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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Empresas precisam contar com seguro cibernético para garantir tranquilidade às operações cotidianas

Em uma realidade na qual os riscos cibernéticos se ampliam diariamente, este seguro dá aos gestores a garantia de que seus negócios estão protegidos contra os golpes digitais. Sua contratação deve ser sempre associada à ferramentas de segurança digital modernas e treinamento dos colaboradores
 

O ano de 2022 foi desafiador para todas as empresas em termos de segurança digital, com vários casos de violação de dados, fraudes, ataques cibernéticos e vulnerabilidades de sistemas, colocando tanto instituições quanto indivíduos em risco. Para se ter uma ideia, no último trimestre de 2022, o Brasil viu crescer em 37% o número de cyberattacks, segundo pesquisa da Check Point Software. 

As ameaças digitais existem desde o nascimento da internet. Embora os avanços em segurança para combatê-las sejam consideráveis, os riscos continuam à espreita. À medida que o cibercrime evolui, o mesmo acontece com a segurança cibernética e os métodos de prevenção que estão sempre em evolução, pois a luta esta é e será sempre uma batalha.  

Afinal, os cibercriminosos agora estão usando ferramentas avançadas baseadas em Inteligência Artificial (IA), Machine Learning (ML) e automação. “Eles estão treinando redes neurais para enganar algoritmos preditivos, que têm sido usados para modificar arquivos maliciosos, permitindo-lhes contornar as defesas do sistema. Portanto, é necessário sempre muita atenção e cuidado a todas as interações digitais”, reforça Barsotti.  

Mas, segundo ele, essas mesmas ferramentas podem servir também ao propósito da segurança cibernética, pois uma das muitas possibilidades é automatizar controles de segurança e mecanismos de resposta baseados em IA, o que permite respostas mais rápidas e precisas aos ataques, protegendo assim dados críticos de empresas e indivíduos. 

“Os velhos ataques continuam a ser eficazes e as fontes de receita para cibercriminosos ainda são caixas de e-mail comprometidas, ataques visando roubo de dados, ransomware (sequestro dos dados) e phishing (descoberta e uso de senhas e números de cartões de crédito para golpes). Isso porque, além de todos os sistemas tecnológicos estarem sujeitos à riscos, um dos fatores mais sensíveis para a ocorrência dos ataques é o humano”, afirma Marcelo Barsotti, CRO (Chief Revenue Officer) da Pryor Global. 

Portanto, para combater as ameaças cibernéticas, é necessário se concentrar não apenas na tecnologia, mas principalmente nas pessoas e no seu comportamento. As pessoas são o maior risco em termos de segurança cibernética, em grande parte como resultado da falta de conscientização, negligência ou controles de acesso inadequados.  

“Uma abordagem eficaz de segurança cibernética é montar uma estratégia focada na prevenção, criando soluções inteligentes que visam impedir ataques cibernéticos, e investindo em treinamentos e campanhas constantes de conscientização das pessoas, sendo também recomendável ter uma apólice de um seguro cibernético”, enfatiza Barsotti. 

Na hora de contratar uma apólice deste tipo de seguro, os gestores precisam considerar o tamanho da empresa e seus riscos efetivos, para que a proteção escolhida seja adequada para assegurar a continuidade dos negócios em caso de golpes cibernéticos, aos quais empresas de todos os setores e portes estão sujeitas. “Hoje, esta é uma providência indispensável para garantir a tranquilidade das operações, dando aos gestores a rede de proteção necessária para que possam administrar com maior efetividade quaisquer crises relacionadas à segurança da informação”, conclui o executivo da Pryor Global.

Pryor Global

 

Varejo de moda: três tecnologias para aumentar as vendas do setor

A digitalização mudou os hábitos de consumo de muitas pessoas. Antes limitadas a irem presencialmente em suas lojas favoritas para adquirir os produtos desejados, hoje esse processo pode ser feito no conforto de suas casas, com extrema praticidade e segurança. Dentre os segmentos que mais se beneficiaram com essa transformação, o varejo de moda foi um dos que mais se destacou – enxergando o potencial de abrangência de suas vendas por meio destes canais online desde que prezassem por um atendimento personalizado, amistoso, e uma jornada marcante com o auxílio da tecnologia em suas estratégias.

Este era um movimento já visto há anos no setor, mas que com a pandemia, acabou se intensificando devido à impossibilidade de os compradores irem fisicamente adquirir seus itens. Obrigados a se adaptarem a este novo cenário, a evolução destas plataformas fez com os que canais digitais ficassem mais robustos e preparados para atender este consumidor, incorporando ferramentas que permitissem um maior entendimento sobre o perfil de cada cliente, suas preferências de moda e meios de ofertar itens aderentes a essas características.

Segundo uma pesquisa feita pela Conversion em 2021, o varejo de moda registrou 1,51 bilhão de acessos no e-commerce naquele ano, em uma quantia 52% maior em relação ao ano anterior. Hoje, uma boa jornada de compra neste segmento precisa unir os ambientes físico e digital, obtendo informações sobre seus perfis e utilizando estes dados de maneira inteligente para engajá-los com a marca, fidelizá-los e garantir uma experiência satisfatória.

Dentre os recursos disponíveis no mercado para estimular esse objetivo, veja os mais assertivos:

#1 Realidade aumentada: a aceleração tecnológica neste segmento traz uma vivência de compras online muito parecida – e, as vezes até melhor – do que a presencial. A realidade aumentada no varejo de moda une o presencial ao eletrônico, permitindo que os consumidores ‘provem’ os produtos digitalmente através de qualquer dispositivo tecnológico com câmera. Assim, o software desenvolvido insere o item desejado no mundo real, ajudando a enxergar como uma determinada peça ficaria fisicamente e, até mesmo, a encontrar o tamanho e tipo ideal para cada um.

#2 Aplicativos e compra online: independentemente de onde a loja esteja situada, os aplicativos e plataformas de compra ampliam o alcance da marca, permitindo que os consumidores encontrem as informações sobre os produtos desejados e adquiram seus serviços em regiões distantes. A eficiência e aumento nas vendas é um dos maiores benefícios proporcionados por esses recursos – mas, para que atinjam esses resultados, precisam ser desenvolvidos priorizando uma experiência conveniente e personalizada com base em suas necessidades.

#3 Plataformas omnichannel: mesmo com a digitalização do setor, muitos ainda gostam de visitar suas lojas fisicamente, seja para apenas retirar um produto pedido online ou comprar diretamente no local. Por isso, é essencial que o varejo de moda invista na integração e comunicação conjunta destes canais através da omnicanalidade. Além de facilitar essa escolha de jornada pelo usuário conforme suas preferências, as plataformas omnichannel geram dados que podem trazer muitos insights para a marca realizar ações personalizadas. Essa é uma das maiores estratégias de satisfação e fidelização dos clientes nesta era digital.

Uma boa jornada de compra no varejo de moda consegue manter o cliente engajado e interessado, utilizando-se destas tecnologias para reunir dados sobre o histórico de cada usuário e os utilizando para criar interações mais aderentes a suas demandas. Quanto mais estes lojistas conhecerem seu público, buscando entender o quão aberto ele está para receber interações e em qual momento, melhor será a relação entre as partes e sua impressão sobre a marca.

Cada vez mais os consumidores buscarão atendimentos velozes e simplificados, sedentos por inovação e em busca de itens cada vez mais com a sua ‘cara’. Acompanhar e atender essas exigências não é fácil – por isso, o uso e interpretação correta dos dados a seu favor será um dos maiores aliados do varejo de moda, de forma que entendam cada vez mais o que seu consumidor está procurando e trazendo novas tendências de mercado até a ponta. Quem inova primeiro e se adapta, certamente sairá à frente.


Igor Castro - Diretor de Produtos e Tecnologia na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Podemos usar os dados de ritmo cardíaco dos Smartwatches para salvar vidas?


Além de acompanhar as nossas chamadas, horários, lembretes, atividades e muito mais, os Smartwatches também podem acompanhar a nossa saúde através do nosso ritmo cardíaco e movimento. A maioria dos relógios inteligentes mais modernos, aliás, pode acompanhar, além do ritmo cardíaco, a pressão sanguínea. Esses modelos mais recentes vêm também com monitorização de ECG (Eletrocardiograma).  

Os dados obtidos, quando avaliados através de algoritmos de aprendizagem de máquinas para racionalizar certos fluxos de trabalho, podem ter amplos benefícios clínicos, como a avaliação instantânea da saúde, a notificação de serviços de emergência e até mesmo o controle de outros dispositivos ou máquinas através de IoT (Internet das Coisas). Também podem diagnosticar problemas cardíacos graves, como um ataque cardíaco, AVC, ou insuficiência cardíaca. 

Devido a um estilo de vida sedentário, a doença cardíaca tornou-se uma das principais doenças dos dias atuais, mas ela pode ser controlada eficazmente se for alertada no tempo certo e diagnosticada numa fase precoce. 

Padrões de frequência cardíaca, portanto, podem fornecer informações comportamentais vitais, como padrão de trabalho, estresse mental, frequência cardíaca máxima e frequência cardíaca em repouso, que podem determinar a saúde geral de uma pessoa com ênfase na aptidão cardiovascular. Os dados captados pelos relógios inteligentes podem ser utilizados na prospecção de informações a partir da enorme quantidade de dados captados.  

Existem várias técnicas - como regressão, previsão, classificação, agrupamento etc. - na mineração de dados. Entre elas, a classificação é descrita como o processo de identificação de uma coleção de modelos que identifica padrões de dados de um grupo de acordo com as suas características e define quais padrões são de que classe. Isto pode ser feito utilizando vários algoritmos de classificação, como Rede Neural Artificial (ANN), k-Nearest Neighbor (k-NN), Support Vector Machine (SVM), etc. 

Tradicionalmente, o ECG tem sido a técnica de monitorização cardíaca mais comum e dominante para identificar anomalias cardiovasculares e detectar irregularidades nos ritmos cardíacos. No entanto, devido à limitação da portabilidade do ECG, uma tecnologia mais recente chamada PPG (Fotopletismografia) demonstrou ser uma alternativa à monitorização da banda cardíaca (FC).  

Num estudo conduzido por Bolaños et al., conseguiram demonstrar que os sinais de variabilidade da frequência cardíaca (HRV) extraídos pelo PPG eram comparáveis aos registados através do ECG. Isto indica que a tecnologia PPG tem um potencial para substituir o ECG para a extração de HRV. 

Com o surgimento da tecnologia que poderia realizar muitos controles relacionados à saúde, o PPG tornou-se facilmente uma parte dos dispositivos utilizáveis. Entre todos, os relógios inteligentes tornaram-se um terreno para ter características de monitorização da saúde juntamente com outras utilidades da vida diária. 

Para se ter ideia, em 2020, o mercado global de smartwatch foi avaliado em 68,59 milhões de unidades. Em 2026, espera-se que este valor atinja 230,30 milhões de unidades. Este rápido crescimento da procura no mercado da tecnologia wearable não se deve apenas à monitorização omnipresente, contínua e generalizada de sinais vitais, mas também aos desenvolvimentos tecnológicos de ponta em tecnologia de sensores e comunicações sem fios. 

Um relógio inteligente pode salvar uma vida? Além do que já tratamos nesse artigo, é importante mencionar que as características e a conectividade do Smartwatch ao mundo da Internet podem ser aproveitadas para enviar alertas de emergência a membros da família ou provedores de cuidados de saúde em caso de situações de emergência. Há, inclusive, vários casos documentados de smartwatches que salvaram vidas, especialmente devido à detecção de quedas e às funcionalidades de chamada SOS. 

Naturalmente existem algumas limitações. Os smartwatches podem ter sinais ruidosos, baixa precisão na detecção da frequência cardíaca em pessoas de pele mais escura, privacidade, e preocupações de segurança. Outro grande problema é determinar se os sinais acontecem durante a rotina diária, na prática de atividades físicas leves ou durante situações críticas. Isto se deve à suscetibilidade do PPG aos artefatos de movimento (MA) causados pelos movimentos das mãos ou ao ruído ambiental. A maioria dessas limitações pode, no entanto, ser superada. 



Utpal Barman


5 coisas que você precisa saber sobre rinoplastia


Especialista explica principais dúvidas sobre o procedimento
A rinoplastia tem sido um dos assuntos mais comentados do momento, sobretudo por conta da realização da cirurgia em rostos famosos. A popularidade da rinoplastia aumentou cerca de 40% em relação ao início dos anos 2000, com a evolução constante das técnicas cirúrgicas. 

Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética indicam que essa é uma das cirurgias mais procuradas pelos brasileiros, e ocupa o segundo lugar entre os procedimentos mais realizados pelo público masculino. 

Em 2020, segundo a Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face, a cirurgia do nariz foi o procedimento facial mais realizado entre os brasileiros. Neste mesmo ano, de acordo com um levantamento da Isaps, mais de 87 mil rinoplastias foram realizadas no Brasil. O termo “rinoplastia” foi o mais buscado no Google Trends no primeiro semestre de 2022.

“A cirurgia de rinoplastia é um procedimento completo, que pode abranger as mais diversas necessidades. Seja para alterar o tamanho, para corrigir alguma questão estética, são várias as possibilidades”, explica o otorrinolaringologista especialista em rinoplastia, Dr. Victor Gebrim. 

O especialista respondeu cinco das principais dúvidas sobre a cirurgia plástica de nariz, confira!

 

1) Como saber se eu preciso fazer uma rinoplastia redutora?

A rinoplastia redutora tem como objetivo proporcionar um perfil mais harmônico. Durante esse procedimento, é realizada a redução das estruturas nasais, modelando o esqueleto nasal e, dependendo da necessidade, retirando partes ósseas ou estruturas cartilaginosas. Quem pode dar a indicação desta cirurgia é o otorrinolaringologista, que avaliará cada caso individualmente.


2) O que é a rinoplastia de aumento?

Muita gente pensa que a rinoplastia é utilizada apenas para a redução das dimensões do nariz, mas na realidade existem diversas possibilidades. Uma delas é a rinoplastia de aumento, que pode ser aplicada em pessoas que têm aparência de afundamento na região.


3) O que é a columela?

Columela é a fenda que divide as narinas, e é um dos principais motivos de insatisfação no consultório. Quando a columela é muito grande ou muito pequena, o paciente se sente incomodado, e é possível ajustar a partir do procedimento cirúrgico.


4) Dá para operar apenas a parte de cima do nariz?

A “parte de cima do nariz” é chamada de dorso nasal, e sim, pode ser redimensionada, tanto para aumentar quanto para diminuir, levando em consideração as características do rosto do paciente.


5) A rinoplastia é um procedimento exclusivamente estético?

A resposta é não, e isso vai depender da necessidade de cada paciente. Há quem precise apenas da cirurgia estética, mas também há quem precise da chamada rinoplastia funcional. Este é um procedimento que vai além da estética, promovendo alterações na estrutura nasal para melhorar a função do nariz, como na respiração, por exemplo.


Dr. Victor Gebrim - Médico, otorrinolaringologista pela Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, com foco em rinoplastia, otoplastia e mentoplastia. Membro da Equipe FK, faz parte do corpo clínico e cirúrgico do Blanc Hospital, primeiro hospital geral cirúrgico do Brasil, também localizado na capital paulista.

 

Lúpus na infância: diagnóstico precoce e tratamento correto são essenciais para uma vida normal


Lidar com uma doença que não tem cura ainda na infância é algo desafiador, porém o diagnóstico precoce e o tratamento correto podem salvar e proporcionar uma vida normal. Para a pequena Maria Eduarda, o diagnóstico de lúpus veio após dias de internação e aos 7 anos de idade. “Foi um processo muito difícil até o fechamento do diagnóstico. Fomos diversas vezes para algumas unidades hospitalares com a Maria Eduarda apresentando dores nas articulações, febre alta e edemas nas mãos e nos pés. Os atendimentos eram apenas para alívio da dor e isso era desesperador. Até que a internaram para tentar descobrir o que estava acontecendo”, conta Ana Cristina Carvalho, mãe de Maria Eduarda. 

Com quase 15 dias de internação, apareceram manchas nas regiões das bochechas de Maria Eduarda e, após diversos exames, a suspeita de lúpus foi confirmada. “Foi extremamente difícil porque eu não tinha conhecimento algum sobre a doença. Não sabia que tinha risco de vida. Quando vimos, minha filha estava internada em uma UTI, respirando com a ajuda de aparelhos e fazendo hemodiálise”, completa a mãe. Atualmente, Maria Eduarda está com treze anos e faz acompanhamento contínuo, exames de rotina e tem uma vida normal de adolescente.
 

Maria Eduarda internada, aos 7 anos, antes do diagnóstico do lúpus

Maria Eduarda hoje, aos 13 anos, com o tratamento e uma vida normal de adolescente

Apesar de ser mais comum em mulheres entre 20 e 45 anos de idade, o lúpus também pode ocorrer em crianças e adolescentes e costuma ser mais grave do que em adultos, tanto no início quanto durante a evolução da doença. Segundo a reumatologista pediátrica Adriana Rodrigues Fonseca, que é membro da diretoria executiva da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro e professora da Faculdade de Medicina da UFRJ, cerca de 20% de todos os casos de lúpus ocorrem em crianças e adolescentes abaixo dos 18 anos e é mais frequente no sexo feminino e entre 11 e 15 anos. “O lúpus na infância se inicia com sintomas inespecíficos ou diferentes do habitual, o que pode dificultar o diagnóstico. Além disso, nessa faixa etária há maior frequência de alterações neurológicas, nos rins e maior mortalidade. A confirmação do diagnóstico deve ser realizada em conjunto com o reumatologista pediátrico unindo sintomas, resultados de exames de sangue e urina, e, algumas vezes, até biópsia da pele e dos rins, como se fosse um quebra-cabeças até chegar ao diagnóstico”, explica a médica Adriana Rodrigues Fonseca.

 

Embora não exista um exame específico do lúpus, a positividade do exame FAN (Fator Antinuclear ou anticorpo anti-nucleo) no sangue, se associado a alguns sintomas como febre, perda de apetite, perda de peso, cansaço, desânimo, queda de cabelo, manchas avermelhadas nas maçãs do rosto, inflamação nos rins, entre outros, pode levar à suspeita de se tratar um caso de lúpus.
 

Tratamento -“O tratamento depende dos tipos de sintomas que a criança ou adolescente tem, sendo assim diferente para cada paciente. Podem ser necessários vários medicamentos nas fases de sintomas e poucos ou nenhum medicamento quando os sintomas estiverem controlados ou ausentes. O tratamento inclui remédios para frear o descontrole do sistema de defesa, como os corticoides, os antimaláricos, os imunossupressores e os biológicos”, ressalta a reumatologista pediátrica Adriana Rodrigues Fonseca. 

O tratamento e acompanhamento devem ser realizados, pelo reumatologista pediátrico, com outros especialistas (a depender dos sintomas presentes) e equipe multiprofissional (psicologia, nutrição, enfermagem, serviço social, odontologia, fisioterapia). 

Além disso, como a luz do sol e a claridade são prejudiciais para a pele do paciente com lúpus e podem causar ou piorar a inflamação dos órgãos internos, é essencial o uso diário e frequente de protetor solar, mesmo se não estiver sol e até em lugares fechados. Os médicos orientam também o uso de roupas com mangas, chapéus de aba larga e óculos escuros e a evitar atividades em horários de pico de sol. “As áreas de sombra também não são seguras para os pacientes com lúpus, pois os raios ultravioletas refletem da água, areia, concreto e neve”, alerta a médica. É também de fundamental importância ter uma dieta equilibrada, a prática de atividade física e manter a carteira de vacinas em dia. 



Dra. Adriana Rodrigues Fonseca - reumatologista pediátrica, membro da Diretoria Executiva da Sociedade de Reumatologia do Rio (SRRJ), Secretária do Departamento Científico de Reumatologia Pediátrica da SOPERJ e da SBP, professora da Faculdade de Medicina da UFRJ.

Beatriz Lucas
Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro
beatriz@choicescomunicacao.com.br

 

Com avanço dos ultraprocessados, nutricionista alerta para a importância da alimentação balanceada no combate ao colesterol

Pesquisa revela que parcela ocupada pelos ultraprocessados no consumo de alimentos por pessoas de 45 a 55 anos saltou de 9% para 16% durante a pandemia

 

Não é novidade que manter uma rotina capaz de combinar alimentação saudável e exercícios físicos colabora para o controle do colesterol e o funcionamento equilibrado do organismo. Porém, apesar de a busca por refeições balanceadas ter aumentado, o consumo de ultraprocessados também avançou nos últimos anos.

De acordo com um estudo realizado em 2021 por especialistas do Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde/USP) e da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), durante a pandemia a parcela ocupada pelos ultraprocessados no consumo de alimentos por pessoas de 45 a 55 anos saltou de 9% para 16%.  

“Esse dado é preocupante porque o consumo de alimentos ultraprocessados aumenta em 102% o risco de hipercolesterolemia, ou seja, de taxas elevadas de colesterol no sangue”, explica Clarissa Dayane Santos Soares, nutricionista clínica do hospital HSANP. “Por outro lado, uma dieta balanceada, rica em fibras, frutas, verduras, legumes e que não inclua frituras, industrializados e gorduras, é fundamental para manter o controle desse índice”, acrescenta.

A nutricionista reforça que o aumento do colesterol não é o único risco que uma pessoa corre ao não manter uma boa alimentação. “Também colabora para o desenvolvimento de sobrepeso, obesidade e síndrome metabólica, o que pode levar a quadros de diabetes, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral, além de poder aumentar em até 25% a taxa de mortalidade”.

Outro fato importante destacado por Clarissa é a necessidade de avaliar o nível de gordura de certos pratos. “A carne vermelha, por exemplo, não precisa ser excluída das refeições, mas é necessário dar preferência para cortes magros, como maminha, músculo, coxão mole, patinho, lagarto e filé mignon, bem como para preparos com pouca gordura, grelhados, assados ou cozidos”, pontua.

Além de manter uma dieta bem equilibrada, é imprescindível consultar profissionais de saúde e nutrição na hora de montar um plano alimentar, pois tem se tornado cada vez mais comum a disseminação de dietas e alimentos “milagrosos” nas redes, com promessas encantadoras que podem acabar prejudicando ainda mais a saúde. 

“É preciso estar atento aos prejuízos de longo prazo provocados por uma propaganda enganosa. Claro que ficamos maravilhados com uma dieta ou produto que promete eliminar 10 quilos em 7 dias. Mas devemos pensar que, para manter a saúde equilibrada, é necessária uma junção de fatores como alimentação regrada e exercícios. Essas dietas sem embasamento em estudos são prejudiciais e podem ocasionar  doenças inflamatórias e outros danos à saúde”, finaliza a nutricionista do Hospital HSANP.

 

Hospital HSANP


Período de chuvas aumenta risco de mofo e pode prejudicar a saúde infantil

Mofo dentro de casa prejudica a saúde de crianças e bebês/DIVULGAÇÃO
Coordenadora do curso de Enfermagem da Anhanguera apresenta dicas de prevenção a doenças e cuidados com a umidade; crianças e bebês são mais vulneráveis


O ano de 2023 começou marcado por chuvas intensas e constantes: de acordo com o boletim informativo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o final de janeiro e o início de fevereiro terão volumes pluviométricos significativos na região sudeste -- acúmulo de 60 mm (moderado) até mais de 100 mm de água (forte). O cenário é o ambiente ideal para o desenvolvimento de diferentes infecções respiratórias, por conta do aumento de fungos e mofos, além da propagação de vírus e bactérias. Crianças e bebês são os mais vulneráveis a essas alterações e os cuidados com saúde devem ser redobrados.

A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Fernanda Ingrid Da Silva Toledo Santos, alerta que qualquer quadro gripal entra na suspeita de covid-19 e o paciente deve realizar os exames necessários, assim como cumprir isolamento. Contudo, as condições do clima trazem o risco para outras doenças respiratórias, como rinites alérgicas, asma, resfriados e sinusites. “Esses problemas tendem a ser mais agressivos na primeira infância e a atenção de uma equipe de saúde deve ser imediata”, explica.

Algumas medidas podem evitar o contágio e a proliferação dessas infecções. Uma das recomendações da enfermeira da Anhanguera é para que os guardiões adotem o hábito de realizar a limpeza nasal diária em crianças, para que secreções não se acumulem no canal respiratório, e aumentar a ingestão de líquidos e alimentos leves no dia a dia.
 

AMBIENTES

Para os quartos de crianças a bebês, é necessário que o espaço esteja bem ventilado e com janelas abertas, para que a umidade trazida pelas chuvas possa ser eliminada pelo calor. Lençóis, colchas, utensílios de berço e as roupas infantis, que costumam ser guardadas por muito tempo, precisam ser lavados com alta periodicidade, para que fiquem livres de fundos e ácaros.

Alternativas simples na decoração podem controlar o bolor em paredes. Os móveis da casa não devem ficar encostados em pontos com mofo, uma vez que os fungos conseguem se proliferar em locais abafados. A limpeza periódica com uma solução de água, água sanitária e detergente não irá remover a umidade da estrutura, porém, pode ajudar a conter o problema de forma pontual, além de prevenir o desenvolvimento de alergias e doenças respiratórias.

Casos de rinite alérgica constantes por conta do ambiente devem ser observados. Quando há a inflamação recorrente da mucosa do nariz, o indicado é procurar por profissionais especializados para fazer exames clínicos para identificar o agente causador e começar o acompanhamento de uma equipe de saúde. 



Anhanguera
https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/


Quais os malefícios do sedentarismo para o coração?

Entenda como o problema pode afetar a saúde cardiovascular

 

A Organização Mundial da Saúde estima que entre 60% e 85% da população mundial têm um estilo de vida considerado sedentário. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47% dos brasileiros estão nessa situação.

Mais assustador é que 2 milhões de mortes que acontecem todos os anos podem ser atribuídas à inatividade física. E, até 2030, o sedentarismo pode levar a 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade. Essa projeção foi dada pelo primeiro relatório global da OMS sobre atividade física.

Por isso, o cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Junior alerta sobre a importância da prática regular de exercícios e esporte para a saúde do coração, em todas as faixas etárias.

“É considerado como sedentário a pessoa que pratica menos de 150 minutos por semana de atividades físicas de intensidade moderada, ou menos de 75 minutos semanais para atividades intensas”, explica o médico.

O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para as doenças do coração, como infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC).

“A prática regular de exercícios é importante para melhorar a qualidade de vida e a disposição para realizar as suas tarefas do dia a dia, também ajuda a melhorar a circulação sanguínea, fortalecer o sistema imunológico, fortalece ossos e músculos e ajuda a emagrecer. Estes benefícios podem ser alcançados em cerca de 1 mês após o início da atividade física regular”, diz Elcio.

Ainda segundo o cirurgião cardiovascular, é importante antes de iniciar a prática de atividade física, consultar o médico e realizar todos os exames necessários para que seja verificado o estado geral da saúde daquele indivíduo e assim seja possível indicar o melhor tipo de exercício e a intensidade adequada.



Dr. Elcio Pires Junior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no Hospital Madre Theodora de Campinas.
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Doenças virais e microbiota intestinal: como driblar os desconfortos das viroses

O efeito é avassalador: diarreia, gases, inchaço abdominal, vômito, mal-estar generalizado. No combo das viroses gastrointestinais, nenhum sintoma passa despercebido.  E, a depender do vírus em questão, a imunidade sente o impacto a curto, médio e longo prazo.  

“Toda vez que a gente tem uma infecção viral, e quando esse equilíbrio é quebrado por um vírus mais patogênico ou por um vírus que acaba se multiplicando mais do que deveria, isso causa um estresse importante no sistema imunológico intestinal e a gente pode ter alterações de permeabilidade do intestino”, explica a médica especialista em gastroenterologia e professora do Puravida PRIME, Denise de Carvalho. 

A curto prazo, impera o desconforto e a possível desidratação, decorrente do excesso de líquidos eliminados.  

A médio prazo, num período que varia de dois a cinco dias, o organismo lida com a dificuldade de absorção dos nutrientes, que pode levar a quadros de baixa nos níveis de magnésio, sódio, potássio e outros minerais.  

E, a longo prazo, nas crianças, há a possibilidade do desenvolvimento da síndrome inflamatória multissistêmica.  

Esse estresse excessivo sobre a mucosa do sistema digestivo estressa tanto esse sistema imunológico que está assoberbado com a infecção viral e com o aumento da permeabilidade dos intestinos, que a consequência é essa infecção, que ativa uma resposta inflamatória muito desequilibrada e que pode refletir em outros sistemas”, alerta a especialista.  


Não pare

Cessar os movimentos do intestino, que trabalha desordenado por conta da virose, é o maior dos desejos durante o quadro de desinteria. Mas, a solução não é recomendada, isso porque o sintoma é uma reação do corpo que luta contra a infecção.  

A orientação é investir na hidratação para repor os líquidos e sais minerais. Caso não seja possível via oral, a opção é a reposição dos eletrólitos pela via intravenosa. Já a dor é passível de ser amenizada com o uso de analgésicos e antiespasmódicos, que reduzem os movimentos peristálticos. 


Tratamento complementar

Para além do convencional soro caseiro ou de farmácia, os suplementos alimentares são aliados na retomada do equilíbrio da microbiota intestinal.  

Na prescrição para os pacientes, Denise Carvalho costuma investir em três substâncias que ela classifica como pouco óbvias neste cenário, embora tenham embasamento científico:  

  • Glutamina: ajuda, indiretamente, na imunidade, por conta do efeito sobre a permeabilidade intestinal 
  • Creatina: melhora a permeabilidade intestinal após infecções virais; 
  • Melatonina:  reduz estresse oxidativo mitocondrial, favorecendo a recuperação da mitocôndria pós-infecção, agindo diretamente sobre a mucosa.  

A professora do Puravida PRIME reforça: o uso da melatonina, nesses casos – como em outras patologias – deve ser feito à noite, para não interferir no ciclo circadiano.  

“O sistema digestivo é muito importante para o relógio biológico, então o ideal é que a gente não confunda esse relógio biológico, porque se a gente colocar melatonina durante o dia, eu acho chato cortisol – que é o principal hormônio anti-inflamatório que a gente tem”.  


Atividade física

Mesmo seguindo todas as recomendações para restabelecer o equilíbrio do organismo durante a passagem da virose, os exercícios físicos devem ficar fora do check-list do dia enquanto os sintomas estiverem presentes.  

“Cuidado aí com a atividade física nesse período. Primeiro, para não passar vergonha. Segundo, para não aumentar a isquemia desse sistema digestivo, diminuindo ainda mais a tensão de oxigênio sobre o sistema digestivo!”, alerta a especialista.


Bom lembrar

Das doenças que acometem o sistema digestório, as viroses estão entre as mais intensas, principalmente quando o assunto é o desconforto causado pelos sintomas.

Medicamentos como analgésicos e antiespasmódicos são recomendados para driblar as dores durante o quadro de gases e diarreia, no entanto, a orientação é não tentar cessar a desinteria, que funciona como sinalizador da luta do organismo contra a infecção em curso.  

Alguns suplementos alimentares têm ganhado protagonismo na recuperação da saúde da microbiota intestinal após a virose. Na utilização clínica, se destacam a glutamina, a creatina e a melatonina. 

Restabelecer o equilíbrio entre os micro-organismos que compõem o ecossistema do intestino é fundamental para a plena recuperação. E a alimentação saudável é peça-chave nesse processo.    

Apesar dos incontáveis benefícios, os exercícios físicos devem ser evitados enquanto persistirem os sintomas.  

E, vale lembrar: o trio hidratação-suplementação-alimentação é o segredo do sucesso para a recuperação da microbiota intestinal após uma infecção viral.  

O Puravida PRIME é compatível com qualquer dispositivo e também poderá ser acessado diretamente pelo site: https://www.puravidaprime.com.br/. O valor da assinatura é de 39,90.


Uso excessivo do celular: reflexos vão de problemas psicológicos, neurológicos, de coluna e até intestinais

Pesquisas indicam que adultos têm ficado mais de três horas no celular todos os dias; as consequências no corpo não demoram a aparecer

Uso excessivo de smartphones pode causar severos problemas para saúde como ansiedade, depressão, dificuldade de convívio social e impacto na postura
Créditos: Envato

 

“Tudo na palma da mão”. Muitos brasileiros aumentaram o tempo de uso de celulares na pandemia da covid-19 e a necessidade de distanciamento social levou a novas formas de relacionamento e de consumo. Uma pesquisa de saúde pública da Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais e publicada no periódico American Journal of Health Promotion indicou que o tempo gasto em lazer no celular, computador ou tablet passou de 1,7 hora para 2,2 horas por dia. A mesma pesquisa mostra que adultos ficam, no mínimo, três horas no celular diariamente e esse tempo excessivo pode acarretar problemas que se refletem no corpo todo. 

A psicóloga do Hospital Universitário Cajuru, Aline Oliveira, destaca que a comodidade relacionada a ter “tudo na palma da mão” pode ser maléfica principalmente para o público mais jovem que tem nessas respostas rápidas uma espécie de gatilho, já que existe uma tendência de esperar que no mundo real as respostas sejam tão imediatas quanto no digital. “Temos que ter em mente que não é assim que o mundo real funciona, nem sempre as respostas são imediatas e muito menos elas vêm da maneira como vislumbramos. Por isso as interações sociais, convívio, são fundamentais”.

Já a neurologista do Hospital Marcelino Champagnat, Patrícia Coral, complementa que essa expectativa e o contato prolongado com o celular podem gerar transtornos de ansiedade, depressão, dificuldade de concentração e insônia. “Além de problemas relacionados ao sono, pelo atraso na produção da melatonina causada pela luminosidade do aparelho, o que nos preocupa são as redes sociais que podem trazer problemas maiores já que a impressão que temos é que a vida dos outros é sempre melhor que a nossa, porque as pessoas só postam o que é bom, são festas, prêmios”, explica. “A moderação deve ser a palavra-chave nesse ponto. Inclusive há aplicativos com jogos que ajudam a exercitar o cérebro e podem ser benéficos. A tecnologia está aí para nos ajudar e devemos tirar o melhor proveito dela”, complementa a neurologista.


Impacto na postura

As horas passadas de olho na tela podem, em um futuro não muito distante, alterar também nossa postura de forma definitiva. O ortopedista especialista em coluna do Hospital Marcelino Champagnat, Antonio Krieger, explica que a posição do pescoço no momento em que ficamos com o smartphone na mão ou até mesmo no notebook pode causar dores crônicas. “Uma cabeça média pesa 6 kg quando na posição normal e alinhada à coluna. Mas, ao inclinar a cabeça em 15 graus, esse peso dobra e, dependendo da postura da pessoa, ela pode fazer uma sobrecarga de 30 kg. Quem não faz nenhum trabalho para fortalecer essa musculatura, a médio e longo prazo, vai desenvolver artrose de coluna ou calcificação”, afirma. 

Segundo o especialista, a dica para evitar esses problemas é manter as telas na linha do horizonte, regular a postura do corpo durante a utilização desses aparelhos e praticar atividade física regularmente. “O exercício físico é nosso maior aliado. Assim conseguimos manter a saúde do corpo e da coluna, pois com ele fortalecemos a musculatura e o alongamento e isso ajuda a prevenir dores e o desgaste precoce”, frisa Krieger.


Problemas que vão além

E esse uso excessivo pode mexer com outras partes do corpo. O proctologista do Hospital Marcelino Champagnat, Paulo Kotze, alerta sobre os riscos para quem só consegue ir ao banheiro com a companhia do celular. “Uso de celulares, tablets ou até mesmo jornais, faz com que as pessoas fiquem mais tempo sentadas na posição de evacuação e isso é prejudicial. Sentar longamente no vaso pode causar doenças como hemorróidas, fissuras anais e espasmos musculares”, alerta Kotze. 


Altas temperaturas exigem cuidado especial com a saúde íntima feminina

Cuidado especial com a saúde íntima feminina
(Freepik)
Dica faz parte da campanha Doctor Clin: projeto verão é saúde e diversão

 

A temporada final de verão ainda convida para um banho de mar ou um período maior na piscina. Para as mulheres, um cuidado especial ajuda a desfrutar desse momento e ao mesmo tempo evitar problemas de saúde íntima. O cuidado é para evitar alguns hábitos que podem ocasionar infecções como candidíase, vaginose bacteriana e infecção pelo vírus HPV, além de irritações.

Uma das orientações do ginecologista, Renato Sandro Garcia Reis, é evitar ficar com o biquíni ou maiô molhado por muito tempo.

“A água do mar, rio ou piscina contém sujeiras que podem favorecer a proliferação de fungos, bactérias e o surgimento de doenças ginecológicas, como infecções urinárias, candidíase, vaginose bacteriana, entre outras. Além disso, o tecido sintético do biquíni, combinado com o calor e a umidade da região, formam um cenário prejudicial para a saúde feminina. Por isso, a recomendação é trocar o biquíni o mais rápido possível, por um biquíni seco ou por uma calcinha de algodão”, explica.

A outra dica é evitar sentar diretamente na areia, sujeita a ter a presença de parasitas.

“O ideal é entrar sempre em uma canga, toalha ou numa cadeira própria. O compartilhamento de cadeiras também não é recomendado pelas mesmas razões: ela pode estar contaminada por
fungos, bactérias e vírus”, reforça.

Nas piscinas, também há alguns cuidados úteis. Por ser tratada com cloro, a água da piscina pode ser prejudicial para a saúde íntima da mulher pela mesma razão da água do mar: pode favorecer a proliferação de fungos. Embora o cloro aja na água se dissociando e formando subprodutos diferentes, que por sua vez destroem ou anulam a atividade de micro-organismos, a umidade em excesso não é positiva para as mulheres.

 

Marcelo Matusiak


Conheça os riscos do contato direto com a água contaminada

Alagamentos causados pelas tempestades aumentam a transmissão de vírus e bactérias que prejudicam a nossa saúde


Verão também é sinônimo de chuva. Além dos transtornos causados pelas tempestades, o contato com a água contaminada também deve ser motivo de preocupação. Muitas vezes, a chuva aparece quando estamos no meio do caminho, entre um compromisso e outro, mas é preciso ter atenção. Por isso, a médica tutora da área de infectologia da Prevent Senior, Clara Buscarini, esclarece as principais questões envolvendo esse tema .

“É uma época de atenção, principalmente no que diz respeito às doenças infecciosas que estão relacionadas, como a leptospirose, hepatites, diarréias infecciosas e dengue (causada pelo acúmulo de água parada)”, alerta Clara, que complementa: “Algumas dessas doenças ocorrem pela ingestão de alimentos e água contaminada e outras pelo contato, especialmente em alagamentos. Isso porque as bactérias e vírus que prejudicam a nossa saúde costumam se proliferar nesses locais”. A infectologista também pede atenção ao aparecimento de animais peçonhentos, como serpentes, escorpiões e aranhas, comuns em eventos naturais como fortes chuvas. 


Vai sair de casa e precisa caminhar?

A escolha de um calçado ideal é o primeiro passo, principalmente se o caminho ou a região de destino possuir risco de alagamento. Além de verificar se a sola pode ser escorregadia, dê preferência para os calçados fechados, como botas e galochas. 

“Quando não existe alternativa e a pessoa precisa ter contato com a água acumulada das chuvas, orientamos o uso de botas emborrachadas de cano alto para evitar o contato da pele com a água. Especialmente nesta época do ano, é preciso ter atenção redobrada ao tipo de calçado que você usa, caso surja uma chuva no meio do caminho”, orienta a médica. 


Em dias de chuva, tenha atenção!

  • Evite transitar por ruas alagadas
  • Se aventurar em correntezas durante um alagamento pode ser fatal
  • Procure não pisar em poças de água, principalmente próximas a lixeiras e bueiros
  • Fique longe da rede elétrica
  • Não se abrigue debaixo de árvores
  • Nunca reaproveite alimentos ou medicamentos que entraram em contato com a água das chuvas 
  • Proteja os pés e mãos com botas e luvas de borracha, ou sacos plásticos duplos
  • Permaneça o menor tempo possível na água ou lama - Quanto maior o tempo de contato, maior será o risco de contaminação


Principais doenças causadas por causa da chuva

Hepatite A - causada pelo vírus VHA (adquirido pelo consumo de água ou alimentos contaminados), tem entre os seus principais sintomas vômitos, dores nos músculos e nas articulações, náusea, vômito, fadiga e perda de apetite. 

Leptospirose - doença causada por uma bactéria presente, principalmente, na urina dos ratos. A transmissão costuma acontecer quando as bactérias presentes na água ou lama contaminadas penetram o organismo por meio de ferimentos, como arranhões e cortes. Os sintomas mais frequentes são: febre, dor muscular (principalmente na região da panturrilha), dor de cabeça, vômito e diarreia. 

Dengue - por mais que não seja causada pelo contato com a água contaminada, a incidência da dengue é maior nesta época do ano, já que a combinação da chuva com a umidade e o calor propiciam o ambiente ideal para a proliferação dos mosquitos Aedes Aegypti, que são os transmissores da doença, por meio da picada. Os principais sintomas são: indisposição, manchas avermelhadas na pele, dores de cabeça e abdominais, além de febre alta.

Amebíase - mais uma infecção parasitária, comum em regiões sem saneamento, por meio da ingestão ou contato com água contaminada. Acomete principalmente o intestino, e os principais sintomas são: cólicas abdominais, fezes pastosas com sangue e muco, fadiga, gases, dor para evacuar, perda de peso, vômito e diarreia. 


Tive contato com a água, e agora?

A Dra. Clara Buscarini também recomenda que tomar um bom banho de água quente, após o contato com a água, pode ajudar, mas é preciso atenção. 

“De forma geral, após o contato prolongado com água parada de enchente, nada melhor que tomar um banho quente e se aquecer. Entretanto, a contaminação pelas nossas mucosas pode causar infecções. Então, a melhor atitude, nesta situação, é observar possíveis sinais e sintomas relacionados às doenças citadas e procurar atendimento médico na presença deles”, disse a médica.

Além do contato com a água, é muito importante não consumir, em qualquer hipótese, alimentos que tenham tido contato com a água parada, além de manter a carteira de vacinação sempre atualizada. “Algumas doenças com incidência na época das chuvas podem ser prevenidas com vacinas, como hepatite A, a diarreia por rotavírus e os agravamentos da dengue”, afirmou.

Após o contato com a água, tenha atenção aos seguintes sintomas:

  • Febre
  • Calafrios
  • Diarreia
  • Náuseas e vômitos
  • Dor de cabeça ou muscular
  • Cansaço, fraqueza e falta de apetite

Ao aparecimento destes sintomas, procure imediatamente uma unidade de saúde. 


ATENÇÃO! Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, recomendar tratamentos e receitar medicamentos. Em caso de suspeita de sintomas, procure um médico.

 

Prevent Senior

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