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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Leega Consultoria elabora lista de especialidades mais buscadas por empresas na área de data analytics

 Elaine Bernardes, diretora de Gente na consultoria brasileira, destaca as dez profissões desse segmento que o mercado mais procura e apresenta caminhos para interessados seguirem carreira em cada uma delas  

 

De acordo com o plano Brasil Digital 2030+, divulgado recentemente pela Brasscom, o país tem quase meio milhão de postos de trabalho vagos no setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), e a falta de mão de obra capacitada é um dos principais motivos para isso.

 

Com mais de 20 anos de experiência nesse mercado, a Leega, empresa brasileira de consultoria em data analytics e outsourcing, vive diariamente os desafios de selecionar novos experts e qualificar seus times para atender às demandas atuais do setor, que está sempre evoluindo com a tecnologia. A fim de detalhar esse cenário e ajudar profissionais que querem iniciar ou seguir carreira em análise de dados, Elaine Bernardes, diretora de Gente na Leega, apresenta uma lista com as dez especialidades mais buscadas pelas empresas do segmento, além de detalhes sobre cada uma delas.  

 

Para Bernardes, "atualmente, os especialistas com conhecimento em inteligência artificial estão em destaque e são altamente requisitados, visto que a IA está transformando a forma como analisamos e interpretamos dados”, explica. “Além disso, habilidades em machine learning e análise preditiva são muito requisitadas, já que permitem às empresas antecipar tendências e tomar decisões mais informadas, bem como as competências em big data e em ferramentas de visualização de dados, que continuam sendo essenciais”, completa a executiva.

 

1 - Gerente de Analytics

 

O que faz: Responsável por liderar e supervisionar as atividades de análise de dados dentro da organização. Sua função principal é garantir que os dados sejam coletados, analisados e interpretados de maneira eficaz para apoiar a tomada de decisões estratégicas.

 

Salário: A partir de R$ 18.000

 

Habilidades desejáveis:  Análise de dados; conhecimento em ferramentas de BI; estatística e matemática; linguagens de programação; arquitetura de dados; gestão de projetos de analytics; liderança; gestão de equipes; tomada de decisão e visão estratégica.

 

Por que está em alta?  Com a complexidade crescente das ferramentas e a importância de integração e conformidade, esses profissionais são essenciais para liderar equipes e aplicar análises eficazes, impulsionando a transformação digital e a inovação nas empresas.

 

2 - Especialista em Inteligência Artificial

 

O que faz: Projeta, desenvolve e implementa sistemas e modelos de IA para resolver problemas complexos e otimizar processos. Trabalha com algoritmos complexos, modelos preditivos e estão envolvidos em pesquisas para aprimorar as capacidades dos sistemas de IA.

 

Salário: A partir de R$ 13.000

 

Habilidades desejáveis:  Graduação em uma área relacionada à tecnologia, como Engenharia da Informática, Ciência da Computação e Matemática. Além disso, um grande diferencial pode ser uma pós-graduação focada em conhecimentos sobre machine learning, visão computacional, processamento de linguagem natural e otimização de algoritmos, deep learning, programação neurolinguística, chatbots e robótica.

 

Por que está em alta?  Devido à crescente demanda por soluções avançadas que melhoram a tomada de decisões e a eficiência dos processos. Com o aumento da complexidade dos dados e a necessidade de insights mais profundos, especialistas em IA são essenciais para desenvolver algoritmos, modelos preditivos e sistemas de machine learning que permitam análises mais precisas e automação inteligente, proporcionando uma vantagem competitiva significativa para as empresas.

 

3 - Arquiteto de dados

 

O que faz: É o responsável por projetar e gerenciar a estrutura e a organização dos dados em uma empresa para garantir que sejam armazenados, acessados e utilizados de maneira eficiente e segura. Define os padrões e políticas para a integração, armazenamento e movimentação dos dados, desenvolve esquemas e modelos, e trabalha em conjunto com desenvolvedores, analistas e engenheiros para implementar soluções escaláveis e de alto desempenho que suportem as operações e a análise de dados.

 

Salário: A partir de R$ 13.000

 

Habilidades desejáveis: Conhecimento técnico robusto, incluindo proficiência em modelagem de dados, experiência em diversos sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SQL e NoSQL), e compreensão de processos de ETL e tecnologias de big data.

 

Por que está em alta? Com o crescimento exponencial da quantidade de dados gerados e a necessidade cada vez maior das empresas de extrair insights valiosos para tomar decisões estratégicas, os arquitetos de dados vêm sendo mais demandados. Além disso, a digitalização acelerada, a complexidade dos sistemas de dados e a integração de diversas fontes de informação tornaram-se desafios significativos, exigindo soluções robustas e eficientes.

 

4 - Especialista em Machine Learning

 

O que faz:  Desenvolve e implementa algoritmos e modelos que permitem que sistemas de computador aprendam e façam previsões ou decisões com base em dados. Esse profissional analisa grandes volumes de dados, seleciona e ajusta técnicas de aprendizado de máquina apropriadas, treina modelos para identificar padrões e insights, e avalia seu desempenho para garantir precisão e eficiência. Colabora estreitamente com cientistas de dados, engenheiros de dados e outras equipes de tecnologia para integrar modelos em sistemas de produção, garantindo que as soluções de machine learning sejam escaláveis, robustas e alinhadas com as metas estratégicas da organização.

 

Salário: A partir de R$ 12.000

 

Habilidades desejáveis:  Conhecimento sólido em ciência de dados, tecnologia em inteligência artificial e programação, além de especialização machine learning engineering, redes neurais e deep learning.

 

Por que está em alta? Com a expansão exponencial de dados e a demanda por soluções automatizadas e personalizadas, esses profissionais são cruciais para criar modelos que transformam dados brutos em insights valiosos, melhorando a eficiência e competitividade das empresas.

 

5 - Engenheiro de dados

 

O que faz: É responsável por projetar, construir e gerenciar sistemas que coletam, armazenam e processam grandes volumes de dados. Também trabalha no desenvolvimento e manutenção de pipelines de dados escaláveis e eficientes, garantindo a integridade, qualidade e segurança dos dados.

 

Salário: A partir de R$ 10.000

 

Habilidades desejáveis: Formação em Ciência da Computação, Estatística, Matemática ou áreas relacionadas, além de uma especialização em Engenharia de Dados, Big Data ou Data Science. Também é esperado conhecimento avançado em programação (Python, Java, Scala) e SQL para construir e otimizar pipelines de dados.

 

Por que está em alta? Com a transformação digital e a adoção de big data e cloud computing, há uma demanda crescente por especialistas capazes de construir e gerenciar infraestruturas de dados robustas e eficazes. O crescimento exponencial do volume de dados e a necessidade cada vez maior de integrá-los e otimizá-los para tomada de decisões estratégicas também contribuem para a alta demanda por esse perfil de profissional.

 

6 - Cientista de Machine Learning

 

O que faz: Desenvolve e aplica algoritmos e modelos estatísticos para permitir que sistemas e aplicações aprendam com dados e façam previsões ou decisões autônomas. Ele coleta e prepara dados, treina e ajusta modelos de machine learning, além de avaliar seu desempenho para garantir que atenda aos objetivos específicos do projeto.

 

Salário: A partir de R$ 9.000

 

Habilidades desejáveis: Grande conhecimento em programação (especialmente em linguagens como Python e R) e em algoritmos de machine learning e estatística. É esperado que se tenha alguma experiência com bibliotecas e frameworks de machine learning, manipulação e preparação de dados, além de bom entendimento de modelos de deep learning e redes neurais.

 

Por que está em alta? O avanço tecnológico e a integração de machine learning em diversas indústrias, como finanças, saúde e e-commerce, estão impulsionando a necessidade de especialistas que possam desenvolver modelos preditivos e automatizar processos. O potencial para inovação e a transformação digital que machine learning oferece tornam essa função crucial e muito valorizada no mercado atual.

 

7 - Administrador de dados (DBA)

 

O que faz: Gerencia e mantém bancos de dados para garantir seu desempenho, integridade e segurança. Também é responsável por realizar backups e restaurações para proteger os dados contra perdas, implementa políticas de segurança para evitar acessos não autorizados e resolve problemas técnicos relacionados aos bancos de dados.

 

Salário: A partir de R$ 8.000

 

Habilidades desejáveis: Conhecimento avançado em SQL e em sistemas de gerenciamento de banco de dados, como Oracle e SQL Server. Também é importante ter experiência em backup e recuperação de dados, otimização de desempenho e segurança de dados, além de habilidades em script e automação. Em termos de formação é esperado que se tenha graduação em Ciência da Computação ou Tecnologia da Informação.

 

Por que está em alta? Com o aumento da complexidade e do volume de dados nas empresas, esse profissional é bastante buscado para realizar uma gestão eficiente dessas informações, garantindo desempenho e segurança. A necessidade de proteger informações sensíveis e assegurar a continuidade dos negócios em um ambiente digital crescente também contribui para a alta demanda por DBAs qualificados.

 

8 - Analista de dados

 

O que faz: Coleta, processa e realiza análises de dados para ajudar as empresas a tomar decisões informadas. Para isso, utiliza ferramentas estatísticas e de visualização que ajudam a identificar padrões, tendências e insights, criando relatórios e dashboards que traduzem essas informações para os stakeholders.

 

Salário: A partir de R$ 8.000

 

Habilidades desejáveis: Forte domínio de ferramentas de análise de dados e visualização, como Excel, Power BI e Tableau, além de conhecimento avançado em SQL, estatística e técnicas de análise de dados para interpretar informações de forma eficaz. Em termos de graduação, é esperado formação em cursos como Ciência da Computação, Estatística e Matemática.

 

Por que está em alta? Com a digitalização e a necessidade de otimizar operações e marketing, as empresas investem mais em análise de dados para obter insights precisos e impulsionar o crescimento. A complexidade crescente dos dados torna o papel do analista essencial para transformar informações em estratégias eficazes.

 

9 - Cientista de dados

 

O que faz: É o profissional responsável por coletar, analisar e interpretar grandes volumes de dados para extrair insights valiosos e apoiar a tomada de decisões estratégicas. Utiliza técnicas de estatística, machine learning e programação para desenvolve modelos e algoritmos que ajudam a identificar padrões, prever tendências e resolver problemas complexos. Este profissional transforma dados brutos em insights acionáveis que orientam decisões de negócios, otimizam operações e identificam novas oportunidades.

 

Salário: A partir de R$ 8.000

 

Habilidades desejáveis: Domínio de ferramentas analíticas e técnicas de visualização e capacidade de comunicar suas descobertas de forma clara e eficaz para stakeholders não técnicos, garantindo que os insights sejam aplicáveis e relevantes para os objetivos da organização. Além disso, é fundamental ter sólidos conhecimentos interdisciplinares em áreas como matemática, estatística, ciência da computação, programação, administração e negócios.

 

Por que está em alta? Devido ao crescimento exponencial do volume de dados gerados e à necessidade crescente das empresas de transformar essas informações em insights acionáveis. Com a digitalização e a expansão dos setores de tecnologia e e-commerce, as organizações estão inundadas com dados que, se bem analisados, podem revelar oportunidades estratégicas, otimizar processos e oferecer uma vantagem competitiva frente aos concorrentes.

 

10- Analista de Business Intelligence

 

O que faz:  Tem como principal função coletar e analisar dados de várias fontes para criar relatórios e dashboards que ajudam na tomada de decisões estratégicas. Para isso, utiliza ferramentas de BI que permitem transformar dados brutos em visualizações e insights acionáveis, integrando informações de diferentes sistemas para obter uma visão completa do desempenho da empresa.

 

Salário: A partir de R$ 7.000

 

Habilidades desejáveis: Domínio de ferramentas como Power BI, Tableau e SQL para análise de dados. Também é importante ter conhecimentos em modelagem de dados e integração de sistemas, capacidade analítica para interpretar dados e boas competências de comunicação para apresentar insights de forma clara e impactante.

 

Por que está em alta? As empresas precisam cada vez mais de insights baseados em dados para se manter competitivas. Com a necessidade de otimizar operações e entender o comportamento do consumidor, transformar dados complexos em informações estratégicas se torna crucial, e o papel do analista de BI é fundamental nesse processo. 




Leega
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Biometria no Brasil: Transformando a Segurança Nacional, o Turismo e a Experiência dos Viajantes

 

Um dos destinos mais procurados da América Latina, o Brasil está assistindo a uma recuperação impressionante do turismo nos últimos anos, na era pós-pandemia. O setor foi responsável por 7,6% do PIB brasileiro em 2022, sendo o quinto país mais visitado da América Latina naquele ano, com 3,6 milhões de visitantes internacionais.

Assim, como o Brasil pode se posicionar melhor para receber os visitantes da forma mais fácil e segura possível? Em um país com uma economia turística em expansão, aumentar a eficiência dos processos migratórios e, ao mesmo tempo, reduzir o risco de fraude traz grandes benefícios para todos os stakeholders envolvidos: governos, operadoras, companhias aéreas, fronteiras e viajantes.


Cenário geral

O número de passageiros viajando de avião vem aumentando, aceleradamente, em todo o mundo, a cada ano: a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) prevê 8 bilhões de viagens aéreas por ano até 2040.

Já a CLIA (Cruise Lines International Association) divulgou recentemente o ‘State of the Cruise Industry Report 2024’, que mostra que 31.7 milhões de pessoas viajaram de navio em todo o mundo, em 2023 – quase dois milhões a mais do que em 2019. No Brasil, o crescimento foi ainda maior, com aumento de 30% desde 2019 (passando de 576.5 mil para 740.5 mil cruzeiristas no período.

O aumento do número de viagens e viajantes (seja no âmbito aéreo, terrestre ou marítimo) exerce uma grande pressão sobre os atuais e novos aeroportos, fronteiras nacionais e recursos das companhias.  Ou seja: a infraestrutura de viagens existente hoje, manual e baseada em papel, e os processos tradicionais, certamente não conseguirão atender a essa demanda.

E é neste cenário que entra a digitalização dos processos de fronteira: a biometria facial é, sem dúvida, a solução ideal para uma experiência de transporte mais fluida, segura e eficiente. Ao aplicar tecnologias avançadas, as empresas também solucionarão outros desafios de seus respectivos setores, como as restrições de espaço, a carência de colaboradores especializados e a mudança nos hábitos e nas necessidades dos passageiros.

O Brasil tem se destacado no cenário global de tecnologia, especialmente no campo da biometria. O país, muitas vezes visto como desatualizado em relação a tecnologias emergentes, está demonstrando um potencial significativo e avançando rapidamente para a implementação de soluções biométricas.


Segurança e Defesa Nacional

A segurança é um dos principais focos da adoção de tecnologia biométrica. Com um sistema que identifica uma pessoa através de características biofísicas únicas, como o reconhecimento facial, a biometria vem se tornando crucial nos controles migratórios, onde a segurança da soberania é uma prioridade máxima.

Essa tecnologia permite uma verificação de identidade rápida e segura, reduzindo a possibilidade de fraudes e atividades ilícitas. Além disso, a implementação de soluções biométricas fortalece a defesa nacional, fornecendo ferramentas avançadas para o controle de fronteiras. Com a capacidade de identificar e monitorar passageiros em tempo real, as autoridades podem responder de maneira antecipada e eficaz a possíveis ameaças, garantindo a segurança dos cidadãos e viajantes.

Além disso, a tecnologia pode agilizar o processo de verificação de identidade, tornando-o mais eficiente e menos suscetível a erros humanos.



Experiência do Consumidor

A biometria tem o potencial de revolucionar a experiência do consumidor. Imagine poder embarcar em um voo internacional ou em um cruzeiro sem a necessidade de mostrar um passaporte ou documento de identidade repetidamente. Com o uso de biometria, a identidade dos viajantes pode ser verificada rapidamente, reduzindo filas e agilizando o processo de embarque.

Essa tecnologia não só torna a viagem mais conveniente, mas também pode aumentar a satisfação do cliente. Uma experiência de viagem mais fluida e sem complicações pode levar a um aumento na fidelidade do cliente e, consequentemente, a um crescimento no turismo.


Redução de Custos

A implementação de tecnologia biométrica também pode resultar em uma significativa redução de custos para as operadoras aeroportuárias e portuárias. A automatização de processos de verificação de identidade reduz a necessidade de pessoal e minimiza os gastos com documentos impressos e sistemas de segurança tradicionais.


Crescimento do Turismo

Com uma experiência de viagem mais segura e eficiente, o Brasil pode se tornar um destino ainda mais atraente para turistas internacionais. A tecnologia biométrica, ao simplificar e acelerar o processo de entrada no país, pode contribuir para um aumento no número de visitantes. Isso, por sua vez, impulsiona a economia local, gera empregos e promove o desenvolvimento de infraestrutura turística.


O Futuro da Biometria no Brasil

O futuro das viagens não é mais um conceito distante, ele já está acontecendo agora. A demanda global está aumentando e a biometria está no centro dessa transformação digital.

O Brasil está bem-posicionado para liderar a adoção de tecnologias biométricas na América Latina. Com infraestrutura tecnológica avançada e uma visão estratégica focada em segurança e eficiência, o país está preparado para implementar essas soluções em larga escala. À medida que o país continua a investir e desenvolver essa tecnologia, podemos esperar ver uma transformação significativa no setor aeroportuário e controle migratório.

Com iniciativas governamentais e parcerias com empresas de tecnologia, o país está certamente se preparando para adotar a biometria de maneira ampla e eficaz. 



Carlos Kaduoka - PhD e Vice-Presidente de Estratégia e Transformação de Negócios para as Américas da SITA, empresa líder mundial em comunicações de transporte aéreo e tecnologia da informação.


Fidelização de clientes pode aumentar os lucros da empresa com menos custos

Foto: PhotoMIX Company
Paulo Loffreda, sócio e fundador da Zignet, ensina como a fidelização de compradores pode ser uma alternativa estratégica e com menos custos aos negócios 

 

Imagine aumentar o valor do ticket médio, ter mais previsibilidade na receita e ainda receber mais indicações no boca a boca – e tudo isso reduzindo custos. É o que acontece quando você tem estratégias de fidelização de clientes. Afinal, quando você conquista consumidores fiéis, os lucros aumentam e os gastos caem. Mas é também um desafio. 

Pesquisa da Frost & Sullivan encomendada pela Nice Latin America mostra que o custo de aquisição de clientes (CAC) é de cinco a 25 vezes maior do que manter um existente. E um cliente fiel tende a gastar mais, recomendar a marca para os amigos e ainda promover a empresa.

Porém, a mesma pesquisa mostra que para 95% das pessoas a experiência do cliente (CX) é fundamental para definir sua lealdade a uma marca. E aí o atendimento ao cliente tem um papel fundamental para vencer esse desafio e criar diferenciais competitivos no mercado.


Benefícios da fidelização de clientes

Um dos benefícios diretos de conquistar consumidores fiéis é o aumento da rentabilidade. Um estudo publicado na Harvard Business Review, mostra que a fidelização de clientes pode representar um aumento de até 95% no faturamento.

“Quando uma pessoa gosta da sua marca, ela tende a comprar mais vezes, mas também a gastar mais em cada compra, aumentando o valor do ticket. Consequentemente o seu lucro também aumenta”, revela Paulo Loffreda, sócio e fundador da Zignet. 

Além disso, o empreendedor passa a ter custos menores com marketing, porque um cliente satisfeito se torna um embaixador da sua marca. Ele indica para os amigos, leva à família e cria um boca a boca positivo que impacta também a imagem da empresa no mercado.


Estratégias eficazes de fidelização:


Programas de recompensas e fidelidade

Através da inscrição gratuita em um cadastro, você pode oferecer pontos, milhas, brindes, descontos, upgrade de serviço, acesso a eventos etc, como maneira de fidelizar os seus clientes 

“Uma das vantagens é a coleta de dados que vão abastecer a sua base de informações e também ajudar a conhecer mais aquele cliente específico para poder, posteriormente, oferecer um atendimento personalizado”, observa. 


Personalização no atendimento e comunicação

O consumidor espera empatia com a sua dor, soluções assertivas para o seu problema, atenção às suas necessidades, equipe bem treinada e agilidade em todas as etapas. 

“Crie uma base de dados compartilhada, que seja de fácil acesso para que o atendente consiga consultar com facilidade o histórico do cliente, desde sua primeira compra até a última interação com a empresa”, recomenda. 

Além disso, lembre-se de que a comunicação com o cliente deve ser uma via de mão dupla. Então, peça feedbacks e utilize as informações para gerar insights que melhorem o atendimento de forma contínua. 


Atendimento ao cliente

Nunca subestime a importância do atendimento ao cliente. Ele não só é um diferencial competitivo, como reflete a qualidade dos serviços da empresa e o respeito ao consumidor, aumentando a sua taxa de fidelização.

A Zignet não é apenas líder no mercado de serviços financeiros, mas tem também o reconhecimento público da sua excelência no atendimento ao cliente.

A empresa acaba de ser indicada ao Prêmio Reclame Aqui, na categoria Pagamentos Online.  “Nossa missão é facilitar a vida financeira dos motoristas e levar o melhor atendimento de maneira descomplicada e sem entrelinhas. Ser uma das empresas indicadas ao Prêmio Reclame Aqui só comprova a nossa responsabilidade, integridade e credibilidade com os nossos clientes”, finaliza. 

As votações são feitas pelos consumidores e acontecem de 01 de setembro a 31 de outubro no site do Reclame Aqui. A premiação irá acontecer nos dias 09 e 10 de dezembro.


Além do contentamento: o papel de cada um para a tão almejada felicidade no trabalho

 

Desde que nascemos, buscamos a felicidade. Quando pequenos, de forma instintiva e quando temos mais consciência das nossas escolhas, a felicidade se torna um objetivo constante e presente em todos os âmbitos de nossas vidas. No trabalho, essa busca não seria diferente. É nessa parte que percebemos um senso de essencialidade cada vez maior para a felicidade. Passamos grande parte de nossas vidas nos dedicando à carreira e à vida profissional. Dessa forma, encontrar satisfação no que fazemos deixa de ser algo apenas desejável, mas, sim, fundamental para o nosso bem-estar geral. Nesse artigo, vamos refletir sobre o tema e buscar entender quais são as responsabilidades da empresa para proporcionar ambientes mais leves e saudáveis e o que nós, trabalhadores, podemos fazer para encontrar situações mais favoráveis nessa caminhada. 

Vou começar respondendo uma pergunta básica, mas nem sempre simples: o que é felicidade no trabalho? Posso dizer que ela vai além de gostar do que se faz. Resumindo tudo o que já estudei sobre o assunto, vejo que a felicidade no trabalho envolve um sentimento de realização, que geralmente está ligado a um propósito claro e uma satisfação palpável ao realizar as tarefas diárias. É a sensação constante de fazer parte, de contribuir para algo maior, encontrar significado nas funções diárias e finalmente ter o sentimento de que se é valorizado. 

Não se trata de um bem-estar emocional ou qualquer sensação momentânea, ao cumprir um prazo ou entregar um bom projeto. É, sim, algo maior que impacta em vários fatores que incluem desde a qualidade do trabalho realizado até saúde mental dos profissionais. 

Com colaboradores felizes, pode-se aumentar a produtividade, reduzir turnover, favorecer equipes inovadoras e criativas, melhorar o engajamento, reduzir conflitos, além de, por fim, como consequência das outras etapas, fortalecer a marca no mercado. Isso porque os colaboradores são os primeiros vendedores de uma instituição. São eles que trabalham o marketing na raiz. 

Nesse sentido, é importante que as empresas virem uma chave e parem de pensar em felicidade no trabalho apenas como uma questão ética ou momentânea, mas, na verdade, como uma estratégia inteligente para o sucesso a longo prazo de suas empresas, seja ela de qualquer porte. 

Ainda são muitas as dúvidas de como fazer isso tudo dar certo. E arrisco dizer que não há uma fórmula: cada companhia deve conhecer o seu público interno e traçar seu plano, sempre acompanhando e mudando a rota quando necessário. Mas algumas táticas costumam funcionar na maioria dos casos, bem como: desenvolvimento contínuo dos profissionais, feedbacks estruturados, constantes e mútuos – equipe e liderança, flexibilidade de horário, reconhecimento e recompensas, ambiente inclusivo e igualitário, fornecimento de recursos para a manutenção da saúde mental, comunicação transparente e aberta, adoção de benefícios variados incluindo assessorias diversas para bem-estar, saúde mental e financeira e, para mensurar o que está dando mais certo, a aplicação regular de pesquisas de clima sérias e confiáveis. 

A grande dúvida é se a felicidade dos colaboradores depende só da empresa. E, mais uma vez, essa resposta pode variar caso a caso. Claro que, mesmo a empresa fazendo sua parte e oferecendo as melhores condições de trabalho, ainda assim podem existir colaboradores infelizes em suas funções. E como falamos em propósito e ele varia de pessoa para pessoa, a felicidade do colaborador também depende dele mesmo. 

Alguns recursos ajudam o trabalhador a ter um dia a dia melhor e a encontrar seu propósito onde quer que ele esteja. Quando se tem objetivos claros, por exemplo, com metas bem direcionadas, fica mais claro aonde se quer chegar. Existe um ditado que diz “para quem não sabe o que quer, qualquer coisa serve”. Não sei quem inventou essa frase, mas ela é muito real, principalmente quando o contexto é profissional. Ter em mente de forma nítida um objetivo, facilita saber se determinada empresa poderá ajudar o indivíduo a chegar lá. 

Estar aberto a novas atividades e ter ciência de quais delas podem contribuir com o seu crescimento também é importante. Muitas vezes, as empresas oferecem diversas possibilidades de crescimento, basta saber enxergar e aproveitar. 

Por fim, é importante ressaltar que a felicidade no trabalho está longe de ser apenas uma aspiração pessoal ou só uma obrigação da empresa. Mas aqui temos um fato: quando conscientes, as companhias têm uma grande ferramenta nas mãos e ela é capaz de criar recursos para que a empresa atinja o sucesso e longevidade. Entretanto, para isso, é imprescindível que se pense a felicidade no trabalho com permanência, pois essa é uma questão longe de ser efêmera ou passageira. 

 

Fabiana Galetol - Diretora Executiva de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee no Brasil. A executiva acumula passagens pelas áreas de RH, comunicação interna e externa, gestão de marca/publicidade e canais de distribuição, com vivência internacional nos Estados Unidos e países da América Latina. Possui vasta experiência em negócios, direcionamento estratégico, aconselhamento e planejamento de gestão de pessoas. Antes da Pluxee, atuou como Head de Comunicação na IBM Brasil, empresa onde permaneceu por mais de 29 anos. Formada em Economia pela Universidade Federal Fluminense, Fabiana também é pós-graduada em Comércio Internacional pela Fundação Getúlio Vargas e Marketing pelo IBMEC. É mentora voluntária na Leading.Zone, startup de desenvolvimento humano. 



A importância da negociação: porquê aprender a negociar pode mudar a sua vida

O especialista Marcus Coelho detalha os principais pontos em que as técnicas de negociação podem beneficiar pessoas e empresas

 

A negociação é uma exigência essencial que se encontra presente em todos os aspectos da vida, desde o ambiente profissional até as relações pessoais. O advogado e conselheiro de empresas Marcus Coelho é um expert em negociação, e listou os pontos essenciais para quem deseja aprender a negociar de forma eficaz. 

“Aprender a negociar pode trazer inúmeros benefícios e transformar a vida de maneiras surpreendentes. Listei os quatro pontos principais que podem transformar qualquer cenário e trazer bons resultados para todos os envolvidos”, aponta Coelho. 

Confira quatro pontos em que o processo de negociação pode beneficiar em sua vida:

1.   Negociação na vida profissional 

A negociação é vital em diversas profissões, como advocacia, gestão de empresas, diplomacia e política. “Profissionais que dominam essa habilidade conseguem prevenir e resolver conflitos ao encontrar soluções que atendem aos interesses de todas as partes envolvidas, evitando litígios e promovendo a cooperação”, afirma Coelho. Seja na compra de insumos, na venda de produtos ou na contratação de serviços, a negociação pode resultar em termos mais vantajosos e contribuir para fechar acordos favoráveis. “A negociação bem-sucedida fortalece as relações profissionais, criando um ambiente de confiança e respeito mútuo”, detalha o advogado.

 

2.   Negociação na vida pessoal 

Negociamos constantemente em nossas vidas pessoais, muitas vezes sem perceber. “Aprender a negociar pode melhorar significativamente as relações com companheiros, uma vez que resolver divergências e alinhar expectativas de maneira harmoniosa contribui para o sucesso do relacionamento. Com filhos, já que estabelecer limites e responsabilidades contribui para a formação como ser humano, e até com vizinhos e amigos para manter relações saudáveis e a resolver conflitos de maneira pacífica”, destaca o especialista.

 

3.   Habilidades pessoais e profissionais 

A habilidade de negociar ajuda a construir e manter relações pessoais duradouras e significativas, além de trazer benefícios materiais. “Na minha vida, negociações bem-sucedidas resultaram em ganhos financeiros, com remuneração adequada para poder satisfazer os mais variados sonhos, como viagens, um emprego melhor, entre outros”, explica.

 

4.   Benefícios emocionais 

A negociação eficaz envolve compreender as emoções e perspectivas das outras partes, criando um ambiente de cooperação. “Identificar os interesses subjacentes das partes envolvidas permite encontrar soluções criativas e mutuamente benéficas. Utilizar técnicas como a escuta ativa e atenta pode transformar negociações difíceis em oportunidades de sucesso, pois o negociador poderá entender as necessidades da outra parte envolvida”, completa Coelho.


As crescentes queixas das rescisões unilaterais de contratos de planos de saúde no Brasil

Crescem diariamente as queixas de consumidores brasileiros sobre as rescisões unilaterais de contratos de planos de saúde. Os registros são feitos na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e nos órgãos de defesa do consumidor. Tal cenário persiste mesmo após um acordo informal anunciado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), com as operadoras de planos de saúde, no intuito de suspender os cancelamentos e alterações contratuais unilaterais. Este acordo, que contou com a presença do presidente da ANS, Paulo Rebello Filho, visava estabilizar o setor enquanto se negociava um novo marco legal para a saúde suplementar no Brasil. 

Mas nem esse acordo foi suficiente para estancar esse grave problema na saúde do país. Em julho, a ANS registrou 1.389 queixas de rescisões unilaterais, um número que permanece elevado. Em junho, foram 1.576 queixas, e nos meses de maio e abril, o número de reclamações foi de 1.978 e 1.633, respectivamente. Até o presente momento de 2024, já foram contabilizadas 10.590 queixas de rescisões unilaterais contratuais. Esses números revelam um padrão contínuo das práticas das operadoras de planos de saúde. 

Paralelamente, o Procon-SP também tem recebido um volume considerável de reclamações relacionadas a rescisões unilaterais e alterações contratuais unilaterais. Em julho, o órgão registrou 53 queixas sobre o tema, e agosto começou com 16 reclamações até o dia 7. Esses dados corroboram a percepção de que, apesar dos esforços legislativos e regulatórios, as práticas questionáveis por parte das operadoras de planos de saúde continuam a ocorrer, gerando um impacto negativo significativo para os consumidores. 

A persistência dessas queixas tem mobilizado tanto consumidores quanto parlamentares, que agora buscam a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o aumento das rescisões unilaterais contratuais. A criação de uma CPI visa aprofundar a investigação sobre as causas e responsabilidades dessas práticas, bem como buscar soluções mais efetivas para proteger os direitos dos consumidores e garantir a transparência e a equidade nas relações contratuais entre operadoras e beneficiários de planos de saúde.

 Esse contexto evidencia uma clara necessidade de intervenção jurídica e regulatória mais robusta para garantir que os direitos dos consumidores sejam respeitados e que as operadoras de planos de saúde atuem de acordo com as normas e princípios estabelecidos. 

A questão das rescisões unilaterais de contratos de planos de saúde é uma problemática que envolve múltiplos aspectos legais e regulamentares. Inicialmente, é imperativo destacar que a legislação brasileira busca proteger os consumidores, especialmente no âmbito da saúde suplementar, onde a vulnerabilidade do consumidor é patente. A base legal primária para a análise das rescisões unilaterais de contratos de planos de saúde encontra-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), na Lei nº 9.656/1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, e nas normativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 

A Lei nº 9.656/1998, que regula os planos de saúde, estabelece as condições para a rescisão e suspensão dos contratos. No seu artigo 13, a lei determina que os contratos de planos de saúde somente podem ser rescindidos ou suspensos unilateralmente pela operadora em casos de fraude ou inadimplência por parte do consumidor, sendo necessária a notificação prévia do consumidor para que ele possa regularizar sua situação. O artigo 13, caput, e seus parágrafos são claros quanto aos procedimentos e prazos a serem seguidos, garantindo a proteção ao consumidor contra rescisões arbitrárias. 

A persistência das queixas de rescisões unilaterais evidencia uma possível falha na fiscalização e na aplicação das medidas acordadas. É crucial analisar se as operadoras estão cumprindo os requisitos legais e regulamentares estabelecidos, bem como se a ANS está efetivamente monitorando e punindo eventuais descumprimentos.

 

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), Lei nº 8.078/1990, também é uma ferramenta importante na análise das rescisões unilaterais de contratos de planos de saúde. O CDC, em seu artigo 6º, inciso IV, assegura ao consumidor a proteção contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços. Além disso, o artigo 51 do CDC considera nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que estabeleçam obrigações iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada ou que sejam incompatíveis com a boa-fé e a equidade. 

A análise das práticas contratuais das operadoras de planos de saúde deve considerar a boa-fé objetiva e o equilíbrio contratual, princípios fundamentais no direito contratual brasileiro. A boa-fé objetiva, prevista no artigo 422 do Código Civil, exige que as partes ajam com lealdade e transparência durante toda a vigência do contrato, não sendo admissíveis práticas que surpreendam o consumidor com rescisões ou alterações contratuais unilaterais injustificadas. 

A ANS, como agência reguladora responsável pela saúde suplementar, possui o dever de fiscalizar e garantir o cumprimento das normativas do setor. Por isso, através de Resolução Normativa a ANS, estabelece critérios para a rescisão e suspensão dos contratos de planos de saúde, reforçando a necessidade de notificação prévia e garantindo ao consumidor o direito de contestar a rescisão ou a suspensão. A persistência das queixas sugere que pode haver uma lacuna na fiscalização ou na aplicação das penalidades previstas. 

A análise crítica das práticas contratuais das operadoras de planos de saúde também deve considerar a jurisprudência dos tribunais brasileiros. Diversas decisões judiciais têm reconhecido a abusividade das rescisões unilaterais de contratos de planos de saúde, especialmente quando não há justificativa plausível ou quando não são observados os procedimentos legais e regulamentares. A jurisprudência tem se consolidado no sentido de proteger o consumidor contra práticas abusivas e garantir a continuidade da prestação dos serviços de saúde. 

No contexto legislativo e regulatório atual, é fundamental que as operadoras de planos de saúde adotem práticas transparentes e que respeitem os direitos dos consumidores. A ANS deve intensificar a fiscalização e aplicar as penalidades cabíveis em casos de descumprimento das normativas. Além disso, é necessário que os consumidores sejam devidamente informados sobre os seus direitos e sobre os procedimentos a serem seguidos em caso de rescisão ou suspensão do contrato. 

A persistência das queixas de rescisões unilaterais de contratos de planos de saúde indica que as medidas tomadas até o momento não foram suficientes para resolver o problema. É necessário um esforço conjunto das autoridades competentes, das operadoras de planos de saúde e dos consumidores para encontrar soluções efetivas que garantam a proteção dos direitos dos consumidores e a estabilidade dos contratos de planos de saúde. A intervenção das autoridades competentes, como a ANS e o Procon, é crucial para a proteção dos direitos dos consumidores.  

A criação de um novo marco legal para o setor de saúde suplementar pode ser uma oportunidade para aprimorar a regulamentação e garantir a proteção dos direitos dos consumidores. A participação dos consumidores, das operadoras de planos de saúde, das autoridades reguladoras e dos legisladores no processo de elaboração do novo marco é fundamental para que as novas normas atendam aos interesses de todas as partes envolvidas.

 

Natália Soriani - especialista em Direito da Saúde e sócia do escritório Natália Soriani Advocacia


Decisão do CNJ flexibiliza regras para divórcio, inventário e partilha de bens

Decisão foi aprovada pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça nesta terça-feira (20/08) e autoriza procedimentos consensuais em cartório, mesmo que envolvam herdeiros com menos de 18 anos ou incapazes

 

O Conselho Nacional de Justiça aprovou nesta terça-feira (20/08) uma medida que simplifica a tramitação de divórcios, inventários e partilha de bens consensuais. A partir de agora, a tramitação pode ser feita em cartórios, mesmo quando os atos envolvam menores de 18 anos ou incapazes. A alteração foi feita na Resolução do CNJ 35/2007. 

 

Segundo o advogado especialista em Direito de Família Lucas Costa (@escritorioparamaes no Instagram) a alteração traz agilidade para os processos que passam a não depender mais de homologação judicial. 

 

“A única exigência é que haja consenso entre as partes. Com a mudança, não há mais necessidade de homologação na justiça, o que torna o processo mais rápido”, explica Lucas. 

 

Em casos de inventário ou partilha de bens que envolvam menores de 18 anos ou incapazes, a resolução determina que o procedimento sem passar pelo judiciário pode ser feito desde que os direitos sejam garantidos. 

 

“Quando envolve menor ou incapaz, os cartórios precisam encaminhar a escritura pública de inventário ao Ministério Público. Caso o MP avalie que a divisão não está justa ou exista alguma impugnação de terceiro, aí vai ser necessário submeter o documento ao judiciário”, finaliza.  


 

Divórcios  

No caso do divórcio, se as partes estiverem em consenso, a dissolução do casamento pode ser feita em cartório e é válida. Mas quando o ex-casal tem filhos menores de idade ou incapazes, os detalhes sobre a criança ou adolescente devem ser definidos previamente na justiça.

“Apesar da mudança, nesses casos, detalhes como valor de pensão alimentícia e visitas precisam ser definidos na justiça”, finaliza Lucas. 

 

Lucas Costa - Advogado, formado pelo Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA), com pós-graduação em direito processual civil pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDCONST). Por dois anos foi membro do grupo de pesquisa em Direito de Família da UNICURITIBA. Foi membro do Grupo Permanente de Discussão da OAB/PR na área de Planejamento Sucessório. É membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). Tem nove anos de experiência na defesa de mulheres em ações envolvendo violência doméstica e nas áreas de família e sucessões. Possui escritório físico há seis anos na cidade de Curitiba/PR, atendendo em todo o Brasil.


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