontade monárquica de um único agente, Chefe de Estado e de Governo, uma vontade normativa entra em vigor imediatamente. Um Parlamento dócil às aprova, ainda que nas madrugadas, posto que os aleijões opressores travam as pautas. Parlamentares ainda adicionavam medidas marotas, contrabandos, porque nada tinham a ver com o objeto, os "jabutis", recentemente abolidos pelo E. STF, em ação direta de inconstitucionalidade.

Um país que não produz suas leis pelo processo regular (projetos de lei apresentados por quem tem competência para apresentá-los, discutidos amplamente no seio do Parlamento e seus órgãos, votados nas Casas respectivas, se aprovados remetidos ao Chefe do Executivo para sanção ou veto, promulgação, publicação e ainda possibilidade de nova manifestação parlamentar em caso de veto), é só aparentemente democrático.

Medidas provisórias, diz o texto constitucional, só cabem em caso de urgência e relevância. Nossa Suprema Corte banalizou esses conceitos. Os administradores diretos e indiretos seguiram seus passos, dispensando licitações indispensáveis e semeando corrupção generalizada. Não foi democrático um país em que a corrupção correu solta.

Esta crise "institucional" é crise da democracia. E não se transformam em democratas, de um dia para a noite, inimigos da democracia, hipócritas a quem só falta à farda dos antigos opressores. Logo, só mudam por força da coerção de novos parâmetros normativos.

A ideia que corre em comissão de análise do Senado, a que muitos, por equívoco, consideram ideia de parlamentarismo, num momento urgente, relevante e de comoção social, ainda que mal inspirada, pode ser adotada,
posto que efemeramente, para nos auxiliar a começar a superação da crise. Por força da 

Carta Magna, que não devemos arrostar, o impeachment leva ao poder o vice-Presidente, Michel Temer. Independentemente do nome, é imprescindível racionalizar o exercício do cargo. A forma conhecida pelo direito constitucional estrangeiro está em reduzir seus poderes. Um único homem não pode ser a um tempo, Chefe de Estado e Chefe de Governo. Um Chefe de Estado, o Presidente da República, não decorativo, deve fiscalizá-lo, sob atribuições bem definidas. O uso e abuso de medidas provisórias o autorizaria a destituir o Chefe de Governo. A má condução da coisa pública, principalmente quanto atestada por amplas e memoráveis massas populares, idem. E novas eleições seriam convocadas. Assim se dá em Portugal e França, exemplificativamente.

 Como é cediço, há outros meios de promovermos nossa plantação, depois de as ruas terem desbastado o terreno. O voto distrital misto e o "recall", de tantas resistências pela "classe" política.  É claro que o povo nas ruas não clamaria por essas mudanças institucionais, até por sua fraqueza de galvanização. Os protestos são personalizados, mas as mudanças não podem ser feitas por meio de remendos novos em tecidos rotos.

Amadeu Garrido de Paula - um renomado jurista brasileiro com uma visão bastante crítica sobre política, assunto internacionais, temas da atualidade em geral. Além disso, tem um veio poético, é o autor do livro "Universo Invisível".

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