Pesquisar no Blog

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Enem 2023: conhecimentos de Filosofia podem ajudar a melhorar desempenho no exame

Crédito: Envato

Ao longo da história, pensadores de todas as partes do mundo vêm tentando decifrar as principais questões em torno da vida. Por isso, em 2006, a Filosofia foi incluída entre as disciplinas obrigatórias do Ensino Médio no Brasil. Essa área do conhecimento apresenta aos estudantes a oportunidade de desenvolver um pensamento independente e crítico. Uma boa base filosófica, com conhecimento dos principais autores e conceitos, pode contribuir significativamente para as respostas de todas as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e dos vestibulares. Saber Filosofia também contribui para o desenvolvimento de uma boa redação.

Por permitir esse desenvolvimento do pensamento próprio, a Filosofia tem um papel importante durante a época de realização de vestibulares, já que o Ensino Médio é visto como uma fase de consolidação da personalidade e das tomadas de decisão dos jovens estudantes. É o que explica o professor de Filosofia e coordenador pedagógico na Conquista Solução Educacional, Robson Ghedini. “O estudo da Filosofia permite que o aluno amplie seu entendimento sobre o mundo, o que o leva a interpretar os acontecimentos de forma mais aguçada, aumentando a compreensão das questões de diversas áreas da humanidade e amplificando o repertório para a escrita da redação”, destaca.

No momento de escrever a redação, por exemplo, além da ampliação do repertório, estudar Filosofia pode ajudar o candidato a construir uma argumentação sólida para garantir que seu ponto de vista seja esclarecido de forma competente. “Por mais complexa que uma teoria filosófica possa parecer, a chave para trazê-la ao texto argumentativo é a capacidade de adaptação do conceito abordado. Ao entender a base da ideia, basta aplicá-la com assertividade no texto para construir um argumento consistente”, aconselha Robson.

O especialista ressalta que é praticamente impossível conhecer toda a história da Filosofia, visto que são milhares de anos de histórias e teorias. Entretanto, um conhecimento amplo sobre o assunto, destacando alguns pontos da história da disciplina, já garante bons resultados. “A principal dica é entender o básico dos acontecimentos gerais do desenvolvimento filosófico, entendendo, ao menos, os episódios mais relevantes e os principais pensadores dos períodos das filosofias antiga, medieval, moderna e contemporânea”, aponta Ghedini. Para isso, ele recomenda consumir livros, podcasts e videoaulas para ampliar o conhecimento nessas principais áreas.

Para entender melhor os acontecimentos e teorias relevantes de cada um desses períodos da Filosofia, é fundamental saber quais são os principais pensadores de cada época. “Na filosofia antiga, destacam-se as teorias de Tales de Mileto, Platão, Aristóteles e, claro, Sócrates. Na era medieval, que foi muito influenciada pela religião, os principais nomes eram o de Justino, São Tomás de Aquino e São Paulo”, revela. O especialista ainda indica os filósofos Maquiavel, Rousseau, Descartes e Kant nas teorias modernas, além de Habermas, Nietzsche e Foucault na era contemporânea, ressaltando que “não é necessário saber tudo sobre todos esses pensadores, mas quais foram as contribuições relevantes de cada um para cada período da história”, finaliza.

 

Conquista Solução Educacional

 

Mulheres na tecnologia: Quais os cenários e desafios?

Aumentar a representatividade feminina na área tech e investir em vieses que começam na contratação estão entre as melhores formas para exercer a inclusão no setor

 

De acordo com o estudo Women in Tech 2022, feito pela BairesDev, que analisou mais de 1 milhão de candidaturas por ano, foi identificado um aumento de 11% para 41% na participação de candidatas mulheres a cargos técnicos e não técnicos na área de tecnologia. Embora tenha esse número recorde, a maior parte dessas mulheres que conseguem entrar no ramo se deparam com ambientes desconfortáveis, que as excluem e resultam na predominância do preconceito, já que a proporção da população feminina no segmento é explicitamente menor que a masculina.

Para Shirley Pegado, especialista em comunicação interna da Astéria, empresa de soluções digitais, a inclusão das mulheres na tecnologia não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma necessidade para impulsionar a inovação. “A tecnologia está inteiramente ligada à vida cotidiana da sociedade e para atender as dores e necessidades de vários grupos sociais é preciso uma ampla gama de talentos. Isso só é possível através da diversidade de gêneros. E a inclusão das mulheres na tecnologia tornou-se parte crucial para garantir essa representatividade no setor,  devido à maior probabilidade de soluções tecnológicas, que refletem as diferentes experiências que enriquecem a área”, afirma.

 

Quais são os maiores desafios das mulheres no setor tech?

A desigualdade de gênero persiste em muitos aspectos do setor tech. Isso inclui disparidades salariais, falta de representação feminina em cargos de liderança e menos oportunidades de avanço na carreira em comparação com os profissionais masculinos.

Para o melhor entendimento dos desafios enfrentados pelas mulheres diariamente no setor tech, Shirley Pegado, elenca três desses maiores obstáculos, como:


Estereótipos de gênero: Estereótipos de gênero podem influenciar as escolhas de carreira das pessoas. Um exemplo disso, é a ideia de que habilidades tecnológicas são mais adequadas para homens, já que este conceito ainda prevalece fortemente em algumas culturas e comunidades, desencorajando as mulheres a buscarem carreiras no segmento.


Falta de modelos femininos: Embora as mulheres tenham sido pioneiras nesse campo, desempenhando um papel fundamental nas primeiras décadas da computação, ao longo do tempo a indústria de tecnologia cresceu, e  a ausência de modelos femininos de sucesso na tecnologia  ficou cada vez mais evidente, criando a impressão de que não há espaço para mulheres no setor.


Viés inconsciente e discriminação: Viés inconsciente e discriminação de gênero acontecem desde o recrutamento, nas promoções e nas interações cotidianas no trabalho, o que ocasiona em um ambiente menos acolhedor para o público feminino  e ainda dificultoso em relação ao  avanço na carreira.

“Para enfrentar esses desafios, é fundamental que a indústria e a sociedade trabalhem juntas para promover a igualdade de gênero, com a criação de ambientes corporativos inclusivos, que ofereçam oportunidades de educação, treinamentos, além de combater estereótipos de gênero” explica Shirley Pegado.

 

Como é possível incluir mais mulheres na tecnologia?

Promover a inclusão das mulheres na tecnologia,  vai desde programas de incentivo ainda nas escolas, para meninas, nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, até o fomento em processos corporativos mais equitativos nas organizações.

O incentivo a programas de mentorias com  mulheres experientes e influentes que possam orientar outras mulheres que estão iniciando na área, é uma das soluções para a inclusão, já que além de auxiliarem o caminho para a jornada de cada uma delas, também será uma inspiração para vencer os obstáculos. Assim, será mais perceptível que o sucesso é possível e que a tecnologia tem muito espaço para a população feminina.

Outro ponto que ajuda neste processo são as comunidades e redes de apoio, em que a coletividade conectada com a identificação faz com que cada vez mais mulheres se sintam representadas e fortalecidas, compartilhando aprendizados e adversidades para capacitar profissionais e construir carreiras crescentes  no ramo.

Segundo Shirley, além de adotarem todas essas práticas citadas, é aconselhável que as empresas também implementem estratégias de recrutamento voltadas para a promoção da diversidade “É extremamente importante que as empresas se atentem a essa inclusão desde as seleções de talentos para promover a diversidade na raiz das contratações. Um exemplo disso é a Astéria que já incorpora práticas que promovem ativamente a diversidade de gênero no processo de recrutamento. Englobamos a revisão constante dos procedimentos de seleção, a eliminação de qualquer viés inconsciente e a divulgação de oportunidades de emprego em plataformas que alcancem uma audiência amplamente diversificada”, finaliza.



Astéria
https://www.asteria.com.br/

 

O que corrida e empreendedorismo têm em comum? Empresário tira lições do atletismo para alavancar os negócios

Disciplina, concentração e gestão de tempo são alguns pré-requisitos necessários para correr maratonas – e também para empreender


Além de impulsionar o crescimento econômico do país e as inovações em sua área de atuação, o empreendedor contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional de cada colaborador contratado, além de si próprio. As companhias representam 30% do PIB brasileiro e são responsáveis por cerca de 70% das contratações formais no país, de acordo com dados do Ministério da Economia. Pela sua importância, o dia 5 de outubro foi escolhido para marcar o Dia do Empreendedor.

Algo curioso sobre os profissionais que empreendem é que, na maioria das vezes, suas histórias de sucesso envolvem criatividade, determinação e superação de metas — elementos que Fernando Soares, CEO da Nuria, aprendeu com o esporte. “Muito sobre disciplina, foco, resiliência e criatividade eu adquiri com a prática de atividades físicas. Participei de competições de tênis, natação, triathlon, crossfit e também maratonas. Todas elas me ensinaram bastante”, conta o executivo, atualmente focado em correr maratonas em alta performance.

Hoje, sua empresa, uma healthtech de interoperabilidade com soluções digitais para melhorar a experiência do paciente, traz em seu DNA o desejo de solucionar problemas do setor de saúde e, em paralelo, aumentar ao máximo a capacidade de atuação de seus colaboradores, criando um ambiente acolhedor e próspero.

Para além da saúde física, a prática de exercícios libera endorfina, hormônio responsável por animar e alegrar, que nos traz a sensação de dever cumprido. “Ao percorrer os 42.195 quilômetros de uma maratona, você testa seu limite e aprende muito. Não só apenas sobre competir, mas também a superar desafios e buscar a melhoria contínua no esporte e na vida”, comenta Fernando.

Por isso, o executivo elencou as principais lições aprendidas com o atletismo que podem ser aplicadas aos negócios:


Disciplina, foco e concentração

A capacidade de estabelecer metas, criar planos e seguir uma rotina são indispensáveis para o progresso no esporte — o mesmo ocorre na vida e nos negócios. “Treinar a mente através do esporte pode ajudar líderes e executivos a tomar decisões mais ponderadas e a manter a atenção voltada para seus objetivos”, analisa Fernando.


Criatividade e aumento da produtividade

A endorfina, liberada durante a prática da atividade física, promove a melhora do humor e o aumento da disposição, o que provoca, ainda, outra consequência: o estímulo à criatividade. Ao traçar metas e objetivos para os negócios, empreendedores e funcionários que aderem à prática de exercícios diários são mais propensos a ter um aumento da produtividade dentro dos empreendimentos.

“Ser uma pessoa criativa no ambiente de trabalho pode nos livrar muitas vezes de problemas complexos que necessitam de soluções inovadoras. Para a resolução deles no meio corporativo, é imperioso ter disposição e estar proativo”, pontua Soares.


Alívio do estresse e uma boa noite de sono

A prática regular de esportes ajuda a reduzir o estresse do dia a dia. Além de gastar energia e manter o corpo ativo, praticar esportes é comprovadamente um dos melhores “remédios” para o combate à exaustão mental, auxiliando também na rotina noturna. Uma boa noite de sono é imprescindível para o empreendedor ter um bom e produtivo dia, o ajuda a descansar para praticar novamente seu esporte favorito.


Gestão de tempo e trabalho em equipe

O ambiente empresarial, assim como o condicionamento físico, pede uma programação rigorosa de treinos. Além disso, é de suma importância ter discernimento nos negócios para saber coordenar e liderar equipes, tal qual nos esportes praticados em grupos ou que necessitam de revezamento. “A habilidade de gerenciar o tempo pode, para além do esporte, trazer consequências positivas no cumprimento de metas e realização de funções. O trabalho em equipe e a gestão de tempo são elementos vitais para o bom desempenho dos negócios”, finaliza o CEO.

Nuria - healthtech brasileira com autoridade em interoperabilidade no setor da saúde e pioneira no desenvolvimento de soluções digitais para melhorar a experiência do paciente.

 

Outubro Rosa: pesquisa aponta que brasileiras querem que o governo priorize mais a saúde

Conforme a última rodada da pesquisa RADAR Febraban, área é mais citada entre assuntos que deveriam receber mais atenção; percentual de mulheres com esse posicionamento é maior do que o dos homens

 

O Outubro Rosa é um mês especial para as mulheres no qual ocorre uma campanha de conscientização todos os anos pela prevenção ao câncer de mama. E é nesse contexto que, entre diversos assuntos, a saúde é a principal área que as brasileiras defendem que haja mais prioridade por parte do governo federal. É o que aponta a rodada de setembro da pesquisa RADAR FEBRABAN, Pesquisa Febraban-Ipespe.

O levantamento ouviu 2 mil pessoas, nas cinco regiões do País, entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro. De acordo com o estudo, 34% das mulheres brasileiras defendem que o governo passe a ter mais atenção com a saúde. O percentual é maior do que a média de toda a população, que ficou em 29%. Já com relação aos homens, 23% mencionam essa prioridade. "A citação à saúde atingiu o maior percentual da série, saindo de 25% em junho para 29% em agosto, com um incremento de quatro pontos. Esse número fica acima de 30% entre as mulheres (34%), na escolaridade fundamental (33%) e na faixa de renda de até dois salários-mínimos (32%). As diferenças entre as regiões foram pouco expressivas”, relata Marcela Montenegro, Diretora Executiva Do IPESPE.

Outras áreas citadas pelas mulheres que o governo deveria dar mais atenção consistem no emprego e renda (26%); educação (14%); inflação e custo de vida (7%); fome e pobreza (7%); segurança (4%); corrupção (2%); Reforma Tributária (2%); e meio ambiente (2%). “Na agenda prioritária da população para a atuação do governo federal, tanto áreas sociais, como saúde e educação, quanto questões econômicas, como emprego e renda, inflação e custo de vida, têm destaque. No entanto, saúde e emprego consolidam-se no topo do ranking”, avalia Marcela Montenegro.


Faltando menos de um mês para o Enem, confira dicas que podem ajudar nessa reta final


Falta pouco para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. A primeira etapa da prova será realizada em 5 de novembro (sábado) e contemplará os conteúdos de Ciências Humanas, Linguagens e Redação. Com a proximidade da prova, começam a surgir dúvidas nos estudantes, considerando questões de ordem prática.

 

Para ajudar na reta final, reunimos especialistas que trouxeram dicas valiosas sobre como se organizar para alcançar a nota desejada na prova e garantir a entrada no Ensino Superior. Confira!


 

Crie e organize uma rotina de estudos para o mês final


Considerando a data próxima do exame, uma dica importante para os estudantes é elaborar um cronograma com base nos objetivos a serem alcançados até a prova. De acordo com Rosana Horta, assessora pedagógica e professora da área de Linguagens e suas Tecnologias da Rede Pitágoras, “o ideal é dividir o tempo em blocos de estudo, em curtos espaços de 30 a 50 minutos, intercalados com pausas de 5 a 10 minutos, considerando o ritmo pessoal de aprendizado”, explica.

 

Além disso, a especialista afirma que também é necessário intercalar os conteúdos estudados, variando entre leituras, resolução de exercícios, revisão e prática de simulados, por exemplo. “Os bons materiais didáticos possuem um papel fundamental na preparação. Por isso, utilizar materiais de estudo, como livros, notas, resumos e recursos da Plataforma Plurall, plataforma educacional digital, fazendo também o uso dos aplicativos e ferramentas digitais de aprendizagem, com certeza pode ajudar na prova”, afirma.


 

Revisite provas dos anos anteriores


O Enem deste ano não mudou! Então, como o modelo do exame permanecerá o mesmo, é valido revisitar as últimas edições para se familiarizar com o formato das questões. Talita Fagundes, Gerente Pedagógica da Plataforma PAR, explica que essa é uma maneira de identificar assuntos que possam reforçar a assimilação do conteúdo um pouco mais. “Refazer provas das edições anteriores pode servir como um mapa dos pontos fortes e também um indicativo do que pode ser aprimorado”, afirma.

 

A especialista pontua que o ato de fazer os exercícios também é fundamental para analisar o tempo de resolução gasto para cada questão. “É importante lembrar que ficar tempo demais em uma das questões pode comprometer a resolução das demais e a prova como um todo. No entanto, “chutar” respostas deve ser a última alternativa. Isso diminui o risco de penalizações em questões afins, já que a prova é corrigida pela TRI (Teoria de Resposta ao Item)”.


 

Esteja por dentro dos temas atuais para a redação


Manter-se atualizado em relação a temas que podem cair na redação no Enem é fundamental. E uma das apostas para a edição desse ano é que o tema Inteligência Artificial seja abordado. Felipe Menezes, diretor de inovação e um dos fundadores da Max.IA, plataforma de inteligência artificial, afirma que, neste ano, o ChatGPT e o lançamento de outras ferramentas de inteligência artificial abriram um precedente que pode justificar o assunto no exame.

 

“A Inteligência Artificial tem desempenhado um papel cada vez mais significativo na educação. Desde o ensino infantil até o ensino superior, a IA vem oferecendo oportunidades para personalização, otimização e aprimoramento da experiência educacional”. A partir disso, o especialista comenta sobre a importância dos estudantes pesquisem diferentes pontos de vista sobre o tema. “É necessário construir um bom repertório sobre o assunto, ler e entender os diferentes desdobramentos da Inteligência Artificial, bem como compreender as vantagens e desvantagens da tecnologia”, finaliza.

 



PAR - plataforma inovadora com proposta educacional digital da SOMOS Educação


Max.ia - plataforma de inteligência artificial que, a partir de dados, oferece atividades e conteúdo personalizados e preditivos para cada aluno, cria avaliações automaticamente conforme o material didático da escola e gera dados relevantes para professores e gestores.


Rede de Ensino Pitágoras.


Primavera no Cerrado: Biólogo do CEUB explica o impacto da floração para o ecossistema do bioma

Mudanças climáticas e ondas de calor podem impactar o calendário de florada e colheita de frutas nativas

 

Considerada a estação mais encantadora do ano, a primavera começou no último sábado (23) no Brasil. A chegada da estação, especialmente no Cerrado brasileiro, a transição de estação e a relação com as mudanças climáticas ocorrem de modo distintos dos demais biomas. O professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Stefano Aires, detalha as mudanças na flora, os impactos do clima e a importância da estação para o ecossistema. 

Uma das características mais marcantes da Primavera é a mudança no clima em relação ao Inverno. "No Cerrado, a Primavera traz consigo o início das chuvas, temperaturas mais amenas e vegetação mais úmida. Isso reduz significativamente o risco de incêndios florestais de grande porte", explica o professor Aires. A umidade relativa do ar também aumenta, criando um ambiente propício para polinizadores e permitindo que as plantas iniciem seu ciclo reprodutivo. 

Considerada uma das estações mais bonitas do ano, a Primavera no Cerrado é caracterizada por diversas floradas marcantes. O biólogo explica que o ipê branco floresce até outubro, enquanto o jacaré-mirim e o flamboyant começam a mostrar suas flores. O professor destaca também a Kaliandra, flor vermelha típica da região, além das flores que geram os frutos do pequi e a cagaita, frutas importantes para a cultura local: "Essas são apenas algumas das espécies emblemáticas da estação". 

O docente de Ciências Biológicas do CEUB revela que as plantas do Cerrado têm duas estratégias reprodutivas distintas. Algumas florescem no Inverno, aproveitando o vento para dispersar suas sementes, enquanto outras florescem na Primavera, polinizando com a ajuda de animais, como insetos, mamíferos e aves. De acordo com levantamento do Instituto Chico Mendes (ICMBio), o bioma, que abriga mais de 12 mil espécies de plantas, é considerado a savana mais rica do mundo. 

 

Mudanças climáticas

Sobre o clima, Stefano Aires ressalta que os fenômenos climáticos influenciam diretamente na floração das plantas. "Este ano, observamos atrasos significativos na florada do Ipê devido ao atraso nas chuvas”. Ele menciona a série de recordes de calor recentes, enfatizando a importância de monitorar as previsões climáticas. "Isso sugere que a Primavera pode ser afetada, com potencial impacto no verão", alerta o especialista. 

O aumento da temperatura e a falta de chuvas podem afetar a reprodução de plantas e animais do Cerrado. Segundo o docente do CEUB, o calor e a baixa umidade do ar aumentam o risco de incêndios florestais prolongados. Segundo o biólogo, a chegada da Primavera no Cerrado é um lembrete da interconexão entre a natureza e o clima, e a importância de proteger esse ecossistema único: "Conforme o Cerrado se transforma, nossa responsabilidade de conservá-lo e adaptar-se às mudanças climáticas também cresce".


Qual o papel da cultura e governança no sucesso das organizações?

 

Crescer é, sem dúvidas, o objetivo de toda empresa. No entanto, antes de expandir o seu sucesso para fora, é importante ter bem alinhado internamente um conjunto de práticas que envolvem um amplo entendimento do negócio e aprimorar, principalmente, os aspectos de cultura e governança – elementos que, infelizmente, para muitas organizações, ainda são vistos como um grande desafio.

Não há como negar que o conceito de governança vem ganhando destaque com o despontamento do ESG (Environmental, Social, and Governance) nas organizações. Prova disso é que, segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 49% das empresas industriais têm uma área específica para este segmento. No entanto, quando se observa o outro lado da moeda, percebe-se que muitas empresas ainda mantêm receios em relação às mudanças e aos custos que essa atividade pode acarretar.

E, mesmo os resultados sendo expressivos, também precisamos chamar atenção ao fato de que, de nada adianta investir em ações em prol da governança, se deixar de lado a cultura organizacional, uma vez que ela é, na verdade, uma importante aliada. Ou seja, ao mesmo tempo em que uma empresa precisa crescer em números, também é necessário que sejam obtidos ganhos para a equipe do ponto de vista profissional e pessoal, proporcionando um ambiente propício para o desenvolvimento de todos os envolvidos.

Então, qual é a relação entre a cultura e governança? A resposta é clara: elas estão interligadas em todos os aspectos. Ambas se complementam, uma vez que, enquanto a primeira é voltada para o clima organizacional, com foco em engajar e motivar o time mantendo firme os propósitos, a segunda reúne conjunto de práticas de gestão, fornecendo uma visão geral da organização e auxiliando nos processos de tomadas de decisões mais assertivas.

Nesse contexto, o "process advisor" mencionado no livro "Reinventing Organizations" (Reinventando as Organizações), de Frederic Laloux, desempenha um papel fundamental. Este modelo, que promove uma abordagem holística e colaborativa para a tomada de decisões, enfatiza a importância de incluir todos os membros da organização no processo de governança e de consulta. Essa abordagem democrática contribui para uma cultura mais inclusiva e engajada.

Contudo, mesmo que a importância desses dois elementos nas organizações seja algo notório, ainda assim, a resistência por parte das empresas em aceitar as mudanças continua. É aquela velha história: “por que mudar se até hoje deu certo?”. Naturalmente, toda transformação gera dores e desconfortos, mas isso não é justificativa para se manter na zona de conforto.

Diferentemente do que se imagina, investir na cultura e governança agrega uma série de benefícios, que vão desde o engajamento do time, até o retorno financeiro. Ou seja, ao ter alinhado esses dois pilares, é possível deixar uma empresa mais eficiente, dando capacidade para que sejam identificados possíveis problemas e saná-los com agilidade, o que, consequentemente, evita custos adicionais que gerem prejuízos futuramente.

Obviamente, conciliar tais mudanças é uma tarefa árdua, o que reforça ainda mais a necessidade de envolver as pessoas nessa jornada. Além disso, é importante destacar que, mesmo os princípios sendo os mesmos, cada empresa tem um processo diferente de abordagem e características específicas que irão guiar esse percurso.

Nesse sentido, contar com o apoio de uma consultoria especializada nesse segmento se torna recurso valioso, uma vez que ela irá ajudar a empresa a compreender o momento atual, bem como traçar metas eficientes para serem atingidas, com base em modelos já aplicados – tudo isso, somado ao apoio frente às transformações que serão feitas.

Em resumo, investir na cultura e governança de uma empresa se destaca em elementos fundamentais que podem ajudar, de forma eficiente, que a organização fomente seu desempenho. Todavia, para que tais práticas tenham sucesso, é necessário que haja um envolvimento amplo de todas as áreas e pessoas da organização.

É essa ação que permitirá que a empresa possa reconstruir ou aprimorar sua cultura, com base na opinião e apontamentos da equipe como um todo. Ao ter esses princípios estabelecidos, a governança vem para coroar essas mudanças, conciliando boas práticas de gestão que permitam unir tais diversificações no cotidiano da organização. Certamente, dúvidas e receios podem aparecer no caminho e causar ressalvas quanto a eficácia do processo, mas, quanto a isso, cabe enfatizar que, para se ter ganhos, é preciso ter força de vontade e estar disposto a enfrentar o caminho pela frente.

 

Anderson Cavalcante - sócio e diretor de operações da Viceri-Seidor.
www.viceri.com.br

Caça de subsistência tem baixo impacto sobre biodiversidade de Unidades de Conservação na Amazônia

  

Foram instaladas 720 armadilhas fotográficas em 100 comunidades locais,
 dentro e fora de nove áreas protegidas de uso sustentável
(
foto: Ricardo Sampaio)

Pesquisa feita em UCs de uso sustentável aponta que redução do número de indivíduos é maior em até 5 km das populações humanas; porém, é possível minimizar os efeitos negativos com estratégias de manejo

 

A existência de comunidades ribeirinhas e tradicionais em reservas extrativistas da Amazônia Legal não configura um risco para espécies de aves e mamíferos consideradas alvos de caça para subsistência, como mostra pesquisa publicada na revista Biological Conservation.

Porém, o estudo sugere que, para diminuir os efeitos negativos da caça de subsistência, seria importante promover estratégias de manejo, entre elas reduzir o consumo local de espécies sensíveis – como anta, queixada e mutum – e coibir o comércio de carne de caça nas áreas urbanas, priorizando principalmente comunidades locais mais próximas das cidades e em regiões de florestas de terra firme, onde a pesca em água doce e outras fontes de proteína aquática são escassas ou inexistentes.

Fruto do doutorado do analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Ricardo Sampaio, o trabalho mostrou que a redução da chamada “abundância” (uma espécie de contagem do número de indivíduos das espécies) ocorre até 5 quilômetros (km) de distância a partir das comunidades humanas.

Para o trabalho, foram usadas 720 armadilhas fotográficas em 100 comunidades locais, dentro e fora de nove áreas protegidas de uso sustentável – sendo cinco reservas extrativistas (Resex), duas reservas de desenvolvimento sustentável (RDS) e duas florestas estaduais – na região centro-oeste da Amazônia brasileira.

Geraram registros de 29 espécies de mamíferos e aves, pesando mais de cinco quilos, entre elas pacas, antas, mutuns e jacus. Em áreas onde a população desenvolve ou tem acesso a manejo sustentável de pescados, como é o caso do pirarucu na região do Médio Purus e do rio Juruá, no Estado do Amazonas, a tendência é de redução da pressão de caça sobre as espécies terrestres.

“O principal resultado do trabalho é que o fator mais relevante para alterar a diversidade, a abundância e a biomassa das espécies é a distância em relação à comunidade. Mesmo assim, detectamos que as comunidades humanas têm um impacto reduzido na biodiversidade, desmistificando algumas discussões que questionam o papel de unidades de conservação de uso sustentável para a proteção da biodiversidade. O manejo de base comunitária da fauna pode ser um caminho para garantir a segurança alimentar dessas pessoas, além de proteger a biodiversidade”, diz Sampaio à Agência FAPESP.

Os resultados foram publicados em meio à retomada do protagonismo da Amazônia nas questões ambientais e do lançamento da Declaração de Belém, que estabelece entre seus pontos o “aumento das reservas de vegetação nativa mediante incentivos financeiros e não financeiros e outros instrumentos para a conservação”. O documento foi assinado em agosto pelos líderes dos países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) durante a Cúpula da Amazônia, realizada no Pará.

"Resultados práticos, como os que obtivemos na pesquisa, ajudam a criar ambientes de discussão e processos institucionais para lidar com um tema que é tabu no Brasil – a caça de subsistência. Agora o desafio é sensibilizar os gestores sobre esses resultados e trazê-los para a prática", avalia Sampaio.

O trabalho recebeu apoio da FAPESP por meio de projeto coordenado pelo pesquisador Ronaldo Gonçalves Morato, ex-coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) do ICMBio. Morato e seu grupo já haviam publicado outro artigo mostrando que a distância de centros urbanos e a disponibilidade de proteína de origem aquática são os fatores que mais influenciam na avaliação de como moradores de Unidades de Conservação (UCs) percebem a sustentabilidade da caça nesses locais (leia mais em: agencia.fapesp.br/38547).

Também assinam o artigo publicado na Biological Conservation o professor Adriano Garcia Chiarello, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP), e Carlos Augusto Peres, da University of East Anglia (Reino Unido). Peres recebeu o prêmio Frontiers Planet, que elegeu os três melhores artigos científicos do mundo na área ambiental nos últimos três anos. O trabalho premiado foi divulgado na revista PNAS.


Pressões

Os pesquisadores destacam que o trabalho representa um dos esforços de maior escala usando armadilhas fotográficas para examinar as respostas da população de vertebrados à caça em regiões da floresta tropical com maior biodiversidade do mundo, a Amazônia.

O grupo aponta que a redução de animais é fruto da maior pressão de caça próximo às comunidades. Contudo os impactos negativos nas florestas ao redor, tais como maior incidência de fogo, extração de madeira e presença de cachorros domésticos utilizados para a caça também podem repelir os animais próximo às comunidades, conforme registrado para 13 espécies avaliadas.

Nesse sentido, o pesquisador conta que o estudo já rendeu resultado prático. Quando o grupo estava fazendo o trabalho de campo em uma comunidade da região do Rio Liberdade (Resex Riozinho da Liberdade), no Acre, os moradores locais discutiam a efetividade de um acordo local para a caça de subsistência, mas divergiam sobre o uso ou não de cachorros para a atividade.

Os cientistas instalaram então as armadilhas em ambas as margens do rio, onde o uso de cães era permitido (margem direita) e a outra (margem esquerda) sem essa técnica. Ao recolher as imagens e apresentar à comunidade, viram que havia mais animais selvagens, chamados pelos próprios moradores locais de “bichos de carne de caça” ou simplesmente “caça”, onde o cachorro não era empregado. “Na reunião havia mulheres, crianças, lideranças locais. Mesmo morando em áreas de floresta, muitos viram pela primeira vez algumas espécies animais por meio das imagens das armadilhas”, lembra Sampaio.

Ele conta que depois de alguns meses recebeu uma minuta de reunião em que as imagens subsidiaram a decisão coletiva de não usar mais os cachorros de caça na comunidade. “Posteriormente essa decisão foi adotada no plano de manejo da unidade de conservação, que tem as regras definidas pela própria comunidade. Esse foi um resultado positivo na tomada de decisão local e na conservação da biodiversidade”, comemora o pesquisador, que defende aliar o conhecimento científico ao tradicional das populações locais, especialmente ribeirinhos e indígenas.

De acordo com a legislação, as reservas extrativistas são espaços territoriais que visam assegurar a proteção dos meios de vida e a cultura de populações tradicionais, como ribeirinhos, indígenas e quilombolas, bem como assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da área.

As populações desses locais podem ter sua fonte de renda baseada no extrativismo e, de modo complementar, na agricultura de subsistência e criação de animais de pequeno porte. As áreas das Resex são do poder público e é proibida a prática da caça amadora ou profissional.

O artigo Vertebrate population changes induced by hunting in Amazonian sustainable-use protected areas pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0006320723003075.

 

Luciana Constantino
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/caca-de-subsistencia-tem-baixo-impacto-sobre-biodiversidade-de-unidades-de-conservacao-na-amazonia/49893


quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Coalizão Vozes do Advocacy promove capacitação em diabetes para profissionais de saúde e atendentes do Departamento Regional de Saúde de São José do Rio Preto

 O cenário de gastos relacionados com diabetes no Brasil chegou a 42,9 bilhões de dólares em 2021*. Segundo outro estudo, considerando gastos do SUS com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos, os custos diretos atribuíveis à hipertensão arterial, ao diabetes e à obesidade no Brasil totalizaram R$ 3,45 bilhões, ou seja, US$ 890 milhões **.

Pensando em reduzir boa parte destes gastos investidos pelo SUS, a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, em parceria com: Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético, com a ADJ Birigui e com a Associação dos Diabéticos de Cambuí-MG promovem o Projeto Educar para Salvar. A iniciativa visa capacitar os profissionais de saúde e atendentes de quatro Departamentos Regionais de Saúde de São Paulo. A primeira edição ocorreu em Araçatuba, no dia 21 de junho.

A segunda edição será em São José do Rio Preto e será feita em dois dias, 30 de outubro, para atendentes técnicos, e dia 31 de outubro, para profissionais de saúde de mais de 100 municípios. Ambas serão feitas no Auditório da Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto, localizado na Avenida Romeu Strazzi, 199 – Vila Sinibaldi.

Um estudo não muito recente, mas que na prática os dados não fogem muito da realidade brasileira é: Prevalência e Correlações do Controle Glicêmico Inadequado: resultados de uma pesquisa nacional em 6.671 adultos com diabetes no Brasil. Os dados mostram que o controle glicêmico inadequado foi de uma média de 76%, sendo que 90% das pessoas com diabetes tipo 1 e 73% em indivíduos com diabetes tipo 2.

“Nós sabemos que o diabetes é uma condição que requer acesso aos insumos e aos medicamentos, tratamento multidisciplinar com profissionais devidamente capacitados e educação em diabetes para as pessoas, que convivem com a condição. Por isso, sabemos que se conseguirmos capacitar os profissionais, que estão na linha de frente com os pacientes, melhoraremos a adesão ao tratamento e, assim, diminuiremos os gastos do SUS com complicações e internações”, explica Claudia Terensi, enfermeira, gerente da ADJ Birigui e membro da Coalizão Vozes do Advocacy.


Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 22 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

Nesta edição, o projeto conta com o apoio da empresa Novo Nordisk.

Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.

Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).

 

Outubro Rosa

  Mitos e verdades sobre a amamentação e a prevenção do Câncer de Mama


Renata Iak, Enfermeira Obstetra e Consultora de Aleitamento Materno da Clínica Parto com Amor responde as 5 principais dúvidas sobre esse tema

 

1 É verdade que a amamentação pode proteger a mulher do câncer de mama?

Verdade!!! Principalmente se a gestação for antes dos 30 anos de idade. Isso acontece pois o corpo feminino fica menos exposto a determinados hormônios os quais estão ligados a incidência do câncer de mama. Além disso, alguns processos que ocorrem na amamentação promovem a eliminação e renovação de células que poderiam ter lesões no material genético diminuindo assim as chances de câncer de mama na mulher.

 

2 Paciente com prótese de silicone que amamentam têm o risco aumentado para o câncer de mama?

Mito!!! Não existe associação na literatura científica sobre implantes mamários de silicone e o risco de desenvolvimento subsequente de câncer de mama.

 

3 Mulheres que já tiveram o diagnóstico de câncer de mama podem amamentar após finalizarem os tratamentos?

Verdade!!! Mulheres que já tiveram câncer de mama podem amamentar caso já tenham terminado o tratamento e não estejam fazendo uso de medicação de controle. Pode haver também diminuição da produção láctea, principalmente na mama afetada, e o uso de galactogogos (medicações que estimulam a produção de leite) é contraindicada. A ideia seria estimular a mama preservada fazendo livre demanda e/ou estimulando a produção com protocolo de ordenha.

 

 4 Amamentar protege a mãe do câncer de mama apenas durante a fase da amamentação?

Mito!!! A amamentação protege a mulher em todos os seus ciclos da vida e não apenas enquanto está na fase de aleitamento.

 

5 Mulheres que amamentam não podem realizar os exames preventivos anuais como ultrassom das mamas e também mamografia por estarem amamentando?

Mito!!! A mulher pode e deve realizar seus exames anuais preventivos referente a rotina ginecológica, o que solicitam como boas práticas é que a mulher ordenhe as mamas imediatamente antes do exame ou, que amamente seu filho antes do início do exame assim as imagens ficam mais claras para qualquer diagnóstico.



Fonte - Renata Iak – Parteira, Enfermeira Obstetra e Consultora de Aleitamento Materno da Clínica Parto com Amor- COREN 196.122 – SP. Enfermeira desde 2008, parteira, especialista em obstetrícia pela Universidade Anhembi Morumbi, consultora de aleitamento materno com habilitação em laserterapia na área materno infantil, docente na área da saúde, especialista também em Suporte Avançado de Vida em Pediatria pela AHA (American Heart Association) e estudante de acupuntura na ETOSP. Ativista na arte do cuidado holístico e na luta pelos direitos da gestante e do neonato. Na sua prática clínica associa terapias complementares como aromaterapia, moxa, rebozo, massagens, meditação, exercícios de respiração, ervas medicinais e laserterapia.

Fontes: INCA e Protocolo Clínico 34 da Academy of Breastfeeding Medicine


Aquecimento global impacta saúde ocular, diz pesquisa

Pesquisa mostra que as alterações climáticas aumentam em até 36,5% o risco de doenças oculares. Entenda

 

A temperatura média mais elevada está consistentemente associada ao aumento da deficiência visual grave, independentemente da idade, sexo, raça, rendimento e nível de escolaridade. Pior: O Brasil e a China são os países mais expostos ao aquecimento global.

Isso explica porque nas redes sociais há quem diga que a temperatura pode chegar a 50 grau no verão. Especulações à parte, uma pesquisa realizada na Espanha encontrou evidências de que as altas temperaturas intercaladas por chuvas torrenciais e ondas de frio podem aumentar em até 36,5% as doenças oculares. Para o oftalmologista Leoncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier isso explica porque o pronto atendimento do hospital tem recebido uma grande quantidade de pacientes até no final de semana. O especialista afirma que o aquecimento global tem efeito imediato no aumento das doenças oculares externas. Isso acontece, explica, o ar fica mais poluído, espalha mais bactérias, vírus e fungos em todos os ambientes. Como se não bastasse, quem usa lente de contato e fica trancafiado em uma sala com ar-condicionado o dia inteiro, também corre mais risco de ter uma contaminação da córnea.

Para você saber como encarar o novo anormal com mais bem-estar, o oftalmologista as enumera principais doenças oculares externas.

 

Ceratite seca ou síndrome do olho seco

 Queiroz Neto afirma que as altas temperaturas aumentam a evaporação da camada aquosa da lágrima. Por isso, causam o olho seco evaporativo, sobretudo em pacientes que usam lente de contato ou trabalham em ambiente com ar-condicionado. Quando a evaporação acontece associada a uma redução da camada oleosa, observa, o desconforto nos olhos é bastante acentuado.  “Os sintomas são sensação de areia nos olhos, coceira, vermelhidão e visão embaçada que melhora um pouco ao piscar”, pontua. O tratamento depende de avaliação oftalmológica para prescrição de um colírio hidrante que reponha a camada deficiente e evite lesões nas glândulas lacrimais.  Nos casos mais severos, o oftalmologista afirma que pode ser prescrito o implante de um plugue no canal lacrimal ou aplicações de luz pulsada que estimulam a produção da camada oleosa, visando impedir a evaporação da lágrima, pontua. Pacientes com olho seco crônico, ressalta, podem precisar de um tratamento mais prolongado. Quando a busca por atendimento oftalmológico acontece logo no início dos sintomas, a luz pulsada estabiliza a lágrima com apenas quatro aplicações, sendo uma por semana. A convivência prolongada com o problema pode lesar as glândulas lacrimais e exigir acompanhamento prolongado.

 

Episclerite crônica

O aquecimento também pode causar uma inflamação autolimitada da camada externa da esclera, parte branca do olho. O oftalmologista ressalta que geralmente desaparece espontaneamente em 1 a 2 semanas. “O tratamento inclui aplicação de colírio hidratante e de três compressas frias/dia, feitas com gaze embebida com água filtrada ou soro fisiológico.

 

Metaplasia da córnea

Inflamação que provoca uma mudança anormal no tipo de célula da córnea, lente externa e transparente do olho. Queiroz Neto explica que em condições normais a córnea é formada principalmente por células conhecidas como queratócitos que mantêm sua transparência e formato esférico. O aquecimento global pode causar esta alteração celular. O resultado é a perda da transparência da córnea e comprometimento da visão.

O oftalmologista destaca que existem vários tipos de metaplasia na córnea. A forma mais comum, decorrente do aquecimento global, é a epitelial em que a camada externa da córnea passa a ser formada por outro tipo de célula. Isso faz o formato ficar irregular, a visão piora e causa desconforto. “O tratamento depende da gravidade de cada caso. Pode incluir pomadas, colírios e em casos graves exigir cirurgia Independente da terapia o tratamento deve ser sempre feito com acompanhamento para evitar baixa visão irreparável.

 

Ceratite marginal

Inflamação que afeta a região periférica da córnea é causada por bactérias, vírus ou fungos. Queiroz Neto afirma que pode estar associada à blefarite (inflamação das pálpebras), higienização incorreta ou uso de lente de contato durante o sono, estojo de lente, pincéis de maquiagem ou colírio contaminado. Em alguns casos, especialmente entre pacientes que têm o hábito de se auto medicar, o oftalmologista afirma que  a ceratite marginal pode ser causada por uma reação ao conservante ou às substâncias, instilação  prolongada de corticoide, colírio contaminado ou vencido. O tratamento é feito com colírio antibiótico, antiviral, antifúngico, anti-inflamatório e lubrificante de acordo com o agente causador diagnosticado pelo oftalmologista.

 

Pterígio

Reação de defesa da conjuntiva à exposição excessiva ao sol. Queiroz Neto explica que os sintomas do pterígio são a formação de um tecido fibrovascular, geralmente em formato triangular, que cresce do canto interno do olho em direção à córnea, vermelhidão, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, ardência, fotofobia e visão embaçada. A principal causa é a exposição ao sol sem proteção dos olhos. Outros fatores de risco apontados pelo oftalmologista são:  tendência genética, exposição ao vento, ar-condicionado, calor intenso, poeira ou muitas horas diante das telas digitais que predispõem ao olho seco. A alergia ocular recorrente, uso frequente de colírio anti-histamínico e de antidepressivos também predispõem à doença. O tratamento, explica, é feito com colírio lubrificante, anti-histamínico e anti-inflamatório. “Caso o tratamento medicamentoso não resolva é necessário eliminar o pterígio cirurgicamente para que não prejudique a visão”, pontua.

 

Catarata

Queiroz Neto afirma que há evidências de que a catarata, opacificação do cristalino que tem como maior causa o envelhecimento, é acelerada não só pela exposição à radiação ultravioleta (UV) como pelo aquecimento global. Isso porque, o UV aumenta 2% para cada grau Celsius adicionado ao termômetro. Isso explica, porque a prevalência da catarata é de 3,6% no Ártico do Canadá, de 46% em Porto Rico e de 49% no Brasil. Por aqui a doença também aparece cada vez mais cedo. Isso porque, 70% dos brasileiros não deixam de usar filtro solar na pele, mas só 20% protegem os olhos. O único tratamento é a cirurgia que substitui o cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular transparente. Os sinais de que está na hora de operar são:  troca frequente de óculos, enxergar halos ao redor da luz, incapacidade de enxergar com pouca luz, maior sensibilidade à luz e perda repentina da visão dirigindo com os faróis contra, visão embaçada que dificulta a leitura, redução da visão noturna.

 

Degeneração macular

O oftalmologista afirma que a falta de lentes que filtrem a radiação ultravioleta durante a exposição ao sol também aumenta o risco de desenvolver degeneração macular relacionada à idade. A doença afeta a mácula, porção central da retina responsável pela visão de detalhes. É a segunda maior causa de perda irreversível da visão no mundo. Uma vez contraída não existe tratamento que restitua a visão.

Para evitar todas estas doenças a principal recomendação de Queiroz Neto é sempre proteger os olhos nas atividades externas com óculos que filtrem 100% a radiação UV. Outras dicas são: beber água sempre que sentir sede; evitar o consumo abusivo de sal; nunca coçar os olhos; jamais dormir com lentes, evita a automedicação com colírios. A visão é essencial pana qualidade de vida. Cuide bem da sua.

 

Posts mais acessados