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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Tireoidectomia: quando e por que é necessário fazer a cirurgia de tireoide?

hospital albert sabin
divulgação

Quando a tireoide não funciona bem, todo o organismo sofre diversas consequências negativas pela alteração na produção de hormônios


A tireoide é uma glândula endócrina que fica localizada na parte anterior e inferior do pescoço em forma de borboleta. É uma das maiores glândulas do corpo humano e é responsável pela produção de diversas substâncias e hormônios por meio de suas células foliculares, produzindo tiroxina (T4), triiodotironina (T3) que regulam diversas funções de nosso corpo e são responsáveis pelo funcionamento de diversos órgãos, como o fígado e o coração.  Também estão ligadas à memória, humor, sono, fertilidade e ciclo menstrual feminino. 

A tireoidectomia, ou cirurgia de tireoide está indicada em situações, como:

  • Câncer – se forte suspeita ou confirmação;
  • Nódulo benigno – quando apresentam crescimento progressivo;
  • Bócio- aumento visível da tireoide;
  • Hipertireoidismo – se resistente ao tratamento clínico;
  • Estética – quando o bócio causa apenas desconforto estético no paciente.

A literatura mundial relata que até 60% das pessoas possuem ou possuirão nódulos de tireoide, sendo as mulheres a população mais acometida. “Um nódulo se torna perigoso quando seu tamanho é grande o suficiente para causar sintomas como disfagia (dificuldade para engolir), disfonia (rouquidão) ou mesmo dispneia (desconforto respiratório). Também, quando reúne características que levantem a suspeita de que se trate de câncer”, explica o Dr. Diego Rocha Moreira, Cirurgião de Cabeça e Pescoço do Hospital Albert Sabin (HAS).
O diagnóstico de alterações da tireoide é realizado pelo médico por meio de exame físico, em busca de aumento do volume da tireoide ou outros sinais. Dependendo do caso, através de ultrassonografia (USG) com punção aspirativa por agulha fina (PAAF) -que fornecerá o diagnóstico citológico de algum nódulo - e por exames de sangue, como o T4 livre e o TSH, que podem diagnosticar o hipertireoidismo ou hipotireoidismo.
 

“Se o nódulo é confirmado como sendo câncer, a cirurgia é recomendada, uma vez que o tratamento precoce do câncer de tireoide pode atingir taxas de curas de aproximadamente 98%”, explica o especialista”. 

São dois os tipos de cirurgia de tireoide: a tireoidectomia total, muito indicada para casos de câncer, que consiste na remoção total da tireoide e a lobectomia ou tireoidectomia parcial (hemitireoidectomia) que consiste na remoção de apenas um lado da glândula, comum em situações de nódulos unilaterais. A porção restante da tireoide continua funcionante. 

A recuperação é rápida e a cirurgia exige em média um dia de internação. Já com 15 dias, o paciente está apto para suas atividades laborais, desde que não envolvam exercícios físicos. “A vida do paciente após a realização do procedimento é perfeitamente normal, entretanto, será necessário fazer reposição do hormônio tireoidiano para suprir a falta do hormônio T4 que era produzido pela tireoide”, finaliza o médico do HAS. 

 

HAS
https://www.youtube.com/watch?v=M7W28Af8tKI
Link vídeo 50 anos: https://youtu.be/uNoHjdPVMVI


Avanço nos tratamentos oncológicos promove redução na mortalidade e melhor qualidade de vida

 O Brasil reduziu em 6,4% as mortes por câncer de mama e 6,6% na próstata, dois dos tumores mais comuns no país. A comunidade médica busca promover o tratamento personalizado e humanizado

 

O tratamento oncológico é um momento de muita tristeza e apreensão para qualquer paciente e seus familiares. O medo dos efeitos colaterais e da cura não acontecer desmotivam desde o início do processo. No entanto, com o avanço da tecnologia em terapias e em ferramentas diagnósticas, cada vez mais, os tratamentos oncológicos alcançam melhores resultados. 

Os avanços mostram resultados na redução da mortalidade pela doença. Nos Estados Unidos, segundo o NIH, Instituto Nacional de Saúde do país, o número de mortes caiu 2,3% por ano em homens e 1,9% em mulheres entre 2015 e 2019. Os tumores com maior redução foram o melanoma e os que acometem o pulmão. 

No Brasil, os números também diminuíram entre 2019 e 2021. De acordo com o 12º Fórum Nacional Oncoguia, o país viu uma redução de 6,4% das mortes por câncer de mama; 6,6% por câncer de próstata; 8,1% por câncer de traqueia, brônquios e pulmão; 10,3% por câncer de esôfago; 13,4% por linfoma de Hodgkin; e 13,7% por câncer da cavidade oral. Por outro lado, o estudo aponta que a pandemia atrapalhou o diagnóstico de grande parte dos casos. 

“O principal recurso nesta última década para o tratamento oncológico tem sido a terapia-alvo, uma tecnologia que veio para ficar e dar mais potência no processo. Atualmente, com essas novas terapias, os efeitos colaterais são menores, quando comparados aos de quimioterápicos convencionais, o que ajuda na melhora da qualidade de vida do paciente”, explica o Dr. Gregório Pinheiro Soares, oncologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

A escolha do tratamento é feita por diversos fatores como tipo, localização e tamanho do tumor. Além da faixa etária e das condições de saúde prévias do paciente. 

“Hoje, o foco do tratamento oncológico é personalizarmos o tratamento, desenvolvendo uma terapia que seja efetiva para o paciente e, ao mesmo tempo, evite efeitos colaterais. Estudamos cada tipo de perfil e percebemos que um medicamento voltado para o que acomete o pulmão, pode ter o perfil genético parecido com o de um que atinge o cérebro, por exemplo. Dessa forma, podemos usar a mesma medicação para ambos”, afirma o Dr. Aumilto Silva Júnior, oncologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

Outra tecnologia cada vez mais consolidada que permite o desenvolvimento de uma terapia personalizada é a Oncogenética. O teste genético possibilita que determinadas alterações sejam identificadas previamente ao surgimento de doença e possíveis tratamentos ou ações preventivas sejam tomadas para reduzir a possibilidade do desenvolvimento do câncer ou identificá-lo de maneira precoce. 

Em certos casos, a descoberta de um gene cancerígeno possibilita ações preventivas e a possibilidade de intervenções precoces antes do desenvolvimento do tumor. Por exemplo, a retirada preventiva das mamas, em situações em que a mulher é portadora de um gene que predispõe ao surgimento do câncer de mama. 

“Cerca de uma a dez pessoas com câncer possuem alterações genéticas herdadas e que estão circulando pela família. Antes bastante restrita, a Oncogenética está cada vez mais acessível e mais avançada em termos de tecnologia”, comenta o Dr. Gregório Pinheiro. “Entre as novas tecnologias para diagnóstico, podemos destacar a biópsia líquida, que é a utilização de exame de sangue para análise do DNA do tumor, sem precisar de um pedaço dele, ou seja, é um método menos invasivo. No Hospital Santa Catarina - Paulista, utilizamos a biópsia líquida em casos de tumores no pulmão para pesquisa de mutação de drive (genes cancerígenos) ” completa o médico. 

Referência em tratamento humanizado, o Hospital Santa Catarina - Paulista inaugurou, em dezembro, seu novo Centro de Oncologia e Hematologia. O espaço aumentou em 120% os boxes dedicados à quimioterapia e à infusão de medicamentos não oncológicos e triplicou o número atual de consultórios oncológicos.
 

Cuidados paliativos no tratamento oncológico 

Visando promover os benefícios de um tratamento humanizado e responsável, muitos médicos optam por realizar os cuidados paliativos concomitante a terapia convencional. Seus objetivos é permitir que o paciente e seus familiares experenciem uma abordagem que permite um bem-estar físico e psicológico. 

Para esse método ser efetivo, a equipe médica toma algumas medidas como uso de analgésicos e a redução ao máximo de procedimentos incômodos, que visam sempre a qualidade de vida da pessoa em tratamento. Mesmo nos casos de fim de vida, os cuidados paliativos funcionam como promotores da melhor qualidade de vida, confortando e cuidando do paciente e familiares. 

Não são raros os casos de famosos que passaram pelos cuidados paliativos na oncologia. O ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o maior jogador da história do futebol, Pelé, realizaram essa abordagem para diminuir a dor e aumentar o bem-estar.

 

Dores inexplicáveis podem ser sintomas de fibromialgia


Poucas pessoas sabem que o Fevereiro Roxo também tem como foco a conscientização sobre uma doença considerada invisível e que, segundo a Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor (SBED), acomete mais de 6 milhões de pessoas no Brasil e tem maior incidência entre as mulheres – 90% dos casos diagnosticados envolvem pessoas do sexo feminino – com idades de 25 anos a 50 anos. Estou falando da fibromialgia, síndrome clínica que se manifesta pela dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Mundialmente, a doença afeta entre 2,5% a 6% da população.

Infelizmente, a fibromialgia não aparece em exames laboratoriais e de imagem e é de difícil diagnóstico, principalmente porque ele é realizado apenas em âmbito clínico. Muitas mulheres, antes de conseguirem descobrir a doença, sofrem preconceito pela descrença dos próprios familiares e amigos na dor que estão sentindo – sendo consideradas exageradas ou frágeis. Mas não é exagero afirmar que, como muitas portadoras descrevem, a fibromialgia causa “dores do fio de cabelo até o dedão do pé”. Trata-se de uma condição na qual as sensações ficam amplificadas. Além disso, ela pode apresentar diversas manifestações preocupantes como fadiga, sono não reparador, alterações na memória e na concentração, formigamentos, dores de cabeça, tontura, alterações intestinais. Consequentemente, questões emocionais como depressão e ansiedade surgem também, comprometendo significativamente a qualidade de vida das pacientes. 

Apesar de ainda não ter cura, existem algumas formas de controlar o avanço da doença. Além de medicamentos, a prática regular de exercícios físicos, como aeróbicos e de fortalecimento muscular, pode ajudar muito na melhora das dores e no aumento da qualidade e vida de quem vive com a fibromialgia. Uma outra forma de tratamento é a terapia cognitiva-comportamental, que auxilia as pacientes a conviverem de forma mais fácil com a sua condição e a lidarem melhor com as suas relações sociais e familiares. Sem dúvida, uma dieta alimentar adequada também pode ser empregada como tratamento adjuvante. 

Por fim, caso a pessoa perceba que sente dores persistentes e constantes no corpo, aparentemente sem um motivo específico, o mais importante é buscar a ajuda médica para ter acesso a um diagnóstico correto e para receber orientação a respeito dos tratamentos adequados. Quanto antes a paciente for diagnosticada, mais chance ela terá de ter melhor qualidade de vida.

 

Virginia Trevisani - reumatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa.

 

Março Azul-Marinho

Detalhes tão pequenos podem representar uma vida sem câncer de intestino grosso

 

Olá, no meu papel de médico oncologista gostaria de falar sobre o câncer de cólon e reto, especialmente neste mês de março, que é dedicado à conscientização e prevenção dessa doença tão importante. 

O câncer de cólon e reto é uma doença que afeta o intestino grosso e o reto, sendo um dos tipos mais comuns de câncer no mundo. É uma doença que pode se desenvolver lentamente ao longo de vários anos, começando com pólipos que se formam na parede do intestino e, com o tempo, podem se tornar cancerosos. 

A importância da conscientização sobre o câncer de cólon e reto -- também chamado de câncer colorretal ou câncer do intestino grosso -- é crucial, uma vez que essa doença é altamente curável quando detectada precocemente. No entanto, quando não diagnosticado e tratado a tempo, pode ser fatal. 

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal é o terceiro mais frequente em homens e o segundo em mulheres, com cerca de 40.990 novos casos em 2021. No mundo, estima-se que 1,8 milhão de novos casos foram diagnosticados em 2018. 

Os principais fatores de risco para o câncer colorretal incluem a idade avançada, história familiar da doença, dieta pobre em fibras e rica em gorduras, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool. 

Os sinais e sintomas do câncer colorretal podem incluir mudanças nos hábitos intestinais, dor abdominal persistente, sangramento retal, perda de peso não intencional e fadiga. É importante estar atento a esses sinais e sintomas e procurar um médico se eles persistirem por mais de duas semanas. 

O estadiamento e prognóstico do câncer de cólon e reto dependem do estágio da doença no momento do diagnóstico. 

O diagnóstico pode ser feito por exame de sangue oculto nas fezes, colonoscopia ou retossigmoidoscopia. Cada um desses exames tem suas peculiaridades, mas o de colonoscopia é o mais assertivo por analisar toda a extensão do intestino grosso e já retirar os pólipos quando encontrados, sem necessidade de agendar outro procedimento ou tratamento posterior quando o resultado da biópsia é negativo. 

Além da colonoscopia, o estadiamento também é realizado pelos exames de tomografia e ressonância magnética. O prognóstico varia de acordo com o estágio da doença, mas é importante destacar que, quando detectado precocemente, o câncer do intestino grosso tem 90% de chance de cura. 

Os tratamentos disponíveis para o câncer de cólon e reto incluem cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O tratamento escolhido dependerá do estágio da doença, da saúde geral do paciente e de outros fatores individuais. 

Dependendo do tamanho da área tomada pelos tumores, pode ser necessário extrair na cirurgia um segmento do intestino grosso e a não ligação entre uma extremidade e a outra pode resultar na dependência do uso de uma bolsa excretora (colostomia) para coleta das fezes. 

No estágio mais avançado da doença, quando o câncer está disseminado pelo organismo, o tratamento visa o controle e o paciente pode ganhar muitos anos de sobrevida com quimioterapia, imunoterapia e terapia-alvo. 

Em conclusão, é fundamental aumentar a conscientização sobre o câncer de cólon e reto neste mês de março azul-marinho e durante todo o ano. A prevenção e a detecção precoce são fundamentais para salvar vidas e reduzir o impacto desta doença. Portanto, fale com seu médico e faça exames de rotina para prevenir e tratar o câncer de cólon e reto. 


Dr. Paulo Pizãooncologista. Coordena o Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas; coordena a equipe médica da Oncologia Vera Cruz Hospital; é pesquisador no Centro de Pesquisa Clínica São Lucas (PUC-Campinas) e coordena a disciplina de Oncologia Clínica no Curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas-SP.


6 doenças de pele comuns entre as crianças no verão

A mais comum é a dermatite atópica, que acomete cerca de 20% das crianças e pode estar associada à rinite, bronquite, asma e até a alergias alimentares

 

As altas temperaturas do verão garantem dias de diversão entre a criançada, mas também pedem que os pais redobrem os cuidados com a saúde dos pequenos. Os dias mais quentes podem fazer com que as crianças sofram com irritações de pele, que ocorrem por diferentes motivos.  

Dra. Brianna Nicolletti, alergista e imunologista pela USP e médica do Hospital Albert Einstein, explica que a criança pode ter alergia de pele devido ao contato com a areia da praia e/ou dos parques - que pode abrigar micro-organismos nocivos -, em decorrência do contato prolongado com a umidade do mar e/ou piscina, devido ao suor excessivo e até mesmo em decorrência do uso de protetor solar e repelente.  

A seguir, conheça os tipos de irritações de pele mais comuns entre as crianças no verão!

 

1. Dermatite atópica  

De acordo com a alergista, a dermatite atópica é um dos tipos mais comuns de alergia de pele, a qual acomete em torno de 20% do público infantil. “É uma doença crônica, multifatorial, pode estar relacionada a quadros de rinite, bronquite/asma e até alergias alimentares e é caracterizada pela inflamação do tecido. Frequentemente aparece na infância, mas pode estar presente também no adulto”, detalha a especialista. 

A dermatite atópica faz com a pele fique seca e áspera, tornando-se mais suscetível a erupções que coçam e inflamam. Elas são mais comuns nas dobras dos braços e na parte posterior dos joelhos.  

Para amenizá-la, Luciana Andrade, idealizadora da Passalinho, ensina dicas preciosas para conseguir aliviar os sintomas. Mãe do Filipe, o pequeno foi diagnosticado com a doença aos cinco meses de idade.  

Para evitar as crises, as dicas práticas são: dar banhos mais frescos com pouco shampoo e sabonete. Além disso, optar por produtos sem cheiro, o hidratante deve ser aplicado de duas a três vezes por dia. 

Já para as roupinhas, Luciana só utiliza e recomenda peças 100% algodão, inclusive para o lençol e toalhas. Na hora de lavar as peças, a idealizadora da Passalinho orienta usar pouco sabão e deixar o amaciante de lado.  

“Caso note o início de uma crise, o controle deve ser realizado com o uso de pomadas indicadas pelo pediatra/alergista para evitar que as lesões piorem”, recomenda Luciana.

 

2. Dermatite de contato 

Já a dermatite de contato é um tipo de inflamação que ocorre na pele quando ela entra em contato com um tipo de agente específico, causando uma reação cutânea. “Geralmente, ela fica restrita a uma região, como a das fraldas ou de maior transpiração, como virilha e axilas”, detalha Dra. Brianna. Para diagnosticá-la, se avalia o histórico do paciente e pode ser realizar o teste de contato se necessário.

 

3. Dermatite seborréica  

Crônica e genética, a dermatite seborreica é uma inflamação da pele que ocasiona descamação e vermelhidão em áreas oleosas do corpo, como face, sobrancelha, couro cabeludo e orelhas. É uma doença comum entre os bebês e tende a piorar no verão. Para amenizá-la, recomenda-se shampoo e cremes que ajudam a reduzir a coceira e oleosidade.

 

4. Parasitoses  

“O contato com parasitas presentes na areia e/ou em gramados, provenientes das fezes de animais, também pode provocar doenças, principalmente nas regiões mais expostas, como pés e nádegas”, explica a alergista. É o caso, por exemplo, do bicho geográfico, que entra na pele e a percorre, deixando um rastro. Para tratar esse tipo de doença, é recomendado pomadas específicas que têm como base tiabendazol.

 

5. Infecções fúngicas 

O contato excessivo com a umidade, causada pelo suor ou pelo uso de roupas molhadas por muito tempo, cria um ambiente propício para proliferação de fungos que levam a infecções, como frieiras nos dedos dos pés, pitiríase versicolor, impingem e candidíase genital. “Os principais sintomas são coceira, dor local, secreção esbranquiçada e ardência”, enumera Dra. Brianna. 

Para tratar infecções fúngicas, o paciente deve usar cremes e pomadas antifúngicas e ter o cuidado de manter a região seca.

 

6. Brotoeja  

Nome popular da miliária, a brotoeja é uma dermatite inflamatória causada pela obstrução das glândulas sudoríparas, o que impede a eliminação do suor pelo corpo. Assim, ela é mais comum de acontecer quando o bebê está em um ambiente quente e úmido, com excesso de roupa ou passe por uma situação de febre. 

“Em geral, as lesões da brotoeja surgem no tronco, pescoço, axilas e dobras da pele, sob a forma de grosseiro, com pequenas bolhinhas de água (vesículas). A aparência varia de acordo com a profundidade na qual ocorreu o bloqueio no ducto excretor”, detalha a imunologista.

 

Dicas para cuidar da pele do bebê no verão  

De acordo com Dra. Brianna Nicolletti, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que bebês de até seis meses não tenham contato direto com o sol. Assim, eles devem ser mantidos na sombra. “Caso seja necessário sair ao ar livre, vale recorrer a protetores mecânicos, como sombrinhas, guarda-sol, boné e roupas”, enumera a especialista. 

Já para os pequenos de seis meses a dois anos, deve-se usar produtos apropriados para a pele infantil e com alto fator de proteção. “Por exemplo, filtros inorgânicos (físicos), pela menor capacidade de provocar alergias, alta resistência à água e proteção imediata”, detalha Brianna.  

Depois dos dois anos, os pais devem recorrer aos filtros químicos infantis, protetores solares. Na hora de escolhê-lo, o ideal é optar por aquele com o maior nível de proteção UV.  

Já em relação a escolha da roupa do bebê para evitar possíveis alergias de pele, como lembra Luciana, o ideal é utilizar peças 100% algodão, evitando cobertores e bichinhos de pelúcia desnecessários.  

“Roupinhas fabricadas com tecidos de fibras naturais - como algodão, algodão pima, linho, lã e seda - são as mais indicadas para o enxoval do recém-nascido pois permitem que a pele respire com mais facilidade. Tecidos sintéticos - como poliéster, lycra e poliamida - não absorvem a umidade natural do corpo e fazem com que a pele retenha mais calor, o que pode provocar alergias, irritações e oscilações de temperatura no bebê”, finaliza a alergista Dra. Brianna.

 

Dra. Brianna Nicoletti - Médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2003). Residência médica em Medicina Interna pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Residência médica em Alergia e Imunologia Clínica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2009). Associada à Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Médica Especialista em Alergia e Imunologia do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein (desde 2013)
 

Passalinho
passalinho.com.br/

A construção civil e a política nacional do meio ambiente

A Política Nacional do Meio Ambiente tem a função de apontar os possíveis riscos que um projeto pode oferecer à natureza e indicar uma solução para a implantação do projeto de forma a combater e prevenir um possível dano ambiental. O homem ainda vem, em muitos casos, destruindo de forma sistemática o Meio Ambiente, não somente em razão da retirada de materiais, mas também através do acúmulo de derivados, que descarta de forma desordenada. 

Segundo a Resolução CONAMA nº 01/1986, considera-se impacto ambiental qualquer alteração nas propriedades físicas, químicas e biológicas do ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do ambiente e a qualidade dos recursos ambientais (BRASIL, 2022, site).

Construtoras, por exemplo, já estão adequando seus projetos e obras com o propósito da harmonia social, do resgate da Natureza e da contribuição para a diminuição do GEE (Gás de Efeito Estufa) e outros males. A escolha estratégica dos locais, normalmente próximos ao centro, escolas, parques e hospitais, visam otimizar o tempo e facilitar a vida de seus moradores, o que também é um ponto que ajuda na preservação do todo. 

O projeto destas obras voltadas para o conceito verde sustentável tem a proposta de oferecer coletores de água da chuva, captação de energia solar, maior área permeável, ótimos espaços de lazer (leituras, espaço zen, academia, espaço de convívio social), coworking e o máximo de aproveitamento no  paisagismo com o plantio do maior número de espécies possíveis, inserindo a  Biofilia, que é conectar o ser humano com a natureza.

As construtoras/incorporadoras estão se alinhando com a questão de projetos para causar menor impacto ambiental, destaque no  paisagismo, bem-estar na vida em condomínio e mais lazer e serviços em busca de um futuro melhor.

De modo geral, estamos vendo uma preocupação, ou no mínimo um interesse de toda  comunidade, sejam  construtores ou compradores das unidades, com relação ao que podemos fazer de melhor para melhorar o planeta como um todo. 

O problema é que tudo isso acontece de forma lenta e pontual, não gera mudanças perceptíveis. Daí entra uma outra questão: quando não vemos efetivamente mudança nos resultados, acabamos aos poucos deixando de fazer nossa parte e de cobrar as organizações para que façam a sua. 

Acredito que temos que ter quatro pilares para que possamos fazer com que projetos sustentáveis não acabem “morrendo”.  São eles:

  • Conhecimento: saber o que determinado projeto realmente significa positivamente e o quanto vai ajudar na preservação do meio ambiente. Criando, assim, vontade de colocá-lo em prática. 
  • Ser viável : precisa ser possível de ser colocado em prática em minha vida, meu dia a dia, casa, empresa. 
  • Acesso : consigo implantar, temos ferramentas e máquinas para isso,  é viável financeiramente e tem  incentivo do governo.
  • Resultado : saber qual a diferença isso está fazendo, quais benefícios gera.

Se conseguirmos juntos - construtoras, loteadoras, empresas, governo e consumidor final - estar alinhados com esses quatro pilares, temos enorme chance de perpetuar nossa atenção e cuidado com o meio ambiente. 

Se não for dessa forma, será o famoso “fogo de palha”, ou seja, algo que por um período curto de tempo terá nossa total atenção,  mas, com o passar do tempo, irá “morrendo”.

Vou citar dois  exemplos de coisas que escutamos mas não levamos adiante. Primeiramente, o  lixo plástico. Trata-se de um enorme problema para o meio ambiente, usamos abusivamente, mas somente quando vemos alguma reportagem a respeito é que colocamos em prática o controle sobre o uso excessivo desse material. Após algum tempo, esquecemos e voltamos a usar exageradamente.

Também entra aqui a  instalação de meios sustentáveis e limpos, como aquecimento e energia solar. São  equipamentos  caros  que os tornam inacessíveis para a maioria das pessoas. 

O fato é que, se realmente quisermos um mundo melhor, teremos muito trabalho pela frente.

 

Charles Everson Nicoleit - gestor de obras e empresário com quase 30 anos de experiência nesse segmento. Também é membro de associações da construção civil, construção selo verde e sustentabilidade. Possui diversas certificações e cursos que o habilitam como referência no mercado de construção civil.
https://www.linkedin.com/in/charles-nicoleit-37654562/.
charlesnicoleit@hotmail.com


Relatório da McAfee detalha como o avanço na IA cria ameaças móveis, ajudando os golpistas

  • Com os consumidores tornando-se cada vez mais dependentes de dispositivos móveis, a McAfee apresenta o seu Relatório Anual de Ameaças Móveis ao Consumidor antes do Mobile World Congress em Barcelona.
  • Aplicativos, seja para comunicação, produtividade ou jogos, são uma das maiores ameaças à segurança móvel.
  • Assegurar a proteção online dos menores é um desafio na era da parentalidade moderna

 

SAN JOSE, Calif. -- Hoje, a McAfee Corp., líder mundial em proteção online, apresenta o seu Relatório Anual de Ameaças do Consumidor Móvel antes do Congresso Mundial de Tecnologia Móvel (MWC) de Barcelona. O relatório detalha as principais tendências globais em matéria de ameaças e esquemas móveis para conhecimento, e como se proteger contra eles. 

No final de 2022, foram lançados alguns aplicativos revolucionários, como o ChatGPT do OpenAI e o gerador de imagens DALL-E 2. Estas ferramentas proporcionaram uma poderosa Inteligência Artificial (IA) às massas, criando oportunidades empolgantes para a inovação e produtividade, mas também proporciona essas mesmas oportunidades aos cibercriminosos. O Relatório de Ameaças Móveis ao Consumidor de 2023 da McAfee foca na maneira como os golpistas aproveitam estas ferramentas para enganar ou fraudar os consumidores em número crescente, tal como identificado pela equipe de Pesquisa Móvel da McAfee. Um tema comum em todo o processo é a prevalência de aplicativos telefônicos maliciosos. 

"Os nossos dispositivos móveis são agora mais do que nunca uma parte essencial da nossa vida cotidiana. Eles nos permitem acessar uma riqueza de informação e entretenimento e proporcionam a liberdade de sermos produtivos a partir de quase qualquer lugar", diz Steve Grobman, Diretor de Tecnologia da McAfee. "Infelizmente, também proporcionam aos cibercriminosos maior acesso a potenciais vítimas. Partilhando ideias da Equipe de Investigação de Ameaças da McAfee, estamos capacitando os nossos clientes para desfrutarem livremente e em segurança das suas vidas digitais".

 

Não confie nos aplicativos só porque parecem legítimos

Os aplicativos maliciosos tendem a cair em algumas categorias - coisas que são populares, fáceis de usar, e aparentemente inofensivas. Muitos aplicativos maliciosos oferecem alguma funcionalidade legítima, mas só porque um aplicativo gratuito funciona, não significa que não esteja escondendo segundas intenções. Os criminosos geralmente usam a criptografia para ocultar o seu código falso dos revisores, ou criam um atraso, para as coisas ruins não apareçam até que o aplicativo seja publicado na loja de aplicativos. 

O novo gerador de imagens AI do OpenAI, DALL-E 2, introduziu uma onda de aplicativos móveis baseados em IA que podem criar imagens artísticas baseadas em fotografias. Enquanto alguns destes aplicativos são legítimos, outros podem ser aplicativos maliciosos que procuram capitalizar as recentes tendências da IA. 

O relatório detalha como os cibercriminosos estão aproveitando os aplicativos maliciosos: 

  • Deslizando para os suas DMs: 6,2% das ameaças que a McAfee identificou no Google durante 2022 estavam na categoria "Comunicação", principalmente malware disfarçado de aplicativos SMS. Mas, mesmo os aplicativos de comunicação legítimos podem criar uma oportunidade para os golpistas. Eles utilizaram mensagens fraudulentas para enganar os consumidores a clicar num link malicioso, tentando levá-los a compartilhar credenciais de login, números de conta, ou informações pessoais. Enquanto estas mensagens por vezes contêm erros ortográficos ou gramaticais, ou utilizam frases estranhas, o surgimento de ferramentas de IA como o ChatGPT pode ajudar os golpistas a limpar os seus erros ortográficos e gramaticais, dificultando detectar mensagens fraudulentas através de erros no conteúdo. A gravidade destas ameaças de comunicação é também evidente no volume de adultos (66%) que receberam mensagens de um estranho nas redes sociais, com 55% solicitados a transferir dinheiro.*

 

  • Aproveitando a política de traga seu próprio dispositivo: 23% das ameaças que a McAfee identificou estavam na categoria de aplicativos "Ferramentas". Os aplicativos relacionados com o trabalho para dispositivos móveis são grandes impulsionadores de produtividade - categorias como editores PDF, VPNs, gestores de mensagens, scanners de documentos, impulsionadores de baterias e limpadores de memória. Estes tipos de aplicativos são direcionados para o malware porque as pessoas esperam que o aplicativo exija permissões no seu telefone. Pedir permissões para armazenamento, mensagens, calendários, contatos, localização, e mesmo definições do sistema não é incomum e permite aos golpistas recuperarem todo o tipo de informação relacionada ao trabalho.

 

  • Visar jogadores adolescentes e pré-adolescentes com telefones: 9% das ameaças que a McAfee identificou foram jogos de categorias de aplicativos como Casual, Arcade e Ação. Aplicativos maliciosos almejam muitas vezes coisas que as crianças e os adolescentes gostam, tais como jogos, criação de vídeos, e gerenciamento das redes sociais. Os tipos mais comuns de ameaças detectados dentro da categoria de jogos em 2022 foram adware agressivo - aplicativos que exibem publicidade excessiva enquanto utilizam o aplicativo e mesmo quando não utilizam. É importante garantir que os telefones das crianças estejam impedidos de baixar novos aplicativos, ou que estejam informados e capazes de questionar aplicativos suspeitos, e identificar os fraudulentos.

 

O que os consumidores podem fazer para se protegerem e às suas famílias? A equipe de Pesquisa Móvel da McAfee recomenda as seguintes tácticas: 

  • Desconfie de e-mails, textos ou mensagens diretas não solicitadas e pense duas vezes antes de clicar em qualquer link.
  • Lembre-se que a maioria destes esquemas funciona porque o golpista cria uma falsa sensação de urgência ou se aproveita de um estado emocional elevado. Faça uma pausa antes de correr para em interagir com qualquer mensagem que seja ameaçadora ou urgente, especialmente se for de um remetente desconhecido ou improvável.
  • Se é bom demais para ser verdade, provavelmente é.
  • Certifique-se de que o seu dispositivo móvel está protegido com soluções de segurança que incluem características para monitorar e bloquear links potencialmente maliciosos.

 

O relatório também revela os principais grupos de malware móvel (também referidos como famílias ou tipos) identificados pela McAfee em 2022, e as previsões para o ano seguinte. Encontre o relatório completo aqui. 

O relatório demonstra a posição da McAfee como líder em proteção online e sustenta a estratégia da empresa de defesa do consumidor, centrando-se singularmente nas soluções de consumo que proporcionam o futuro da proteção online, hoje em dia.

 

Fonte: Estudo McAfee Modern Love realizado entre 27 de janeiro e 1 de fevereiro de 2023 com mais de 5.000 adultos em nove países. Todas as outras estatísticas deste comunicado provêm do inquérito McAfee Consumer Mobile de 2023.
 

McAfee Corp.
www.mcafee.com


O poder da esculta no mundo dos negócios

Como explorar melhor as escutas ativas e flutuantes para obter mais resultados de sua equipe


Em uma cultura enraizada ainda em pleno século XXI, a figura do chefe é aquela que muitas vezes ainda é vista como a que dá somente ordens, que fala, traz a estratégia e dita as regras. O chefe ocupa o que chamo de “suposto saber” diante de seus liderados.

É fato que ainda encontramos na grande maioria, até mesmo de uma forma inconsciente, uma espera do líder para todas as respostas, mesmo que ainda não tenhamos elaborado as perguntas.

Esta falta de respostas, de feedbacks, de espaços de escuta, de trazer o pertencimento do colaborador vem gerando estatisticamente uma crescente insatisfação e queda de performance.

Uma pesquisa mundial embasa este movimento corporativo. Ela constata que 75% das pessoas estão insatisfeitas com o seu trabalho. E corroborando com estas análises, uma outra pesquisa global demonstrou em seus resultados as principais razões pelas quais bons profissionais pedem demissão. O segundo maior motivo está ligado à liderança, apontando que líderes ruins falam muito e ouvem pouco e não entregam as respostas que são almejadas por seus liderados, frustrando, consequentemente, as expectativas.

É neste contexto bilateral, onde de um lado os líderes “têm” que dar as melhores respostas e de outro os liderados esperando, entra a escuta do líder, uma importante ferramenta de uma liderança ativa e assertiva. Quanto mais o líder escutar, mais insumos ele terá para analisar, elaborar e ter as melhores tomadas de decisão.

Parece tão obvio e simples, mas não é.

Nesta contramão da escuta e da fala, nos deparamos com líderes que falam muito, são protagonistas de suas estratégias e não dividem o palco. Afinal, fomos criados e ensinados desde criança a ficar quietos e apenas escutarmos.

Revisitando algumas falas do passado, podemos citar algumas como: “Não se mete, esta conversa é para adultos”, “Aqui em casa eu falo e você obedece”. E quando perguntávamos: “Mas porque não posso isso?”. A resposta era: “Porque sim, e ponto final”. E, na escola, quando se queria perguntar alguma coisa, levantávamos a mão pedindo permissão e quando nos era dada, poderíamos falar.

Não estou questionando se é certo ou errado, apenas trazendo o contexto e deixar a livre associação em perceber que o ouvir e não falar diante de um líder, ou do “suposto saber” é primitivo, vem da infância, vem da cultura.

Apresentada as devidas reflexões e indagações que cada um de vocês, leitor, esteja associando, trago para o mundo corporativo este processo de escuta e fala. Este aprendizado empírico e cultural da vida reflete, “naturalmente”, no mundo dos negócios. E mesmo no século XXI, o poder da fala muitas vezes não encontra espaço para atuar.

Quando um líder percebe o poder da escuta e se doutrina a escutar mais, entrar no detalhe do dia a dia, permite-se à fazer perguntas abertas e esperar as respostas, escutando e analisando, conseguirá elaborar melhor as suas estratégias. Escutar não é fácil, é um exercício diário e contínuo. Falo por mim mesma. Tenho muitos anos na liderança e sempre me pego no lugar da fala e permito-me entrar no espaço oportunamente da escuta.

Um estudo citado na Harvard Business Review mostrou que funcionários que participaram de um círculo de escuta possuem mais performance e sofrem menos de ansiedade. A escuta ativa é quando você presta atenção no que é dito, demonstra genuinamente interesse na opinião do outro, não apenas cumprindo um protocolo. É uma habilidade que tem que ser treinada e readequada, pois, conforme sinalizei no início deste texto, aprendemos assim: o superior fala e os demais obedecem.

Destaco também, para finalizar, uma escuta que vai além da ativa, que é a escuta flutuante. Esta exige ainda mais exercícios e técnicas para a sua eficácia. Escuta flutuante é uma escuta mais elaborada, onde o líder se dedica interinamente na fala do liderado e consegue conectar-se não apenas com o dito de forma racional, mas entender o sentimento que move aquela fala.

A escuta flutuante vem mais livre de julgamentos, sem expectativas e nem inclinações. É nesta escuta que o líder efetivamente pega o verdadeiro feedback, a essência e sai da superficialidade. A escuta flutuante exige ainda mais atenção e treino do líder, mas é recompensador quanto aos seus resultados.

O líder que escuta de forma intencional e exerce a escuta flutuante sempre montará a melhor estratégia, porque não existe boa estratégia sem pessoas. Líder que coloca na sua agenda um espaço para a escuta, acolhe, abre espaços, empodera aqueles que com eles querem ficar e identifica os que não estão no mesmo propósito e não querem seguir.
Escutar demonstra a maturidade de um líder e está intimamente ligado ao processo de transformação. Com a escuta ativa e flutuante, a liderança coloca ainda mais pessoas certas, nos projetos certos, nos cargos certos e podem cobrar sem estresse na intensidade certa.

 

Shirley Fernandes - sócia-diretora da N1 IT, empresa do Grupo Stefanini. A autora recebeu os prêmios ‘Líder que sabe lidar’ e ‘Leader Woman Cloud of the Year’, em 2021 e 2022, respectivamente.

 

5 dicas para melhorar o desempenho e a segurança no home office

Especialista em cibersegurança dá sugestões para um trabalho remoto mais seguro e eficiente

 

A prática do trabalho remoto já não é mais uma novidade, mas sua permanência no cotidiano dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil aponta para a necessidade de encontrar soluções que melhorem o desempenho e segurança desta modalidade. Como, afinal, podemos dispor de recursos tecnológicos para que o home office seja mais seguro e eficiente? 

A discussão ganha lugar num contexto em que o home office já alcança uma parcela significativa da força de trabalho no país. Durante a fase mais aguda da pandemia, em 2020, um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas apontou que 10% dos trabalhadores e das trabalhadoras do Brasil puderam realizar suas funções em suas próprias casas. Para 2023, a expectativa de 30% das pessoas trabalhadoras é de dar prioridade a vagas neste modelo, segundo dados do portal Vagas.com. 

“As possibilidades de ingressar em empresas de várias partes do país e do mundo, além da flexibilidade no dia a dia, têm feito com que muita gente recorra a esta modalidade de trabalho. No entanto, é preciso haver algum tipo de orientação tecnológica mínima para garantir um melhor desempenho e segurança nos aparelhos utilizados na prática do trabalho remoto”, explica Vinícius Oliverio, especialista em cibersegurança. 

Cofundador da Urmobo, startup referência no segmento de gerenciamento de dispositivos móveis, Vinícius dá 5 dicas técnicas para melhorar o desempenho e segurança no home office. Confira.
 

1. Realize distribuição de arquivos 

Compartilhar em nuvem os arquivos dos projetos nos quais se está trabalhando é essencial para quem atua no home office. Trata-se de um recurso importante para que não se perca nenhum material e que é disponibilizado por ferramentas de gerenciamento de dispositivos móveis.
 

“Também dá para criar pastas, enviar arquivos para grupos de dispositivos, verificar o consumo de dados e a forma de download. Ao sincronizar arquivos e dados empresariais, todos os funcionários trabalham no mesmo projeto de forma mais ágil, fácil e produtiva”, destrincha Vinícius Oliverio.
 

2. Faça análise de log de chamadas 

Monitorar e medir componentes das ligações efetuadas com os smartphones corporativos é relativamente fácil quando você tem as ferramentas adequadas. “Controlar quais números foram ligados, as chamadas recebidas, duração das ligações e horários dessas chamadas é algo que se torna possível através de ferramentas que realizam a gestão de dispositivos corporativos”, afirma Vinícius. 

A chamada análise log de chamadas analisa justamente a qualidade e quantidade das ligações realizadas pela equipe com os aparelhos smartphones da empresa. Trata-se de um conjunto de mecanismos que identificam padrões que possam ajudar na solução de problemas, nas previsões de desempenho, na manutenção e em melhorias eventuais.

 

3. Tenha uma produtividade baseada no uso

Por meio de mecanismos que fazem o gerenciamento de dispositivos utilizados pelas pessoas na prática do trabalho remoto, também é possível realizar a análise de produtividade baseada na porcentagem do uso de cada aplicativo. Desta forma, temos a visibilidade do tempo de uso dos apps e seu consumo de dados. 

“A ideia é trazer mais informações sobre quanto tempo cada aplicativo permaneceu aberto e como os dados foram consumidos pelo usuário, além de disponibilizar relatórios”, explica o cofundador da Urmobo.

 

4. Realize o chamado time fencing 

Também é possível exercer o controle do funcionamento dos dispositivos móveis da empresa em determinados horários através do chamado time fencing. Trata-se de uma ferramenta utilizada no ambiente de trabalho, na qual é possível limitar o tempo de uso de uma determinada aplicação dentro do ambiente organizacional. 

Por exemplo: um conjunto de aplicativos fica disponível de segunda a sexta das 10 às 20 horas para tal colaborador. Fora deste intervalo, o aplicativo é ocultado do dispositivo, não estando disponível mesmo no fim de semana. É um recurso muito útil na gestão do home office”, esclarece o especialista em cibersegurança.

 

5. Faça a gestão de inventário dos dispositivos móveis utilizados

A gestão do inventário dos dispositivos móveis também é peça essencial para um bom andamento do trabalho remoto. É outra aplicação útil do gerenciamento de dispositivos. Com esse recurso, é possível criar uma relação dos aparelhos da empresa e contabilizar a quantidade de equipamentos utilizados no momento, assim como mapear quem está utilizando cada um. 

“Isso pode ajudar bastante na proteção de dados empresariais. Por exemplo, se o equipamento for trocado entre pessoas de diferentes cargos, pode ser preciso apagar informações que não são autorizadas”, conclui Vinícius Oliverio.
  

Como a tecnologia ajuda na inclusão dos processos trabalhistas no eSocial?

Acompanhar mudanças e atualizações faz parte da rotina do departamento pessoal. E, por falar nisso, não há como deixar de fora a nova atualização no eSocial, que passará a incluir informações de ações e processos trabalhistas movidos na empresa. A norma, que entraria em vigor a partir de janeiro, foi prorrogada para abril, dando mais tempo para as empresas se organizarem frente a esse novo protocolo.

Lidar com processos é algo desafiador para as empresas, contudo, nem sempre é possível evitá-los – principalmente no Brasil. Segundo a 19ª edição do relatório “Justiça em Números”, publicado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as ações trabalhistas lideraram o ranking no Judiciário em 2021, totalizando um aumento de 11,6% em comparação com o ano anterior.

Diante dessa demanda, é essencial ter um controle efetivo de cada etapa, uma vez que o processo pode levar um longo período até a sua resolução. Neste aspecto, a inclusão desses dados na plataforma do eSocial irá proporcionar mais agilidade e confiabilidade em cada informação anexada, tendo em vista a maior fiscalização tanto do Ministério do Trabalho, quanto de outros órgãos do governo.

A partir dessa nova medida, será obrigatório o envio dos seguintes eventos na plataforma: S-2500, referente às informações de processos trabalhistas e acordos feitos junto ao CCP (Comissão de Conciliação Prévia) ou NINTER (Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Resíduos); S 2501, que condiz às declarações dos valores de impostos sobre a renda e contribuições sociais previdenciárias; S-3500, utilizado para corrigir, excluir ou cancelar registros nos eventos S-2500 ou S-2501; e S-5501, sendo a devolução do retorno dos cálculos e validação das informações do processamento do S-2501.

Certamente, essas alterações no eSocial são vistas como favoráveis para o departamento pessoal, considerando o alto volume de dados que precisam ser enviados e conferidos. Isso é, com as informações centralizadas em único local, torna-se mais fácil monitorá-las e conferi-las. Em contrapartida, essa transição também pode ser desafiadora, caso a empresa não faça uso de um sistema de gestão que tenha a funcionalidade de se adequar a tais mudanças.

No entanto, cabe destacar que mais do que fazer o uso de uma ferramenta de RH, é essencial que o software contenha a eficiência de agilizar e assegurar que as informações ali anexadas estarão corretas, a fim de evitar possíveis irregularidades acerca dos dados e registros. Deste modo, a tecnologia se torna uma ferramenta essencial nesse processo de adequação frente às constantes mudanças e atualizações que impactam a área.

Em suma, no processo da inclusão das informações dos processos trabalhistas ao eSocial, o departamento pessoal terá o papel de acompanhar e até ceder dados dos colaboradores para o responsável pelas informações. Dessa forma, deixará mais fácil a administração das informações que envolvem a empresa e seus colaboradores e, assim, possibilitar a total segurança no envio de registros.

Deste modo, o eSocial tem cada vez mais se mostrado eficiente para as companhias, agregando na maior facilidade e centralização das operações. Contudo, o sucesso do seu uso dependerá do quão preparada a companhia está para incorporar em sua rotina tais práticas em favor da gestão e organização. Assim, cabe às organizações aproveitarem esse período de transição para se adequarem e organizarem as operações. Nessa jornada, contar com o apoio da tecnologia poderá ser um importante recurso – mas, como tudo na vida, é importante estar preparado e atento para o que está por vir.    



Érico Almeida - sócio-gerente do Grupo Skill, empresa especializada na prestação de serviços para as áreas de contabilidade, tecnologia, gestão de pessoas e financeiro.


Grupo Skill
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