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quinta-feira, 31 de março de 2022

Inovação na Educação: o que mais há a fazer?

Passamos por um período muito desafiador nos últimos dois anos devido às mudanças de metodologia de ensino que a pandemia impôs.

 

Da noite para o dia, tivemos que aprender a trabalhar de uma forma muito diferente, as escolas tiveram que muito rapidamente implementar sistemas de videoconferência para aulas on-line, os professores aprenderam em tempo recorde a operar esses sistemas e os alunos e seus pais criarem dentro de casa condições para assistir essas aulas.

Foi uma inovação que, provavelmente, aconteceria de forma gradual, feita muito rapidamente, onde aconteceriam erros e acertos, como já era previsto numa situação emergencial.

 

Essa inovação foi importante, mas não podemos parar por aí. A educação está em constante evolução. Do retroprojetor aos projetores, da lousa com giz às lousas eletrônicas, da sala de atividades ao espaço Maker, estamos em constante busca de novidades que auxiliem no aprendizado.

Uma tecnologia que vem crescendo de forma exponencial dentro do setor educacional é a Impressão 3D.

 

Essa tecnologia auxilia os professores, dando-lhes objetos ligados à sua disciplina produzidos na própria escola. Ela ensina os alunos a desenhar em 3D para resolver problemas propostos.

 

Entre alguns dos benefícios de utilizar a Impressão 3D, podemos citar:

 

· Mostrar ao aluno um objeto com proporções e detalhes que uma foto ou desenho não mostra;

· Impactar o aluno com objetos que ele não imaginaria ver em sala de aula, prendendo assim sua atenção;

· Desenvolver a criatividade e raciocínio lógico, dando-lhes problemas reais para serem resolvidos;

· Aprender errando, ajustando e acertando;

· Fazer o aluno se sentir capaz;

· Encurtar a distância entre o aprendizado a vida profissional;

· Mostrar aos pais que inovação e tecnologia fazem parte do programa da escola.

 

Quando se trata de educação, todo projeto a ser implementado deve ser muito bem planejado. Para ter um planejamento perfeito, deve-se levar em conta a qualidade da impressora, capacitação da equipe e garantia de manutenção do equipamento.

 

 

João Alexandre Macluf - formado pela Escola Senai Suíço-Brasileira em Mecanica de Precisão, começou seus estudos em engenharia na Unip, mas migrou para Análise de Sistema na Fasp. Fez diversas especializações, inclusive em 3D, na Makerbot, em Nova Iorque. É diretor da 3D Delta, divisão de impressão 3D da Delta Informática.


Alerta vermelho: O produtor precisa pensar em alternativas aos fertilizantes

A alta dos insumos e até o risco de um possível desabastecimento para as próximas safras desperta atenções no campo. Boa gestão e produtos alternativos como os biológicos podem ajudar a diminuir os impactos 

 

A guerra entre Rússia e Ucrânia tem gerado preocupação na economia em todo o mundo. No Brasil, além das questões humanitárias, o que tem afligido os especialistas é a possibilidade do desabastecimento de importantes produtos, além da falta de insumos essenciais para a agricultura, como os fertilizantes.

Segundo informações da COGO Inteligência em Agronegócio, atualmente o Brasil é o 4º consumidor global de fertilizantes, responsável por 8% do total e é o maior importador mundial, com 39,2 milhões de toneladas, o que equivale a mais de US$ 14 bilhões.  A pesquisa aponta ainda que os aumentos dos preços globais deste insumo já vinham acontecendo antes mesmo da guerra na Ucrânia, por causa da elevação na cotação do gás natural.

Isoladamente, a Rússia foi o maior exportador de fertilizantes para o Brasil no ano passado, com 23% do total, seguido de China (14%) e de Marrocos (11%). Diante da atual conjuntura, agora o País e suas autoridades buscam alternativas para evitar o eventual desabastecimento deste insumo fundamental à produção agrícola. Atualmente, há no Brasil em torno de 90 a 100 dias de estoques de fertilizantes e os fluxos de importação não foram completamente interrompidos: o fundamental é tê-los a tempo de plantar a próxima safra de verão (1ª safra 2022/2023).

Há também riscos de ocorrer a não entrega de insumos já vendidos, especialmente após a Rússia anunciar que não exportaria adubos a vários países, ainda que o Brasil não esteja na lista. O impacto na produtividade, no entanto, poderá ser mais relevante se a crise se estender até a 2ª safra de milho 2023, se houver dificuldade de obtenção de Nitrogênio (N). O maior problema ainda é o potássio, visto que dois dos três maiores fornecedores globais, Rússia e Belarus, estão no imbróglio, mas ainda não a ponto de prejudicar a semeadura. Contudo, haverá efeitos sobre os custos de produção, já que esses insumos respondem por 30% do custo dos grãos e, com as altas desde 2021, o percentual sobe para 35% a 40%.

Para Carlos Cogo, sócio diretor da Cogo Inteligência de Mercado, a situação que estamos passando hoje é inusitada, mas liga um sinal de alerta em todos os agricultores, cooperativas e revendas de insumos. “Mesmo com um eventual fim do conflito Rússia – Ucrânia, essa situação de risco de escassez de fertilizantes não será contornada no curto prazo. Tudo isso nos leva a crer que, diante da impossibilidade de nosso país se tornar autossuficiente no suprimento de fertilizantes e, também, de defensivos, no médio e até no longo prazo, está mais do que na hora a necessidade de buscarmos alternativas a essa dependência externa. E a principal alternativa é o fomento e expansão da produção interna de fertilizantes e defensivos biológicos”, sinaliza Cogo.

 

Planejamento é a saída

Segundo o produtor e engenheiro Agrônomo, José Bento Cavalcante Germano, conselheiro e diretor da Sementes Mutuca, que atualmente planta cerca de 2.500 hectares de lavoura em suas propriedades em Arapoti/PR, o segredo em momentos como este é o planejamento. “Esse ano deu certo porque nós já tínhamos nos programado. Compramos junto com produtores da região um volume grande e acabamos conseguindo condições comerciais melhores, tanto no preço, como no prazo”, destaca.

Com este planejamento, o produtor ainda não foi afetado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. “Para esse ano nós já tínhamos nos preparado, não foi tanto baque assim. Os preços das commodities melhoraram bastante, por mais que a relação de troca esteja menos vantajosa do que nos últimos anos, conseguimos garantir, o nosso pensamento é que nunca podemos deixar de produzir”, diz o engenheiro agrônomo.

Para Germano, mesmo tendo a garantia de que não faltará insumos na atual safra, é importante pensar em alternativas para as temporadas futuras. “Tudo isso que está acontecendo é uma chance de inovar e pensar em soluções diferenciadas, e menos no problema em si. Temos ainda a possibilidade de estar em contato com empresas que estão desenvolvendo soluções, testando novos produtos para aumentar a eficiência do que já usamos”, destaca.

Além da rotação de cultura, plantio direto, o produtor também tem apostado nos produtos biológicos, setor esse que tem crescido nos últimos anos e está entrando de uma forma bem sólida nas lavouras pelo País. Segundo Germano, já faz quatro anos que utilizam os biológicos da Biotrop, tanto na fazenda Mutuca quanto na Fazenda Lagoa onde cultivam milho, trigo, soja e feijão, como culturas de interesse econômico, e fazem rotação com aveia, milheto e nabo forrageiro.

Os produtos têm dado grande resultado, principalmente nesses últimos anos que foram mais secos. “Muitos produtores próximos a nós tiveram queda de rendimento na produção e nós não tivemos. Dou o crédito aos biológicos”, diz. Além disso, tivemos uma nutrição mais direcionada para a produção de sementes, pensando em rigidez e melhor qualidade fisiológica, e os bioprodutos acabam ajudando bastante”, acrescenta o engenheiro agrônomo.


Soluções direcionadas

Diante desse cenário de muitas incertezas, mais do que buscar alternativas, é importante encontrar soluções eficazes. Os produtos biológicos podem ser grandes aliados quando utilizados para complementar as aplicações, melhorando a eficiência dos insumos que estão em falta, como é o caso dos fertilizantes.

Segundo Ederson Santos, biólogo e gerente de portfólio da Biotrop, a empresa tem um portfólio que pode auxiliar nesse momento. Um dos produtos é o Biofree, um inoculante promotor de crescimento com ação de biodisponibilização comprovado pelo Ministério da Agricultura, composto pela combinação das bactérias Azospirillum brasilense Ab-V6 e Pseudomonas fluorescens CCTB03.

A primeira bactéria age por meio da síntese de fitormônio e consegue retirar o nitrogênio do ar, inacessível para a planta, e torná-lo disponível, contribuindo para a fixação de 20 a 30 quilos de N por hectare, na média. Além disso, aumenta a assimilação do elemento, fazendo com que a raiz cresça mais e explore um volume maior de solo.

A segunda bactéria que compõem o Biofree, Pseudomonas fluorescens CCTB03, tem a capacidade interagir com a planta e mobilizar o Fósforo (P) reduzindo as perdas e disponibilizando frações desse elemento no solo para as plantas. “Estas bactérias se alimentam de exsudados radiculares e excretam substâncias que atuam diretamente sobre o ciclo do fósforo, liberando fósforo fixado e tornando-o disponível para as plantas”, conta o profissional.

Na cultura da soja, por exemplo, a absorção do P está ligada diretamente ao aumento da fotossíntese, e como consequência o enchimento do grão. Por isso o elemento é extremamente importante para a planta, principalmente nessa fase.

Neste cenário atual, mesmo o agricultor optando em reduzir a sua adubação, utilizando soluções como o Biofree conseguirá a otimização de elementos como o NPK, além de cálcio, enxofre, magnésio e ferro. A solução pode aumentar em até 25% a eficiência da adubação. “Somado é isso, ele pode reequilibrar a biologia do solo e elevar a produtividade de outras culturas além da soja, como o milho”, destaca Santos.

Olhando para o mercado de pastagem, a Biotrop tem em seu portfólio o Pastomax, composto por Pseudomonas fluorescens CNPSo 2719, Azospirillum brasilense CNPSo 2083 e 2084 e aditivos protetores para melhor eficiência, maior resistência aos raios ultravioletas e condições climáticas adversas. Embasado nos resultados obtidos nos estudos da parceria da Biotrop com a Embrapa, identificou-se que o produtor pode substituir uma adubação nitrogenada com ureia, por exemplo, pela aplicação do produto, que equivale a até 40 quilos de N por hectare. “Isso olhando apenas nitrogênio, mas também melhora a eficiência de outros elementos, como por exemplo P, onde tivemos um incremento de 47%, K de 13%, em aplicação via semente, de 37% de P e 17% de K” via foliar, informa o biólogo.

“Biofree e Pastomax são exemplos de que o agricultor já possui tecnologias biológicas e naturais de ponta para incremento da produtividade e rentabilidade no campo, inclusive em momentos adversos.”, finaliza Santos.

 

Selo Juntos Pelo Agro vai incentivar o desenvolvimento do empreendedorismo no campo

Parceria entre Sebrae, Senar e CNA prevê ações para orientar o pequeno produtor rural 

 

O Sebrae, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançaram, nesta quarta-feira (30), o selo Juntos Pelo Agro. O objetivo da parceria é fomentar o desenvolvimento de empreendedores e de micro e pequenas empresas, a melhoria do ambiente de negócios do setor e da imagem do agronegócio brasileiro junto à sociedade. A cerimônia de assinatura do acordo de cooperação técnica foi realizada em Brasília (DF).  

O papel do Sebrae será o de capacitar os produtores em gestão, associativismo e cooperativismo, além de incentivar a formalização. A expectativa é que, ao todo, o Sebrae disponibilize 4 mil agentes para orientação desse público, divididos nas especialidades de desenvolvimento, educação empresarial, crédito assistido e Agentes Locais de Inovação (ALI). Já o Senar fortalecerá a atuação da Assistência Técnica e Gerencial (ATEG) para aumentar a produtividade da produção rural com incremento na gestão do negócio rural.  

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, ressaltou que o trabalho em conjunto busca levar ao pequeno empreendedor rural o melhor que as três instituições têm a oferecer. "Hoje sabemos produzir bem, sabemos de tecnologia, mas temos de ser vendedores da porteira para fora. É importante saber vender, agregar e colocar o produto na rua", destacou.  

À frente da principal instituição de apoio ao produtor rural, o presidente do CNA, João Martins, frisou que o Sebrae agirá como ator importante, prestando assistência ao pequeno empreendedor rural, grupo que ainda precisa ser consolidado no setor. "Os funcionários do Sebrae criaram uma cultura própria e podem fazer muito pelo setor agropecuário, grupo que ainda precisa de apoio. Esse é um passo para uma revolução na área, a fim de consolidar o pequeno produtor."

 

Sistema S: cooperação e incentivo 

A parceria já existe em diversos estados, mas, com a assinatura do acordo e o lançamento do selo, a cooperação entre as três instituições ganha escala nacional, ampliando e dando força a projetos como Aplicativo do Agro, Agronordeste e demais atendimentos do Sebrae e Senar.  

“O mais importante dessa união é o fato de trabalharmos em rede. Nosso trabalho, como Sebrae Nacional, é respaldar os estados nas suas atuações, com a meta de para atingir na ponta o que está planejado no Juntos Pelo Agro. Como Sistema S, a ideia é juntar o melhor de cada instituição e respeitar a característica de cada estado", destacou o diretor-técnico do Sebrae, Bruno Quick. 

Dentre as inúmeras frentes de trabalho, o selo engloba as iniciativas Negócio Certo Rural (NCR), Alimentos e Produtos Artesanais, Empretec Rural, Cadeias Produtivas   e o Agente de Inovação Rural (ALI Rural). 

"É um campo muito extenso, então, decidimos priorizar algumas ações. Focamos principalmente, na área de gestão, para conseguir tirar o produtor rural da dependência e tentar emancipá-lo. Damos destaque também aos produtos artesanais, que são característica no Brasil e no pequeno negócio rural. Não podemos deixar de fora a inovação presente na atuação do ALI Rural para atingir na ponta o projeto", explicou o diretor geral do Senar, Daniel Carrara.


Burnout: um problema a ser priorizado pelas empresas, não só pelos colaboradores

 

Atualmente, 33 milhões de brasileiros sofrem de Burnout, segundo pesquisa da Associação Internacional de Controle do Estresse. E, dentro da lista de cuidados com os colaboradores, desde janeiro deste ano, essa síndrome passou a ser considerada uma doença ocupacional. 

Por ser reconhecida não somente como um esgotamento emocional, como também como um desgaste físico gerado pelo ambiente de trabalho ao qual o colaborador faz parte, essa doença deixa de ser apenas um problema individual, envolvendo também a organização, que tem o papel de colocar prioridade nesse tipo de pauta e fornecer caminhos de apoio aos colaboradores. 

É importante que os gestores estejam preparados para identificar possíveis mudanças de comportamento e situações atípicas que sinalizem uma crise, sendo o papel da empresa o de capacitar estes gestores para realizarem este trabalho. 

Um dos caminhos para estabelecer esse processo é criar ambientes de trabalho que estimulem a comunicação contínua dos colaboradores com seus gestores, que devem estar abertos a demonstrar e reconhecer suas vulnerabilidades, assim como estabelecer relações de confiança e estímulo ao autocuidado para que seja possível prevenir que o colaborador chegue nesse nível de esgotamento. 

Também é importante incentivar o equilíbrio da vida pessoal e profissional nos modelos de trabalho que surgiram com a pandemia, como o remoto e o híbrido. A alta carga de trabalho somada ao distanciamento da liderança e de conexões no dia a dia requerem novos formatos de gestão para que não ocorra essa exaustão. Outro caminho, e esse já conhecido, são as famosas reuniões one-to-one, que acontecem apenas entre gestor e liderado e, se bem conduzidas, são capazes de identificar problemas que seguem implícitos nas dinâmicas com o time.

O colaborador não consegue se curar sozinho quando é exatamente o local de trabalho que está causando esse dano mental e físico. As empresas precisam passar a ter um novo olhar sobre essas questões, mais humano, que deve ir além do aspecto comercial, que se preocupa apenas com o rendimento de um colaborador, passando a valorizar as emoções que cada um carrega dentro de si. 

 

Vanessa Haba - diretora de Pessoas da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação e consultoria especializada em Transformação Digital.

 

5 dicas para empreender

  O arquiteto Quintino Facci, de 22 anos, que empreendeu ainda durante o curso , lista cinco dicas para empreender na área

 

Na contramão da crise, o setor de arquitetura pegou ainda mais fôlego nos últimos meses e abriu novas oportunidades para quem tem o sonho de empreender nessa área. Para se ter uma ideia, os setores de comércio e serviços correspondem a mais de 80% dos empreendimentos ativos no país, além disso, registrou recorde no número de novas empresas abertas em 2020 e encerrou o ano com cerca de 20 milhões de negócios ativos - o que representa um aumento de 6% em comparação com 2019, segundo dados do Ministério da Economia. Além disso,  nos últimos três meses de 2020, o número de atividades registradas pelos arquitetos e urbanistas cresceu 12% em relação ao mesmo período de 2019. 


De olho nesse cenário, o arquiteto Quintino Facci, com mais de 174 mil seguidores no Instagram, enxergou a oportunidade de utilizar sua rede social, tanto para divulgar seus trabalhos como para ajudar outros profissionais a empreender nessa área. “Eu já estive do outro lado, por isso hoje tento levar conhecimento para quem tem o sonho de abrir seu escritório. A maior dificuldade dos profissionais é a falta de informação na parte de gestão e processos. Durante a faculdade não aprendemos como gerir um escritório, contratar, como cobrar, nem mesmo como lidar com os clientes e os possíveis erros que podem acontecer no processo”, revela o arquiteto. 

 

Logo no início do curso, aos 18 anos, o arquiteto Quintino Facci, de apenas 22 anos, decidiu abrir o seu próprio Estúdio de Desenvolvimento Gráfico focado em lançamentos imobiliários. Depois de seis meses, enquanto já estava trabalhando com outras seis pessoas, decidiu abrir o escritório 3D. Três meses depois, abriu o escritório Quintino Facci Arquitetos - que já realizou grandes projetos, como a reforma do escritório da influenciadora e ex-BBB Jade Picon.

 

Para ajudar arquitetos que ainda estão na faculdade ou que já se formaram e desejam abrir seu próprio escritório, o especialista lista cinco dicas para empreender na área. Confira: 

 

1 - Faça networking: criar relações e conexões é fundamental em qualquer negócio, principalmente quando o assunto é empreender. “O networking - que tem como objetivo criar relacionamentos com outras pessoas em um nível emocional para ajudar a construir um negócio, pode te ajudar tanto com indicações como com novos clientes. Dessa forma, é preciso conhecer e interagir com pessoas que podem fazer parte da sua rede de negócios ou mesmo amizade. Faça isso tanto de forma online como no seu dia a dia”, aconselha Quintino. 

 

2 - Aprenda sobre negócios: “Você precisa ir além da arquitetura, é preciso saber um pouco de tudo: gestão de pessoas, financeiros, jurídico, 3D, executivo, administrativo, comercial. É necessário passar por todas as etapas. No começo você vai precisar se desdobrar em mil, mas com o tempo começa a dividir os processos”, explica o arquiteto. 

 

3 - Menos é mais: preze pela qualidade e não pela quantidade. “No início, quando você é responsável por tudo ou tem apenas um ou dois assistentes é preciso calcular o número de projetos que sua equipe consegue realizar, sem que nada saia prejudicado. Muitos acabam pegando um número muito grande de projetos e entregam com erros, o que além de prejudicar a credibilidade do escritório também impacta no preço do escritório. Lembre-se, na arquitetura não trabalhamos apenas com projetos e execuções, estamos lidando com sonhos”, alerta Quintino.

 

4 - Saiba delegar na hora certa: crescer muitas vezes “dói”, porque sempre é um novo recomeço, e nessas horas você deve contar com a ajuda de uma rede de apoio. Não centralize tudo, conte com suporte para a parte financeira e contábil, atendimento ao cliente, execução, acompanhamento de obra. Ainda mais nessa hora você deve se posicionar como líder, guiando a equipe e apoiando. Também nunca deixe de lado a parte comercial e o marketing do escritório. Sua imagem deve estar sempre associada ao nome do escritório”, conta o arquiteto.

 

5 - Faça parcerias e divulgue seus projetos: “Quem não é visto não é lembrado, não se esqueça disso! O arquiteto tem uma vantagem a seu favor, decoração e projetos são muito visuais e tem um engajamento enorme no Instagram, que deve ser usado ao seu favor. Busque parceria com influenciadores para realizar o projeto de algum cômodo, tire fotos dos projetos, mostre muitos antes e depois, fale sobre as tendências, se comunique com outros arquitetos”, orienta Quintino. 

 

Ainda de acordo com ele, pensar em desistir não é uma opção, é preciso seguir em direção ao seu foco. “Como não desistir ao empreender nessa área? Essa é a pergunta que mais chega ao meu Instagram. Quando você tem um objetivo muito bem definido e claro, de onde você quer chegar, o que você quer da vida, quanto quer faturar, o que quer como profissional, é muito difícil desistir. Você pode ficar exausto, mas sempre vai dar seu gás, porque sabe onde quer chegar. Para ajudar os profissionais que estão passando por esse desafio, vou realizar um curso, gratuito, por meio do meu instagram, nos dias 21/04 ao dia 27/04, para quem deseja empreender”, convida o arquiteto. 

 

 

Quintino Facci - empresário, autor, fundador e diretor do QUEFE Creative Studio e do escritório Quintino Facci Arquitetos. Ainda no primeiro ano de faculdade, lançou o ebook “Manual da Reforma Barata“. Aos 18 anos, abriu o seu próprio Estúdio de 3D e, meses depois, abriu o seu próprio escritório - o Quintino Facci Arquitetos.


Recuperação de créditos tributários: qual a urgência em buscar este direito?

 

A Recuperação de Créditos Tributários (RCT) é um direito assegurado a todo contribuinte que tenha recolhido impostos, taxas ou contribuições de maneira indevida ou a maior. Quando este recolhimento tributário indevido ocorre por descuido ou falta de conhecimento - ou seja, a legislação dá um comando e o contribuinte executa outro - a recuperação ocorre no âmbito administrativo. É o caso, por exemplo, de uma empresa que realiza uma classificação fiscal incorreta e recolhe tributos sobre um produto não tributado.

Por outro lado, existem hipóteses em que as empresas recolhem os tributos estritamente como determina a legislação, mas existe a possibilidade de discutir a legalidade ou a inconstitucionalidade da norma. São as chamadas teses tributárias, através das quais as empresas ingressam com ações judiciais, questionando a legislação vigente e pleiteando a interrupção da exigência, bem como a recuperação de tudo aquilo que foi indevidamente recolhido.

A exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS foi um exemplo de tese tributária julgada de maneira favorável aos contribuintes. Entretanto, aqueles que já haviam ingressado em juízo com este questionamento antes da decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, ganharam o direito de recuperar os valores passados, ao passo que as demais empresas só puderam se beneficiar da data do julgamento em diante.

Por isso, diante das várias possibilidades de recuperação de créditos pela via judicial, existem fortes motivos pelos quais é urgente ingressar em juízo o mais rapidamente possível, com teses como a exclusão do ISSQN da base de cálculo do PIS e da COFINS - nesse caso, o INSS incidente sobre verbas indenizatórias ou a limitação da base de cálculo da contribuição para outras entidades em vinte salários-mínimos. Em caso de êxito das ações, as empresas poderão assegurar o direito ao não recolhimento de impostos, taxas ou contribuições, bem como a recuperação dos valores recolhidos indevidamente nos cinco anos anteriores à data do protocolo dos processos.

O primeiro motivo relevante para não postergar o questionamento judicial das teses tributárias é a prescrição. De acordo com o artigo 168 do CTN (Código Tributário Nacional), o direito de pleitear a restituição de pagamentos indevidos extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos. Em outros termos, os contribuintes só podem requerer os tributos recolhidos de maneira indevida nos últimos 60 sessenta meses, contados a partir da data do protocolo do pedido administrativo ou da ação judicial. Isso significa que, a cada mês que passa, perde-se o equivalente a este período de recuperação. A demora para ingressar em juízo pode significar prejuízos substanciais. Por isso, quanto antes a ação for protocolada, maior o valor a ser restituído.

Outro fator a ser considerado é o risco de modulação. Muitas teses de Recuperação de Créditos Tributários são resolvidas no STJ ou STF, que decidem pela ilegalidade ou inconstitucionalidade de determinadas normas. Entretanto, tais decisões podem ser moduladas, ou seja, pode ser estabelecido a partir de quando a decisão valerá. Se houver modulação e a decisão passar a valer somente para eventos futuros, as empresas que não ingressaram em juízo previamente perdem o direito de pleitear os valores indevidamente recolhidos nos últimos cinco anos.

E o que dizer da crescente necessidade de capital para as empresas? Diante de um cenário cada vez mais competitivo, é essencial para qualquer negócio reduzir a carga tributária, bem como recuperar os valores que foram indevidamente recolhidos. A diminuição da carga tributária proporciona alívio de caixa, melhora a gestão e possibilita a realização de investimentos para expansão do negócio. Já a recuperação de créditos injeta novos recursos nas empresas, que podem ser utilizados para regularizar passivos, investir em tecnologia, pessoal, infraestrutura e outras melhorias. Várias empresas já estão adotando a RCT como estratégia para ampliar sua participação no mercado. Aqueles que demorarem para tomar esta atitude, correm o sério risco de ficarem para trás.

Por fim, existe muita incerteza sobre a Reforma Tributária, atualmente discutida no Congresso Nacional. Vários setores econômicos argumentam que poderá haver aumento substancial da carga tributária ou o corte de benefícios fiscais atualmente vigentes. De qualquer forma, o profissional tributarista deve levar aos seus clientes todas as possibilidades de recuperação para que, em uma eventual reforma, as empresas tenham créditos acumulados para compensar com os novos tributos criados. O quanto antes forem protocoladas as ações judiciais pertinentes, mais cedo os créditos poderão ser constituídos, gerando um fôlego adicional para a adaptação à nova sistemática tributária - além de um diferencial competitivo frente a outras empresas que não acumularam créditos para esse momento.

Importante salientar, porém, que de nada adianta ganhar um processo, se não for possível liquidar os valores ou realizar o levantamento preciso dos créditos. Nesse quesito, a tecnologia deve ser uma aliada preciosa e indispensável, permitindo que os cálculos sejam efetuados de maneira segura e assertiva. O uso de um sistema de recuperação de créditos simplifica e agiliza todo o fluxo de trabalho, na medida em que é possível importar arquivos fiscais e realizar eletronicamente o levantamento de valores indevidamente recolhidos.

O tempo está passando. Aqueles que ainda não pleitearam judicialmente as diversas oportunidades de recuperação de seus créditos tributários devem, urgentemente, buscar o auxílio de profissionais qualificados que possam conduzir esse processo de forma ágil e assertiva. Em caso de êxito, as empresas terão enormes benefícios, como a melhora da saúde financeira, a viabilização de investimentos estratégicos e o crescimento estruturado do negócio.

 

 

Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital.

 

 e-Auditoria

https://www.e-auditoria.com.br/sobre/

 

Quais os benefícios da gestão estratégica e tecnológica para o setor de autopeças?


Conseguir se destacar em meio à concorrência. Esse é, sem dúvidas, um dos maiores desafios para as organizações que têm cada vez mais buscado traçar estratégias para trazer melhorias ao desempenho da empresa. Essa ação também pode ser aplicada ao setor de autopeças que, diante de um cenário promissor de crescimento, tem ainda mais necessidade de adotar uma gestão estratégica e tecnológica para impulsionar os negócios.

O segmento tem uma forte presença na economia brasileira. No país, mais de 200 mil CNPJs são de varejistas do segmento – quantia que, demonstra a margem da concorrência existente no setor e evidencia a missão de atrair novos clientes e romper com as barreiras geográficas como estratégia competitiva.

É importante destacar que a pandemia ocasionou diversas mudanças nos hábitos de vida dos consumidores – uma vez que tiveram de se adequar ao uso de outros meios para fazerem suas compras. O que antes era opção, virou tendência – afinal, a comodidade de adquirir os produtos de forma online revelou um outro lado da praticidade buscada pelos clientes.

Esse novo comportamento por parte do público refletiu positivamente para o segmento de autopeças. De acordo com um relatório divulgado pelo Sindipeças, o aumento das importações do setor atingiu um platô superior a US$ 1 bilhão, desde março de 2021. E, diante de um cenário tão positivo para o ramo automotivo, implementar uma gestão estratégica não é mais um diferencial, e sim uma necessidade na hora de expandir o negócio.

Nesse sentido, a tecnologia é a principal aliada, visto que controles manuais estão suscetíveis a erros e retrabalhos, além de uma grande necessidade de colaboradores em áreas estritamente operacionais. Dessa forma, o crescimento da empresa se torna limitado, já que os processos são analógicos e pouco assertivos.

Através do uso de uma gestão tecnológica e eficiente, é possível uma melhor visualização de quais são os pontos que devem ser melhorados, além de direcionar com precisão as estratégias a serem adotadas – e assim, alcançar um resultado muito maior. Ainda, a partir da adoção de ferramentas tecnológicas, é possível fazer uma gestão estratégica por meio de dados, ajudando na tomada de decisões mais inteligentes.

Realizar um amplo estudo do andamento da empresa, fazer uso de dados e registros e, ter um bom controle de estoque, por exemplo, são fundamentais na hora de traçar metas efetivas. A partir desse panorama, o empreendedor estará muito mais preparado para traçar planos mais ambiciosos e elevar sua empresa a um novo posicionamento de atuação.

Vale ressaltar ainda que a gestão estratégica por meio da tecnologia não é uma exclusividade das grandes empresas. Felizmente, há soluções disponíveis para todos os gostos e bolsos. Há opções que variam das mais simples às mais sofisticadas, sempre de acordo com o momento e maturidade de cada empresa. O processo de implementação dessas soluções também tem ficado cada vez mais rápido, a fim de garantir a continuidade da operação e uma boa usabilidade no dia a dia.

Diante de um cenário promissor e, ao mesmo tempo competitivo para o setor de autopeças, investir em gestão estratégica é a peça-chave para o sucesso do negócio. Com um planejamento eficiente e amplo, é possível se concentrar nas tendências atuais e, assim, investir de maneira assertiva, levando em consideração a necessidade do cliente.

Desta forma, é possível reduzir gastos desnecessários e proporcionar um melhor aproveitamento em termos de equipe e produção de forma alinhada. Com um planejamento efetivo e eficiente, os resultados começam a aparecer de forma gradativa, elevando o setor a um outro patamar de gestão e crescimento. 

 


Fabio Barros - Diretor de Negócios do Setor Privado na Cast Group, consultoria de TI.

 

Nova lei regulamenta assembleias virtuais em condomínios


Assembleia virtual facilita os trabalhos em condomínios; Lei regulamenta prática criada na pandemia
Divulgação

   Além da validação do voto eletrônico, outra novidade é a possibilidade de suspender a assembleia presencial para obtenção do quórum necessário 

 

As transformações digitais foram aceleradas por causa da pandemia, promovendo uma série de mudanças nas relações. As inovações não se limitaram ao universo corporativo, com reuniões e trabalho remoto, nem aos encontros familiares e eventos sociais. Nos últimos dois anos, as assembleias e votações virtuais se tornaram comuns também em condomínios. 

A prática foi adotada em função das necessidades de isolamento social para conter o avanço da Covid-19, mas não era totalmente regulamentada. Em março deste ano, uma lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro oficializou a realização de assembleias e votações em condomínios de forma eletrônica.

 

Direitos garantidos

O presidente da Associação das Administradoras de Condomínio do Estado do Paraná (AACEP), Luiz Fernando Martins Alves, explica que, para ter validade, a realização de assembleias e votações online não pode ser proibida pela convenção do prédio. “É necessário estar alerta para esse ponto. Além disso, a convocação da reunião deve trazer instruções sobre acesso remoto, formas de manifestação e modo de votação.” 

De acordo com o novo regramento, o meio eletrônico vai assegurar aos condôminos os mesmos direitos de voz e voto que eles teriam em uma reunião presencial. “A possibilidade de computar os votos de forma remota facilitou muito os trâmites e agilizou a tomada de decisões”, avalia Martins Alves.

 

Suspensão da assembleia

Outra novidade recente diz respeito aos assuntos que exigem maioria qualificada. “Está autorizada a suspensão da assembleia, inclusive a presencial, por até 60 dias para que seja alcançado o quórum mínimo exigido. Desta forma, os condôminos não presentes podem votar depois e, assim, o condomínio ganha tempo para viabilizar o atingimento do número necessário de participantes.” 

Algumas mudanças, como alterar a fachada do prédio, por exemplo, não podem ser feitas com base apenas na maioria presente na reunião. “Esse é um aspecto importante. A partir de agora, o síndico pode estender o tempo da assembleia por alguns dias para que os condôminos ausentes sejam convocados e deem seu voto.”

 

Segurança emocional: um aliado da educação financeira


A segurança emocional pode ser definida como a capacidade de lidar com situações negativas do dia a dia, estando consciente de suas emoções a ponto de não permitir que isso afete mentalmente e fisicamente.

O medo do fracasso, a insegurança, a dificuldade de lidar com críticas, a falta de confiança em si mesmo e a baixa autoestima são alguns indícios que mostram que uma pessoa não tem uma segurança emocional adequada.

Saber lidar com esses sentimentos é muito importante para não prejudicar as finanças pessoais. Por exemplo, uma pessoa que está sofrendo estresse no ambiente de trabalho, pode descontar suas frustrações em gastos supérfluos como compras impulsivas e até mesmo em diversos pedidos de delivery. Como consequência, as dívidas aumentam.

Uma pessoa desempregada também pode ser afetada emocionalmente, devido à preocupação em arrumar um novo emprego e a pagar as contas. Por isso, a educação financeira é essencial, mas que não deve ser associado a apenas cortar gastos e reduzir as despesas. Ela está, principalmente, relacionada a compreender as melhores ações que devem ser tomadas para alcançar segurança e qualidade de vida no futuro, seja na vida pessoal ou com as finanças do negócio.

Ter um melhor controle nos ajuda a ver o dinheiro como parte da solução para eventuais problemas, e também para a realização de objetivos de forma alinhada aos nossos valores. Organizar-se financeiramente pode fazer bem para o seu lado emocional, porque auxilia na redução de estresse, além de proporcionar independência.

Quando você cuida bem das próprias finanças passa a respeitar mais e melhor sua própria realidade financeira, fazendo escolhas melhores e lidando de forma plena com os sentimentos relacionados ao dinheiro. 

  

Leticia Weinz - jornalista e analista de conteúdo da Plano Fintech. Para mais informações, acesse: https://planofp.com.br/

@planofp

 

Na Justiça, vítimas do golpe do crédito consignado conseguem reaver dinheiro descontado arbitrariamente

Aposentados são o público preferencial de quem comete o crime

 

Depois de entrar na Justiça, uma aposentada residente em Santos conseguiu reaver a quantia que o Banco Safra S/A lhe descontava mensalmente por um contrato de crédito consignado que jamais existiu. Mais do que isso, a vítima não só obteve a inexigibilidade do débito, como também será reparada com danos morais, de acordo com o entendimento do juiz da 11ª Vara Cível, onde correu a ação.

Para a advogada Mayra Vieira Dias, sócia do escritório Calazans e Vieira Dias Advogados, responsável por representar a vítima, “o golpe do empréstimo consignado tem sido praticado principalmente contra os aposentados. Arbitrariamente, a instituição financeira passa a descontar mensalmente um valor de suas aposentadorias justificando como sendo parcela de um empréstimo solicitado, mesmo com o aposentado nunca tendo feito tal pedido. As parcelas têm juros muito elevados, que chegam a triplicar ou até mesmo quadriplicar o valor inicial emprestado pelo banco, o que provoca um imenso desarranjo financeiro e emocional na vítima”.

Mayra explica que as vítimas desse tipo de golpe devem procurar auxílio de advogado “e entrar com uma ação declaratória de inexistência de dívida, pedindo o cancelamento desse contrato, a devolução das parcelas já descontadas com juros e correção monetária. Alguns juízes entendem inclusive que ainda cabe danos morais”.

De fato, a Justiça tem entendido o crime como algo além do aspecto financeiro. Neste caso, o Banco Safra foi condenado a restituir os valores descontados indevidamente em dobro para a vítima, apurados em cumprimento de sentença, posto os já descontados e os demais valores que forem descontados indevidamente no decorrer da ação, além de ter que indenizar moralmente a aposentada no valor de 20 mil reais.

“Independentemente da instituição financeira, é preciso ficar atento para não se tornar vítima de golpes como esse, cada vez mais praticados no país. Para isso, algumas dicas são importantes: desconfie de grandes ofertas, jamais ofereça dados pessoais a ninguém e busque sempre o máximo de informação antes de tomar qualquer tipo de decisão”, conclui a advogada Mayra.


Mais de 4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram roubados ou furtados em 2021

Pelo terceiro ano seguido o volume de cabos roubados passa de 4 milhões de metros. Ações criminosas deixaram mais de 6 milhões de clientes sem serviço no ano passado

 

Durante o ano de 2021 foram furtados ou roubados 4,12 milhões de metros de cabos de telecomunicações. Essa quantidade, por mais um ano, seria suficiente para cobrir a distância entre o Oiapoque, no extremo norte do Brasil, até Chuí, no extremo sul. As ações criminosas deixaram mais de 6 milhões de clientes sem acesso a serviços de comunicação e, com isso, privados de contato com serviços essenciais como polícia, bombeiros e emergência médica.
 
São Paulo segue sendo o estado que mais sofre com o roubo e furto de cabos de telecomunicações. Durante o ano passado foram furtados 1,081milhão de metros. Em segundo lugar ficou o estado do Paraná, com 608,5 mil metros de cabos furtados ou roubados, seguido pelo Rio de Janeiro, com 504,1 mil metros. No Rio Grande do Sul, estado que ocupou a quarta posição, a quantidade de cabos furtados aumentou 75% em 2021 na comparação com 2020, passando de 187.676 metros para 328.959 metros.
 
Ao longo de todo o ano de 2021, principalmente no segundo semestre, o setor intensificou o diálogo com autoridades federais, estaduais e municipais para a promoção de ações de combate ao furto, roubo e vandalismo de cabos e equipamentos. Como reflexo dessas ações, em 2021, foi registrado um volume de cabos roubados 11% menor que o registrado em 2020, quando foram furtados ou roubados 4,6 milhões de metros
 
O furto, o roubo e a receptação de cabos e equipamentos causam prejuízo direto para os consumidores, que ficam sem acesso a serviços que se mostraram essenciais durante a pandemia, e para as empresas, que precisam repor esses equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade pública como polícia, bombeiros e emergências médicas.
 
O setor de telecomunicações tem defendido uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei que aumentem as penas desses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas.
 
O setor também defende a punição de empresas que compram equipamentos furtados ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as operadoras quando o serviço é interrompido em decorrência do crime.
 
No final do ano passado, o setor divulgou uma Carta Aberta à Sociedade alertando para o impacto dessas ações criminosas, que se soma a um outro problema ainda mais delicado, que é o bloqueio de acesso das equipes das prestadoras para a manutenção de seus equipamentos, usados para a prestação do serviço.
 
As operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e impedidas de dar a manutenção necessária à prestação do serviço, assim como para a eventual substituição dos itens roubados. Já os consumidores ficam reféns, privados dos serviços ou obrigados a contratá-los de empresas ilegais, controladas pelo crime organizado, sem quaisquer direitos, garantias e sujeitos a preços abusivos.

 

Conexis Brasil Digital

https://conexis.org.br


Por que aprender sobre segurança cibernética é importante para os profissionais

Segundo Glaucio Daniel, instructor de tecnologia na Udemy, quase qualquer profissional, de qualquer área, pode se beneficiar de competências como segurança de rede e ethical hacking

 

As ameaças cibernéticas estão ficando cada vez mais sofisticadas e disseminadas – por isso, é importante que as empresas e os seus funcionários aprendam como detectá-las, lidar com elas e, inclusive, eliminá-las. No relatório mais recente da Udemy Business, a divisão de treinamento corporativo da plataforma de ensino online Udemy, chamado 2022 Workplace Learning Trends, a segurança cibernética aparece como uma das tendências de aprendizado corporativo para este ano.

Algumas das habilidades relacionadas à segurança cibernética que mais cresceram em consumo por parte dos profissionais (no caso, os funcionários das milhares de empresas que são clientes da Udemy Business no mundo todo) entre 2017 e 2021 foram segurança de rede (com um aumento de 149%) e ethical hacking (como é chamado o processo de detecção de vulnerabilidades na segurança cibernética de uma empresa, com um aumento de 138%).

Entre 2020 e 2021, outras das competências de segurança cibernética que mais cresceram em consumo por parte dos profissionais estão relacionadas a certificações, como a CompTIA CySA+ (que cresceu 155%) e a Certified Information Security Manager (CISM, que cresceu 135%). Aqui pode ser encontrada a lista completa.

Conversamos com Glaucio Daniel, instrutor de tecnologia na Udemy, sobre a importância de os profissionais aprenderem sobre segurança digital – mesmo quando eles não trabalham diretamente com isso. “Muitos profissionais precisam conhecer e estar atualizados sobre as principais ferramentas e boas práticas de segurança cibernética, incluindo quem não é especialista em segurança da informação, como desenvolvedores de software e profissionais de infraestrutura”, disse ele.

Para Daniel, o ethical hacking deve continuar sendo uma das habilidades mais procuradas pelos profissionais nos próximos anos. “Ataques como phishing, ransomware e roubo de credenciais aumentaram muito nos últimos anos e é cada vez mais necessário que os profissionais saibam atuar de forma preventiva e em modo de contenção quando necessário”, conta ele.

Segundo ele, as empresas estão, de fato, atualmente mais preocupadas com a própria segurança digital. “Num mundo globalizado, muitas empresas possuem filiais, clientes e parceiros no mundo inteiro. Por isso, a preocupação com ameaças cibernéticas é grande”, diz Daniel. Uma forma que as empresas têm de se protegerem, de acordo com ele, é treinando os seus funcionários para lidar da melhor forma possível com essas ameaças – por meio de cursos online como os da Udemy, por exemplo.

 


Udemy

   

Justiça considera abusiva multa por rescisão de plano de saúde

Operadora de plano de saúde se utilizava de aviso prévio de 60 dias, o que corresponderia a 2 meses de multa, apenas para que o consumidor pudesse rescindir seu contrato

 

Uma das situações mais problemáticas na relação entre clientes e operadoras de plano de saúde é o momento da rescisão do contrato. Apesar de a legislação ser clara no que se refere a esse tema, muitas empresas impõem cláusulas abusivas de fidelidade, cobrando multas ilegais quando o cliente deseja romper o vínculo. 

Um cliente, por problemas financeiros, entrou em contato com a operadora de seu plano de saúde desejando romper o contrato. Todavia, foi informado de que a rescisão só ocorreria com uma condição: um aviso prévio de 60 dias deveria ser cumprido, o que significa dizer que foi imposta uma multa equivalente a duas mensalidades apenas para que pudesse encerrar sua relação com o plano de saúde. 

Muitos se deparam com uma situação semelhante ao tentar encerrar seus contratos de plano de saúde. Assim, algumas empresas utilizam de um período de fidelidade para justificar essas cobranças, enquanto outras exigem uma espécie de “aviso prévio”. 

De acordo com o Código do Consumidor, esse tipo de exigência é ilícita e está prevista no artigo 51, inciso IV, em que considera nulas as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que estabeleçam obrigações consideradas abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, incompatíveis com a boa-fé ou a equidade. 

Dessa forma, o cliente buscou o escritório Rosenbaum Advogados, especializado em Direito à Saúde e Consumidor, com o objetivo de anular as cobranças. O pedido foi reconhecido e as multas foram afastadas, com o juiz de primeira instância que reconheceu a nulidade da cláusula contratual que estabelece a antecedência de 60 dias de aviso prévio. 

A operadora do plano de saúde recorreu, mas teve sua apelação negada. Para o relator do caso, “não há dúvidas que a relação entre as partes é nitidamente de consumo, aplicando-se também, ao caso, os ditames da Lei nº 9.656/98. Encontra-se pacificado no ordenamento jurídico que o contrato de prestação de serviços médico hospitalares deve ser analisado sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor.“ 

Para a Fernanda Glezer Szpiz, sócia do Rosenbaum Advogados, que defendeu o consumidor no caso, “tanto a legislação referente aos Direitos do Consumidor quanto a legislação específica dos planos de saúde foram utilizadas na motivação da sentença. Casos desse tipo, lamentavelmente, ainda são frequentes. Dessa forma, é importante reunir comprovantes de pagamento, demonstrando total cumprimento das responsabilidades previstas”, finaliza.


Tecnologias podem ajudar produtor a aproveitar melhor o adubo fosfatado

Adubo revestido com Policote
Linha Policote da Wirstchat aumenta a eficiência dos fertilizantes, alavancando a produtividade e reduzindo a quantidade do insumo utilizado 

 

O produtor brasileiro só tem a ganhar se colocar em pauta no seu planejamento, aproveitar melhor os adubos fosfatados. Isso pode reduzir a quantidade de insumos aplicados nas lavouras e consequentemente impactar, por exemplo, até no volume de fertilizantes importados hoje pelo País. Em contraponto, há oportunidades de desenvolvimento e inovação com produtos diferenciados, incorporando tecnologias avançadas como “coating”, por exemplo. Essas ferramentas inovadoras levam a ganhos agronômicos e ambientais.

Ciente da importância em aumentar essa eficiência dos fertilizantes, a Wirstchat, empresa que desenvolve soluções no setor agrícola, com sede em Olímpia/SP, não poupou esforços, e há mais de 12 anos criou a linha Policote, formada por aditivos utilizados no revestimento de adubos fosfatados com eficiência aumentada. Esta tecnologia vem sendo testada e comprovada em diferentes instituições de pesquisa e está acessível aos agricultores comercialmente há várias safras por empresas do Grupo Fertipar, como a Fertigran (com o nome de Fertigran P) e a Fertipar Bandeirantes (FertBand Coat), além da Café Brasil Fertilizantes (PROPhós) e Opção Agro (SoilEnergy).


Importância do fósforo 

O fósforo é um dos nutrientes que as plantas precisam para pleno desenvolvimento. Ele é insubstituível, e, por esse motivo, lavouras deficientes não conseguem expressar seu potencial máximo, resultando em baixa produção. “Os solos brasileiros têm níveis muito baixos de fósforo devido ao material de origem (rochas) e à forte interação dele com as argilas presentes neles”, explica Roberto Reis, doutor em nutrição de plantas na empresa.

Devido à alta necessidade pelas plantas e à baixa disponibilidade natural do mineral por aqui, torna-se necessário a reposição do mesmo, por exemplo com a adubação. Assim, em solos tropicais, é comum a aplicação de fertilizante fosfatado em altas doses, bem acima das necessidades das plantas. “Isso se deve à alta fixação do fósforo no solo, resultando em baixo teor dele disponível na lavoura. Como grandes quantidades aplicadas do mineral, via fertilizantes, não são aproveitadas pelas plantas, a eficiência do uso desse insumo na agricultura brasileira é muito abaixo do desejável, ficando entre 15 a 50%”, explica o doutor.

 

Mais sobre a produção do mineral

Os fertilizantes fosfatados têm como matéria-prima básica a rocha fosfática. Em 2020, as reservas mundiais eram de 71 bilhões de toneladas (t), sendo as principais fontes: Marrocos e Saara Ocidental, seguidos por China, Egito, Argélia e Síria. Já Brasil, Jordânia, Vietnã, Arábia Saudita, Egito, Peru, África do Sul, Finlândia, Austrália, Israel e Senegal produzem entre 1 tonelada e 10 milhões toneladas por ano. Em contrapartida, em 2020 a demanda global por fósforo foi de 46 milhões/t. E essa demanda mundial tem crescido a uma taxa anual de 2,2%. Além disso, o preço de venda se manteve constante no período até́ 1973, com uma média de US$ 4,2/t. Mas, a partir daquele ano, o valor subiu para até US$ 124/t. “Aumentos nos preços dos fertilizantes impactam negativamente nas exportações do agronegócio brasileiro, tornando o produto nacional menos competitivo, uma vez que a maior parte do custo de produção deriva do preço do fertilizante importado”, salienta Reis. A produção nacional de concentrado fosfático, em 2019, foi de apenas 5,3 milhões de toneladas, historicamente inferior à demanda.

 

É para se pensar e agir

O Brasil, em 10 anos, dobrou a quantidade de fertilizantes importados. A falta de uma política para o setor desde a década de 1980 - atualizada recentemente com o Plano Nacional de Fertilizantes 2050 - tornou o País extremamente dependente, fazendo com que a indústria nacional decrescesse 30%. “Enquanto isso as importações aumentaram 66% nos últimos 20 anos, além dos custos dos fertilizantes na produção alcançassem mais de 40% em culturas como soja, milho e algodão nesse período. A crescente dependência de importação de fosfatados (44%, em 2000 e 72%, em 2020) evidencia uma ameaça que poderá prejudicar a posição competitiva do agronegócio brasileiro”, alerta Reis.

Por isso, ainda segundo o especialista, “a diminuição da dependência externa, por meio desenvolvimento de tecnologias apropriadas ao ambiente de produção brasileiro (tropical), dará ao produtor rural brasileiro preços mais estáveis, “maior oferta de produtos e tecnologias, além claro, do aumento de produtividade”, finaliza.

 

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