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sexta-feira, 31 de março de 2023

Dia da Saúde e da Nutrição: Saiba por que devemos nos preocupar com as questões da obesidade

Problema mundial, e que afeta mais de 30% da população brasileira,
a obesidade é fator que desencadeia diversas doenças crônicas
, entre elas, a hipertensão e diabetes. Crédito (foto): Divulgação.
O desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de alguns dos tipos comuns de câncer está entre os fatores de risco deste público. Especialista também debatem o papel da equipe multidisciplinar no acompanhamento de iniciativas relacionadas à nutrição e aos exercícios como forma de reduzir os casos. 


No próximo dia 31, é comemorado o Dia da Saúde e da Nutrição. A data, assim como o Mês da Obesidade, lembrado em março, chama a atenção para o aumento de casos dessa enfermidade tanto no Brasil como no mundo. Dados divulgados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) em 2020, por exemplo, indicam que, atualmente, mais da metade dos adultos apresenta excesso de peso (60,3%), o que representa 96 milhões de pessoas, com prevalência maior no público feminino (62,6%), enquanto, no masculino, a incidência é de 57,5%. 

Já quando o assunto é obesidade, a condição atinge 25,9% da população, alcançando 41,2 milhões de adultos. E, em 2020, entre as crianças acompanhadas nos programas de Atenção Primária à Saúde (APS), do Sistema Único de Saúde (SUS), 15,9% dos menores de cinco anos e 31,7% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso, e, dessas, 7,4% e 15,8%, respectivamente, apresentavam obesidade, segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) para as idades determinadas. 

Na faixa dos adolescentes, acompanhados pelos programas de APS em 2020, 31,8% e 11,9% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente. Considerando todas as crianças brasileiras menores de 10 anos, estima-se que cerca de 6,4 milhões tenham excesso de peso e 3,1 milhões tenham obesidade. Analisando, ainda, todos os adolescentes brasileiros, estima-se que cerca de 11 milhões tenham excesso de peso e 4,1 milhões tenham obesidade. 

A enfermidade está relacionada ao aumento do risco para outras doenças como as do coração, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, doença do fígado e diversos tipos de câncer (como de cólon, de reto e de mama), problemas renais, asma, dores nas articulações, entre outras. Assim, reduz a qualidade e a expectativa de vida. Além disso, as evidências apontam a obesidade como importante fator de risco para a forma grave e letal da Covid-19. 

Para esses casos, uma equipe multidisciplinar pode ser decisiva entre o paciente seguir ou não o tratamento. É o que explica o Dr. José Ribas, da clínica REVIV, que ressalta o papel da equipe durante o acompanhamento do paciente, já que esta oferece dados clínicos como um todo, além de deixar o paciente melhor assistido em várias áreas, pois avalia a soma de todas as patologias clínicas, como hipertensão e diabetes, além de doenças articulares. 

Por outro lado, o profissional ressalta que o efeito contrário também pode acontecer, ou seja, o paciente fugir das recomendações prescritas pela equipe médica. Entretanto, essa condicionante depende do comprometimento individual para que o tratamento obtenha sucesso. “Cabe lembrar que, de nada adianta uma equipe multidisciplinar complexa, se o paciente não se comprometer a seguir as orientações adequadas”, pontua o profissional.
 

Nutrição

Além disso, as questões referentes à nutrição devem estar alinhadas às expectativas de cada paciente. A nutricionista Priscila Eduarda, pontua que, entre os protocolos vigentes, estão o encaminhamento para o profissional responsável, além da ingestão de alimentos corretos para a saúde do indivíduo. “Aqueles alimentos que são mais ricos em fibras trazem mais saciedade ao paciente, como vegetais, hortaliças e frutas com baixa carga glicêmica, além dos farelos e sementes, como linhaça, chia, sementes de abóbora e girassol, bem como as proteínas magras, como carne bovina, peixe e frango”, esclarece a profissional. 

Outro ponto, para a profissional, diz respeito às particularidades de cada paciente, sempre possuindo uma parte importante durante o tratamento. “A busca pelo check-up, as consultas e os retornos com fins de avaliação da dieta, para que esta se mantenha dentro dos padrões adequados, além dos exames bioquímicos feitos em laboratório, também são excelentes iniciativas para manter o paciente na rota do tratamento”, pontua.

 

Prática esportiva

Para que o tratamento tenha eficácia, a nutrição deve ser aliada a uma boa prática esportiva. O fisiologista do esporte Dr. Luiz Rocha explica que não existe um tempo ideal para a execução de atividades físicas, mas a continuidade do exercício é um fator para a saúde, assim como a adaptação da rotina do indivíduo. “Artigos publicados recentemente mostram que a atividade física, de forma isolada, ajuda no controle da pressão arterial por até 18h após o exercício, por exemplo”, acrescenta Dr. Luiz Rocha. 

Rocha também avalia que, a depender do peso corporal do indivíduo, alguns terão mais dificuldade em determinados tipos de exercício, enquanto outros terão menos. Porém, além da prática esportiva, uma boa dieta é fundamental para que os resultados apareçam e para que as pretensões do indivíduo sejam realizadas.

 

Saúde mental

Para que estes pacientes tenham eficácia no tratamento, a questão da interação com os profissionais da área é de suma importância. Para isso, segundo a psicóloga Cinthia Melgaço, esses fatores levam o paciente a aprender a lidar com novas rotinas, bem como o enfrentamento de situações adversas durante o período de adoecimento, incluindo o acompanhamento de mudanças comportamentais. 

Outro ponto importante está na rede de apoio, crucial para que o tratamento tenha resultados satisfatórios. A profissional explica que deve haver uma compreensão, dentro desta, tanto do paciente que faz o acompanhamento quanto das pessoas que estão à sua volta para que observem quesitos como autocobrança e pressão da sociedade, em geral. Outros pontos como a dificuldade nos relacionamentos sociais e a implementação de estratégias ajudam o paciente na mudança do estilo de vida. “A mudança de hábitos serve para a vida inteira, pois precisa de constância e persistência. É importante o paciente compreender que nada acontece de uma hora para outra”, pondera Cinthia. 

Por fim, cabe destacar que a presença da equipe multidisciplinar em todas as etapas do processo de perda de peso do paciente não tem apenas o intuito de contribuir no emagrecimento deste, mas também prestar toda a assistência pós-tratamento. “A avaliação do paciente como um todo, em exames laboratoriais e de imagens são fundamentais para a identificação de distúrbios e alterações hormonais, por exemplo, e essa identificação é necessária para que se possa provocar um equilíbrio fisiológico e um emagrecimento satisfatório para o paciente”, conclui Dr Ribas.


Ratinhos narcisistas

 Em Outubro de 2008 foi suspensa a comercialização do Rimonabanto, um medicamento utilizado para redução do apetite e emagrecimento. O seu efeito de bloqueador de receptores do sistema Endocanabinóide diminuía o apetite e a voracidade ao comer, mas tinha como efeito colateral grave a incidência de sintomas depressivos e risco suicida. Nunca mais o medicamento foi liberado, com toda razão.

Estava eu assistindo uma aula sobre o sistema e a Medicina Canabinóide quando um experimento em especial chamou a minha atenção: deram para um grupo de ratinhos um medicamento com ação parecida com o Rimonabanto: bloqueio de receptores canabinóides CB1. Os ratinhos não ficaram deprimidos, mas eu diria, ficaram um tanto desmotivados. Não estavam nem aí para as ratinhas, nem para a procriação. Pode-se dizer que os ratinhos ficaram meio folgados. Em vez de tentar chegar nas ratinhas, ficaram mais focados em si mesmos: faziam mais massagens, lambiam seus pelos e relaxavam. Se pudessem, iam tirar umas selfies e publicar suas fotos sem camisa, do lado de carrões. Não há notícia sobre o comportamento das ratinhas, mas eu imaginaria que elas usariam roupas mais curtas, colocariam silicone e tirariam fotos com trajes provocativos para tentar chamar a atenção dos ratinhos entediados. Os ratinhos, por sua vez, devem ter se achado o último pedaço de queijo do criadouro e ficaram mais narcisistas. As ratinhas começaram a publicar nas redes sociais muitos posts falando de ratos narcisistas e como elas deveriam melhorar sua autoestima para não cair na cilada de ficar correndo atrás deles. Espera aí? Estamos mesmo falando de ratos?

O bloqueio desses receptores diminui a capacidade de experimentar prazer e o comportamento de busca: alimentos, procriação, abrigo. A perda dessa força motriz leva a apatia e à perda de prazer. Mas o paralelo com o que estamos vivendo coletivamente é muito evidente. Estamos numa epidemia de ratinhos narcisistas.

Apesar de tantos avanços na derrubada de machismos e outras formas de violência contra o Feminino, talvez a maior violência seja a transformação da vida sexual numa commodity, um bem de consumo. Os aplicativos de

“relacionamento” viram uma espécie de catálogo sexual, com várias opções e, pior, a sensação de que, se eu ficar com uma pessoa, estou perdendo outras mil. Uma doença de nossa civilização digital é o FOMO – Fear of Missing Out, o medo de estar aqui, perdendo outras baladas, outros rolês, outros beijos. Parece coisa de adolescente e foi descrita como um comportamento adolescente, mas veja que essa sensação já contaminou muitas faixas etárias, gerando uma busca infinita que vai terminar numa espécie de Burnout afetivo.

O excesso de estímulo leva a apatia. Como no caso dos ratinhos, essa apatia leva a ratinhos e humanos muito entretidos com o próprio umbigo. É só olhar nas Redes Sociais (Sociais?), e vamos ver as postagens de queixa dos narcisos olhando o espelho. Ou publicando selfies quase sexies (gostei da rima). O estudo é uma reprodução fiel do que estamos vivendo. Ratinhos se lambendo e ratinhas ressabiadas.

Acho que as mães devem ensinar a seus filhos que pornografia não é boa vida sexual, que pegar todo mundo pode ser uma fase da vida, mas que uma hora termina no vazio. Mas a lição mais profunda é que as pessoas não são coisas, e coisificar o outro é coisificar a si próprio.

Está na hora de se ensinar que as relações presenciais são as mais legais e insubstituíveis na vida. Mas vão ter que tirar o smartphone do centro de suas vidas para começar essa conversa. 

 

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”
 

Especialista explica os calores da Perimenopausa, vividos pela atriz Drew Barrymore em programa de tv

 

Ginecologista explica sintomas e evidencia tratamentos 

 

A famosa atriz e apresentadora Drew Barrymore, durante a transmissão de seu programa de entrevista, nesta semana, teve sua primeira onda de calor, em frente às câmeras. Drew entrevistava os atores Jennifer Aniston e Adam Sandler, quando começou a sentir o que acredita ser os primeiros sentimos da perimenopausa.

“Estou tão quente”, disse a artista, tirando o blazer. “Acho que estou tendo uma das primeiras ondas de calor da perimenopausa”, contou. “É a primeira vez, então, acho que estou tendo uma onda de calor”, completou a atriz.

Com bom humor, a artista brincou dizendo que, talvez, o calor fosse por estar empolgada ao lado de Adam e Jennifer. “Estou tão honrada”. E finalizou, dando risada: “Fico feliz que esse momento tenha sido documentado pelas câmeras”.


O que é perimenopausa?

A perimenopausa é o que acontece com o corpo feminino quando está chegando a menopausa (última menstruação). A ginecologista obstetra Loreta Canivilo explica que: “A perimenopausa é um período de 5 a 7 anos que antecede a menopausa. Um fato marcando nessa fase da vida da mulher e a irregularidade no ciclo menstrual que pode ser precoce (duração do ciclo inferior a 23 dias) ou tardia (duração do ciclo maior a 40 dias) ”.


Sintomas

Alguns sintomas que a especialista cita que mulheres podem sentir nesse período da vida:

  • Alterações menstruais
  • Calor intenso e abrupto
  • Redução da libido
  • Sudorese noturna
  • Problemas para dormir
  • Mudanças de humor
  • Períodos de ansiedade e depressão
  • Diminuição da autoestima
  • Ganho de peso
  • Desaceleração do metabolismo
  • Diminuição do tamanho dos seios
  • Pele seca e cabelos mais finos
  • Secura vaginal
  • Diminuição da elasticidade da pele


Tratamento

Os tratamentos para passar por essa fase da vida são diversos, e varia de acordo com cada mulher. A médica Loreta Cavinilo evidencia que não existe jeito certa ou errado e sim, o que se enquadra melhor para cada paciente.

Se existe um quadro de sangramento em grande volume acarretado de cólicas e em um período curto, por exemplo, o recomendado é a Gestrinona, que bloqueia a menstruação. Uma outra abordagem é utilizar um anticoncepcional adequado para essa fase da vida da mulher.

Em contrapartida, uma outra possibilidade para quem não quer utilizar hormônio, é recorrer aos anti-inflamatórios que auxiliam na diminuição do ciclo, ou também, utilizar a progesterona natural, que auxilia na redução dos sintomas desse período e contribui no diagnóstico.


Qualidade de vida

Para manter a qualidade de vida mesmo neste período, Loreta dá algumas dicas fundamentais:

  • Beba bastante água;
  • Use roupas leves;
  • Pratique exercícios regularmente para fortalecer os músculos;
  • Evite o tabagismo e alcoolismo;
  • Opte por refeições mais leves e mais frequentes;
  • Tome sol e use protetor solar.

Estas medidas contribuirão para a melhoria do bem-estar e prevenção de doenças.

A especialista ressalta que, todas as mulheres que menstruam passarão pelo processo natural de envelhecimento e vivenciarão essa fase de transição entre o período fértil para o infértil. Entretanto, conhecer os sintomas para identificar a chegada dessa fase além de saber os tratamentos é essencial para continuar com qualidade de vida durante todo processo. 

 

Dra. Loreta Canivilo - ginecologista, obstetra e ginecoindócrino, formada pela Faculdade de Medicina ABC. A médica também é especialista em assuntos relacionados a reposição hormonal, estética íntima e tratamentos de doenças do útero e endométrio.


Outono pede mais cuidado com os olhos

Ar seco da estação aumenta a síndrome do olho seco, pode causar terçol e calázio.

 

Mal começou o outono, já dá para sentir nos olhos a diminuição da umidade do ar e a maior concentração da poluição típica na estação. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas, a primeira reação dos olhos a estas alterações climáticas é o ressecamento da lágrima que atinge 12% da população, na proporção de 3 mulheres para cada homem. A mulher, explica, tem mais olho seco porque a menopausa reduz a produção dos estrogênios e da camada oleosa da lágrima que impede a evaporação da camada aquosa. Outros grupos de risco são os usuários de lente de contato e quem passa muitas horas no computador. 

O oftalmologista explica que a lágrima é responsável pela proteção, oxigenação, umedecimento, limpeza da superfície ocular e manutenção de transparência da córnea, lente externa essencial à boa visão.  Por isso, manter os olhos lubrificados evita cicatrizes e é essencial para enxergar bem. Nesta época do ano, afirma, é comum pacientes com olho seco chegarem ao consultório acreditando que precisam trocar os óculos de grau. Isso porque, a falta de lágrima deixa a visão embaçada, como o vidro de um relógio riscado.

 

Sintomas

Outros sintomas do olho seco elencado pelo oftalmologista são: coceira, queimação, lacrimejamento excessivo, sensibilidade á luz, fadiga visual no celular ou computador, olhos vermelhos e irritados que podem melhorar com o piscar. “A fadiga visual é causada pela redução de 30 para 9 piscadas/minuto diante das telas e pelo stress oxidativo originado pela luz azul que os dispositivos emitem”, pontua.


 

Diagnóstico e tratamentos


Queiroz Neto ressalta que no consultório o diagnóstico do olho seco é totalmente automatizado. As imagens do filme lacrimal permitem ao paciente visualizar a recuperação lágrima e por isso incentivam a adesão ao tratamento, salienta. Em 70% dos casos, observa, o olho seco é causado por uma deficiência da camada gordurosa da lágrima. “O tratamento depende do tipo e estágio da alteração. Pode ser feito com uso de colírio lubrificante que varia de acordo com a deficiência diagnosticada, oclusão de pontos lacrimais e aplicação de luz pulsada que requer no mínimo três sessões de  luz pulsada ao redor dos olhos para estimular  a produção da lágrima”, explica. Em 80% dos casos elimina por completo o problema, pontua.


 

Prevenção


Para prevenir o olho seco o oftalmologista indica a inclusão na dieta de nozes e peixes gordos como bacalhau, salmão e sardinha.  Para estabelecer um programa de prevenção contínuo, recomenda a suplementação com ômega 3 encontrado na cápsulas de semente de linhaça que também protege a retina da ação de  radicais livres que acarretam sua degeneração.


 

Terçol e calázio


Queiroz Neto ressalta que no Brasil o outono é marcado por calor durante o dia que facilita a formação de uma bolinha dolorida na pálpebra. É o hordéolo, popularmente conhecido como terçol,  quando inflama duas glândulas, Zeiss e Moll. Pode indicar também o calázio,  inflamação da glândula de Meibomio. “As duas inflamações são mais frequente entre adolescentes que têm acne e pele oleosa, em pessoas com blefarite -  inflamação crônica das pálpebras e mulheres que usam maquiagem de baixa qualidade, vencidas ou não retiram completamente o make antes de ir dormir.


 

Tratamento


O especialista ensina ao primeiro sinal de terçol ou calázio aplicar no olho  quatro vezes ao dia , compressas mornas durante 15 minutos, feitas com gaze e  soro fisiológico. Geralmente, comenta o terçol desaparece espontaneamente. Caso não desapareça deve  consultar um oftalmologista para indicação de um colírio antibiótico. O  calázio, salienta  pode necessitar de cirurgia porque forma um granuloma e pode atrapalhar a visão.


 

Prevenção

As principais recomendações do médico para evitar doenças nas pálpebras são:

·         Lave as pálpebras e base dos cílios com xampu infantil de PH neutro.

·         Retire toda a maquiagem dos olhos antes de dormir.

·         Evite maquiar a borda interna das pálpebras.

·         Descarte as maquiagens vencidas.

·         Não compartilhe maquiagem e outros cosméticos

·         Faça um exame de refração em caso de recidivas de calázio.


Dia Mundial da Nutrição: alerta sobre aumento do consumo de ultraprocessados no Brasil


Obesidade, diabetes e hipertensão são problemas de saúde associados ao consumo desses alimentos. Especialista do CEUB indica como solução estimular o preparo da comida em casa


Celebrado em 31 de março, o Dia Mundial da Nutrição é uma oportunidade para debater e avaliar as práticas nutricionais e a importância de políticas públicas preventivas. No Brasil, o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados representa mais da metade do consumo alimentar da população brasileira (57,9%), conforme aponta estudo divulgado pelos Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Pessoas negras, indígenas, moradoras das áreas rural e das regiões Norte e Nordeste, assim como grupos com menores níveis de escolaridade e renda, são os maiores consumidores de ultraprocessados.

De acordo com a professora do curso de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Paloma Popov, o primeiro passo para resolver esse problema é entender a diferença entre alimentos minimamente processados, processados e ultraprocessados, conforme categoriza o Guia Alimentar Brasileiro.  “O que difere os alimentos processados dos ultraprocessados é que estes últimos possuem a quantidade mínima de componentes alimentares. Por exemplo, o milho em casca é um alimento minimamente processado, enquanto o milho enlatado é um alimento processado. Os salgadinhos feitos de milho são um exemplo de alimento ultraprocessado”, explica.

Paloma considera que a praticidade de consumir alimentos ultraprocessados contribui significativamente para o aumento do consumo, pois as pessoas querem comer com rapidez e facilidade. Segundo ela, refeições e lanches congelados com conservantes, aromatizantes e outros aditivos não são apenas prejudiciais à saúde, mas também podem causas doenças. “Apesar da rotina corrida, o consumidor deve ler os rótulos dos alimentos processados e ultraprocessados e escolher produtos com menos ingredientes e mais reconhecíveis”, recomenda.

Uma hora a conta chega! Popov explica que as consequências do consumo de alimentos ultraprocessados ao longo do tempo podem ser graves, como obesidade, sobrepeso, diabetes e hipertensão. “No passado, o Brasil enfrentou um grave problema de desnutrição, mas agora a mudança é em direção à obesidade e problemas de saúde devido aos hábitos alimentares”. Segundo a docente do CEUB, é fundamental conscientizar a população sobre os perigos do consumo de alimentos ultraprocessados e a necessidade de uma alimentação balanceada para prevenir doenças.

"Como se diz na nutrição: somos o que comemos. Infelizmente, a população está esquecendo de voltar à cozinha. Muitas vezes, a cozinha é apenas uma parte decorativa da casa, quando na verdade precisamos estimular o preparo do alimento como um cuidado, uma terapia em família. Se cozinharmos o básico, como arroz, feijão, verdura e salada, já estaremos nos ajudando e mostrando os ganhos para a saúde, como a pele, o cabelo e o intestino funcionando bem. É o mínimo que precisamos fazer. Esse é o nosso maior foco de estudo e preocupação”, considera Paloma.


Novo sistema de pedágio eletrônico (Free Flow) inicia na Rio-Santos nesta sexta (31/3)

Motoristas com TAG (etiqueta eletrônica) instalada no carro têm descontos na tarifa, que variam entre 5% e 70%

 

Tem início, nesta sexta-feira (31/3), a cobrança da tarifa do Free Flow (pedágio eletrônico) na BR-101/RJ/SP (Rio-Santos) A cobrança, autorizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ocorre após a conclusão dos serviços iniciais pela concessionária CCR RioSP. A tarifa praticada a partir da 00h desta sexta-feira (31/3) é de R$ 4,10 para os carros de passeio nos três pórticos instalados em Paraty (km 538), Mangaratiba (km 447) e Itaguaí (km 414).

 

Para os veículos comerciais, a tarifa é multiplicada pelo número de eixos. Nos finais de semana e feriados nacionais, conforme prevê o contrato de concessão, a tarifa terá valores diferenciados para as duas categorias, das 18h de sexta-feira às 6h de segunda-feira. O valor cobrado será de R$ 6,80.

São isentos do pagamento da tarifa as motocicletas, motonetas, triciclos e bicicletas moto, as ambulâncias, os veículos oficiais, próprios ou contratados de prestadores de serviço, da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, seus respectivos órgãos, departamentos, autarquias ou fundações públicas, bem como os veículos de Corpo Diplomático possuem o direito à isenção da tarifa de pedágio, conforme determina o contrato de concessão.

O não pagamento da tarifa em até 15 dias corridos, após a passagem pelo pórtico, está sujeito a multa de trânsito no valor de R$ 195,23 e 5 pontos na carteira (Artigo 209 do Código de Trânsito Brasileiro), além de multa e encargos moratórios pelo atraso.  


Como funciona – O pagamento ocorre de duas maneiras: por meio da leitura de uma TAG (etiqueta eletrônica) ou pela leitura da placa.

 

No primeiro caso, da TAG, a passagem será cobrada direto na fatura da sua operadora, com o benefício do desconto progressivo previsto em contrato de concessão que varia entre 5% e 70%.

Já o motorista que não tem uma TAG instalada, o pagamento da tarifa poderá ser feito em portal web da concessionária, app da CCR – CCR RioSP ou WhatsApp (11) 2795-2238 em até 15 dias corridos. Faça o autopagamento e evite multa.

Mais informações sobre o novo sistema de pagamento de pedágio sem paradas no Portal da ANTT e no website da CCR

 

 

Novo arcabouço pauta responsabilidade fiscal, mas peca em focar só na abundância

 
Para FecomercioSP, modelo é primeiro passo em direção positiva; entretanto, governo cria princípio de aumento constante dos gastos

 
Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o novo arcabouço fiscal, anunciado pelo Ministério da Fazenda na última quinta-feira (30), é positivo ao mostrar preocupação do governo com a regra fiscal e, consequentemente, dar um norte ao mercado. Por outro lado, cria princípio de aumento constante dos gastos, o que está longe do ideal de um Estado menos pesado e mais eficiente.
 
De acordo com o anúncio, os gastos sempre crescerão em valores reais – cujo crescimento estará sempre entre um piso de 0,6% até o teto de 2,5%. Não há vislumbre, por exemplo, em anos de queda de despesas. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o ponto negativo é que se trata de uma regra para administrar a abundância de receita, mas pouco diz como lidar com escassez, o que não é uma hipótese remota. O valor real dos gastos subiria sempre, independentemente das condições econômicas.
 
Além disso, como o arcabouço está atrelado ao aumento de receitas, pode ser um incentivo ao governo para aumento de impostos, um perigo para o contribuinte, que vai ser “chamado” a participar do ajuste da forma como vem ocorrendo há mais de 20 anos no País: por meio do aumento de despesas, contempladas por aumento de tributos. A despeito da sua inflexibilidade, o teto de gastos tinha duas grandes vantagens: impor à classe política a necessidade de escolhas e resguardar a população do aumento da carga. Isso não existirá mais. Contudo, o novo modelo tem clara preocupação de não criar aumento desordenado de despesas em substituição ao teto, o que é positivo.
 
Outro ponto favorável é o fato de despesas com educação, saúde e investimentos em infraestrutura, a princípio, estarem incluídas nas contas. Neste contexto, o governo terá o desafio de lidar com a recomposição dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e com o piso da enfermagem, os quais, constitucionalmente, devem ser considerados fora do teto. Ao ser questionada, a equipe de governo destacou que ainda não sabe como lidará com este paradoxo (educação dentro do programa apresentado, mas constitucionalmente fora).
 
Para Antonio Lanzana, copresidente do Conselho de Economia Empresarial e Política (CEEP) da FecomercioSP, o anúncio do pacote fiscal ainda tem alguns pontos importantes a serem esclarecidos, mas, no geral, responde à demanda do mercado quanto a uma definição das atitudes do governo.
 
“Há uma expectativa de que, no futuro, as medidas contribuam para o controle da dívida pública, e isso cria um espaço para a redução da taxa de juros. Esse espaço será tão mais forte quanto forem as reações do mercado, as quais, após análise dos documentos apresentados essa semana, estarão explicitadas no nosso dia a dia. Para as empresas, isso abre a possibilidade de queda da taxa de juros com redução de imposto de capital, mas não será uma reação imediata, depende da reação do mercado”, explica o especialista.


 
FecomercioSP


Educação eleva custo de vida na RMSP em fevereiro

Grupo responde por mais da metade da elevação das despesas dos lares, aponta FecomercioSP

 
O custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) apresentou alta de 5,79%, no acumulado dos últimos 12 meses. Em fevereiro, o índice registrou elevação de 0,63%, pouco acima do 0,50% constatado no primeiro mês do ano. Os tradicionais reajustes da educação fizeram do grupo o grande vilão da elevação das despesas das famílias no segundo mês do ano.
 
Com grande peso no orçamento, a categoria alimentação e bebidas também pressionou as contas dos lares paulistanos. Os dados são do levantamento mensal Custo de Vida por Classe Social (CVCS), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).


 
Educação

Na comparação interanual, o segmento da educação apresentou crescimento de 7,05%. Na variação mensal, o aumento foi de 5,24% – número que representa 0,37 ponto porcentual (p.p.) o índice geral de fevereiro. O ensino médio apontou elevação média de 11,1%, enquanto o ensino fundamental, de 10%. A educação infantil aumentou 9,3%. O impacto do setor foi alto para todas as faixas de renda analisadas. A maior variação foi vista na classe D, de 6,63%. Para a classe A, a alta foi de 5,95%, ao passo que a classe E registrou elevação de 3,65%.
 
Apesar dos efeitos, esta é uma questão pontual e não estrutural, aponta a FecomercioSP. O segmento não vai continuar a pressionar nos próximos meses. 

 



Saúde e habitação pressionaram de forma similar: o primeiro grupo apontou elevações de 12,02%, em 12 meses, e 1,15%, em fevereiro; o segundo registrou crescimentos de 2,62%, na comparação interanual, e 0,78%, na mensal.
 
No grupo da saúde, os preços aumentaram tanto no varejo quanto nos serviços. Os serviços médicos apresentaram alta de 3,1%, e o plano de saúde, 1,2%. Pelo comércio, os perfumes avançaram 7,3%, os produtos para a pele cresceram 4% e o antigripal encareceu 2,5%.
 
No grupo da habitação, por sua vez, também pressionou os serviços e o varejo. Pelo primeiro, o aluguel residencial obteve elevação de 1,6%, enquanto a energia elétrica residencial aumentou 0,7%. Já no segundo, destaque para os produtos de construção, como revestimento de piso, cimento e tijolo – que subiram 2,1%.


 
Alimentação e bebidas têm alta de 0,40%

Segmento com principal peso no CVCS, alimentação e bebidas registrou alta mensal de 0,40%, gerando impacto de 0,9 p.p. na variação global. As frutas, legumes e verduras sofreram aumento, como o mamão (15,1%), a alface (9,6%) e a cenoura (15,9%).
 
De acordo com a FecomercioSP, questão climáticas, como excesso de chuva e aumento de custos, explicam as altas mais expressivas. A classe A foi a que mais sentiu as variações (0,52%), ao passo que, para a classe E, a variante foi de 0,28%. No campo negativo, três grupos apresentaram retração nos preços. Quem mais ajudou a contrabalancear o aumento no mês foi o grupo dos transportes, que caiu 0,49%. Destaques para as quedas de 8,8% das passagens aéreas e de 4,6% do seguro de veículo. No varejo, redução de 2,4% do óleo diesel. Em contrapartida, a gasolina apontou aumento médio de 1%. Um fato importante é que o alívio foi maior para as classes de renda mais baixas. Para a classe E, por exemplo, o grupo transporte retraiu 0,72%, ao mesmo tempo que, para a classe A, houve aumento médio de 0,26%. Os grupos de vestuário e artigos do lar completam a lista de quedas, com variações respectivas de 0,35% e 0,66%.
 
Apesar dos preços médios arrefecendo, ao apresentar variação abaixo da vista em 2022, o custo de vida na RMSP continua em patamar elevado, próximo a 6%. São pressões de custos, impostos e problemas climáticos que pressionam a oferta e não permitem uma inflação mais baixa. Frente a um cenário relativamente melhor, as famílias devem recuperar de forma gradativa o poder de compra, o que é um ótimo indicativo para os empresários do comércio.


 
Varejo e serviços acumulam alta

O Índice de Preços do Varejo (IPV), da CVCS, acumulou alta de 5,29% nos últimos 12 meses. Dentre os oito grupos estudados, cinco apresentaram variação positiva. Destaque para a elevação no segmento de saúde e cuidados pessoais (113,45%), seguido pelo de alimentos e bebidas (10,41%).
 
Elevação também observada no Índice de Preços dos Serviços (IPS), da CVCS, acumulado de 6,29% em 12 meses. Dentre os oito grupos que compõem o indicador, seis apontaram índices positivos. No período, a maior variação foi vista em educação (7,48%) e habitação (0,89%).


 
Nota metodológica

CVCS

O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV, 181 produtos de consumo.


 
FecomercioSP


Como o inglês pode te ajudar a superar as demissões em massa na área de tecnologia

   O setor de tecnologia é uma das áreas que mais vem
sofrendo com as demissões (créditos: unsplash)
O número de demissões já corresponde a 64% do total de funcionários dispensados em 2022               

 

O começo do ano é marcado por muitas mudanças, no setor empresarial são realizados ajustes salariais e alterações de cargos, muitos funcionários de diferentes empresas do Brasil foram surpreendidos com as demissões em massa. 

Uma pesquisa da Layoffs.fy, relatório do portal de rastreamento demissões em massa, apontou que desde  o começo de 2023, o setor de tecnologia vem demitindo em massa trabalhadores no mundo todo. Correspondendo a 64% do total de funcionários dispensados em 2022 contabilizando o total de  103.767 dispensas.

O grande número se explica por uma série de fatores. Economistas afirmam que após o cenário da pandemia, a economia passou por alterações, sendo refletido nos anos posteriores, como em 2023. Uma forma de ajustar gastos e evitar falências nas empresas. 

Com isso um dos maiores prejudicados foram os ex-colaboradores que precisam se inserir novamente no mercado de trabalho, tendo que reformular seus currículos e buscar novas especializações. 

“As mais variadas empresas estão passando por um período de reestruturação, um dos setores prejudicados é o da tecnologia mesmo sendo uma área que oferta um número grande de vagas todos os dias. Pensando no ponto de vista do ex colaborador, o ideal para esse momento é buscar novas oportunidades, investindo em uma capacitação mais aprimorada, como o inglês, que é um idioma que anda muito alinhado às novas tendências e requisitado no mundo dos negócios”, afirma o CEO da EdTech Aliança. 

Um profissional da tecnologia já pode possuir uma comissão salarial interessante, um colaborador que possui suas experiências e a fluência do inglês pode ter um salário 70% maior.   

Com isso o especialista em educação e CEO da Aliança Helaman Fernandes, separou benefícios do inglês para a área da tecnologia:

 

  • Imersão maior nos materiais 

Grande parte dos manuais de instrução, peças e softwares são redigidos no idioma inglês, pedindo assim que profissionais tenham uma certa fluência para entenderem o que está sendo descrito, por exemplo: JAVA, HTML, PHP etc.

 

  • Oportunidade de trabalhar em outros países 

Por ser uma área vasta, a tecnologia está presente nos 4 cantos do mundo. Para que esses colaboradores participem das multinacionais, a língua mais pedida é o inglês, permitindo que consigam se desenvolver e expandir sua rede de contatos.

 

  • Possibilidade de plano de carreira 

O inglês pode servir como um divisor de águas na vida de algumas pessoas, possibilitando um destaque e diferenciação do que se comparado a  outros candidatos que não possuem uma certa dominação e fluência. Não é apenas um idioma muito falado em todo o mundo, mas um potencializador para melhores condições salariais e concretização de um plano de carreira mais estruturado. 

Pesquisas da Revelo, empresa de recrutamento e seleção aponta que 38,4% dos candidatos de tecnologia que afirmam dominar o idioma possuem nível intermediário de proficiência. O levantamento também mostra que os níveis básico e intermediário empatam com 31% no perfil dos profissionais à disposição do mercado. 

“A capacitação do inglês é um investimento na carreira que traz grandes resultados e que provocam um impacto na vida do colaborador, evidenciando que não é meramente um luxo mas uma necessidade”, afirma o CEO Helaman Fernandes  

  

Aliança
https://aliancaamerica.com.br/


TRT-15 recebe mais de um novo processo de assédio sexual por dia

Para a advogada Mirella Franco, do GBA Advogados Associados, número está relacionado ao incentivo às denúncias, como o recente programa Emprega + Mulheres 

 

Por dia, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, com sede em Campinas (SP), recebe mais de um processo de assédio sexual. Somente nos dois primeiros meses de 2023, foram 72 novas ações, 9% a mais que o mesmo período do ano passado, quando recebeu 66. 

Nos últimos cinco anos, o número de processos saltou de 337 (2018) para 459 (2022). “Esse aumento está diretamente relacionado ao incentivo às denúncias, como o recente programa Emprega + Mulheres, que exige ações concretas de empresas no combate e prevenção ao assédio no trabalho”, afirma a advogada Mirella Pedrol Franco, do GBA Advogados Associados. 

Mirella lembra que o assédio, tanto o moral quanto o sexual, infelizmente ainda é uma realidade no mundo corporativo. O tema ganha destaque no Mês da Mulher, e leis como a do Emprega + Mulheres são fundamentais ao estabelecer medidas de proteção. 

A lei, que completou seis meses no último dia 23 de março, estabelece que a empresa deve criar procedimentos, além de receber e acompanhar as denúncias, para que haja a apuração do caso, devendo aplicar as sanções administrativas aos responsáveis diretos e indiretos pelos atos de assédio e violência, garantindo o anonimato da pessoa denunciante. A norma diz, também, que as queixas corporativas não substituem uma eventual ação na Justiça.


“O ideal é que as denúncias de assédio sejam apuradas por um canal próprio, que assegure o sigilo e seja especializado no tema. Algumas companhias já têm comitês de mediação no caso de microagressões, tratando de casos mais leves e prevenindo problemas graves futuros”, complementa a advogada. Caso a empresa não cumpra o estabelecido, pode ser multada por infração às normas regulamentadoras, se flagrada pelo Ministério Público do Trabalho. 

Outra importante determinação da lei, é que as empresas deverão incluir temas referentes à prevenção e ao combate ao assédio e outras formas de violência nas atividades e nas práticas da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -- CIPA; e também obriga a realização, no mínimo a cada 12 meses, de ações de capacitação, orientação e sensibilização dos empregados de todos os níveis hierárquicos da empresa sobre temas relacionados a violência, assédio, igualdade e diversidade no ambiente de trabalho. “Essas ações devem ser feitas em um formato simples, acessível e de fácil compreensão”, explica a advogada. 

Mirella lembra que as empresas que ainda não se adequaram precisam, urgentemente, acionar o seu jurídico e a área de Recursos Humanos para que todas essas medidas sejam implementadas, evitando ações judiciais, risco reputacional, denúncias ao MPT, e multas por infração às normas regulamentadoras.

 

Marco de inclusão

Mirella destaca que o Programa Emprega + Mulheres é um marco nas medidas de inclusão de mães e mulheres no mercado de trabalho. Essa questão, ressalta a advogada, merece destaque e tem ganhado foco, sendo uma preocupação global. As empresas, hoje, acreditam que as práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) são uma parte fundamental de suas estratégias. 

Segundo o estudo da consultoria e auditoria Deloitte, o qual mapeou avanços na estrutura e representatividade nos negócios, apenas dois em cada dez oferecem benefícios específicos. A análise também indicou que as empresas ainda levam mais em consideração a participação numérica de grupos minorizados do que os aspectos mais estratégicos, como desvios salariais, programas de inclusão, impacto à reputação, benefícios etc. “Assim, fica claro que ainda estamos caminhando a passos lentos, e que as empresas ainda precisam trabalhar em suas frentes de inclusão, construindo um ambiente seguro, sobretudo para as mulheres”, conclui.


Criadores de conteúdo dão dicas para não errar na declaração do Imposto de Renda

O Kwai destaca conteúdos feitos por criadores da plataforma que ajudam a tirar dúvidas sobre a entrega da restituição deste ano 

 

O Imposto de Renda Retido na Fonte, conhecido como IRRF ou Leão, é um tributo federal anual que é aplicado sobre o que cada brasileiro recebe e que acompanha a evolução patrimonial dos cidadãos ao longo dos anos. Por isso, há mais de 100 anos (desde 1922), o governo solicita que empresas e trabalhadores informem à Receita Federal todos os seus ganhos. 

Neste momento do ano, muita gente costuma ter dúvidas na hora de fazer e entregar a declaração da restituição: Como declarar o Imposto de Renda Retido na Fonte? Quem deve fazer a declaração? Qual valor é isento?. Para dar uma ajuda àqueles que ainda se confundem ou procuram informações sobre o Leão, o Kwai, app de criação e compartilhamento de vídeos curtos, destaca cinco conteúdos feitos por criadores e especialistas da plataforma que vão ajudar a esclarecer os principais questionamentos. Confira!
 

1 – Quem precisa declarar? – O criador de conteúdo financeiro Rob Correa (+43,1 mil seguidores), explica, de forma didática, uma das principais dúvidas relacionadas ao Leão: quem deve declarar de acordo com os rendimentos recebidos no ano passado. 

 

2 – Tabela Imposto de renda – Caso ainda haja dúvidas sobre quem precisa fazer a restituição, o advogado Dr. Amarildo Filho (+1,9 milhão de seguidores), especialista em direito, explica, de forma detalhada e simples, como funciona a tabela de Imposto de Renda Retido na Fonte. Este ano, quem recebe até R 1.903,98 é isento da tributação, no ano que vem, está prevista a mudança desse valor para R 2.640.

 

3 – Como fazer declaração de Imposto de renda? – O primeiro passo para fazer a sua declaração de IRRF é baixar o programa no site oficial da Receita Federal e preencher todos os dados. Para deixar mais lúdico, o criador de conteúdo da área de finanças, Alberto Pompeu (+231,1 mil seguidores), mostra o passo a passo no Kwai. Além disso, caso você tenha algum investimento para declarar, ele ensina como informá-lo na restituição.

 

4 – Declaração de PIX no Imposto de Renda – Outra informação importante, e pouco conhecida, é que as transações recebidas via PIX devem ser informadas na declaração do IRRF. Em forma de esquete, Doutor Fran (+617,5 mil seguidores), advogado especialista em Direito do Consumidor e Direito Civil, comenta sobre a importância dessas informações na restituição.
 

5 – Declarar imposto não é igual a pagar IR – Se você é investidor, saiba que é importante entender que declarar Imposto de Renda Retido na Fonte não pode ser confundido com pagar Imposto de Renda (IR). O criador Marlon Mendes (+617,5 mil seguidores), que fala em seu perfil sobre investimentos, explica um pouco mais sobre essa diferença e dá outras dicas para quem quer começar a investir.


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