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segunda-feira, 20 de março de 2023

Maioria das pessoas têm conceitos diferentes sobre felicidade

Comemorada no dia 20 de março, a felicidade é considerada um objetivo universal, mas as pessoas associam esse estado a conquistas materiais ou emocionais; professor de Psicologia defende que a felicidade está na busca de sentidos motivadores para a vida

 

Esta segunda-feira, 20 de março, assinala o Dia Internacional da Felicidade, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em sua Assembleia Geral de 2012, Nesta data, a própria ONU divulga um ranking que mensura, a partir de seis indicadores (PIB per capita real, assistência social, expectativa de vida saudável, liberdade para fazer escolhas, generosidade e percepções de corrupção), os níveis de felicidade global em mais de 150 países. Na edição de 2023, os três primeiros lugares do ranking ficaram com a Finlândia, a Dinamarca e a Islândia. O Brasil ficou no 49º lugar, caindo 11 posições desde o relatório de 2022.   

A data, inspirada em um feriado já existente no reino do Butão (país situado na Ásia), foi criada com o objetivo de destacar a felicidade e o bem estar como objetivos universais, que são partilhados por todos os seres humanos e considerados por todos os países em suas políticas públicas para a população. 

A grande maioria das pessoas costuma ter vários conceitos sobre o que é a felicidade. Muitos acreditam que ela pode ser encontrada nas coisas materiais e nas realizações de objetivos, enquanto outros acreditam que ela se baseia mais em fatores psicológicos, emocionais e espirituais.  

A resposta mais aceita pela Psicologia, no entanto, é outra, e vem da explicação do psicólogo e professor Nicolas Kennedy de Lima Brandão (CRP 02/25295), responsável técnico de Serviço-Escola de Psicologia do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco). “Felicidade é uma estado humano de humor que pode ser temporário, e em geral é. Nunca ficamos felizes por muito tempo, mas podemos também ter momentos tristes e eles não duram pra sempre”, afirma.   

Ainda nesse sentido, o entorno material afeta a percepção atual do conceito de felicidade e, a curto prazo, o acúmulo de bens de desejo pode ser visto como tal. A questão é que essa visão de felicidade acaba predominando, principalmente em razão da situação socioeconômica e dos níveis de desigualdade social de cada país. Isso ajuda a explicar a teoria popular de que o dinheiro traria felicidade, mas o professor da Unit dá um não bem enfático a essa teoria.  

Para ele, o dinheiro pode trazer uma falsa sensação de alívio frente à situação existencial ou social vivida por cada pessoa, mas não sustenta a motivação básica da vida humana, que é a busca por sentido. “O dinheiro, por si, só não sustenta a motivação básica da vida humana, que é a busca por sentido. Chega um momento em que bens materiais não mais preenchem o que buscamos como motivação para a vida humana”, alerta Nícolas. 

 

Sentido para a vida 

Essa busca por um sentido motivador para a vida é o que defende a chamada Logoterapia, também conhecida como Terceira Escola de Psicoterapia de Viena. Segundo a teoria, criada pelo psicólogo austríaco Viktor Frankl (1905-1997), a felicidade é consequência do encontro com o sentido da vida, e quando cada pessoa se coloca no caminho dessa busca pelo sentido, ela esbarra na própria evolução como ser humano e encontra a felicidade quando realiza os valores que lhe competem.  

Por outro lado, a felicidade acaba sendo muito afetada pelas rotinas do dia-a-dia e pelos conflitos pessoais. “Não tem como responder essa pergunta sem refletir sobre as rotinas de trabalho extensivas e sem sentido que nós nos submetemos hoje, pela necessidade de sobre(viver). No final das contas, nós estamos pouco a pouco perdendo o contato com a realidade existencial que nos prendia a milênios atrás, como na época dos Clássicos Gregos, que é a realização de valores. Hoje, tudo é tão rápido, que perdemos a noção do que é feito para durar”, lamenta o professor. 

 

Cultivando a felicidade 

A manutenção ou conquista de uma vida mais feliz pode ser buscada por cada pessoa, a partir do cultivo de pequenos hábitos no cotidiano, buscando um melhor equilíbrio entre corpo e mente. “Tendo todas estas áreas em equilíbrio e bem trabalhadas para possíveis questões, já seria um grande começo para perceber-se feliz”, resume Nícolas Kennedy. 

Profissionais das áreas de saúde e saúde mental são unânimes em recomendar a adoção de uma rotina saudável, com mudanças na alimentação, a realização diária de atividades físicas, uma melhor qualidade de sono e a manutenção de boas interações emocionais, além da dedicação de um tempo para os hobbies, que são as atividades que permitem um relaxamento da pessoa e um alívio do estresse.  

Além de buscar conteúdos que orientem na adoção desta rotina saudável, outra recomendação é colocar-se em busca de sentidos e motivações para a vida, seja nos aspectos profissionais, pessoais ou emocionais. Em caso de dificuldades nesse processo, deve ser buscada a ajuda profissional, como a de Psicólogos e outros profissionais que possam auxiliar no caminho da vida mais saudável e feliz.

 

Asscom | Grupo Tiradentes

 

6 dicas para retomar o seu controle emocional

O desequilíbrio emocional gera alterações frequentes e inesperadas de humor, reações desmedidas e explosões de raiva

 

Uma pesquisa sobre intolerância, realizada pelo Instituto Ipsos em 27 países, aponta o Brasil como 7º país mais intolerante. Cerca de 84% dos brasileiros veem o país dividido e 62% percebem mais intolerância hoje do que há 10 anos. Já a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) representou o Brasil na pesquisa “Adaptação social em estresse na pandemia de Covid-19: um estudo transcultural”, que reuniu 24 países de quatro continentes. 

A pesquisa observou temas como ansiedade, empatia, estresse, suporte e comportamentos sociais e culturais entre os vários países. As 15.375 respostas mostraram que os brasileiros estão entre os mais estressados, comparados às pessoas de outros países. Entre as principais causas, destacam-se baixo nível de empatia, grande desgaste emocional pessoal, sofrimento e aumento do individualismo. 

“Não à toa, temos visto com frequência pessoas perdendo o controle facilmente, apresentando reações desmedidas e, inclusive, tendo explosões de raiva por motivos banais”, afirma Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, preceptora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

 

Como saber se estou fora do meu controle emocional

O desequilíbrio emocional é caracterizado por alterações frequentes e inesperadas de humor e pela facilidade em “sair do eixo” diante de acontecimentos negativos, sobrecarga e situações de imprevisto. 

Segundo Danielle Admoni, pessoas emocionalmente instáveis não conseguem lidar com as adversidades da vida com serenidade. Ao encarar momentos que possam parecer normais aos olhos de qualquer pessoa, esses indivíduos apresentam uma irritabilidade desnecessária e fora do comum. 

“A pessoa deixa as emoções falarem mais alto do que a razão e toma atitudes que seriam moralmente questionáveis, como arrumar briga no trânsito. Pode haver episódios de raiva que resultem até em agressão física”, alerta a psicóloga Monica Machado, fundadora da Clínica Ame.C e pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. 

Em resposta ao emocional, o corpo se manifesta, apresentando sinais como dificuldade de concentração, foco e raciocínio; sintomas físicos, como dores de cabeça, dores musculares e problemas gastrointestinais; insônia e dificuldade para dormir, mesmo estando com sono. 

Para a psiquiatra, estes comportamentos são uma forma inconsciente e irracional de pôr para fora os medos, as preocupações e os problemas que a pessoa não consegue verbalizar ou expor de uma maneira que lhe traga respostas e soluções. 

“Um indivíduo que está com exaustão mental, passando por conflitos que vão além do seu limite emocional, não consegue guardar tudo para si mesmo o tempo todo. Se ele não tiver um meio de exteriorizar esta carga, ela se torna uma bomba-relógio, podendo explodir a qualquer momento”.  

 

Saiba recuperar seu equilíbrio emocional

De acordo com Danielle Admoni, as emoções estão presentes em todas as situações da vida e, quando elas estão em desarmonia, é preciso buscar meios para reorganiza-las. Feito isso, será possível enfrentar as crises e os desafios de modo racional. Confira as dicas das especialistas:

 

Busque a origem do problema

Avalie o que está causando o seu desequilíbrio emocional. Excesso de trabalho? Crise no casamento? Problemas financeiros? Chegue na raiz de cada problema e encontre alternativas para resolve-los. “Mesmo que não haja conclusões imediatas, só o fato de encarar o problema de frente e persistir na solução, fará você entrar novamente no eixo”, diz a psicóloga Monica Machado.

 

Jamais duvide de si mesmo

Não associe os problemas com o seu potencial e suas qualidades, pois isso irá te colocar para baixo, afetando sua autoestima e autoconfiança. Todo mundo tem problemas, mas o que vai te definir é sua determinação e resiliência para supera-los. Encontre nas suas realizações a força necessária para se equilibrar.

 

Esteja no controle das suas emoções

Cuidado para não projetar e descontar seus problemas nas pessoas. Faça o possível para controlar a raiva, tristeza ou qualquer outro sentimento que te levem a reações agressivas por impulso. “Ao perceber que está sendo dominado por uma emoção negativa, o ideal é se afastar e buscar formas de se recompor”, pontua Monica Machado.

 

Mexa o corpo

A prática sistemática do exercício físico está associada à ausência ou a poucos sintomas de ansiedade. Segundo Danielle Admoni, durante o exercício físico, o corpo libera hormônios e neurotransmissores, como serotonina, noradrenalina, endorfina e dopamina; que regulam o bem-estar, o humor, a memória, a concentração e o estresse. 

“Além disso, o aumento da frequência cardíaca melhora o fluxo de sangue para o cérebro e estimula o sistema nervoso central, promovendo benefícios cognitivos, o que inclui a melhoria do raciocínio, da memória e até da facilidade em lidar com eventos estressores”, relata a psiquiatra.

 

Apenas respire

Dependendo do nível de ansiedade, a respiração fica mais superficial, com aumento da frequência e diminuição da profundidade. “Isso altera o tônus muscular da cadeia respiratória, responsável por várias reações do corpo ao estresse. Ao praticar a respiração de forma correta, é possível regular o sistema nervoso e diminuir os sintomas físicos e emocionais”, afirma Admoni. 

Uma das técnicas é a chamada respiração quadrada, que requer uma pausa de quatro segundos a cada respiração e inspiração. Inspire lentamente pelo nariz contando até quatro, pause por 4 segundos, expire pela boca contando até quatro e pause por mais 4 segundos.

 

Descubra-se na terapia

O caminho para lidar com o desequilíbrio emocional é o autoconhecimento, que pode ser aprofundado por meio da terapia. De acordo com Monica Machado, ao se conhecer melhor, entender seus gatilhos, conflitos internos e padrões de comportamento, você estará mais preparado para equilibrar suas emoções e, consequentemente, suas atitudes. 

“Vale lembrar que quem sofre com a instabilidade emocional tende a acreditar que se trata apenas de uma ‘personalidade forte’ ou da característica de sentir as emoções de forma mais intensa. No entanto, em muitos casos, esse desequilíbrio emocional pode indicar transtornos de personalidade e de humor que nunca foram diagnosticados. Daí a importância de uma avaliação detalhada para o tratamento adequado”, finaliza Danielle Admoni.

 

Relatório Mundial de Felicidade 2023 e Felicidade nas agendas particulares e públicas: uma questão de Direitos Humanos

20 de março é o Dia Internacional da Felicidade e foi lançado o Relatório Mundial da Felicidade 2023, em que posição o Brasil está no Ranking e o que isso significa?

 

O tema felicidade é recorrente na história, porém nos últimos anos vem conquistando contornos específicos: muito conhecimento produzido, muitas práticas para manter e outras tantas para construir, consideração da felicidade como Ciência e uma certa urgência em que se consolide como resposta social, na medida em que a própria Organização das Nações Unidas aponta que a felicidade traduz a essência dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 - aqui vamos tomar esse referencial como um dos tantos conceitos de felicidade. 

Ela é tema transversal em cada área da vida, assim como, por exemplo, vem conquistando espaço na agenda corporativa -- um ótimo caminho para sustentabilidade de organizações aliás. Fato é que a cada dia podemos aprender a ser mais felizes e colaborar e influenciar ações à felicidade dos outros. Some-se que isto não é um assunto apenas para as agendas particulares: se cada um de nós é convidado a pensar em como ter hábitos para vidas mais felizes, a agenda pública deve também se ocupar disso. 

É uma questão de Direitos Humanos atuar para que todos possam ter vidas dignas e felizes, pois felicidade também é um Direito Humano, um outro bom conceito. Isto parece abstrato, porém para fortalecer e orientar esse debate, como as pessoas podem compreender agendas privadas e públicas voltada para a felicidade? 

Podem começar observando os Relatórios Mundiais de Felicidade, que avaliam a felicidade das pessoas em todo o mundo. Elaborado pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU, cada relatório classifica os países de acordo com a felicidade de seus habitantes, com base em uma variedade de fatores, incluindo a renda per capita, o apoio social, a expectativa de vida saudável, a liberdade para tomar decisões, a generosidade e a percepção de corrupção. 

No Relatório de 2023, que tem seu lançamento na presente data, 20 de março, o Dia Internacional da Felicidade, são feitas considerações sobre a Agenda da Felicidade para os próximos dez anos; analisadas a felicidade mundial, confiança e conexões sociais em tempos de crise; bem-estar e eficácia do Estado; relações entre altruísmo e bem-estar; mediação do bem-estar com mídias sociais em todo espaço, tempo e culturas. 

Os indicadores analisados em cada Relatório apontam a necessidade de superar desigualdades, atuar em parcerias e, sobretudo, acreditar que a humanidade pode atuar pela felicidade de cada pessoa em todos os lugares. Uma análise de todos os relatórios publicados evidencia que há muito a ser feito, porém, que há reais conquistas já obtidas e caminhos para que todos os países possam ter bons resultados no ranking - não se trata de concorrência entre os países, só de efetivo suporte para o desenvolvimento sustentável de todos. 

Desde sua primeira edição, o Relatório Mundial de Felicidade tem apresentado resultados interessantes e surpreendentes, que apontam uma certa geografia da felicidade. Em geral, os países nórdicos, como Finlândia, Noruega e Dinamarca, têm consistentemente liderado o ranking de felicidade, enquanto países em conflito ou com baixo desenvolvimento econômico, como Iêmen, Síria, Burundi, Afeganistão, ocupam as posições mais baixas. 

Nota-se que as pontuações dos países no relatório também podem variar de ano para ano, dependendo de fatores como a situação econômica global, os eventos políticos ou sociais e as condições ambientais. Por exemplo, a pandemia da COVID-19 teve um impacto significativo na pontuação de felicidade em todo o mundo, com muitos países registrando quedas acentuadas em suas pontuações. 

O tema é urgente no Brasil, que, infelizmente vem notoriamente obtendo resultados piores desde 2016, quando esteve em sua melhor classificação:
 

2012 - 25

2013 - 24

2015 - 16

2016 - 17

2017 - 22

2018 - 28

2019 - 32

2020 - 32

2021 - 38

2022 - 49

WHR (Disponível em: Link. Acesso em 20 mar. 2023)

Assim, o Relatório Mundial de Felicidade é uma importante ferramenta para entender a felicidade e o bem-estar das pessoas em todo o mundo e se cada um de nós paramos para pensar no Brasil a partir dos dados acima, vamos juntos, talvez, tomar a decisão de compreender mais o tema, fortalecer as ações importantes que auxiliarão na promoção de felicidade e bem-estar do povo brasileiro e que já estão em andamento e fomentar novas ações alinhadas cada vez mais com a ideia de colocar a felicidade em evidência. 

Que o Dia Internacional da Felicidade seja um marco de celebrar conquistas e de tomada de decisões rumo à presença cada vez mais intensa da felicidade nas agendas das pessoas e da sociedade. É possível. É necessário. É questão de Direitos Humanos.

 

Aline da Silva Freitas - Doutora em Direitos Humanos, Mestre em Direito Político Econômico e Master em Psicologia Positiva. Professora da Faculdade de Direito do Mackenzie e Consultora em Direitos Humanos, Felicidade e Bem-Estar.


Pela vida e pelas mulheres


O mês de março é tradicionalmente dedicado às mulheres em diversas partes do mundo. Não a parabenizações genéricas, meros botões de rosas, campanhas publicitárias de empresas ou outras ações vazias que, infelizmente, atravessam a data. Pelo contrário: são dias de reflexão, de toda a sociedade se engajar verdadeiramente na luta pelos direitos das mulheres.

Foram importantes os avanços nas últimas décadas: no nosso país, elas já são maioria no ensino superior, conforme dados da pesquisa “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgada em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); a bancada feminina na Câmara dos Deputados cresceu 18,2% nas eleições mais recentes; a Lei Maria da Penha, criada em 2006, consolidou-se como uma ferramenta de proteção contra a violência doméstica.

Além disso, as mulheres têm alcançado avanços significativos em termos de educação e mercado de trabalho, ocupando posições de liderança em empresas e instituições acadêmicas.

Mesmo assim, são numerosos os desafios ainda a serem enfrentados, como a disparidade salarial entre os gêneros e o aumento do índice de feminicídios no país – levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) aponta que houve crescimento de 10,8% nos assassinatos em quatro anos.

A saúde delas também piorou. Em razão da pandemia de Covid-19, não foram raros os casos de mulheres que interromperam seus tratamentos ou tiveram dificuldade de acessar os serviços de saúde. Representando a maior parte dos profissionais na linha de frente do combate ao vírus, elas ainda ficaram mais expostas ao adoecimento.

Não podemos permanecer de braços cruzados diante da desigualdade. O Artigo 196 da Constituição estabelece a saúde como um direito de todos. E de todas. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Clínica Médica criou há alguns anos uma campanha permanente, denominada de Mulher Coração.

Considerava-se, até bem pouco tempo, que os problemas do coração eram algo intrínseco aos homens. Hoje sabemos que o sexo feminino também é seriamente afetado pelas doenças cardiovasculares, que ultrapassaram as estatísticas dos tumores de mama e útero e levam a óbito mais de 23 mil mulheres diariamente em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). As pílulas anticoncepcionais, a menopausa e o tabagismo constituem fatores de risco para esse público.

Nossa campanha tem como objetivo alertar e orientar as mulheres brasileiras quanto à importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Artistas e personalidades como Fofão, Irene Ravache, Maitê Proença e Paula Lima apoiam a iniciativa. Você também pode fazer parte, acessando mulhercoração.com.br.

A construção de um país menos hostil e com mais bem-estar para todas as mulheres está em nossas mãos. Exercite a dignidade.

 

Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica


Gelotologia: felicidade impacta na saúde física e mental


Ser feliz nos dias de hoje é de fato uma dádiva, um ensaio vista as ocorrências trágicas no mundo como uma peça grega. O mais interessante é que ser feliz está diretamente associado à saúde mental, que se mostra como equilíbrio do corpo evitando doenças.

Ser feliz requer a conscientização do processo de entendimento dos valores da vida e o que de fato é importante. Deste modo, a Gelotologia, ciência que estudo o humor, proporciona uma facilidade ao entendimento desse processo de busca da felicidade, onde muitos ainda não compreenderão que proporcionar grande importância a problemas poderá gerar transtornos emocionais e até mesmo o adoecimento espiritual e físico.

Como abordagem terapêutica, muito se utiliza a gelototerapia - também conhecida como a terapia riso. Uma boa gargalhada com duração de aproximadamente 1 minuto poderá gerar 45 minutos de bem-estar devido a liberação do hormônio da felicidade chamado de serotonina. E antes mesmo que possa emergir o questionamento se você terá que utilizar das formas teatrais e da palhaçaria para essa abordagem, fique tranquilo! A gelototerapia, na verdade, precisa apenas que sejamos entusiastas da vida e dos benefícios que ela nos proporciona. Quando nos transportamos para um local no pensamento que nos leva na temporalidade para ações felizes sorrimos e nos empolgamos. Olhar a natureza, estar entre bons amigos, abraçar pessoas e animais, ir a uma praia, estar dentro da natureza gera quase a mesma proporção de felicidade do riso.

O que de fato precisamos entender é que a felicidade, muitas vezes acompanhada da ação de rir, será uma válvula de escape para tensões, medos, tristeza e insegurança. Momentos de prazer devem ser considerados uma prioridade, principalmente, em pessoas que necessitam de algum tratamento medicamentoso para curar distúrbios emocionais e físicos. O riso, quando bem utilizado e implementado nos momentos mais oportunos, servirá como uma medicação de auxílio para doenças que afligem aquele corpo que experimenta as sensações desagradáveis.

Caso, em algum momento o riso possa surgir, em meio a tantas circunstâncias e situações conflitantes neste mundo em que vivemos, qual sua função como agente atuante em determinado grupo de pessoas? Lembre-se que a resposta está dentro do sentido da vida: viver e ser feliz! Apenas observe quanto temos de maravilhas e leve boas notícias, boas imagens, bons sons como os da natureza ou o cantar dos pássaros e sorria para um belo cartão de apresentação aos que estão a sua volta. Cultive a felicidade e seja o brilho em meio a escuridão e a luz na vida das pessoas. Como diz Chico Xavier, “deixe algum sinal de alegria onde passe”. Feliz dia internacional da felicidade!

 

 

Allan Mazzoni – Professor do IBMR, pesquisador de gelotologia e especialista em saúde mental e desenvolvimento humano

 

Dicas e cuidados com a imunidade durante a chegada do Outono

A mudança de temperatura e queda da umidade relativa do ar podem agravar doenças, principalmente alergias e síndromes respiratórias. Conheça algumas dicas para aproveitar a estação

 

Hoje, 20 de março, começa o outono nos países do hemisfério sul. A chegada da nova estação marca a mudança de temperatura e a queda da umidade relativa do ar, podendo agravar algumas doenças, principalmente, alergias e síndromes respiratórias como gripes e resfriados. Adicionalmente, outros problemas tornam-se frequentes, como irritação nos olhos, coceira e secura, além das doenças virais, uma vez que as pessoas buscam abrigo em locais fechados. Para conhecer mais sobre os cuidados da estação, a nutricionista da Vitamine-se, Carol Tavares apresenta dicas importantes. 

“Esta é uma das estações mais desafiadoras para a imunidade. Com as temperaturas mais amenas, estamos menos suscetíveis à exposição ao sol, o que pode interferir em nossos níveis de vitamina D, nos deixando mais cansados e indispostos. Além disso, com as temperaturas mais baixas, manter uma rotina ativa e saudável pode ficar ainda mais difícil, interferindo diretamente no bom funcionamento do nosso sistema imunológico”, destaca a especialista. 

O sistema imunológico consiste em um sistema complexo formado por diferentes grupos de células, moléculas e tecidos, que trabalham juntos para proteger o corpo contra ameaças internas e externas. Já imunidade, é a capacidade do organismo em combater infecções e doenças. 

Mas se você acha que para manter a imunidade em dia, especialmente durante o outono, basta incluir uma dose extra de vitamina C em seu cardápio, você está enganado. São vários os fatores que interferem no bom funcionamento do nosso sistema imunológico, que por ser tão complexo, requer cuidados diários, ao longo de todo o ano. Confira abaixo 5 dicas que irão te ajudar a cuidar da sua imunidade:
 

1. Não perca o ritmo

Estudos indicam que incluir pelo menos 150 minutos de exercícios moderados, por semana, de forma regular, ajudam a reduzir a inflamação, além de favorecerem a regeneração das células do sistema imunológico. Praticar exercícios físicos também reduz a produção de cortisol, o hormônio do estresse que prejudica o bom funcionamento do sistema imune, além de melhorar a circulação, o que facilita o deslocamento das células imunológicas pelo corpo todo.


2. Mantenha uma alimentação balanceada e colorida

Inclua frutas e vegetais das mais variadas cores em suas refeições. Assim, você consumirá maior quantidade de nutrientes, como vitaminas, minerais e polifenóis, com ação antioxidante, ajudando no bom funcionamento do sistema imunológico. 

Além disso, existem alguns nutrientes-chave com benefícios comprovados para a imunidade: 

  • Vitamina C: por sua capacidade antioxidante, protege as células de defesa contra danos e ajuda a reduzir a liberação de substâncias que promovem a inflamação.
  • Vitamina D: estimula a proliferação das células de defesa e a produção de substâncias antibióticas.
  • Zinco: ajuda na formação e no funcionamento das células do sistema imunológico, estimula a produção de substâncias anti-inflamatórias, inibe o funcionamento de células inflamatórias, além de combater os radicais livres, por sua ação antioxidante.
  • Selênio: com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o selênio ajuda no bom funcionamento do sistema imunológico, ajudando a combater os radicais livres e reduzindo a produção de substâncias inflamatórias.
  • Magnésio: auxilia no relaxamento do corpo, para uma boa noite de sono, fatores fundamentais para que o sistema imunológico funcione de forma adequada.
  • Beta-glucana de levedura: prepara e “treina” as células de defesa para reagirem mais rapidamente quando vírus ou bactérias são detectados.

 

3. Hidrate-se 

Sem a hidratação adequada, o suprimento de nutrientes para o sistema imunológico pode ficar prejudicado, impactando diretamente em seu funcionamento. Além disso, nosso sistema linfático, responsável pela eliminação de resíduos, germes e toxinas, também depende de água para funcionar adequadamente.

 

4. Controle o estresse 

Controlar nossas emoções é importante não apenas para o bem-estar, mas para o bom funcionamento do sistema imunológico. Isso porque o estresse prolongado eleva, de forma crônica, os níveis de cortisol, um hormônio que mantém nosso corpo em alerta para lutar ou fugir em uma situação perigosa. Mas para que isso aconteça, impede que o sistema imunológico responda antes que o evento estressante termine. No entanto, quando os níveis de cortisol ficam constantemente altos, como no estresse crônico, o sistema imunológico fica impedido de entrar em ação para proteger o corpo contra possíveis ameaças e doenças. 

“Por isso, tente controlar o estresse incluindo pequenas pausas em sua rotina, além de atividades que proporcionam bem-estar. Vale meditação, ioga, exercícios físicos, um jantar com amigos, um bom livro ou filme e momentos de qualidade com a família”, acrescenta Carol Tavares, da Vitamine-se.

 

5. Durma bem 

Uma boa noite de sono é importante tanto para a saúde como para o bom funcionamento do sistema imunológico. Isso porque, quando dormimos, além de recuperarmos os tecidos, algumas das células de defesa são ativadas para combater possíveis causadores de doenças. Por outro lado, quando não dormimos o suficiente, nosso sistema imunológico pode sofrer um desgaste, nos deixando mais suscetíveis a invasores nocivos e a doenças. A privação do sono também eleva os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que também prejudica nossa imunidade. 

Para garantir um sono de qualidade, desligue os aparelhos eletrônicos pelo menos duas horas antes de dormir e evite livros ou conversas estressantes.

Siga as dicas e os cuidados necessários com a saúde e tenha mais bem-estar e qualidade de vida no Outono. “Manter o sistema imunológico em alta é uma ótima forma de evitar doenças todas as estações do ano”, conclui a profissional.



Vitamine-se

 

Dia Mundial de Combate à Tuberculose: fique atento aos sinais!

Data é uma iniciativa internacional que tem como principal causa a prevenção


Celebrado anualmente em 24 de março, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose foi criado em 1983, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da doença, ocorrida em 1882.

De acordo com dados da OMS, um terço da população mundial está infectada pelo mycobacterium tuberculosis podendo desenvolver a doença. Ainda segundo a Organização, a patologia é a responsável por 1,1 milhões de mortes ao ano em todo o mundo. O Brasil ocupa a 17° posição, entre 22 países, responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo.

É importante destacar que se trata de uma doença possível de ser prevenida, tratada e até mesmo curada. E que os cuidados são essenciais, pois cada paciente infectado que não se trata, pode transmitir o vírus, em média, de 10 a 15 pessoas por ano.


Conheça os principais sintomas da tuberculose e, em caso de suspeita, procure um médico:

  • Cansaço excessivo e prostração;
  • Tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue;
  • Febre baixa, geralmente no período da tarde;
  • Suor noturno;
  • Falta de apetite;
  • Rouquidão;
  • Emagrecimento acentuado.

Não existe fórmula mágica, a melhor forma de prevenir a transmissão da tuberculose é o diagnóstico precoce, por meio de exames de rotina, e iniciar o tratamento adequado o mais breve possível.

Vitor Moura, CEO da VidaClass Saúde, afirma que “é necessário reforçar o cuidado e a prevenção na saúde como algo rotineiro, e datas especiais têm contribuído com isso. Focando na tuberculose, é importante que a população perceba que muitas vezes, em uma ponta, existem hábitos simples de prevenção, e, na outra, consequências graves”.


Estilo de vida saudável

Prática regular de atividade física, alimentação saudável, evitar o consumo de álcool e cigarro, e cuidar de sobrepeso são algumas das orientações básicas para cuidar da saúde no geral. No caso da tuberculose, podemos fazer muitas relações diretas entre o tipo da doença e esses hábitos - como o cigarro e as consequências para o pulmão.


Check-ups, exames preventivos e visitas regulares ao médico

Com a modernização no setor de saúde, novos formatos de serviços e processos trouxeram mais acessibilidade ao público. A VidaClass Saúde, por exemplo, investe na tecnologia para aproximar médicos e população, além de simplificar processos e personalizar produtos, o que torna os custos mais acessíveis também. “Disponibilizar uma consulta ou exame de rotina a um preço justo aproxima as pessoas do cuidado com a saúde.”, finaliza Moura.

 

 VidaClass Saúde


Reposição hormonal ainda é tabu, mas traz inúmeros benefícios à saúde

Muito se fala sobre a reposição hormonal. Para muitas mulheres esse assunto ainda é cercado de dúvidas, contradições e até preconceito. É preciso compreender as fases da vida e a importância dos hormônios para o bem-estar e a saúde feminina.

A terapia de reposição hormonal, também conhecida como TRH, consiste em um tratamento que regula os níveis de hormônio no organismo e que pode ser muito eficaz para o combater e aliviar alguns sintomas característicos de mudanças naturais que ocorrem no corpo humano com passar dos anos, a exemplo da menopausa.

O Dr. Vínícius Carruego, ginecologista integrativo, médico da Clínica Elsimar Coutinho, em São Paulo, chama atenção para a importância do acompanhamento médico neste procedimento.  “É fundamental e indispensável a avaliação de cada paciente, de forma individual, para entender se a terapia de reposição hormonal é de fato indicada”, explica o médico.  

Dentre os principais benefícios da reposição hormonal estão o alívio dos sintomas da menopausa, prevenção da osteoporose, melhoria do fluxo de sangue, redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos, aumento da libido e, consequente melhora da vida sexual, entre outros.

O desiquilíbrio hormonal - que corresponde à carência ou excesso de hormônios, pode causar sérios danos à saúde e prejudicar e muito a qualidade de vida das mulheres. Sintomas como irritabilidade e ganho de peso rápido, por exemplo, podem se manifestar por causa da alteração dessas substâncias no corpo humano.


Quem deve fazer reposição hormonal?

“Todas as mulheres que chegaram à menopausa e desejam viver mais e melhor”, afirma o Dr. Carruego. De acordo com o especialista, a ciência já comprovou que a reposição hormonal pode prevenir as doenças que mais matam, tais como o infarto, AVC, demência e vários tipo de câncer.


Quais são as contraindicações

O tratamento não deve ser indicado para mulheres com câncer de mama e do endométrio e casos anteriores de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral).

O primeiro passo para iniciar o tratamento de reposição hormonal é identificar quais as deficiências hormonais que ocorrem no organismo por meio de exames laboratoriais (exame de sangue). A partir dos resultados, o médico poderá avaliar qual o melhor método para que seja feita a controle dos hormônios.  

Por isso é importante fazer exames com regularidade e buscar um médico de sua confiança.

 

Dr. Vinícius Carruego – Médico Ginecologista formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pós-Graduação em Ciências da Obesidade e Sarcopenia. Possui especialização em Endoscopia Ginecológica. Baseou seus estudos em hormônios, implantes hormonais e temas relacionados à saúde integral da mulher.


Teste preliminar online e gratuito indica fatores de riscos para a saúde renal

A prevenção da doença renal crônica pode ser feita por meio de exames de rotina

 

Uma doença que evolui silenciosamente e, na maior parte dos casos, só apresenta sintomas em estágio avançado. Assim é a Doença Renal Crônica (DRC), enfermidade que leva à perda progressiva, e até mesmo irreversível, do funcionamento dos rins. Por meio de um teste online, desenvolvido pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN), em parceria com a AstraZeneca, as pessoas podem descobrir se fazem parte de algum grupo de risco para o desenvolvimento de doenças renais.

Além disso, informações do tema são apresentadas na plataforma do quiz à população, como por exemplo, a relação da doença renal com diabetes e hipertensão, já que essas são as principais causas de DRC[1]. Em busca de conscientização, a ISN e AstraZeneca aprofundam sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce como forma de combate, aliado a indicação de consulta regular com um profissional de saúde para acompanhamento personalizado.

No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a estimativa é que mais de dez milhões de pessoas tenham a DRC[2]. Desses, cerca de 148 mil estão em diálise (um processo de substituição de parte das funções dos rins), número que cresceu mais de 100% nos últimos dez anos[3]. A dificuldade do diagnóstico precoce da DRC, por ser, na maioria das vezes, assintomática nos estágios iniciais, faz com que muitas vezes a doença seja identificada somente quando os rins já estão bastante comprometidos. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre a importância desse órgão, formas de prevenção e sobre o rastreamento da doença. Para garantir o diagnóstico, é importante conversar com um médico para manter o controle renal em dia ao fazer exames como a dosagem de creatinina no sangue e de avaliação da urina1.

Dicas para cuidar da saúde do rim
Por Dra. Marina Belhaus, diretora médica da AstraZeneca Brasil

 

Prevenção

Manter hábitos saudáveis, de forma geral, podem ajudar na prevenção de muitas doenças , e com a DRC não é diferente. Algumas medidas para serem incorporadas na rotina são:

Alimentar-se bem, com variedade de legumes, verduras e frutas, diariamente;

Praticar atividades físicas, ao menos o mínimo recomendado pela OMS, que é entre 150 e 300 minutos de atividade física moderada ou entre 75 e 150 minutos de atividade física intensa por semana para a população adulta;

Priorizar o consumo de água ao invés de bebidas industrializadas;

Não fumar;

Evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso.

 

Em caso de condições pré-estabelecidas, medidas específicas podem ser adotadas conjuntamente.

 

Diagnóstico Precoce

O desafio do diagnóstico precoce da DRC, por ser, na maioria das vezes, assintomática nos estágios iniciais, faz com que muitas vezes a doença seja identificada somente quando os rins já estão bastante comprometidos. Para garantir o diagnóstico precoce, é importante conversar com um médico e manter o controle renal em dia. Exames de rotina, durante os check-ups, poderão ser solicitados para o rastreamento de doenças renais, como a dosagem de creatinina no sangue e o de avaliação da urina1.

 

Tratamento Adequado

Por ser multifatorial, com diferentes sintomas e causas, o tratamento de DRC deve ser individualizado para cada paciente, com a definição da melhor estratégia terapêutica considerando, estágio da doença, sintomas e preferências do paciente, como por exemplo, em caso da possibilidade de realização de diálise domiciliar ou ambulatorial. Em caso de diagnóstico precoce, o chamado tratamento conservador pode ser adotado, com o objetivo de impedir o avanço da doença. Um ponto fundamental para essa postergação é a adesão ao tratamento, que envolve seguir a recomendação médica indicada de medicamentos e da incorporação de novos hábitos, como mudanças na alimentação e estilo de vida. Dessa forma, complicações da condição, como hiperpotassemia, quando há aumento excessivo da taxa de potássio no sangue, hipertensão, anemia, arritmia, podem ser evitadas 1,4.

 

Março: mês do Rim

O Mês do Rim, celebrado em março, busca levar informação de qualidade para a sociedade em geral sobre as doenças renais, esclarecendo sobre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Em mais um ano, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) conta com o apoio da AstraZeneca na campanha “SAÚDE DOS RINS (& exame de creatinina) PARA TODOS”, com o tema “CUIDAR DOS VULNERÁVEIS & ESTAR PREPARADO PARA OS DESAFIOS INESPERADOS”.

 


AstraZeneca
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[1] Shlipak MG et al. Kidney Int. 2021;99:34–47
[2] Ministério da Saúde. Dia Mundial do Rim 2019: Saúde dos Rins Para Todos. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/14-3-dia-mundial-do-rim-2019-saude-dos-rins-para-todos/. Acesso em 24 de fevereiro de 2023.
[3] Saldanha FBNHNLF, Vieira Neto TOM, Sesso R, Lugon JR. Brazilian Dialysis Survey 2021. Braz. J. Nephrol. 2022;00(00):00. https://www.scielo.br/j/jbn/a/FPDbGN5DHWjvMmRS98mH5kS/?format=pdf&lang=en

 

HPV causa de câncer de colo de útero, explica especialista do São Camilo de SP

Até 2026, cerca de 51 mil mulheres terão câncer de colo de útero no Brasil

 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o papilomavírus humano (HPV) é responsável por mais de 95% dos casos de câncer de colo uterino. No mês da mulher e do câncer de colo de útero, a conscientização é fundamental para promover a saúde da mulher e estimular a vacinação como a forma mais eficiente de prevenção da doença. De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), o câncer de colo de útero é o que mais mata mulheres na América Latina e no Caribe. 

No Brasil, cerca de 51 mil mulheres terão câncer de colo de útero até 2026, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), sendo que 90% dos casos podem ser prevenidos com a vacina nonavalente do HPV. O Brasil terminou o ano passado sem cumprir a meta de vacinar 80% do público entre nove e 14 anos contra o papilomavírus humano (HPV). Segundo dados do Ministério da Saúde, 57,44% das meninas tomaram duas doses do imunizante, enquanto a taxa entre os meninos foi de 36,59%. 

O papilomavírus humano, causador do HPV, é um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero, afinal, algumas variações do vírus são cancerígenas. Por se tratar de um vírus comum, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida. 

Para o oncoginecologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Gabriel Lowndes de Souza Pinto, a atenção aos sintomas da condição e aos exames é importante para que a doença não avance para estágios graves. “Inicialmente, o câncer de colo de útero, conhecido também como câncer cervical, pode não manifestar sintomas. Em estágios avançados da doença, causa sangramento vaginal intermitente, secreção vaginal anormal e dor abdominal junto de queixas urinárias ou intestinais”, explica ele.

Dentro disso, é importante realizar os exames ginecológicos periódicos e laboratoriais para detecção do câncer. Além disso, é importante se atentar aos sintomas do HPV para que a atenção de quem foi infectado pelo vírus HPV seja redobrada quanto ao câncer cervical. Ainda assim, investir na cobertura vacinal do vírus é a prevenção mais eficiente. 


Relação entre HPV e câncer de colo de útero

O papilomavírus humano (HPV) possui mais de cem subtipos e pode causar diversos sintomas como, lesões e verrugas na pele, ardência e coceira na região genital, o qual é transmitido por meio de contatos com as lesões ou por meio de relações sexuais com a pessoa que está infectada.

“A vacinação do HPV é a melhor forma de prevenção do câncer de colo de útero, sendo que o ideal é a vacina quadrivalente que protege contra os tipos de HPV de 6 a 11, além dos 16 e 18, os quais são oncogênicos e podem ocasionar um câncer de colo de útero nas mulheres”, comenta Fábio Rios, ginecologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Não existe ainda uma medicação que haja diretamente contra o HPV, mas é possível identificar as alterações que ele causa em algumas pacientes, chamadas de lesões precursoras (pré-câncer) através do exame de citologia cérvico vaginal (Papanicolaou) e a colposcopia com biópsia dirigida. 

“Quando essas lesões precursoras são identificadas podem ser tratadas de forma relativamente simples, evitando que essa paciente tenha a progressão da lesão precursora para o câncer de colo propriamente dito. Além disso, algumas pacientes podem ficar portadoras do vírus HPV por muito tempo sem que ele se manifeste (infecção latente) e outras ainda conseguem eliminar o vírus do organismo”, explica o ginecologista.

É importante ressaltar que não são todos os tipos de HPV que causam o câncer, mas que quem foi infectado pelo vírus deve redobrar os cuidados e realizar exames periódicos para a detecção precoce da doença.

Segundo o especialista, o câncer de colo pode ser prevenido com o uso das vacinas, comportamento sexual seguro e a realização periódica dos exames de rotina ginecológica. Para a grande maioria dos casos temos a chance de tratá-lo numa fase pré maligna ou inicial, com boas chances de cura.

“Quanto mais cedo o câncer cervical for detectado, maiores são as chances de tratamento e cura da doença, assim como a contenção do vírus HPV nos casos que forem confirmadas a infecção do paciente”, finaliza Rios.

 

Rede de Hospitais São Camilo

 

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