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quinta-feira, 6 de março de 2025

Médica Isabel Martinez lista as principais agressões aos lábios no carnaval

Isabel Martinez fala sobre os cuidados que os lábios precisam ter durante a folia 

 

Os lábios também precisam de atenção, ainda mais em época de festas e calor. A médica Isabel Martinez listou cinco problemas que a pele da boca pode apresentar no carnaval 


1. Exposição solar

  * A pele dos lábios é fina e sensível, tornando-os mais vulneráveis à radiação UV, que pode causar ressecamento, descamação e até queilite actínia com o acumulo de exposição solar. (lesões crônicas causadas pelo sol).


2. Desidratação

  * O calor, o suor excessivo e o consumo de álcool favorecem a perda de água, ressecando os lábios.


3. Uso de batons matte e de longa duração

  * Esses produtos contêm menos agentes hidratantes e podem retirar a umidade natural dos lábios ao longo do tempo.


4. Contato com bebidas ácidas e alimentos condimentados

  * Cítricos (como limão e laranja) e condimentos podem irritar lábios ressecados ou rachados. Cuidado com os alimentos cítricos e o sol para não causar fitofotodermatose.


5. Fricção e mordidas involuntárias

  * Algumas pessoas têm o hábito de morder os lábios, o que pode causar fissuras, dermatite e aumentar o risco de infecção.

 

Ela também explicou como cuidar dos lábios antes de cair na folia

1. Antes do Carnaval: Prepare e Proteja

    Esfolie suavemente (1 a 2 vezes por semana)

* Use esfoliantes suaves labiais para remover células mortas sem agredir. Hidrate intensamente

* Aposte em balms labiais com ácido hialurônico, manteiga de karité e ceramidas para fortalecer a barreira labial. Use protetor solar labial

* Protetores labiais com FPS 30+ ajudam a prevenir queimaduras solares e queilite actínica.

 

Isabel Martinez também elencou cuidados durante a festa: 

Manutenção e Prevenção

    Reaplique protetor labial a cada 2 horas

* Se estiver usando batom, escolha versões com FPS ou aplique um protetor labial antes do batom. Evite passar a língua nos lábios

* A saliva contém enzimas digestivas que podem irritar a pele fina dos lábios. Beba bastante água

* A hidratação interna reflete na saúde dos lábios. Prefira batons hidratantes

* Se for usar batom matte, aplique um balm labial por baixo para evitar ressecamento.

 

Por fim, Isabel Martinez ensinou os cuidados aós o Carnaval: 

Recuperação Intensiva

    Hidrate com ingredientes reparadores

* Balms com pantenol, vitamina E e óleo de rosa mosqueta aceleram a recuperação. Evite esfoliações se os lábios estiverem rachados

* Aguarde a cicatrização antes de remover peles soltas. Aplique uma camada vaselina ou creme reparador labial antes de dormir

* Isso ajuda a regenerar a pele durante a noite.

* Beba água.


No mês das mulheres, ser mãe ainda é uma dificuldade para milhões, afirma OMS


Cerca de 15% da população mundial em idade fértil
 encontra dificuldades para engravidar

No Brasil, número de casais em idade fértil que não conseguem ter filhos já atinge 15% da população 

 

Celebrado no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher se tornou um marco que comemora as conquistas femininas e relembra os desafios que ainda persistem. Intrinsecamente relacionada à experiência de vida feminina, a maternidade ocupa um lugar de destaque entre as que sonham em construir uma família, porém, esse desejo ainda é uma meta distante para miilhões.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 15% dos casais em idade fértil no Brasil têm dificuldades de ter um bebê. As causas variam e estão ligadas a fatores que influenciam no funcionamento do organismo como tabagismo, obesidade, sedentarismo, estresse, bebida alcoólica e cafeína em excesso. Além disso, doenças como endometriose, miomas uterinos, pólipos, infecções pélvicas, alterações hormonais, entre outras, dificultam e muitas vezes inviabilizam o sonho da maternidade.

“Ficamos felizes de comemorar as conquistas femininas das últimas décadas, inclusive, com a chegada de ferramentas para combater a violência doméstica. Mas, infelizmente, quando o assunto é maternidade, muitas mulheres ainda têm uma grande dificuldade em realizar esse sonho. A boa notícia é que a ciência tem avançado com procedimentos e produtos que ajudam homens e mulheres que buscam ter um filho”, explica o farmacêutico Bruno Jacon, gerente de Qualidade e Assuntos Regulatórios da Euroart Import, empresa que trouxe para o Brasil o lubrificante Conceive Plus, que ajuda a engravidar.

Segundo Jacon, uma solução que chegou ao Brasil oficialmente no ano passado tem se destacado entre as demais. “Há casos mais complexos em que a intervenção de um médico é realmente essencial. Mas, em grande parte das situações, os casais deveriam buscar como primeira tentativa o uso dos lubrificantes de fertilidade, como o Conceive Plus, que auxilia a engravidar de forma natural e não causa nenhum efeito colateral. O produto cria as condições ideais para a concepção, além de preservar a fertilidade dos espermatozoides, fazendo com que elas sobrevivam por até 72 horas a mais do que o normal”.

Já vendido em mais de 70 países, o lubrificante Conceive Plus chegou ao Brasil no começo de 2024, após ser autorizado pela Anvisa. “Testes em laboratório comprovam a eficácia do lubrificante. O único ponto de atenção é comprar o produto que tem as instruções em português, esse sim é o lubrificante corretamente aprovado pela Anvisa e liberado para o Brasil”, afirma Carlos Alberto Dimarzio Filho, Gerente Geral da Euroart Import, importadora oficial do produto.

 

Euroart Import


Ginecologista alerta sobre exames preventivos indispensáveis para evitar doenças silenciosas


Março é um mês de homenagens e reflexões sobre as conquistas femininas, mas também um momento para reforçar a importância do autocuidado. Manter a saúde em dia, com a realização de exames preventivos, é fundamental para a qualidade de vida da mulher em todas as fases, ajudando a detectar precocemente doenças silenciosas e permitindo um acompanhamento médico adequado.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (
INCA) revelam que o câncer de mama continua sendo o mais incidente entre as brasileiras, com uma estimativa de 74 mil novos casos para o triênio 2023-2025. Já a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), aponta que cerca de 36 milhões de mulheres entre 25 e 64 anos nunca fizeram o exame de Papanicolau - essencial para a detecção precoce do colo de útero.

A ginecologista Luciana de Paiva Nery Soares, do Sabin Diagnóstico e Saúde, reforça a importância dos check-ups regulares: “A prevenção é o melhor caminho para uma vida saudável. Exames periódicos permitem detectar precocemente doenças como câncer de mama e do colo do útero, aumentando as chances de um tratamento eficaz e da cura.”

Para que o autocuidado faça parte das comemorações do Mês da Mulher, confira os 12 exames essenciais para cada faixa etária e saiba como eles ajudam a prevenir doenças:



Até os 20 anos

1. Exame ginecológico – A partir da primeira menstruação ou do início da vida sexual, a consulta ginecológica deve ser realizada anualmente, independente da faixa etária. O médico avalia o histórico clínico da paciente, realiza exame físico e orienta sobre saúde íntima, métodos contraceptivos e prevenção de doenças. Doenças prevenidas ou detectadas: infecções urinárias recorrentes, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), síndrome dos ovários policísticos (SOP) e alterações hormonais.



Dos 21 aos 30 anos

2. Exame de Papanicolau – Deve ser feito anualmente a partir dos 25 anos, ou antes, caso a mulher já tenha iniciado a vida sexual. Doenças prevenidas ou detectadas: câncer do colo do útero, infecção pelo HPV, inflamações cervicais e outras ISTs.

3. Ecografia Pélvica – Indicada para avaliação do útero e ovários, especialmente para acompanhar condições como cistos ovarianos, miomas e endometriose. Pode ser feita via abdominal ou transvaginal, conforme a recomendação médica. Doenças prevenidas ou detectadas: cistos ovarianos, endometriose, miomas uterinos, pólipos endometriais e alterações anatômicas do útero.

4. Hemograma e Exames de Rotina – Incluem perfil lipídico (colesterol), glicemia e função renal e hepática. O acompanhamento desses exames permite detectar precocemente doenças como diabetes e alterações cardiovasculares. Doenças prevenidas ou detectadas: diabetes tipo 2, colesterol alto, hipertensão arterial, anemia e problemas hepáticos ou renais.



Dos 31 aos 40 anos

5. Mamografia (se houver indicação médica) – Mulheres com histórico familiar de câncer de mama devem iniciar a mamografia antes dos 40 anos, conforme recomendação médica. E a tomossíntese mamária pode ser indicada para maior precisão diagnóstica. Doenças prevenidas ou detectadas: câncer de mama em estágios iniciais, nódulos suspeitos e calcificações anormais.

6. Ecografia das Mamas – Exame complementar à mamografia, especialmente útil para mulheres com mamas densas, ajudando a detectar nódulos e cistos benignos. Doenças prevenidas ou detectadas: cistos mamários e alterações estruturais da mama.

7. Papanicolau e Ecografia Pélvica – Continuam sendo exames essenciais, com frequência definida pelo ginecologista. Doenças prevenidas ou detectadas: câncer do colo do útero, HPV, infecções ginecológicas, endometriose e miomas.

8. Exames Hormonais – Avaliam possíveis desequilíbrios hormonais que podem impactar o ciclo menstrual, fertilidade e metabolismo. Doenças prevenidas ou detectadas: distúrbios da tireoide (hipotireoidismo ou hipertireoidismo), síndrome dos ovários policísticos (SOP), infertilidade e disfunções menstruais. A partir dos 40 anos

9. Mamografia anual – A recomendação oficial é iniciar a mamografia de rotina a partir dos 40 anos, mesmo sem histórico familiar de câncer de mama. Doenças prevenidas ou detectadas: câncer de mama em estágios iniciais, microcalcificações suspeitas e alterações estruturais da mama.

10. Check-up cardiovascular – Inclui eletrocardiograma, teste ergométrico, colesterol e glicemia, pois o risco de doenças cardiovasculares aumenta nessa fase. Doenças prevenidas ou detectadas: hipertensão arterial, infarto, AVC, arritmias cardíacas e colesterol alto.

11. Densitometria Óssea (se houver fatores de risco) – Indicada para mulheres com histórico familiar de osteoporose ou outras condições que afetam a saúde óssea. Doenças prevenidas ou detectadas: osteopenia, osteoporose e risco de fraturas. A partir dos 50 anos

12. Colonoscopia – Exame indicado para rastreamento do câncer colorretal, devendo ser feito a cada 5 a 10 anos, conforme recomendação médica. Doenças prevenidas ou detectadas: câncer colorretal, pólipos intestinais e doenças inflamatórias intestinais.

13. Densitometria óssea (rotina a cada dois anos) – Fundamental para avaliar a saúde óssea e prevenir fraturas decorrentes da osteoporose. Doenças prevenidas ou detectadas: osteoporose, fraturas ósseas e osteopenia. Prevenção além dos exames Cuidar da saúde da mulher vai além dos exames preventivos. Manter um estilo de vida equilibrado, com alimentação saudável, controle do estresse e prática regular de atividades físicas, é essencial para prevenir doenças e promover bem-estar. “Com acompanhamento médico e exames em dia, é possível garantir mais qualidade de vida e longevidade”, finaliza a ginecologista.

 

Grupo Sabin


Dia Internacional da Mulher: como a desigualdade de gênero afeta o diagnóstico de autismo em mulheres?

Especialista destaca que estereótipos de gênero contribuem para que os sinais do TEA passem despercebidos 

 

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é um momento de reflexão não apenas sobre conquistas e desafios, mas também sobre as diversas experiências femininas, como a vivência das mulheres autistas.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas. No entanto, essa estatística está diretamente relacionada a fatores como diferenças genéticas, papéis de gênero e um histórico de subdiagnóstico feminino na medicina.

“Ainda há uma grande desinformação sobre o autismo, e quando falamos de mulheres no espectro, o tema se torna ainda mais negligenciado. O caminho das mulheres autistas é marcado por desafios específicos, desde o diagnóstico tardio ou equivocado até dificuldades no mercado de trabalho e na vida pessoal. Precisamos trazer esse debate à tona constantemente”, afirma a psicóloga Thalita Possmoser, Vice Presidente Clínica da Genial Care

Isso acontece principalmente porque muitas vezes as meninas não se encaixam na maioria dos estereótipos do transtorno e tendem a mascaram seus sintomas muito mais do que meninos.


Ser mulher autista: um desafio invisível

Mulheres autistas enfrentam dificuldades no diagnóstico precoce devido à camuflagem social – um fenômeno no qual elas aprendem a imitar comportamentos socialmente aceitos, o que pode mascarar os sinais de autismo.

Na infância e adolescência, seus sintomas costumam ser interpretados de acordo com expectativas de gênero. Por exemplo, hiperfoco pode ser visto como sinal de inteligência, enquanto dificuldades de socialização e comunicação são frequentemente confundidas com timidez ou sensibilidade excessiva.

Para Thalita, os estereótipos de gênero na infância contribuem para que os sinais do TEA passem despercebidos. “Na vida adulta, esses sintomas podem se acumular e levar a quadros de ansiedade e depressão”.

Pesquisas recentes destacam a complexa relação entre depressão e autismo em mulheres. Estudos indicam que mulheres autistas têm maior propensão a desenvolver depressão e ansiedade ao longo da vida. Um estudo publicado no Journal of Abnormal Child Psychology revelou que indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são quatro vezes mais propensos a sofrer de depressão ao longo da vida em comparação com indivíduos neurotípicos. 

O diagnóstico, portanto, se torna ainda mais complexo. “Meninas muitas vezes não se encaixam nos estereótipos tradicionais do autismo, o que faz com que seus sintomas sejam mais sutis e camuflados. Isso impacta diretamente a identificação do TEA. O diagnóstico tardio contribui para o aumento da depressão em mulheres autistas. Devido a estereótipos de gênero e à manifestação diferenciada dos sintomas, muitas mulheres só recebem o diagnóstico na idade adulta, após anos enfrentando desafios sociais e emocionais sem a devida compreensão. Essa demora no reconhecimento do TEA pode resultar em sentimentos de inadequação e isolamento, agravando quadros depressivos” a Vice- Presidente Clínica da Genial Care.


Camuflagem social e seus impactos

A camuflagem social envolve estratégias para esconder traços autistas e se adaptar às normas sociais. Pesquisas indicam que mulheres, por serem mais pressionadas desde cedo a se comportarem de maneira “adequada” acabam ocultando características do autismo por anos.

Nos relacionamentos, a camuflagem pode dificultar o reconhecimento de padrões de interação prejudiciais. Dificuldades de compreensão social e comunicação podem resultar em isolamento ou até maior vulnerabilidade a relações abusivas, uma vez que muitas mulheres autistas têm dificuldade em identificar comportamentos manipuladores ou estabelecer limites saudáveis. 

“Sem um diagnóstico ou apoio especializado, muitas acabam sofrendo em silêncio, sem entender as razões de suas dificuldades e sem acesso às ferramentas para lidar com elas”, Thalita Possmoser. 


Como é ser mulher autista no mercado de trabalho?

No mercado de trabalho, a inclusão ainda é um desafio – muitas empresas não reconhecem as necessidades das mulheres autistas e falham em oferecer suporte adequado. O estudo Mulheres Inserção no mercado de trabalho, realizado pela Dieese, revela que o Brasil contava com 90,6 milhões de mulheres com 14 anos ou mais, das quais 47,8 milhões faziam parte da força de trabalho. Já o levantamento da Organização Pan-Americana de Saúde aponta que 70% dos trabalhadores do setor de saúde e social são mulheres.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 85% dos autistas estão fora do mercado de trabalho. Embora a Lei 8.213/91 estabeleça cotas para a contratação de pessoas com deficiência em empresas com 100 ou mais funcionários, o autismo muitas vezes não é reconhecido como uma deficiência pelos recrutadores, dificultando o acesso a essas oportunidades.

“Participei de um processo seletivo há alguns anos já, para uma vaga em uma grande empresa e quem fez esse processo seletivo foi uma empresa terceirizada, especializada no recrutamento e seleção de pessoas com deficiência. Fui muito bem na entrevista, a recrutadora, super me elogiou, mas eu nunca tive retorno dessa vaga. Não tive qualquer sequência, depois de um tempo em contato novamente com essa empresa, a pessoa que me atendeu ali não sabia que sou autista. Perguntei sobre como eles lidam com currículos, com perfis de pessoas autistas para as vagas de PDC para grandes empresas. E ela me falou que eles não consideram pessoas autistas para as vagas,” relata a autista e TDAH, creator e palestrante, co-fundadora do Meu Mundo Atípico Club com foco em autismo para adultos, Tabata Cristine, que comentou o ocorrido durante sua participação no 2º Congresso Extraordinário da Genial Care e Revista Autismo.


Rede de apoio para mães atípicas: onde ela está?

Muitas mulheres autistas enfrentam dificuldades para acessar redes de cuidado, especialmente quando recebem o diagnóstico na vida adulta ou precisam de suporte para seus filhos atípicos, lidando com sobrecarga emocional e estrutural.  

O levantamento “Cuidando de quem cuida: um panorama sobre as famílias e o autismo no Brasil”, promovido pela Genial Care, revelou que 86% dos cuidadores de crianças com TEA são mães, e 47% delas sentem culpa pela condição do filho. 

A pesquisa “Retratos do Autismo no Brasil”, também da Genial Care, mostrou que, dentro da amostra de pessoas autistas, 24,2% são, também, pessoas cuidadoras, o que significa que estão no espectro e também são responsáveis por uma criança com o diagnóstico. Das pessoas respondentes, 65% se identifica como gênero feminino, maioria com faixa etária entre 25 e 34 anos (33%). 

Assim, além de serem maioria na rede de apoio, as mulheres que são mães atípicas enfrentam desafios dobrados ao equilibrar vida pessoal, carreira e os cuidados com filhos também atípicos.


Mais inclusão para todas as mulheres

Neste Dia da Mulher, é essencial ampliar o debate sobre mulheres neurodivergentes e promover mudanças estruturais para que elas sejam reconhecidas, compreendidas e incluídas em todas as esferas da sociedade.

A maioria das mulheres estão mais expostas a situações sociais e são forçadas a se comportarem de forma “adequada” desde muito cedo, fazendo com que muitas características do TEA sejam ocultadas nesse processo.

Por isso a importância da inclusão e representatividade quando falamos em mulheres autistas, para que cada vez mais diagnósticos e intervenções precoces sejam feitas, ajudando a mudar essa realidade e garantir que todas elas consigam desenvolver suas habilidades da melhor forma possível.

Promover a conscientização sobre o transtorno, criar espaços seguros e incentivar a comunicação aberta e honesta são formas de ajudar mulheres autistas a expressarem suas necessidades e desafios.

“A conscientização e a criação de políticas públicas voltadas para esse grupo são passos fundamentais para um futuro mais igualitário e acessível para todas. Nosso desejo é que datas como essas se tornem um marco para a construção de um mundo mais inclusivo, onde todas as mulheres possam viver com dignidade, respeito e oportunidades reais”, finaliza Thalita 



Genial Care
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Infecção urinária na gestação: sinais de alerta, riscos e prevenção

Especialista explica como identificar e tratar a infecção urinária na gestação, condição comum que pode trazer complicações graves se não tratada precocemente

 

Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por diversas transformações para acolher e nutrir o bebê. Entre essas mudanças, o sistema urinário também sofre alterações, tornando as gestantes mais suscetíveis a infecções do trato urinário (ITUs). Em alusão ao Dia Mundial do Rim, celebrado em 12 de março, especialistas alertam sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado dessa condição, que pode gerar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

De acordo com o Dr. Pedro Melo, obstetra do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, a infecção urinária ocorre quando bactérias, principalmente a Escherichia coli, entram na uretra e se multiplicam.

“Na gravidez, as mudanças hormonais e o aumento do útero podem dificultar o esvaziamento completo da bexiga, favorecendo a proliferação de micro-organismos e aumentando o risco de infecções”, detalha o especialista.

 

Por que as gestantes sofrem mais com infecções urinárias?

As alterações hormonais durante a gestação provocam o relaxamento dos músculos do trato urinário, o que pode retardar o esvaziamento da bexiga e facilitar a proliferação de bactérias.

Além disso, o aumento do útero exerce pressão sobre a bexiga e os ureteres, reduzindo o fluxo da urina e criando um ambiente propício para o desenvolvimento de infecções. Essas mudanças tornam as gestantes mais vulneráveis às ITUs, sendo essencial um acompanhamento pré-natal adequado para prevenção e tratamento precoce.

 

Sinais de alerta e complicações

O médico explica que os sintomas mais comuns da ITU incluem dor ou ardência ao urinar, aumento da frequência urinária, urgência para urinar e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

Em casos mais graves, podem surgir febre, calafrios, dor lombar e sangue na urina, indicando que a infecção pode ter alcançado os rins, resultando em uma pielonefrite.

Se não tratada, a infecção urinária pode levar a complicações sérias, como parto prematuro, baixo peso ao nascer e, em casos extremos, sepse materna. “Por isso, é essencial que a gestante busque atendimento médico assim que perceber os primeiros sintomas”, alerta Dr. Melo.

 

Prevenção e orientação para as gestantes

Para reduzir o risco de infecção urinária durante a gestação, algumas medidas simples podem ser adotadas:

  • Hidratação: beber bastante água ajuda a manter um bom fluxo urinário e eliminar bactérias
  • Higiene adequada: a limpeza deve ser feita sempre da frente para trás, evitando a contaminação com bactérias da região anal.
  • Esvaziamento frequente da bexiga: segurar a urina por longos períodos favorece a proliferação bacteriana.
  • Uso de roupas confortáveis: peças apertadas e tecidos sintéticos podem aumentar a umidade e favorecer a proliferação de microrganismos.
  • Evitar duchas vaginais: elas podem alterar a flora natural da região e aumentar o risco de infecções.

Em caso de suspeita de ITU o diagnóstico é feito pelo quadro clínico, exame físico e exames laboratoriais de urina. O tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos seguros para a gestação, prescritos pelo médico.

 

Quando procurar um médico

Gestantes devem ficar atentas a qualquer sintoma incomum e procurar um obstetra imediatamente caso sintam dor ao urinar, aumento da frequência urinária sem razão aparente, febre ou dor na região lombar.

“A automedicação é perigosa e pode agravar o quadro. Apenas um profissional de saúde pode indicar o tratamento correto e seguro para a mãe e o bebê”, reforça o obstetra.

Dr. Melo enfatiza, ainda, que gestantes devem sempre buscar informação e orientação médica para viver essa fase com mais segurança e bem-estar. “O acompanhamento pré-natal adequado é o caminho mais seguro para identificar e tratar precocemente qualquer complicação”, finaliza. 


Hospital da Mulher Mariska Ribeiro
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial



Acesso a medicamento interfere na sobrevida de mulheres com câncer de mama

Wirestock

Estudo feito com a participação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) revela diferenças nos resultados de tratamentos para subtipo agressivo da doença no SUS e na saúde suplementar
 

 

Estudo realizado com a participação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) revela diferenças no tratamento do câncer de mama oferecido no SUS (Sistema Único de Saúde) e pela saúde suplementar, que contempla o atendimento por operadoras e planos privados. Com a atuação de especialistas brasileiros, a pesquisa coordenada pelos mastologistas Marcelo Antonini, membro da Comissão de Tratamento Sistêmico da SBM Regional São Paulo, e André Mattar, também membro da SBM, mostra nos dois sistemas de saúde o impacto do acesso ao trastuzumabe, medicamento essencial para pacientes com câncer de mama HER2+, subtipo particularmente agressivo associado a altas taxas de mortalidade. “O levantamento foi realizado em dois hospitais de São Paulo (SP), um público e outro privado, e indica a importância e a urgência de equipararmos a acessibilidade a esta droga, que combinada com a quimioterapia no tratamento neoadjuvante aumenta a taxa de resposta patológica completa, ou seja, a eliminação total do tumor”, afirma Antonini.

A pesquisa “Disparidades no acesso a terapias anti-HER2 na quimioterapia neoadjuvante: Uma análise prognóstica baseada em dados do mundo real, comparando os sistemas de saúde público e privado do Brasil” foi publicada recentemente na revista médica The Breast. Trata-se do primeiro estudo brasileiro e latino-americano a avaliar resultados de sobrevida em longo prazo de pacientes com câncer de mama HER2+, contrapondo o SUS e a saúde suplementar.

O levantamento realizado entre 2011 e 2020 envolveu 381 pacientes do hospital público Pérola Byington e 78 da instituição privada Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).

Tanto as pacientes do SUS no Pérola Byington quanto as mulheres atendidas pela saúde suplementar no HSPE foram submetidas à quimioterapia neoadjuvante seguida de cirurgia para câncer de mama HER2+ não metastático. A pesquisa, no entanto, abordou a disparidade de acesso nos dois sistemas de saúde à medicação trastuzumabe, comprovadamente eficaz para este subtipo da doença.

No Brasil, aproximadamente 75% da população depende de tratamento no SUS. O trastuzumabe passou a fazer parte do rol de medicamentos para tratar o câncer de mama HER2+ em julho de 2012 e começou a ser distribuídos em hospitais públicos em janeiro de 2013. Na saúde suplementar, porém, o medicamento está disponível desde 2002.

“No período de análise dos dados, entre 2011 e 2020, apenas 60% das pacientes do SUS foram tratadas com o trastuzumabe. Na saúde suplementar, o acesso foi mais abrangente: 83,4%”, destaca o mastologista Marcelo Antonini.

Na chamada “resposta patológica completa”, os resultados, segundo o especialista da SBM, revelam ainda mais discrepâncias. “A taxa de pacientes que tiveram eliminação total do tumor nas mamas e nas axilas foi maior no setor privado (52,7%) contra 26,4% no SUS”, indica.

Informações a respeito da sobrevida das pacientes no período de cinco anos também foram contempladas no estudo. Enquanto 58% das mulheres do SUS participantes da pesquisa estavam vivam após 60 meses de tratamento, na saúde suplementar o número se elevou a 79%. “Depois de cinco anos, entre as pacientes do setor privado que atingiram resposta patológica completa a sobrevida foi ainda maior: 80%. Na saúde pública, ficou em 61%”, compara Antonini.

Além do trastuzumabe combinado com a quimioterapia, outro medicamento, chamado pertuzumabe, também aprovado para tratamento de câncer de mama HER2+, continua amplamente indisponível no SUS.

Para o mastologista, o estudo tem o mérito de trazer à discussão a necessidade de equiparação do tratamento do SUS com o oferecido pela saúde suplementar. “Queremos, inclusive, alertar para outros subtipos de câncer, como o triplo negativo, para o qual a saúde pública não disponibiliza o acesso ao pembrolizumabe, medicamento importante para a sobrevida das pacientes”, elenca.

De forma ainda mais ampliada, os resultados da pesquisa, segundo Marcelo Antonini, reforçam a importância de aprimorar recursos e políticas públicas para o tratamento do câncer de mama no Brasil. “Defendemos a expansão do acesso a terapias essenciais e o fomento do atendimento multidisciplinar na assistência à saúde pública para melhorar os resultados do câncer de mama no País”, conclui o especialista da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).


Tratamento de AVC, uma das doenças que mais mata no Brasil, custa US$ 27,4 mil por paciente, aponta estudo

Segundo a Investigadora Principal do estudo, médica neurologista do Hospital Moinhos de Vento, que conduziu a pesquisa em oito países da América Latina, políticas públicas são essenciais para prevenção dos acidentes cardiovasculares e podem reduzir gastos associados à doença 

 

O artigo “Cost evaluation of acute ischemic stroke in Latin America: a multicentric study”, publicado na The Lancet Regional Health - Americas”, em janeiro de 2025, aponta que o custo médio por paciente no tratamento de AVC na América Latina é de US$ 12,2 mil. 

O estudo tem como Investigadora Principal a Dra Ana Cláudia de Souza, que coordenou e conduziu a pesquisa nos 8 países. Atualmente, ela é neurologista do Hospital Moinhos de Vento e Líder Operacional de Projetos PROADI-SUS TRIDENT e ÁRTEMIS. O projeto também contou com a co-autoria da Dra Sheila Cristina Ouriques Martins, chefe do serviço de neurologia e neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, e Responsável Técnica dos Projetos PROADI-SUS RESILIENT TNK e PROMOTE. 

A pesquisa extraiu dados de 1.106 pacientes diagnosticados com AVC isquêmico agudo em oito hospitais, centros de AVC na América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e Uruguai. No Brasil, foram incluídos dados de 157 pacientes, e o custo médio foi de US$ 27,4 mil por paciente. 

A pesquisa avaliou os recursos consumidos durante toda a internação hospitalar do paciente com AVC isquêmico agudo, incluindo o custo real para cada local como: salários dos profissionais, estrutura física de cada departamento, exames, procedimentos, medicamentos prescritos e procedimentos relacionados aos tratamentos de reperfusão como trombólise endovenosa e trombectomia mecânica. 

Os custos mais altos identificados estiveram relacionados ao uso de estrutura hospitalar, impulsionados pela maior utilização de departamentos como setor de angiografia e cuidados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em todos os países, os custos aumentaram de acordo com o maior risco clínico do paciente, tendo a duração da internação hospitalar como o principal fator de variação de custo entre os países. Os custos relacionados ao trabalho dos profissionais mostraram grande variabilidade entre os países. O centro no Chile teve o maior custo relacionado a profissionais, seguido pelo centro no Brasil. 

Uma crescente preocupação global surge em relação à incidência do AVC, principalmente entre pacientes mais jovens e em países de baixa e média renda. Há expectativa de um aumento de 50% no número de mortes até 2035, com proporcional aumento de custos relacionados à doença de US$ 891 bilhões anualmente para US$ 2,31 trilhões. 

No Brasil, o AVC é a doença que mais mata e incapacita. Segundo dados do portal da transparência da Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), foram 109.560 pessoas no Brasil em 2023. Segundo a médica neurologista Ana Cláudia, observamos esse aumento principalmente devido ao crescimento de maus hábitos que contribuem para doenças cárdio e cerebrovasculares, como tabagismo (uso de vapes entre jovens), consumo de alimentos ultraprocessados e pouca atividade física. “É urgente a necessidade de investimentos em conscientização e esforços de prevenção ao AVC, muito poderia ser evitado com campanhas e orientação de saúde pública, o que diminuiria o custo dos acidentes cardiovasculares”, explica Ana Cláudia. 

O artigo traz que disparidades na conscientização sobre a doença, à medidas de prevenção, à assistência médica e à infraestrutura entre países de baixa, média e alta renda apresentam obstáculos significativos à ampliação do acesso aos tratamentos de reperfusão no AVC, com potencial redução de custos. “Abordar essas disparidades por meio de iniciativas, como este estudo, é fundamental para garantir acesso equitativo a intervenções essenciais para o AVC, otimizando a alocação de recursos principalmente em sistemas de saúde pública”, diz a neurologista. Segundo ela, a introdução de mudanças em protocolos de atendimento hospitalares, focadas na padronização da utilização de recursos, melhoria em indicadores de qualidade assistencial, também podem reduzir efetivamente custos e aumentar a eficiência no atendimento ao AVC agudo. 

“O diálogo do governo local com gestores de saúde e empresas também têm papel fundamental, pois as redes de AVC dependem de alocações orçamentárias para infraestrutura, pessoal de saúde, compra de medicamentos e implementação de programas eficazes e sustentáveis”, explica a neurologista.

 

Hospital Moinhos de Vento


Ombro congelado atinge até 5% da população

Condição pode limitar os movimentos, explica Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo

 

Imagine acordar de manhã e notar que seu braço está cada vez mais rígido, como se estivesse lentamente congelando e perdendo a mobilidade aos poucos. Essa é a situação vivida por quem enfrenta a capsulite adesiva, popularmente conhecida como 'ombro congelado'. Embora o nome sugira uma relação com o frio, essa condição dolorosa nada tem a ver com temperatura, mas sim com a sensação de rigidez e dificuldade de movimento que traz aos pacientes. 

O ombro congelado é uma condição que afeta de 2% a 5% da população mundial é caracterizado pela inflamação da cápsula articular, estrutura que reveste e estabiliza a articulação do ombro. Essa inflamação provoca o espessamento da cápsula e a formação de aderências, limitando os movimentos da região e causando dor e rigidez. 

De acordo com Marcelo Campos, presidente da Sociedade Brasileira de Ombro e Cotovelo (SBCOC), nem sempre é possível identificar a causa exata da doença. No entanto, alguns fatores de risco estão associados ao seu desenvolvimento. “Idade, especialmente entre 40 e 60 anos; sexo, sendo as mulheres mais propensas, podendo estar relacionado a fatores hormonais, além de condições como diabetes, doenças cardiovasculares, distúrbios da tireoide, incluindo hipertireoidismo e hipotireoidismo, e Parkinson. Traumas, lesões ou cirurgias na região do ombro também podem desencadear o problema”, lista o ortopedista. 

A síndrome do ombro congelado evolui em três fases. Na primeira, chamada de fase dolorosa, o paciente sente dores intensas, principalmente à noite, e dificuldade para realizar movimentos simples. Na segunda, a dor pode diminuir, mas a rigidez aumenta, limitando progressivamente a mobilidade do ombro. Já na terceira etapa, tanto a dor quanto a rigidez começam a regredir, e o ombro retoma gradualmente sua funcionalidade. 

“Ao perceber os primeiros sintomas, é fundamental procurar um ortopedista especialista em ombro. Ele realizará exames físicos e, se necessário, poderá solicitar exames de imagem, como raio-x, ultrassonografia ou ressonância magnética, para descartar outras condições, como artrite ou lesões no manguito rotador”, explica Campos. 

A recuperação completa do ombro congelado pode ser demorada, mas há tratamentos eficazes para aliviar os sintomas e acelerar a melhora. Entre as opções, estão o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, sempre com prescrição médica, sessões de fisioterapia para reduzir a rigidez e, em casos mais graves, infiltrações com anestésicos para bloqueio do nervo supraescapular ou até mesmo cirurgia para liberar a articulação.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo


Mês da Mulher: elas têm se cuidado mais? 5 exames que não podem faltar

Especialista explica quais e porquê esses exames são essenciais para a saúde feminina

 

A celebração do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, reforça a saúde como uma das áreas essenciais para melhorar a qualidade de vida das mulheres de qualquer idade ou origem social e econômica. Nesse cenário, as mulheres seguem liderando a busca por atendimento de saúde, em comparação com os homens.

Segundo um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), utilizando dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde, em 2022, cerca de 370 milhões de atendimentos femininos foram realizados no ano, ante 312 milhões de atendimentos masculinos nesse período.

"A atenção ao bem-estar feminino vai além da ausência de doenças, abrangendo o equilíbrio físico, mental e social. As mulheres têm necessidades específicas de saúde por conta das questões hormonais. Essas necessidades levam a uma maior procura por serviços de saúde ao longo da vida. Elas também têm uma expectativa de vida maior do que os homens, o que pode aumentar a preocupação com a saúde e a busca por cuidados preventivos", comenta Sueli Vieira Santos, cardiologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

No entanto, um estudo publicado na revista científica The Lancet Public Health apontou que as mulheres vivem mais, porém, com uma qualidade de vida inferior aos homens, com condições como depressão, ansiedade, dor lombar e dor de cabeça. Por isso, Santos separou cinco exames que as mulheres devem sempre estar em dia para cuidar bem da saúde.


  1. Papanicolau (Citologia Oncológica)

O Papanicolau é um exame simples, mas extremamente eficaz. Ele coleta células do colo do útero para verificar alterações que possam indicar riscos, como o câncer cervical, além de possíveis infecções, como a causada pelo HPV (papilomavírus humano). "É recomendável realizá-lo todos os anos para mulheres a partir dos 25 anos. Após dois resultados normais consecutivos, o médico pode espaçar os intervalos. O diagnóstico precoce dessas doenças ajuda a proporcionar um tratamento menos invasivo e maiores chances de cura", enfatiza a especialista.


  1. Mamografia

A mamografia é fundamental para a saúde das mamas, principalmente para mulheres com mais de 40 anos. Este exame, que utiliza raios X, é capaz de identificar alterações como nódulos, calcificações ou outras condições que possam ser o início de um câncer de mama, muitas vezes antes mesmo que sejam percebidas ao toque. Para mulheres com histórico familiar da doença, a recomendação pode ser iniciar os exames preventivos antes dos 40.


  1. Ultrassonografia Pélvica ou Transvaginal

Esse exame é um grande aliado da saúde ginecológica, permitindo a avaliação detalhada do útero, ovários e trompas de falópio. Ele auxilia na detecção de cistos, miomas ou outras possíveis condições que podem impactar a fertilidade e o bem-estar da mulher. "Mulheres em idade fértil, ou com sintomas como dores pélvicas e alterações menstruais, devem conversar com seus médicos para saber a frequência ideal de realização do exame. Além disso, ele desempenha um papel importante no monitoramento de quem já trata condições pré-existentes", explica a médica.


  1. Densitometria Óssea

A densitometria óssea é usada para detectar a osteoporose ou identificar uma perda óssea significativa antes mesmo da ocorrência de fraturas. "Este exame é especialmente indicado para mulheres com mais de 50 anos ou que estejam na pós-menopausa, um período que aumenta o risco de fragilidade óssea devido às alterações hormonais naturais", comenta Sueli Vieira Santos.


  1. Exame de Sangue Completo

Realizar um hemograma periódico é uma forma simples, mas abrangente, de avaliar a saúde global. Esse exame permite identificar anemia, processos inflamatórios, alterações hormonais e metabólicas, como níveis de colesterol e glicose no sangue. "Ele também pode ser um marcador para doenças crônicas e merece atenção em todas as idades", finaliza a especialista. 

  

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo



Menopausa e osteoporose: Como a terapia hormonal pode fazer a diferença na vida da mulher

A reposição hormonal surge como uma solução na prevenção da osteoporose, uma das maiores preocupações das mulheres após a menopausa 

 

A menopausa é um momento de transformação para as mulheres, trazendo consigo uma série de mudanças hormonais que impactam diretamente a saúde óssea. A diminuição dos níveis de estrogênio, característicos dessa fase, está diretamente relacionada à osteoporose, uma condição que enfraquece os ossos e aumenta o risco de fraturas. Neste contexto, a Terapia Hormonal de Menopausa (THM) tem se mostrado uma das abordagens mais eficazes para a prevenção da osteoporose.

Segundo a Dra. Bárbara Campolina, membro da ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo), endocrinologista especializada em metabolismo ósseo e mineral, a THM, ao repor o estrogênio perdido durante a menopausa, pode prevenir a perda óssea e reduzir o risco de fraturas. “A osteoporose se torna uma preocupação crescente após a menopausa, pois a redução do estrogênio acelera a perda de densidade óssea. A Terapia Hormonal tem se mostrado essencial para manter a saúde óssea e evitar fraturas que afetam a qualidade de vida das mulheres, ” explica Dra. Bárbara.

Estudos indicam que mulheres na pós-menopausa têm até 50% mais risco de fraturas vertebrais e 30% mais chance de fraturas de quadril se não houver intervenções preventivas, como a Terapia Hormonal de Menopausa. A Royal Osteoporosis Society destaca que a reposição hormonal pode reduzir substancialmente esses riscos, ajudando a manter a densidade óssea e prevenindo a progressão da osteoporose.

A Dra. Bárbara reforça a importância da terapia para as mulheres que enfrentam a menopausa. "A terapia hormonal da menopausa é uma medida preventiva eficaz, mas deve ser feita de maneira personalizada. Mulheres com risco aumentado de osteoporose, como aquelas com histórico familiar ou que já apresentam perda óssea, se beneficiam muito dessa abordagem", afirma.

O estrogênio, hormônio que diminui drasticamente durante a menopausa, tem um papel crucial na manutenção da saúde óssea. Sua reposição não apenas alivia sintomas da menopausa, como ondas de calor e suores noturnos, mas também age diretamente na preservação da massa óssea. A Fundação Internacional de Osteoporose ressalta que a THM é uma das formas mais eficazes de reduzir o risco de fraturas durante o período pós-menopausa.

A reposição hormonal pode reduzir o risco de fraturas vertebrais em até 50% e as de quadril em até 30%, conforme apontam vários estudos revisados por especialistas da área. A Osteoporosis Foundation também concorda que a Terapia Hormonal de Menopausa representa uma estratégia essencial para mulheres pós-menopausa, ajudando na preservação da massa óssea e prevenindo complicações graves, como fraturas.

Embora a Terapia Hormonal tenha benefícios claros, ela não é indicada para todas as mulheres. A Dra. Bárbara Campolina destaca que a terapia deve ser avaliada com cautela, especialmente para mulheres com histórico de câncer de mama, problemas cardíacos ou doenças tromboembólicas. "A escolha da Terapia Hormonal deve ser discutida com um médico especializado, que avaliará os riscos e benefícios de acordo com o quadro clínico de cada paciente", adverte a endocrinologista.

Além disso, o acompanhamento médico contínuo e a realização de exames periódicos, como a densitometria óssea, são essenciais para monitorar a eficácia do tratamento. 

Dra. Bárbara enfatiza a importância de um estilo de vida saudável para a saúde óssea. Exercícios físicos regulares, especialmente atividades de fortalecimento muscular e resistência, como caminhada e musculação, têm um efeito positivo na preservação da massa óssea. Uma alimentação equilibrada, rica em cálcio e vitamina D, também é fundamental para garantir ossos fortes e saudáveis.

"Manter uma rotina de atividades físicas e uma alimentação adequada pode potencializar os efeitos da terapia hormonal, garantindo uma proteção mais eficaz contra a osteoporose", complementa Dra. Bárbara.

A Terapia Hormonal de Menopausa pode ser uma ferramenta essencial na prevenção da osteoporose, sendo um aliado poderoso para a manutenção da saúde óssea das mulheres após a menopausa. Quando combinada com hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e prática regular de exercícios, ela pode prevenir a osteoporose e proporcionar um envelhecimento mais saudável.

 



ABRASSO – Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
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