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sexta-feira, 8 de março de 2024

Pesquisa mostra que 25% das micro e pequenas indústrias devem ao Fisco

Freepik
O levantamento, encomendado pelo Simpi, mostra ainda que 47% das empresas consideram que as condições oferecidas pelos governos para pagamento de dívidas tributárias são pouco favoráveis

 

Sentindo ainda os efeitos da pandemia sobre suas receitas, o segmento da micro e pequena indústria se depara com um novo velho problema: colocar em dia suas dívidas tributárias. A situação é ilustrada por dados levantados pela 11ª edição da Pesquisa Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria, realizada em dezembro e janeiro em todo território Nacional pelo Datafolha por encomenda do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi).

Segundo o levantamento, 25% das empresas pesquisadas afirmam ter dívidas com impostos, taxas ou tributos junto à Receita Federal. Significa dizer que uma em cada quatro está enroscada com o fisco. Dentre essas, 24% são micro indústrias e 34% são pequenas, sendo que a região Nordeste apresenta o maior índice de endividamento, de 42%, enquanto as regiões Centro-Oeste e Norte possuem o menor, com 20%.

No entanto, segundo informou o presidente do Simpi, Joseph Couri, de cada dez empresas devedoras da Receita Federal, nove gostariam de regularizar suas dívidas usando os programas do fisco para parcelamento dos débitos.

Ocorre que, quando questionados pelo Datafolha sobre as condições oferecidas pelos governos para o pagamento de dívidas tributárias, 47% das empresas consideram os termos um pouco favoráveis, enquanto 31% os consideram nada favoráveis. Isso destaca, segundo Couri, a necessidade de políticas mais abrangentes e favoráveis para auxiliar na regularização das pendências fiscais.

Em relação ao programa lançado pela Receita Federal para regularização de tributos, permitindo o pagamento das dívidas sem juros e multas, 89% das empresas demonstram interesse em regularizar suas dívidas por meio dessa iniciativa. Além disso, 86% afirmam ter a intenção de utilizar a medida para regularizar suas pendências.

"As negociações emperram na exigência das garantias por parte da Receita Federal e na dificuldade de se obter os recursos para fechar os acordos uma vez que as taxas de juros envolvidas são exorbitantes", de acordo com Couri. Para ele, a intenção do governo de anunciar linhas de créditos para as empresas colocarem suas vidas em dia são bem-vindas, mas a realidade das empresas não as permite avançar nas negociações.

"Tem ofertas de parcelamentos para até 30 anos. A proposta é boa, mas para quem tem passivos tributários pequenos. Para a maioria das empresas esse passivo é gigante", avalia Couri.

A pesquisa revela ainda que uma parcela significativa das empresas do segmento, cerca de 81%, são optantes pelo Simples, um regime tributário simplificado. Esse número reflete uma adesão expressiva, com 84% das micro indústrias e 64% das pequenas optando por essa modalidade. No Centro-Oeste/Norte se destaca como a de menor adesão, com 69%.

"Os dados refletem a necessidade de uma política tributária mais simplificada e acessível para as micro e pequenas indústrias, especialmente nas regiões menos favorecidas."

A pesquisa também avaliou a percepção das empresas sobre o acesso ao crédito via BNDES. Surpreendentemente, 68% das empresas afirmam preencher os requisitos para ter acesso aos serviços do Cartão BNDES, independentemente do grau de interesse. Isso demonstra uma confiança considerável nas condições oferecidas por essa instituição.


SUGESTÃO

Couri diz que a entidade que preside tem sugerido às autoridades envolvidas no assunto medidas para resolver o problema do passivo tributário valores que as empresas consigam pagar e proporcional à capacidade de suas existências. Isso implicaria, por exemplo, na retomada de uma mediada adotada pelo então secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, que estabelecia como parcela para o acerto da dívida com o fisco o equivalente a 0,5% do seu faturamento.

Couri reconhece que esta medida se perdeu com o chamado esvaziamento dos CNPJs, processo em que o empresário dava baixa no seu registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, abria uma nova empresa e deixava de pagar o acordo anterior. Para evitar esse comportamento, as autoridades precisariam ser mais rígidas na fiscalização.

 

Estadão Conteúdo


Executivo aponta 3 cuidados para evitar golpes na compra online

Usuários precisam ficar atentos a táticas criminosas e também podem verificar aspectos de segurança nos próprios sites das lojas

 

O Brasil ocupa atualmente a segunda posição no ranking de países mais vulneráveis a ataques cibernéticos do mundo, sofrendo 45,9 bilhões de ofensivas apenas no 1° semestre de 2022, de acordo com os dados de um relatório recente da empresa de cibersegurança, Trend Micro. 

 

“Em períodos de grande acesso, o e-commerce se torna um alvo ainda mais atraente para ataques e tentativas de golpe, devido ao grande volume de transações. É fundamental, portanto, que as lojas estejam equipadas com boas soluções de cibersegurança e que os clientes saibam identificar sinais de fraude”, pontua Armindo Sgorlon, CEO da SGA, empresa do grupo FCamara, que atua na frente de Cloud, Cibersegurança e Data & Analytics.

 

O executivo indica três pontos de atenção para os consumidores na hora de fazer compras online. Confira:

 

1- Cuidado com o phishing 

Phishing é o ato de enganar as pessoas para que compartilhem suas informações confidenciais, como senhas e número de cartões. Para “fisgar” a vítima, os golpistas normalmente se passam por funcionários de uma organização de confiança e enviam um e-mail ou SMS com um link. Caso a pessoa caia na armadilha e clique no link, ele direcionará para um website fake, onde os criminosos poderão obter dados de login e senha, por exemplo.

 

“Esse golpe pode acontecer de várias maneiras. Uma delas seria um e-mail ou mensagem de texto alegando que a pessoa ganhou um cupom de desconto e precisa preencher seus dados para utilizá-lo. Assim, induzem a pessoa a clicar no link. Por isso, é importante sempre desconfiar de links duvidosos, que surgem de forma aleatória em e-mails ou mensagens, desconfiar do nome do remetente e, claro, suspeitar também de promoções exorbitantes”, explica Armindo.

 

2 – Atenção aos pagamentos com PIX

Existem diversas formas de se aplicar um golpe por meio do Pix e em período com grande volume de vendas isso pode aumentar. Como é possível fazer pagamentos com um código ou com QR Code, golpistas enganam a vítima e manipulam esses dados, direcionando a transferência para outro recebedor e não para o e-commerce em si. É fundamental que o cliente, antes de concluir o pagamento, verifique o nome de quem receberá o dinheiro, para confirmar que se trata do destinatário correto.

 

3 - Verifique selos e certificados de segurança 

Esse tipo de recurso é usado em lojas virtuais para proteger os dados dos usuários e proteger o próprio site contra fraudes. Por isso, ao entrar em uma loja online, verifique se há a imagem do cadeado ao lado da URL do site (o endereço eletrônico) e se há também selos de segurança no final da página, pois esses detalhes indicam que a conexão é segura.

 

Os lojistas, por sua vez, podem contar com o auxílio de empresas especializadas, que fazem toda a jornada da cibersegurança para os sites de e-commerce, como a FCamara. “Fazer compras online pode e deve ser uma experiência tranquila e positiva para o cliente, sem que ele precise se preocupar com a proteção de suas informações ou com possíveis golpes. Por isso, o alerta também fica para os lojistas, que precisam garantir a cibersegurança de ponta a ponta em seus negócios”, finaliza Sgorlon.

 


SGA
www.sga.com.br


FCamara
www.fcamara.com

 

Além da vantagem competitiva, Inteligência Artificial agrega rapidez na resposta e mais eficiência para a área de CX

 De acordo com estudos da Ventana Research, a Inteligência Artificial que impulsiona essa revolução estará em um terço das organizações até 2026 

 

Ao debater “Como a IA está cumprindo a promessa do digital first” em evento promovido pela NICE, Mark Smith, Head de Pesquisa em Software da Ventana Research, afirma que a Inteligência Artificial (IA) cumpre sua promessa de inovação ao oferecer vantagem competitiva na área de CX. “Ela dá oportunidade de melhorar drasticamente o envolvimento do cliente com experiências que o motivem a continuar se relacionando com a empresa”, explica.

Segundo Smith, até 2026, um terço das organizações utilizará a Inteligência Artificial para analisar as interações de maneira mais rápida e personalizada. O executivo da Ventana Research destaca a importância de utilizar as métricas já conhecidas e os indicadores de performance (KPIs) para construir o roteiro da jornada de CX.

E para que essa jornada seja bem-sucedida é preciso ir além do CRM tradicional, investindo em tecnologias que permitam aos agentes – humanos e robôs - cumprirem um papel de excelência nas interações com os clientes.

De acordo com o pesquisador, é possível avançar nesse caminho observando as tendências de negócios em Inteligência Artificial e engajamento digital:

  • Criação de experiências digitais inteligentes configuradas, ou seja, modelos pré-definidos com as preferências dos clientes, baseados em dados de compras, interações e resoluções de problemas anteriores. Pesonalizadas para a base de clientes, elas serão usadas em tempo real pelos agentes para a condução mais assertiva do seu trabalho; 
  • Ecossistema de máquinas e humanos envolvidos para expandir a automação inteligente além dos processos de negócios individuais e incluir vários departamentos e fornecedores;
  • A utilização de IA Generativa deve ser ética e responsável para criar processos com governança e construir uma relação de confiança com os clientes, funcionários e demais públicos impactados pelas organizações.

Durante sua apresentação, Mark Smith citou duas tendências tecnológicas em Inteligência Artificial para o futuro do CX:

  • IA Explicável: Aquela que é compreensível e controlada para que as informações cheguem ao cliente de maneira mais clara, direta e segura;
  • Experiência Conversacional: Viabilizada com IA Generativa, ela é programada e municiada com padrões e modelos que sejam mais próximos da linguagem humana durante as interações. Por meio do uso da IA Generativa, ela é capaz de armazenar toda a conversa que está acontecendo naquele momento para fornecer respostas adequadas, ao mesmo tempo em que combina dados previamente coletados. Isso permite que a interação seja muito mais natural e assertiva para atender às necessidades do cliente.  


Mais do que gerar muita informação útil, utilizá-la de forma eficiente

Smith explica que muitos investimentos pontuais aconteceram nos últimos cinco anos em Inteligência Artificial para CX. Agora, as empresas têm o desafio de escolher uma plataforma adequada para seus negócios e que seja capaz de usar os dados colhidos previamente para impulsionar uma automação mais inteligente, que elimine eventuais silos dentro das organizações. Uma plataforma 100% em nuvem, omnichannel e potencializada por IA integra todas as informações, fornecendo aos Contact Centers mais inteligência nas interações com os consumidores.

Para garantir que as jornadas sejam mais fluidas, estudos da Ventana Research sugerem a elaboração de uma estratégia de Inteligência Artificial focada em CX. “A Inteligência Artificial tornou-se uma revolução empresarial. O autoatendimento está passando por uma transformação geracional e, cada vez mais, as interações multiplataforma vão crescer e se tornar consistentes, impactando nos resultados de toda a organização”, assinala Smith.

Essas oportunidades são bastante promissoras, uma vez que os líderes de CX avaliam que o uso da IA seja capaz de trazer benefícios como redução do tempo gasto no trabalho por especialistas e, ainda, de melhorar resultados de negócios e implementar inovações com configurações mais rápidas para uso imediato.

Para Elizabeth Tobey, Head de Marketing em Inteligência Artificial e Digital da NICE, adaptar tecnologias e soluções de mercado para atender as necessidades de CX é oferecer um conjunto completo de opções para o cliente. Segundo ela, a busca é por fornecer interações em que os agentes tenham ferramentas, em tempo real, para entregarem a melhor experiência ao cliente.

“Nossa solução Enlighten Copilot, por exemplo, é pensada para tornar os agentes mais eficazes e seu dia trabalho melhor, uma vez que, por meio da Inteligência Artificial, eles podem acessar respostas mais qualificadas e mais empáticas para o que o consumidor precisa”, explica. “A IA não é mais algo vital só para as empresas: na verdade é um imperativo para a experiência do cliente. É ainda a base de conhecimento que permite que a Inteligência Artificial Generativa se torne uma realidade”, completa Elizabeth Tobey.


NICE


Kaspersky investiga ciberameaças que afetam as mulheres

Levantamento encontrou dezenas de sites infectados que se passam por páginas de comunidades, fóruns de aconselhamento e lojas online de roupa ou cosméticos


O Dia Internacional da Mulher está se aproximando e os especialistas da Kaspersky realizaram um levantamento para verificar a existências de golpes (malware e/ou phishing) direcionado especificamente a elas. Como resultado, foram encontrados dezenas de sites infectados, como páginas falsas de comunidades, fóruns de aconselhamento e lojas online de roupa ou cosméticos. Para se proteger, a empresa de cibersegurança explica como as ameaças funcionam e dá dicas para não se tornar uma vítima.

Páginas legítimas de empresas estão sendo comprometidas por cibercriminosos com o objetivo de propagar malware ou roubar informações. Entre as ameaças identificadas pelos especialistas da Kaspersky, estão o web skimmers, um programa que fica escondido no site de lojas online para roubar dados de cartões de crédito na hora da compra.

Exemplo de site infectado em uma comunidade para mulheres


Os especialistas da empresa de cibersegurança também encontraram o injetor Balada, um malware que redireciona automaticamente o visitante para páginas de captcha falsos, forçando a permissão de notificações. Se a vítima aceitar, o navegador passará a exibir constantemente propagandas intrusivas durante a navegação, oferecendo conteúdos fraudulentos.

 Exemplo do malware Balada que redireciona os visitantes para páginas
com captchas falsos para exibir    propaganda posteriormente


Outro malware encontrado nos sites de comunidades para mulheres foi o SocGholish. A ameaça usa o pretexto de atualização do navegador para infectar os aparelhos com um script malicioso. Entre as opções de malware usados para infecção, a Kaspersky encontrou programas que permitem o acesso remoto do dispositivo (ferramenta muito usada em fraude financeiras no Brasil), programas para roubar dados (data stealers) e botnets, que farão da máquina um “zumbi, e é usado em ataques de negação de serviço (DdoS) que tentam derrubar vendas online.


Exemplo de uma página infectada pelo malware SocGholish


Além disso, foram observadas diversas páginas falsas criadas para golpes de phishing (mensagens falsas), que usam dos mais diversos temas para disfarce, como livros sobre amamentação, gravidez e nutrição para a fertilidade. Para conseguir ler todo o conteúdo, as visitantes precisavam informar seus dados pessoais e de pagamento. Uma vez introduzidos, esses dados eram automaticamente transmitidos aos criminosos, enquanto o acesso ao livro permanecia indisponível.

Exemplo de uma página de phishing que se passa como um leitor de livros


"Não há limites para os alvos dos cibercriminosos e qualquer pessoa pode ser vítima dos seus esquemas. Os sites, independentemente do seu público, são vulneráveis a ataques em massa. O que é realmente preocupante é que mesmo plataformas famosas podem ser vítimas de um ataque e serem comprometidas. Ao celebrarmos o Dia Internacional da Mulher, temos de reconhecer a importância de cuidarmos da nossa vida online”, afirma Isabel Manjarrez, analista de segurança da Kaspersky na América Latina.

Segundo a especialista, “é essencial que as mulheres prestem atenção ao instalar um programa ou ao compartilhar informações pessoais na internet. É um lembrete para darmos prioridade à nossa segurança digital e nos capacitarmos mutuamente por meio da utilização de medidas concretas de cibersegurança."

Para evitar ser uma vítima de golpes online, os especialistas da Kaspersky recomendam:

  • Tenha cuidado ao compartilhar informações pessoais online, especialmente detalhes sensíveis como seu endereço residencial, número de telefone ou informações financeiras. Forneça este tipo de informações apenas em plataformas seguras e de confiança;
  • Verifique sempre a fonte e desconfie de sites desconhecidos que solicitam muitos dados confidenciais. Normalmente esse pedido é acompanhado de algo que tentará fazer você ficar entusiasmado. Os golpes sempre contam com ações impulsivas para obter sucesso.
  • Use uma proteção confiável em todos os seus dispositivos, como o Kaspersky Premium, que identifica e bloqueia anexos maliciosos, link ou sites falsos.

 

Kaspersky
Mais informações no site

 

Dia das mulheres: especialistas refletem sobre a trajetória e importância feminina na educação e na cultura


Em 08 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975. Ao contrário das demais marcações do calendário, que possuem viés comercial, o dia carrega raízes históricas profundas. Na época, as mulheres reivindicavam por melhores condições de trabalho. Hoje, as discussões acontecem em torno da igualdade de gênero e todos os aspectos incluídos nesse contexto.

 

Tratando da evolução da mulher no mercado de trabalho, sob a ótica sociológica, Rafaela Locali, professora de Geografia do Brasil no Curso Anglo, explica que “o Brasil iniciou a sua industrialização na década de 1930, acompanhado de uma jovem urbanização. Já esta última, veio se consolidar apenas na década de 1970, quando a população urbana, pela primeira vez, superou a rural”, afirma Rafaela.

 

“Muitas mulheres acompanharam esse movimento e se inseriram no mercado de trabalho em um processo lento, porém crescente, o que levou muitas delas a procurarem por qualificação”, explica Rafaela. Hoje, elas são maioria no país: segundo o último Censo Demográfico, o de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o gênero feminino representa 51, 5% da população, o que em termos absolutos, significa o montante de 104.548.325 pessoas. Entretanto, as desigualdades salariais são problemas a serem enfrentados.

 

Para trazer uma reflexão mais aprofundada sobre o assunto, especialistas das áreas de educação e cultura discorrem sobre o papel exercido pelas mulheres ao longo dos anos e sobre o seu impacto nas diversas áreas da sociedade. Confira abaixo!

 

As mulheres no acervo dos museus

Se as mulheres existem e resistem ao longo da história, como seria possível não estarem nos acervos dos museus? É o que questiona Glória Maria dos Santos, arte-educadora da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. “Mulheres no acervo interseccionam tempo, discurso e espaço entre suas histórias e as dos que passam por elas", afirma Glória. "São refletidas nas senhoras que declaram ‘naquele tempo era assim mesmo’, nas mulheres que se indignam pensando na insuficiência do que mudou, nas meninas que se surpreendem ao ouvir que estão diante dos móveis de uma princesa”, acrescenta.

 

Para a arte-educadora, é fundamental que os acervos não apenas guardem as histórias das mulheres, mas as estude e divulgue, funcionando como pontos de referência de suas lutas e conquistas. No museu da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, é possível observar a presença de mulheres que constituem nossa história, seja a partir das mulheres negras registradas das cenas de Frans Post - consideradas as primeiras mulheres retratadas na história das Américas –, seja a partir de figuras como Dona Amélia, Teresa Cristina e Carlota Joaquina, “adornadas de joias e de privilégios, retratadas individualmente, que integram as imagens e fantasias da nobreza, usando brilhantes, mas à sombra de homens, lembradas na maior parte das vezes, mesmo que sozinhas, como a mãe, irmã, esposa, filha, amante”, como afirma Glória.

 

Livros infantis de poemas escritos por mulheres

“A diversidade na literatura infantil é crucial para enriquecer a experiência de leitura das crianças, proporcionando uma variedade de perspectivas e de estilos”, afirma Laura Vecchioli do Prado, coordenadora editorial de literatura e informativos da SOMOS Educação. “Ao explorar temas como fantasia, liberdade poética e trocadilhos, esses livros contribuem para o desenvolvimento literário e cultural das crianças, incentivando a imaginação, a criatividade e a apreciação da linguagem poética”, acrescenta Laura.

Para incentivar as crianças a desbravarem essa pluralidade de visões de mundo, Laura Vecchioli cita alguns livros infantis de poemas escritos por autoras brasileiras. Um deles é o As flores que a gente inventa (Editora Ática), de Fernanda Lopes de Almeida, autora vencedora do Prêmio Jabuti. Outro livro da lista é o Cores em cordel (Editora Formato), de Maria Augusta De Medeiros, que descreve as cores em todas as suas formas. Já em Fábrica de poesia (Editora Scipione), a autora Roseana Murray apresenta às crianças a liberdade poética de brincar com as palavras.

Outra recomendação é Minha Ilha Maravilha (Editora Ática), de Marina Colasanti, que reúne 35 poemas com poucas palavras e muito significado. Também vale conferir os poemas leves e bem-humorados do livro Trocadilho (Editora Formato), uma espécie de autobiografia da autora Jacqueline Salgado.

 


Desconstrução de Estereótipos de Gênero

Mesmo com o avanço da luta pela igualdade de gênero, a presença de padrões pré-estabelecidos na vida das mulheres ainda é recorrente na sociedade. Diante disso, definições estéticas, culturais e sociais ainda permeiam a realidade atual feminina. De acordo com Clarissa Lima, assessora pedagógica da Amplia, para romper esses estereótipos, a educação pode ser um dos principais mecanismos.

 

“Numa sociedade historicamente demarcada uma por uma cultura que propaga desigualdades em direitos e oportunidades, a educação pode ser uma ferramenta eficaz para a ruptura de estereótipos e de paradigmas. Para isso, práticas pedagógicas que incentivam a participação de estudantes, sem distinção por gênero nas brincadeiras, na partilha de brinquedos e jogos, nos esportes, nas cores de materiais, na formação de filas, nas chamadinhas (na educação infantil), tendem a ser promotoras de uma cultura mais inclusiva e igualitária”.


 

Mercado de trabalho global para mulheres


Tendo em vista o cenário do mercado de trabalho global, é possível visualizar os desafios e as disparidades enfrentadas na área no que diz respeito à igualdade de gênero. De acordo com Lara Crivelaro, CEO e fundadora da Efígie, edtech voltada para educação internacional, enquanto o Brasil e os países de língua inglesa compartilham uma luta contínua pela equidade de oportunidades entre homens e mulheres, as nuances específicas de cada contexto revelam diferenças marcantes.

 

“No Brasil, as mulheres ainda enfrentam barreiras estruturais e culturais que limitam o acesso a cargos de liderança e oportunidades profissionais. Questões como disparidades salariais, falta de representatividade em setores-chave e obstáculos à ascensão na carreira persistem, refletindo um sistema ainda permeado por preconceitos e por estereótipos de gênero. Por outro lado, em países de língua inglesa, embora venham acontecendo avanços significativos em termos de igualdade de gênero, desafios persistentes também estão presentes. Assim, uma educação global pode ser um componente fundamental para capacitar as mulheres a enfrentarem os desafios do mercado de trabalho contemporâneo”, afirma Lara.



Diversidade de gênero na autoria de livros didáticos


A área da educação é marcada pela presença feminina. Segundo dados do Ministério da Educação, mulheres são maioria na docência e na gestão da Educação Básica. Quando pensamos na produção editorial, o cenário não é diferente: é grande a quantidade de profissionais autoras de materiais didáticos, conforme afirma Talita Fagundes, gerente pedagógica da plataforma par, solução educacional digital da Somos Educação. “A maioria das professoras são mulheres, há muitas autoras, pesquisadoras, o que faz com que a presença da mulher na produção editorial seja muito forte”, destaca.

 

Para Talita, a atuação de mulheres autoras no mercado editorial de livros didáticos contribui para que esse grupo social seja valorizado, tanto nos materiais produzidos, como nas oportunidades de trabalho desse ramo. “Ter mais autoras assinando a produção de livros didáticos pode aumentar a representação de mulheres no conteúdo dessas obras, seja ampliando menções de personagens femininas importantes da história mundial, seja com escritoras que marcaram a literatura de seus países”, afirma. “Além disso, valorizar a atuação dessas profissionais é essencial para proporcionar igualdade no mercado de trabalho, tarefa mais que urgente quando falamos em uma área como a da educação”, complementa.

 


Inglês que transcende fronteiras (e barreiras)

Ao pensar em representatividade feminina e igualdade de gênero, é inevitável pensar nas barreiras que ainda precisam ser quebradas em diversos setores. Na educação não é diferente. As primeiras escolas no Brasil, por exemplo, foram criadas exclusivamente para meninos no século XIX. Hoje, as mulheres já são a maioria na Educação Básica e no Ensino Superior. No entanto, de acordo com várias pesquisas, as mulheres têm menos chances de ser empregadas em relação aos homens.

 

“Na metodologia de Skies Learning, por exemplo, trabalhamos habilidades socioemocionais e abordagem CLIL (sigla em inglês para Aprendizagem Integrada de Conteúdo e Linguagem). Nós enxergamos, na prática, o empoderamento das nossas alunas, que são incentivadas não apenas a praticar a língua inglesa, mas a resolver desafios complexos, criar projetos, botar a mão na massa – algo que nós mulheres já fomos muito privadas”, explica Carol Stancati, diretora da Skies Learning, solução de inglês para escolas.


“Não tenho dúvidas de que, no futuro, elas poderão cavar mais oportunidades em áreas da ciência, por exemplo, que ainda é muito masculina. O problema é complexo e não podemos restringi-lo a apenas uma solução. Mas, com certeza, o aprendizado bilíngue faz parte da resposta”, acrescenta a diretora.


 

As habilidades socioemocionais e o avanço em posições de liderança

Não é novidade que as mulheres ocupam um espaço expressivo na área da educação. No entanto, foi apenas nos últimos anos que vimos uma transformação: o avanço da presença feminina em cargos de gestão. A principal competência socioemocional que gerou esse resultado é a busca da eficácia pessoal, segundo Fabiana Pereira de Santana, assessora pedagógica do Programa Líder em Mim.

 

“Quando conhecemos quem somos e nos projetamos com um objetivo em mente direcionando nosso foco. Entendo que é possível ir longe no que diz respeito à conquista e à permanência em cargos de liderança”, diz a especialista. Outra competência ressaltada por ela é a construção de relacionamentos, que consiste na capacidade de construir e de manter conexões saudáveis e gratificantes. Para isso, as líderes devem interagir com confiança e com mentalidade de abundância, balanceando coragem e consideração, criando e mantendo equipes saudáveis e com senso de propósito.


Bancos lidam hoje com grande desafio de reduzir volume de fraudes e outros crimes digitais

 O impacto da transformação digital pode ser facilmente percebido no sistema financeiro, com open banking, fintechs, viabilização do Pix e, em breve, do DREX (Real Digital). São inovações que tornaram a jornada dos clientes mais interessante, mas também aumentaram os riscos das operações bancárias com aumento significativo do número de fraudes e crimes digitais


Os criminosos sempre seguem o dinheiro e no Brasil não é diferente. No passado, o dinheiro era guardado em agências bancárias e, por causa disso, com frequência eram noticiados grandes assaltos a bancos no país. Uma ação criminosa desse porte era trabalhosa e exigia que os ladrões entendessem até de engenharia e arquitetura. Em 2021, os assaltos presenciais diminuíram em 69% em relação a 2014, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, mesmo assim foram assaltadas 388 instituições financeiras.

Com o tempo, os bandidos encontraram caminhos mais fáceis, como as famosas “saidinhas de banco” em 2012, um assalto em que uma vítima era abordada logo depois de ter sacado uma grande quantia em uma agência ou em um caixa eletrônico. Outro avanço no modus operandi foi manchete em todos os jornais por volta de 2016 - os casos de explosão de caixas eletrônicos. Atualmente, os bandidos não precisam mais arquitetar roubos grandiosos, precisam só ter um computador ou celular a mão, o que trouxe ares epidêmicos para a criminalidade. Estima-se que, atualmente, haja uma tentativa de fraude a cada 11 segundos no Brasil, de acordo com a Accenture.

“De acordo com a Febraban, em 2023, 31% dos brasileiros informaram terem sido vítimas de golpes cibernéticos ou de tentativas. Nas parcelas da população com mais instrução e renda, os percentuais são ainda maiores, entre 39% e 41%, respectivamente. O golpe mais recorrente é a clonagem ou troca de cartões, situação vivida, principalmente, por pessoas na faixa etária de 25 a 44 anos, com ensino superior e renda mensal acima de cinco salários-mínimos. São números realmente alarmantes e que exigem toda atenção das instituições, da população e das autoridades públicas”, afirma Eduardo Lopes, CEO da Redbelt Security, consultoria especializada em cibersegurança. Em segundo lugar, aparecem empatados dois tipos de golpes: aqueles nos quais alguém se passa por um conhecido da vítima e pede dinheiro pelo WhatsApp e aqueles em que fingem uma chamada de uma falsa central para solicitação de dados por telefone.

Todos os anos, o setor financeiro investe R 30 bilhões em tecnologia, sendo 10% deste total voltados para a cibersegurança. É esse investimento em segurança que faz com que o fraudador brasileiro se volte para o cliente final, já que as empresas do setor estão constantemente fortalecendo as barreiras de proteção. “Esta constatação tem motivado os bancos a investirem milhões em novas tecnologias de proteção cibernética, treinamento de suas equipes e em amplas campanhas publicitárias para conscientizar os colaboradores e clientes sobre a necessidade de se protegerem e adotarem as melhores práticas para evitarem fraudes e crimes digitais”, informa o CEO da Redbelt.

Juliana Silveira D’Addio, evangelizadora de Cibersegurança de um dos maiores bancos do País, concorda que os bancos têm investimentos consistentes em pesquisa e desenvolvimento, bem como na aquisição de novas tecnologias de segurança da informação nacionais e internacionais, mas os criminosos se sofisticam com uma frequência surpreendente também. “O golpista não é uma pessoa ignorante ou um gênio do mal. É um cidadão comum que conhece bem os processos do banco, tem boa lábia e sabe usar a tecnologia a seu favor. Sabe onde comprar artefatos, como sistemas que simulam a URA dos bancos, called ID spoof, malwares etc., para, por meio de engenharia social, conseguir convencer a vítima a realizar uma transferência fraudulenta para uma conta que ele passa no contato ou então usa para roubar dados e ganhar dinheiro fácil”, detalha a especialista. Ela explica que estes criminosos têm a habilidade de mexer com o emocional das pessoas para desestabilizá-las e pressioná-las a tomar decisões imediatistas e sem pensar. 

Outro golpe que aflige os usuários do sistema financeiro se refere ao uso indevido de suas identidades. Pesquisa recente da Veriff, empresa global de serviços de verificação de identidade, as fraudes de identidade representam 56% dos ataques ao setor de fintechs. Já a edição desse ano do Relatório de Crimes e Fraudes Financeiras do The Paypers, uma das principais fontes independentes de notícias e análises sobre o setor global de fintechs, mostrou que ataques de login e os realizados por meio de contas falsas aumentam 85% ano a ano, com uma invasão de conta se concretizando a cada quinta tentativa de login. 

As pessoas caem nos golpes porque o fraudador estuda muito os processos dos bancos e conhece muito bem os produtos. Estão se aprimorando e agregando técnicas hackers para evoluir e ter mais resultados nas fraudes digitais, além de aprenderem novas técnicas e criarem malwares que estão sendo exportados até para outros países. Eles também contam com apoio de uma comunidade global de comercialização dessas ferramentas para fraudes entre criminosos. “Esta evolução dos criminosos tem demandado uma mudança no perfil dos profissionais de cibersegurança brasileiros que hoje trabalham em maior sinergia com a área de prevenção a fraudes para garantir todos os bloqueios e contenções dos ataques para minimizar a perda financeira e ao mesmo tempo sem perder a experiência na jornada do cliente final”, diz Luiz Henrique Barbosa, CEO da Swarmy, empresa de tecnologia especializada em segurança digital e prevenção a fraudes. 

Um fator que contribui para esta triste realidade é explicado pelo levantamento realizado pelo Grupo Daryus, consultoria especializada em leis ligadas à privacidade, que indicou que 80% das empresas no Brasil ainda não estão completamente adequadas à LGPD; 35% dizem estar parcialmente e 24% em fase inicial de adequação. Lembrando que a LGPD está em vigor desde setembro de 2021. 

Se o cenário já é complexo tende a se complicar com a intensa transformação digital do setor financeiro e com o crescente volume e sofisticação dos crimes cibernéticos. Imagine quando entrar em funcionamento o Real Digital (DREX) – Moeda Digital do Banco Central, que possibilitará a transição para a chamada economia tokenizada (representação digital de um ativo, como dinheiro, imóvel ou carro). “Sua entrada em vigor exigirá novas medidas antifraude, mais inteligentes que ajudarão no combate aos cibercrimes, mas apenas serão eficientes caso não introduzam atritos excessivos com os usuários. Isto porque os clientes querem sentir que suas contas e dados estão seguros, mas não desejam ser tratados como criminosos ou terem de provar que não são pessoas mal-intencionadas”, ressalta Lopes. 

O fato é que todos estes levantamentos comprovam que, apesar de termos um dos sistemas financeiros mais sofisticados e seguros do mundo, ainda há muito a ser feito para garantir a segurança dos produtos digitais no setor financeiro. “O desafio é ter produtores financeiros que agreguem proteção desde a sua concepção, pois hoje segurança não é mais uma questão regulatória, mas sim um diferencial competitivo em um mercado no qual os clientes têm mais possibilidade e flexibilidade de escolha”, destaca Barbosa.


Redbelt Security
Para mais informações sobre a consultoria, acesse: Link

 

Mulheres Tech: elas ocupam posições de destaque em TI

Como a presença feminina vem se consolidando em um ambiente antes dominado por homens?

 

A presença feminina no mercado de Tecnologia da Informação (TI) vem ganhando destaque nos últimos anos. De acordo com o relatório "Mercado Brasileiro de Software Panorama e Tendências 2022", divulgado pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), o Brasil se posiciona entre os líderes globais no mercado de TI, ocupando um lugar de destaque entre os países latino-americanos.

Um dos aspectos notórios desse crescimento é o aumento significativo da participação feminina no setor. Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, nos últimos cinco anos, testemunhamos um crescimento de 60% na presença de mulheres na área de tecnologia.

Hoje, a presença feminina no setor tech não é apenas resultado de políticas de inclusão, mas principalmente devido à sua qualificação e capacidade de assumir esses papéis. 

Segundo uma pesquisa da consultoria global de tecnologia Thoughtworks, cerca de 31% dos líderes de TI são mulheres, sendo uma mudança significativa nas dinâmicas do mercado de trabalho. A diretora de negócios e operações da Ahoy by Belago, Melissa Gois, reforça essa ideia e destaca que a presença das mulheres na tecnologia é a prova clara de seu talento e competência. 

“Na Belago, por exemplo, aproximadamente 56% dos cargos são ocupados por mulheres. Considero um reflexo da capacitação, treinamentos e uma mudança natural do setor e do mercado de trabalho”, explica.  Ainda segundo Melissa, o papel da mulher no âmbito tecnológico sempre foi de suma importância, vide Margaret Hamilton, Cientista da Computação a trabalho da NASA que na década de 60 foi responsável pelos códigos que levaram a Apollo 11 ao solo lunar.

Para Nimrod Riftin, CEO do Grupo Belago, um dos motivos para essa mudança é a crescente oferta por cursos de especialização em tecnologia, que têm possibilitado que milhares de estudantes tenham acesso à educação superior ou profissionalizante, o que acelera o crescimento da área e fortalece a presença de mulheres nos cursos antes dominados apenas pelo público masculino. Com o crescimento da demanda por cargos de tecnologia, naturalmente caminharemos para um cenário com mais mulheres.

 

Ahoy
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Mesmo com limite de isenção maior, 43 milhões devem enviar declaração do IR

 

IMAGEM: DC

O número é maior do que o registrado em 2023. Receita atribui aumento à melhora da economia e dos salários

 

Será aberta no dia 15 de março a temporada de entrega da declaração do IRPF 2024 (Imposto de Renda da Pessoa Física). Os contribuintes terão 78 dias, ou seja, até o dia 31 de maio, para se prepararem e prestarem contas ao fisco.

Os contribuintes que têm imposto a pagar e desejam quitar o valor por meio de débito automático, devem enviar as informações um pouco antes do prazo final, no máximo até 10 de maio, quando vence a primeira cota de pagamentos.

A expectativa da Receita é receber cerca de 43 milhões de declarações. No ano passado, cerca de 41 milhões de contribuintes enviaram o documento. O programa gerador da declaração estará disponível para download no dia 15 de março.

Como houve correção na tabela progressiva e ampliação da faixa de isenção em maio do ano passado (de R$ 28.559.70 para R$ 30.639,90), esperava-se uma redução do número de declarantes.  

“É uma expectativa de referência. Apesar da correção da tabela do IR e ampliação da faixa de isenção, houve um crescimento da economia e maior geração de empregos”, explicou José Carlos da Fonseca, auditor fiscal da Receita Federal, durante coletiva de imprensa para o anúncio das novas regras, realizada na quarta-feira (6).

De acordo com Fonseca, sem as modificações na tabela progressiva, a previsão inicial era receber cerca de 48 milhões de documentos.

Além do maior crescimento econômico, o auditor informou que é expressivo o número de contribuintes que entregam todos os anos a declaração de forma espontânea, sem estarem obrigados pela legislação.

 

OBRIGATORIEDADE

Neste ano, está obrigado a declarar quem recebeu em 2023 rendimentos tributáveis até R$ 30.639,90, o critério número 1, ou se enquadre nas outras condições de obrigatoriedade estabelecidas pela Receita. São elas:

- recebeu rendimentos isentos e não tributáveis acima de R$ 200 mil, valor que foi atualizado neste ano (antes era R$ 40 mil)

- teve receita bruta de atividade rural acima de R$ 153.199,50

- teve posse de bens, como imóveis e carros, acima de R$ 800 mil (no ano passado, o valor era R$ 300 mil).  

- realizou operações na bolsa de valores e vendeu acima de R$ 40 mil ou teve ganho de capital acima do limite de isenção. 

 

PRÉ-PREENCHIDA

Neste ano, a Receita Federal aposta no aumento do número de contribuintes que devem prestar contas por meio da declaração pré-preenchida, cujo acesso é feito pela conta GOV.BR, nas modalidades ouro e prata.

A expectativa da Receita é receber cerca de 17 milhões de declarações pré-preenchidas. De 2022 para 2023, o uso da ferramenta passou de 7% para 24% do total de documentos entregues.

De acordo com o auditor fiscal, hoje, 75% dos contribuintes estão aptos a entregar essa declaração.

“Essa funcionalidade reduz o número de erros na declaração, do tempo na hora de prestar contas e o risco de o documento cair na malha fina”, explicou.

O auditor reforçou, no entanto, a importância de o contribuinte conferir com atenção os dados coletados pela Receita por meio de fontes externas e que o uso da pré-preenchida não é garantia total de que a declaração não cairá em malha fina.

Estudos feitos pela Receita Federal indicam que 24% dos contribuintes que usam essa modalidade de entrega demoram até meia hora para prestar contas ao Leão.

Os contribuintes que optarem pela pré-preenchida ganham prioridade na fila de restituição, atrás dos idosos, pessoas com deficiência e doenças graves e professores, enquadrados nas previsões legais.

 

RESTITUIÇÃO

O calendário da Receita para o pagamento das restituições do imposto é o mesmo do ano passado. As devoluções do imposto serão feitas nas seguintes datas:

-Primeiro lote: 31 de maio;

-Segundo lote: 28 de junho;

-Terceiro lote: 31 de julho;

-Quarto lote: 30 de agosto;

-Quinto e último lote: 30 de setembro

 

DÚVIDAS

Para esclarecer dúvidas sobre a declaração deste ano, a Receita Federal vai realizar dezenas de palestras, todas as quartas-feiras, sobre temas escolhidos pelos próprios contribuintes. A primeira será realizada em 20 de março e a última, em 22 de maio.

Além disso, vai disponibilizar no site, a partir de 15 de março, um chatbot para orientar os contribuintes a respeito da obrigatoriedade ou não da entrega da declaração, a partir das respostas dadas pelos usuários do serviço.

 


Silvia Pimentel
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/mesmo-com-limite-de-isencao-maior-43-milhoes-devem-enviar-declaracao-do-ir


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